Introdu��o Show A Educa��o para surdos ou alunos com perda auditiva teve inicio no Brasil ainda no s�culo XIX com Eduard Huet, professor franc�s, que foi apresentado para o imperador D. Pedro II pelo Marqu�s de Abrantes que o tinha conhecido como h�bil educador de surdos. D. Pedro II foi o facilitador para a cria��o do primeiro educand�rio brasileiro para surdos, conhecido atualmente como Instituto Nacional de Educa��o de Surdos (GORGATTI e COSTA, 2008). Os indiv�duos com perdas auditivas ou indiv�duos com necessidades educacionais especiais, sentem-se desestruturados em grande maioria por identificarem o preconceito de si pr�prio � qual em termos cl�nicos, isto seja, para os demais uma grave doen�a que n�o possa ser curada impedindo-o de exercer fun��es normais para uma boa qualidade de vida, um tipo de preconceito pela qual a terminologia utilizada ao dar significado relativo � sua caracter�stica seja nada mais nada menos que um fator desintegrado em exercer pap�is relativos no conv�vio social. Algo de importante ao redor de todos e que introduza uma identidade participativa, independente de ra�a, classes sociais, econ�micas, culturais e religiosas, em grande parte pessoas ditas �normais� podem contribuir ainda mais e mudar as concep��es acerca do grau de necessidade de cada um, podendo tamb�m trabalhar o preconceito, mediante graus problem�ticos �s terminologias utilizadas. Adotamos e contribu�mos a partir de pesquisas cientificas e individuais da �rea da sa�de que o importante � dar �nfase as pr�ticas abordadas no ensino apropriado da educa��o f�sica que garante oportunidades �s crian�as, jovens e adultos vivenciarem e adquirir o benef�cio necess�rio para acelerarem seu processo de recupera��o e integra��o pelo simples fato dessas pessoas se sentirem desintegradas do resto mundo, ou at� mesmo, o contato seja bastante inferior em grande parte, uma pequena parcela da popula��o. Pessoas com perda auditivas ou com dificuldades de audi��o acreditam que s�o incapazes de realizar tarefas normais, ou at� mesmo, complexas. Alguns surdos afirmam que a surdez � uma defici�ncia. Outros, por�m, negam essa afirma��o pelo fato de a surdez nunca ter impedido-os de ser participante ativo no meio social em que est�o inseridos. A partir das considera��es apresentadas, o presente artigo � fruto de um trabalho voltado para revis�o de literatura qualitativa buscando esclarecimento de como o professor de educa��o f�sica pode trabalhar com alunos surdos ou com algum grau de surdez na rede regular de ensino p�blico. Perda auditiva, surdez Entende-se por Perda Auditiva e surdez a perda parcial ou absoluta da audi��o, ou seja, da capacidade de ouvir e interpretar os sons produzidos pelo ser humano ou pelo meio ambiente que o cerca, de forma a impedi-lo de se desenvolver e relacionar com o meio social que est� inserido. Gorgatti e Costa (2008, p. 130), a define como a perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros. No ambiente escolar, ser incapaz de ouvir � uma aus�ncia que afeta significativamente a forma��o do aluno que al�m de est� impossibilitado de compreender e interpretar o significado dos sons, ainda tem que enfrentar, por muitas vezes, a insatisfa��o de todos, desde seus colegas at� os demais participantes do corpo escolar. Toda essa insatisfa��o � evidenciada nas aulas de educa��o f�sica onde a n�o compreens�o de instru��es pode afetar o desenvolvimento de uma atividade que para os demais alunos pode ser de simples execu��o, mas para os surdos e os alunos com perda auditiva a dificuldade de compreens�o sonora das instru��es impossibilita a execu��o e continua��o da atividade, o que provoca o isolamento social prejudicando o processo de inclus�o que � o principal objetivo da escola e das pessoas que nela trabalham. Gorgatti e Costa (2008, p. 137), em seu livro Atividade F�sica Adaptada, afirma:
Segundo Graziadei (1998), apud Winnick (2004), o ensino de aspectos conceituais de educa��o f�sica a alunos surdos pode ser problem�tico, em uma classe de alunos que escutam e com um professor que n�o � fluente na l�ngua de sinais. Partindo dessa concep��o, � pertinente que para que haja inclus�o � preciso que o professor de educa��o f�sica se atente para as necessidades dos alunos surdos e com perda auditiva, e desenvolva atividades que permitam aos alunos ouvintes conhecer a realidade do colega e, assim, possibilitar a intera��o entre todos. Por�m, essa intera��o s� ser� poss�vel se o professor antes de tudo, buscar conhecer a cultura, a realidade vivenciada pelos alunos surdos e com perda auditiva. � importante frisar que o aluno surdo n�o pode se tornar o centro das aten��es, mais sim, parte integrante da comunidade escolar como todos que nela atuam. Educa��o F�sica inclusiva Conforme contemplado no Parecer n�17/2001�CNE/CEB, � direito da pessoa surda, como de todos os cidad�os, sentir-se e perceber-se parte integrante da vida social. E, em conson�ncia com os pressupostos filos�ficos da inclus�o, n�o � somente o aluno que se adapta � escola, mas � fundamental que a comunidade escolar esteja consciente de sua fun��o, revendo seus conceitos filos�ficos e ideol�gicos, respeitando a diversidade cultural e concomitantemente atendendo as necessidades de forma que, gradativamente, o ensino possa ir se adaptando a nova realidade educacional e social. Ao Professor de Educa��o F�sica cabe, desenvolver atividades que possam envolver todos os alunos no espa�o que compreende suas aulas. No entanto, al�m desse espa�o, cabe ao Professor de Educa��o F�sica junto com os demais funcion�rios do ambiente escolar trabalharem em um processo de forma��o inclusiva para que, n�o s� o aluno surdo e com perda auditiva, mas todos possam usufruir do processo de ensino-aprendizagem. Orienta��es, recomenda��es e peculiaridades durante as aulas Crian�as surdas ou com perda auditiva apresentam problemas relacionados � coordena��o motora, a no��o espa�o-temporal e ritmo. Contudo, essas decorr�ncias podem ser sanadas ou amenizadas com atividades que estimulem o desenvolvimento motor, necess�rias desde os primeiros meses de vida, seguidos de atividades f�sicas orientadas na fase escolar, o que implica na import�ncia do diagnostico precoce dessa defici�ncia. Gorgatti e Costa (2008, p. 140), afirma:
Para alunos surdos e com perda auditiva � importante que o Professor de Educa��o F�sica utilize de diversas formas de comunica��o para que o di�logo entre aluno e professor ocorra de forma satisfat�ria, tais como: leitura labial, gestos e sinais, l�ngua de sinais, para que a compreens�o por parte de todos seja o fator de destaque em suas aulas. Antes de se iniciar o programa de ensino o professor de Educa��o F�sica tem que conhecer a classifica��o, condutiva ou sens�rio-neurais, da defici�ncia do educando e em qual grau � a surdez do aluno (leve severa ou profunda). Essas informa��es podem ser adquiridas pelo professor atrav�s dos pais ou respons�veis pelo aluno, s� depois de ter essas informa��es � que o professor poder� iniciar suas aulas. � importante tamb�m o professor se atentar para a comunica��o, rela��o e intera��o do aluno surdo e com perda auditiva e os demais alunos usando como ferramenta pedag�gica de intera��o com atividades em grupos pequenos. Cabe ao professor revelar aos alunos surdos e com perda auditiva o quanto s�o bem vindos, isso acarretar� a motiva��o de surdos e ouvintes. A m�sica durante as aulas tem mostrado um �timo resultado no que diz respeito ao desenvolvimento motor, psicol�gico e social, essa afirma��o fica claro quando Ferreira (2011, p. 31), declara:
Contudo, para que o aluno possa aproveitar ao m�ximo as vantagens da m�sica, cabe ao professor conhecer as caracter�sticas que envolvem uma aula com esse artif�cio tais como: saber que pessoas surdas ou com perda auditiva compreendem o som, por meio de sequ�ncias r�pidas de impuls�es e repousos, levando o professor a usar em suas aulas, atividades que envolvam dura��o r�tmica usando as m�os e os p�s, por exemplo. As pessoas surdas podem perceber o ritmo, a din�mica da m�sica, o timbre do cantor, as vibra��es, mas tudo isto tem que ser apresentado num contexto significativo, n�o num contexto mec�nico, dificultoso, obrigat�rio. Considera��es O Professor de Educa��o F�sica contribui de forma satisfat�ria na educa��o de surdos e alunos com perda auditiva estimulando a pr�tica de atividades que amplie a comunica��o do aluno com o meio externo, possibilitando assim, a intera��o do discente com a sociedade que o cerca e contribuindo para a inclus�o dos alunos que apresentam surdez total ou parcial, promovendo a execu��o de atividades tanto especificas, como atividades que envolvam surdos e ouvintes levando em conta que o principal papel do professor de Educa��o F�sica � quebrar preconceitos e promover a socializa��o entre as �diferen�as�, gerando, inicialmente, transforma��o na sala de aula, atingindo todo ambiente escolar e, por fim, toda a sociedade. Refer�ncias
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Como incluir um aluno com deficiência auditiva na escola?Para promover a inclusão na escola, no caso da deficiência auditiva, a primeira atitude é solicitar um intérprete de LIBRAS, e materiais necessários para que o surdo possa desenvolver habilidades de leitura e escrita, pois qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a ...
Como incluir um aluno surdo na sala de aula?- Ao chamar atenção do aluno, utilizar gestos convencionais; - Colocar o aluno surdo nas primeiras carteiras, longe de janelas e portas, para não se distrair; - Utilizar todos os recursos que facilitem sua compreensão (dramatização, mímicas e materiais visuais);
Quais as principais adaptações para pessoas com deficiência auditiva?As principais adaptações são:. Observar o nível de ruído no local;. Identificar os sinais sonoros existentes no ambiente de trabalho, para que sejam acompanhados por sinais luminosos;. Implantar sistema Intranet para comunicação;. Quais condições são necessárias para que a inclusão do aluno surdo aconteça de forma a respeitar suas diferenças?Nesse sentido, para que a inclusão aconteça na educação de surdos é imprescindível pensar em processos lingüísticos, sociais e culturais que atendam as especificidades das comunidades surdas, percebendo que as diferenças fazem parte dos grupos sociais e são determinadas a partir da perspectiva do outro.
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