Existem diferenças claras entre filosofia e ciência . O primeiro usa meios mais especulativos do que observacionais para alcançar uma compreensão geral dos valores e da realidade. Este último refere-se ao conhecimento obtido e testado através do método científico. Show
Esses dois ramos do conhecimento mantêm uma relação de interdependência. Do conhecimento científico, a filosofia pode fazer generalizações mais amplas. Alguns dos filósofos mais influentes da história.Por seu lado, a ciência obtém uma melhor perspectiva das limitações metodológicas de seus princípios universais. O pensamento filosófico foi o germe de muitas das idéias gerais nas quais a ciência moderna se baseia. Diferenças entre filosofia e ciência em termos de origemA palavra filosofia vem dos termos gregos philo e sophia, que significam amor e sabedoria, respectivamente. Esse amor à sabedoria nasceu na Grécia antiga com o pensador Thales de Mileto e se espalhou no mundo ocidental com o trabalho de outros grandes filósofos. Com a filosofia, as investigações sobre o funcionamento do cosmos e do ser humano começaram a ter menos explicações teológicas e mais lógicas. Esse novo raciocínio abriu as portas para pontos de vista críticos, observação e experimentação. A palavra ciência vem do latim scientia, que significa conhecimento. A ciência tem suas origens na filosofia, mas parte para o século XVII com a chamada Revolução Científica. Nessa época, houve uma série de mudanças nas crenças e no pensamento que deram origem à ciência moderna. Diferenças quanto aos seus propósitosA ciência procura entender a natureza dos fenômenos e a razão de seu comportamento. Sua intenção é controlar a realidade e manipulá-la. Por outro lado, a filosofia procura entender o que é a realidade, o que é o conhecimento, o que é moralmente correto e o que é um bom raciocínio. Diferenças quanto aos seus métodosA ciência usa o método científico . Este método baseia-se na observação e no teste experimental de hipóteses para a aquisição de conhecimento. A obtenção e análise de evidências empíricas apóiam o processo de raciocínio. Por outro lado, a filosofia utiliza especulação e análise. O primeiro refere-se ao uso da imaginação e da lógica para oferecer novas possibilidades, especialmente sobre coisas que ainda não foram compreendidas pela ciência. O segundo envolve inspeção e definição de conceitos para um entendimento mais claro. A ciência faz da realidade um objeto. É necessário que o investigador esteja fora do objeto sob investigação. Pelo contrário, a filosofia deve ser subjetiva, no sentido de que o filósofo deve ser considerado parte da realidade que está investigando. Diferenças em suas abordagensA ciência tem uma abordagem atomística ou analítica em sua abordagem ao objeto de estudo. Ou seja, divida-o em partes para analisá-lo. Em vez disso, a abordagem da filosofia é integracionista, pois estuda o fenômeno como um todo. Referências
DIFERENÇAS ENTRE FILOSOFIA E CIÊNCIAS Differences between Philosophy and Sciences Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - Professor de Biologia, Filosofia e Sociologia, concursado e autenticado pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Educação de Pernambuco. WhatsApp: (82)9.8143-8399 Com o conceito de Filosofia já explicado no trabalho (DOS PROBLEMAS FILOSÓFICOS E SUAS CARACTERÍSTICAS), podemos agora conferir uma ideia mais clara da filosofia se a compararmos com o conhecimento científico tal como atualmente se entende, isto é, com as ciências experimentais. Uma vez a filosofia sendo distinguida com relação às ciências experimentais, faremos uma comparação das soluções que outorgam os dois níveis de conhecimento frente ao mesmo assunto para elucidar, por exemplo, na frente do homem, o mundo, o número, o comportamento humano ou a beleza. 1. DIFERENÇA ENTRE CAUSAS PRÓXIMAS E CAUSAS ÚLTIMAS – A Filosofia estuda as causas últimas (ou supremas), enquanto as ciências experimentais estudam as causas imediatas. Por exemplo, ao estudar o movimento, a física capta o tema por meio de forças, fricções, pesos e balanços, que afetam os corpos. Estas são as causas imediatas, e elas são distinguidas porque sempre permanecem no plano do sensível e do experimentável. Em vez disso, a Filosofia examina os dois princípios que explicam todos os demais, os tornando em sua forma essencial, ou seja, o ato (exemplo: o ato de atritar duas madeiras até produzir fogo) e a potência (exemplo: a potência de um carro que vai de 0 a 100 Km/h em questão de segundos). Essas são causas supremas e não permanecem mais no nível sensível; elas são capturadas apenas no nível inteligível. Em outras palavras, o filósofo tenta chegar à essência do objeto estudado, e sua explicação é no sentido vertical, pois deixa o nível sensível e experimental. Em contrapartida, o cientista elabora explicações em um sentido horizontal, dentro do nível experimental. A diferença fundamental de ambos os tipos de conhecimento residem, então, em seu diferente objeto formal. 2. TOTALIDADE E PARCIALIDADE DO OBJETO MATERIAL - A filosofia procura abranger a totalidade das coisas; seu objeto material é o mais largo que pode ser conferido. Por outro lado, as outras ciências são particulares, para dizer, elas estudam uma certa parte ou setor, entre todas as entidades. À exemplo, a Filosofia apropriasse de objetos da língua portuguesa (linguística e linguagem); da Antropologia (Antropologia filosófica e Cultura); da História; da Geografia; da Física; da Cosmologia; da Ciência Política; da Sociologia; etc. Nesse sentido, já esclarecemos que mesmo quando a Filosofia estuda as mesmas coisas que as outras ciências tratam, Filosofia e ciência não se confundem, uma vez que o objeto formal é diferente em ambas. 3. MÉTODO EXPERIMENTAL E MÉTODO RACIONAL – As ciências experimentais sublinham a necessidade da experiência sensível, como efeito, as leis da natureza não são deduzidas mediante certos princípios, mas têm que observar-se de uma maneira sensata, mesmo usando a experimentação. Por sua parte, a Filosofia, mesmo que não possa prescindir do experiência sensível, insiste no método racional e no uso do entendimento, graças ao qual é possível capturar as essências, os primeiros princípios e as causas supremas que fundamentam o Universo. 4. DIFERENÇA ENTRE EPISTEME E SOFIA - Outra forma de capturar a diferença entre os dois tipos de conhecimento, está presente no que Aristóteles chamou episteme e sofia. Episteme é a ciência, mas entendida não como um conjunto de verdades, mas como um hábito intelectual demonstrativo. O sujeito que possui essa qualidade tem a facilidade de demonstrar com rigor e precisão suas afirmações, ele pode basear sua tese, isto é, ele dá as causas do que ele detém. Sofia, por outro lado, é a sabedoria que o filósofo ama (filos: que ama; sofia: sabedoria) e consiste em uma conjunção de episteme (verdade suprema) e nous (razão). A Filosofia, portanto, inclui também a episteme ao hábito demonstrativo, mas acrescenta outra coisa: o nous. Nous é o hábito intuitivo dos primeiros princípios; é a qualidade mental (virtude intelectual, diz Aristóteles) pela qual um sujeito tem a facilidade para voltar de uma forma intuitiva para os primeiros princípios que servem como base para toda a demonstração e base de uma determinada tese por ele refutada. Portanto, a sofia, na medida em que contém a episteme, participa do rigor científico e, na medida em que contém o nous, aprofunda-se aos primeiros princípios. Logo, chegamos a semelhança e a diferença entre a ciência e a Filosofia. O filósofo é, então, um cientista que investiga as causas e os primeiros princípios. 5. OS GRAUS DA ABSTRAÇÃO -Aristóteles e Sto. Tomás de Aquino explicaram a tripla graduação de abstração formal. No primeiro grau, que corresponde à física, o sujeito individual é dispensado e a entidade móvel é estudada. No segundo grau, a matéria sensível é dispensada e a entidade quântica (a quantidade) é estudada. Neste grau está presente a Matemática. E finalmente, no terceiro grau toda a matéria é dispensada, e a entidade é estudada como tal, no horizonte mais amplo possível, que é chamado transcendental, e que cobre tudo o que existe. Este é o terceiro grau de abstração formal, aquele que corresponde à Metafísica, núcleo de toda a Filosofia. Consequentemente, as ciências específicas pertencem a um nível categorial (particularizado), e somente a Metafísica volta-se ao nível transcendental (completamente universal). 6. FILOSOFIA, A CIÊNCIA REGENTE DE TODAS AS OUTRAS - Como uma consequência do supracitado texto, podemos afirmar que a Filosofia, a partir do momento em que preconiza os primeiros princípios, é uma ciência orientadora; e isso por duas razões: A filosofia governa todas as outras ciências, porque baseia-se em todos os princípios delas. No momento em que um cientista analisa os princípios de sua própria ciência, ipso facto está fazendo trabalho filosófico. Por exemplo: Matemática lida com as relações entre quantidades; mas no momento em que um matemático analisa e critica as bases de sua certeza e os princípios que servem para apoiar suas justificativas, vai além do limite de seu campo e da Lógica ou da Teoria do Conhecimento, que são ramos típicos da Filosofia. É precisamente o que aconteceu nos séculos XIX e XX, quando matemáticos conseguiram esclarecer teses que agora estão contidas no ramo chamado Lógica matemática, e isso deve ser entendido como uma extensão da lógica Aristotélica. Por outro lado, a Filosofia é também uma ciência orientadora, uma vez que regem as normas que governam o comportamento humano, com base na análise da natureza do homem e suas demandas, com o qual ele deriva as linhas gerais de um existência autenticamente humana. Para terminar de esclarecer o tema da diferença entre ciência e filosofia, veremos brevemente como existem soluções em diferentes planos, para as mesmas questões problemáticas. 7. AS SOLUÇÕES DA COSMOLOGIA E DA FÍSICA - A primeira é uma ciência filosófica, e o segundo é uma ciência experimental. Ambas tratam das entidades materiais, enquanto móveis. Mas a Cosmologia estuda a essência, a estrutura primária dos corpos, e é assim que a teoria da matéria e da forma (hilemorfismo) surge, o que explica os copríncipios fundamentais na estrutura ou essência de um corpo sensível. Ela também se dedica a estudar a essência da mudança, o espaço, o tempo, etc. Por outro lado, a ciência física, com seus experimentos, consegue penetrar nas causas horizontais dos fenômenos estudados na matéria. Assim, por exemplo, ela estuda o calor como a causa da dilatação dos metais, a lei da relação entre pressão, volume e temperatura dos gases, etc. 8. PSICOLOGIA RACIONAL E PSICOLOGIA EXPERIMENTAL – A primeira forma de psicologia é uma ciência filosófica, e estuda o sujeito da alma, de suas faculdades (inteligência e vontade), imortalidade, espiritualidade, liberdade, a pessoa. Em contrapartida, a psicologia experimental preferencialmente estuda os fenômenos observáveis e suas explicações, em sentido horizontal; por exemplo, o estímulo e a reação correspondente. Usam-se "testes", estatísticas, experimentos feito em um grande número de pessoas. É assim que as leis surgiram, como Weber (que relaciona sensação e estímulo), e também o interessante estudo sobre o inconsciente, a partir de Freud.
</p> <p style="text-align:center">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p> <p style="text-align:justify"><br> AUBERT, J. M. Filosofía de la Naturaleza. Barcelona: Herder, 2001. 428 pp.</p> <p style="text-align:justify"><br> CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003. 424 pp.</p><span class="ezoic-autoinsert-ad ezoic-incontent_5"></span><span style="clear:both;display:block" id="ez-clearholder-large-mobile-banner-1"></span><span class="ezoic-ad ezoic-at-0 large-mobile-banner-1 large-mobile-banner-1700 adtester-container adtester-container-700" data-ez-name="webartigos_com-large-mobile-banner-1"><span id="div-gpt-ad-webartigos_com-large-mobile-banner-1-0" ezaw="300" ezah="250" style="position:relative;z-index:0;display:inline-block;padding:0;min-height:250px;min-width:300px" class="ezoic-ad"><script data-ezscrex="false" data-cfasync="false" type="text/javascript" style="display:none">if(typeof ez_ad_units != 'undefined'){ez_ad_units.push([[300,250],'webartigos_com-large-mobile-banner-1','ezslot_17',700,'0','0'])};__ez_fad_position('div-gpt-ad-webartigos_com-large-mobile-banner-1-0'); </p><p style="text-align:justify"><br> MARÍAS, J. Introduccion a la Filosofía. Madrid: Alianza, 1995. 352 pp.</p> <p style="text-align:justify"><br> MARITAIN, J. Filosofía de la Naturaleza. Buenos Aires: Club de lectores, 1945. 188 pp.</p> <p style="text-align:justify"><span id="ezoic-pub-ad-placeholder-114" class="ezoic-adpicker-ad"></span><br> ____________. Los grados del saber. Buenos Aires: Club de lectores, 1968. 763 pp.</p> <p style="text-align:justify"><br> MORENO, J. A. S. Filosofía de la Ciencia Física. México: Ambriz, 1966.</p><span class="ezoic-autoinsert-ad ezoic-incontent_6"></span><span style="clear:both;display:block" id="ez-clearholder-large-mobile-banner-2"></span><span class="ezoic-ad ezoic-at-0 large-mobile-banner-2 large-mobile-banner-2701 adtester-container adtester-container-701" data-ez-name="webartigos_com-large-mobile-banner-2"><span id="div-gpt-ad-webartigos_com-large-mobile-banner-2-0" ezaw="250" ezah="250" style="position:relative;z-index:0;display:inline-block;padding:0;width:100%;max-width:1200px;margin-left:auto!important;margin-right:auto!important;min-height:250px;min-width:250px" class="ezoic-ad"><script data-ezscrex="false" data-cfasync="false" type="text/javascript" style="display:none">if(typeof ez_ad_units != 'undefined'){ez_ad_units.push([[250,250],'webartigos_com-large-mobile-banner-2','ezslot_18',701,'0','0'])};__ez_fad_position('div-gpt-ad-webartigos_com-large-mobile-banner-2-0'); Por: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - IFPE-BJ/CAP-UFPE/UFRPE. Teacher do CAP-UFPE e do Colégio Santa Maria. Todos os direitos reservados ao professor Emanuel Isaque. A reprodução total ou parcial do trabalho sem a autorização do autor é extremamente proibida, conforme presente no Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610/98. Os infratores estarão sujeitos à pena de três meses à um ano de prisão. Contatos do professor Emanuel: E-mails: [email protected] e [email protected] WhatsApp: (82)9.8143-8399. Qual é a semelhança entre filosofia é ciência?Semelhança: Ambas exercem o senso crítico de determinada coisa, buscando a verdade. Diferença: Na filosofia o senso crítico é baseado na razão, que pode ser imaterial, por exemplo. Na ciência o senso crítico é baseado na verdade alcançada através de experimentos e comprovações, sem o uso da razão.
Quais as semelhanças é diferenças entre filosofia é ciência?A ciência envolve todo o conhecimento adquirido através do estudo baseado em princípios científicos. Já a filosofia questiona e problematiza a realidade que vivemos, coloca em dúvida os saberes estudados e obtidos, inclusive as produções científicas e as concepções que fundamentam os trabalhos científicos.
Qual a diferença entre um filósofo é um cientista?Resposta. Resposta: a diferença entre ciência e filosofia reside no fato da ciência estar comprometida com demonstrações empíricas, enquanto que a filosofia se permite trabalhar com conceitos que estão além de qualquer demonstração física.
Quanto às relações é distinções entre filosofia é ciência é correto afirmar?Explicação: Apesar da ciência te herdado a argumentação racional que surgiu com os primeiros filosóficos, a diferença entre ciência e filosofia reside no fato da ciência está comprometida com demonstrações empíricas, a filosofia se permite trabalhar com conceitos que estão além de qualquer demonstração física.
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