Quais são as variáveis para caracterizar o clima?

In�cio

Clima


Cultivares
Obten��o e plantio da muda
Preparo do solo, calagem e aduba��o
Condu��o,poda e raleio
Principais Pragas
Doen�as f�ngicas e bacterianas do pessegueiro
Doen�as virais do pessegueiro
Doen�as causadas por nemat�ides na cultura do pessegueiro
Cuidados na aplica��o de agrot�xicos
Tecnologia de aplica��o de agrot�xicos
Manejo e p�s-colheita de p�ssegos
Custos e rentabilidade
Referências
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�����O clima possui forte influ�ncia sobre a cultura do pessegueiro, sendo importante na defini��o das potencialidades de cultivo das regi�es. Ele interage com os demais componentes do meio natural, em particular com o solo, a variedade e as t�cnicas de cultivo aplicadas � cultura.
���� Devem-se considerar tr�s conceitos para diferenciar escalas clim�ticas (Carbonneau, 1984), de interesse em culturas:

Macroclima, ou clima regional, que corresponde ao clima m�dio ocorrente num territ�rio relativamente vasto, exigindo, para sua caracteriza��o, dados de um conjunto de postos meteorol�gicos; em zonas com relevo acentuado os dados macroclim�ticos possuem um valor apenas relativo, especialmente em mat�ria agr�cola. Inversamente, um mesmo macroclima poder� englobar �reas de plan�cie muito extensas.

Mesoclima, ou clima local, que corresponde a uma situa��o particular do macroclima. Normalmente � poss�vel caracterizar um mesoclima atrav�s dos dados de uma esta��o meteorol�gica, permitindo avaliar as possibilidades para o cultivo do pessegueiro. A superf�cie abrangida por um mesoclima pode ser muito vari�vel mas, normalmente, trata-se de �reas relativamente pequenas, podendo fazer refer�ncia a situa��es bastante particulares do ponto de vista de exposi��o, declividade ou altitude, por exemplo. Muitas vezes o termo topoclima � utilizado para designar um mesoclima, onde a orografia constitui um dos crit�rios principais de caracteriza��o clim�tica, como por exemplo, o clima de um vale ou de uma encosta de montanha.

Microclima, que corresponde �s condi��es clim�ticas de uma superf�cie realmente pequena. Pode-se considerar dois tipos de microclima: microclima natural - que corresponde a superf�cies da ordem de 10 e 100 m; e microclima da planta - o qual � caracterizado por vari�veis clim�ticas medidas por aparelhos instalados na pr�pria planta. O termo gen�rico bioclima � utilizado para essa escala, que visa o estudo do meio natural e das t�cnicas de cultivo.

���� A influ�ncia do clima, considerando os principais elementos meteorol�gicos e fatores geogr�ficos do mesmo sobre a cultura do pessegueiro, � descrita a seguir, em particular nas escalas macro e mesoclim�ticas.

Elementos meteorol�gicos do clima
Fatores geogr�ficos do clima
O clima da regi�o da Serra Ga�cha
Modelos de brota��o para o pessegueiro no Rio Grande do Sul

Temperatura: A temperatura do ar apresenta diferentes efeitos sobre a cultura do pessegueiro, vari�veis em fun��o das diferentes fases do ciclo vegetativo ou de repouso da planta.

Temperaturas de inverno: as temperaturas de inverno s�o importantes para a fase de repouso do pessegueiro, conhecida como dorm�ncia. As temperaturas nessa fase s�o decisivas para completar a forma��o das gemas vegetativas e flor�feras, bem como para o est�mulo � planta para iniciar o ciclo vegetativo. Nessa fase, utiliza-se como indicador t�rmico o n�mero de horas de frio abaixo de 7,2 �C ocorrido no per�odo. A Tabela 1 apresenta os valores m�dios de horas de frio mensal abaixo de 7,2 �C indicativos para a regi�o da Serra Ga�cha. � importante observar que cada cultivar apresenta uma necessidade de frio invernal, podendo variar de pouco exigentes a exigentes. Boa parte das cultivares necessitam de 600 a 1000 horas, enquanto que outras exigem menos de 100 horas. Pelas caracter�sticas clim�ticas da Serra Ga�cha, algumas cultivares e alguns anos podem apresentar problemas de florescimento e brota��o desuniformes e insuficientes (erratismo).

Temperaturas de primavera: um s�rio risco ao cultivo do pessegueiro na Serra Ga�cha est� na possibilidade de ocorr�ncias de geadas no final do inverno, bem como daquelas mais tardias j� na primavera. Os riscos ocorrem a partir da planta ter iniciado o inchamento das gemas, na flora��o ou na primeira fase de desenvolvimento do fruto. A Tabela 1 apresenta alguns elementos do risco de geadas para a regi�o.

Temperaturas de ver�o: os melhores padr�es de qualidade do p�ssego (concentra��o de a��car e colora��o adequada), s�o encontrados em �reas de temperaturas de ver�o, em particular no per�odo de pr�-colheita, relativamente altas, sem serem excessivas, combinadas com temperaturas amenas � noite.

Insola��o e Radia��o Solar: A insola��o e a radia��o solar s�o fatores clim�ticos importantes nos processos de desenvolvimento e matura��o dos frutos.�
���� Ambos os fatores s�o maiores no per�odo de ver�o, pelo fato dos dias serem mais longos e pela menor freq��ncia de chuvas e menor n�mero de dias encobertos. A insola��o tamb�m est� atrelada �s coordenadas geogr�ficas pois, em latitudes maiores, os dias de ver�o s�o maiores e, consequentemente, maior o per�odo de radia��o solar e maior o potencial de insola��o.
���� A colora��o e o tamanho s�o fatores determinantes da qualidade dos frutos de caro�o, sendo tamb�m influenciados pela radia��o solar. S�o caracter�sticas que o consumidor leva em considera��o no momento da escolha do produto. Diversas t�cnicas culturais s�o empregadas para melhorar essas caracter�sticas, tais como: raleio manual ou qu�mico, incis�o anelar de ramos, poda verde e aplica��es de fitorreguladores. Algumas dessas t�cnicas facilitam o desenvolvimento dos frutos e a penetra��o da radia��o no dossel.
���� Dentre os �ndices de qualidade de fruta influenciados por luz, destacam-se o tamanho da fruta, a firmeza, a concentra��o de s�lidos sol�veis, a acidez e a cor da epiderme.
���� Normalmente a quantidade da luz interceptada pela fruta est� em fun��o da posi��o desta na copa. O tamanho das �rvores, espa�amento, orienta��o da fila, forma da copa e tipo de sistema adotado influencia na distribui��o da luz no interior das plantas. Frutas que recebem pouca luz desenvolvem maior intensidade de cor amarela, diminuindo assim a cor vermelha. Aumentando a exposi��o da fruta individual ao sol, h� um aumento da absorb�ncia de luz atrav�s da fruta, podendo aumentar a colora��o vermelha.
���� Outros fatores que afetam a colora��o dos frutos s�o a temperatura e o n�vel de umidade durante o �ltimo per�odo de desenvolvimento da fruta. Geralmente, o tamanho final e a produ��o de cor vermelha ser�o afetadas negativamente pela falta de umidade no solo.�

Pluviometria: A demanda h�drica do pessegueiro � vari�vel em fun��o das diferentes fases do ciclo vegetativo da planta. Durante o desenvolvimento das plantas, n�o somente a quantidade de chuvas, mas a intensidade e o n�mero de dias ou de horas em que ela ocorre s�o determinantes. Ainda, deve-se ter em conta eventuais perdas por escorrimento superficial ou percola��o. Durante a primavera, as chuvas s�o importantes para o desenvolvimento da planta, por�m podem favorecer o desenvolvimento de algumas doen�as f�ngicas da parte a�rea.
���� O volume total de chuvas no Rio Grande do Sul � satisfat�rio, mas grande parte do Estado apresenta chuvas intermitentes, com grande irregularidade de distribui��o ao longo do ano e, principalmente, entre os anos. Nos anos em que chove menos, em particular na metade sul do estado, os produtores podem ser descapitalizados pela baixa produ��o e pela obten��o de um produto de menor valor, com baixa qualidade, peso e di�metro de frutos. Embora existam outros fatores clim�ticos e pedol�gicos que interferem no rendimento de frutos, a seca sempre foi o maior causador de frustra��o de safras no Brasil e no Mundo.
���� A maior parte dos pomares de frut�feras no Rio Grande do Sul localiza-se no Planalto Sul-rio-grandense e est� instalada em solos degradados f�sica e quimicamente. S�o geralmente rasos e com baixa capacidade de armazenamento de �gua. Em anos com defici�ncia h�drica na primavera, a produtividade � baixa e h� uma grande propor��o de frutos pequenos. Assim, para a obten��o de frutos de qualidade, com bom tamanho e rendimento, � necess�rio o uso de irriga��o complementar.
���� A regi�o com o maior volume de chuvas no Rio Grande do Sul � a Serra Ga�cha, a qual oferece uma barreira f�sica � entrada de frentes frias. Predominam zonas de altitude, com temperaturas amenas na primavera e no ver�o, que contribuem para reduzir as perdas de �gua do solo. Dificilmente ocorre d�ficit h�drico, exceto em anos mais secos e onde os solos s�o mais rasos. Essa situa��o muda gradativamente da Serra Ga�cha para a Fronteira Oeste, onde chove menos e as temperaturas geralmente s�o mais altas, �s quais induzem a uma maior perda de �gua do solo por evapora��o e pela transpira��o das plantas.
���� A m�dia de chuva na Serra Ga�cha � da ordem de 1700 mm acumulados anualmente, com d�ficit h�drico acumulado inferior a 10 mm na primavera e no ver�o.
���� Do ponto de vista h�drico, al�m dos elementos meteorol�gicos referidos, � importante salientar a import�ncia da reserva h�drica do solo. Essa � uma fun��o da capacidade de reten��o de �gua do solo, do aporte de �gua pela chuva e irriga��o, das perdas por escorrimento superficial e por percola��o, e da evapotranspira��o, que inclui a transpira��o do pessegueiro e a evapora��o do solo. As condi��es de disponibilidade h�drica do solo para o pessegueiro, nas diferentes fases da planta, s�o relevantes para o desenvolvimento vegetativo e para a qualidade da fruta destinada ao consumo in natura.
���� Cabe destacar que a ocorr�ncia de granizo � um fen�meno prejudicial ao cultivo do pessegueiro, onde os maiores danos s�o causados durante o per�odo do ciclo vegetativo, que vai da brota��o � colheita.

Ventos:Ventos fortes podem causar danos � vegeta��o, inclusive com a quebra das pernadas. A propaga��o de doen�as, em particular as bacterianas, tamb�m � incrementada pela ocorr�ncia de ventos fortes.

��� Dentre os fatores geogr�ficos do clima, a latitude � importante na defini��o das �reas de cultivo do pessegueiro no mundo. A latitude implica em efeito sobre a temperatura do ar, a qual diminui a partir do Equador � medida em que aumenta a latitude em dire��o aos P�los. A Serra Ga�cha est� situada em m�dias latitudes.
���� Quanto � altitude, o efeito mais importante para o cultivo do pessegueiro � determinado pelo efeito t�rmico, j� que 100 metros de eleva��o representam uma diminui��o ao redor de 0,6 �C na temperatura m�dia do ar.
���� Com rela��o ao relevo, a exposi��o e a declividade possibilitam a sele��o de �reas para o cultivo do pessegueiro em um mesoclima particular. � o caso das encostas que privilegiam boa exposi��o solar, a qual possibilita colheitas com melhor qualidade, em �reas menos sujeitas � ocorr�ncia de geadas. Nessa sele��o de �reas tamb�m deve privilegiar-se os locais melhor protegidos da ocorr�ncia de ventos frios e/ou fortes, o que auxilia no controle de doen�as bacterianas e na redu��o de danos mec�nicos � vegeta��o.
���� As condi��es de declividade do terreno v�o definir, juntamente com a exposi��o, a incid�ncia de maior ou menor insola��o. Situa��es de alta declividade do terreno n�o s�o recomendadas, seja pelos riscos de eros�o, seja pela dificuldade de mecaniza��o. Da mesma forma, �reas com elevado risco de geadas durante o per�odo vegetativo devem ser evitadas.

���� A Tabela 1 apresenta dados clim�ticos m�dios do per�odo 1974-1980 para um conjunto de vari�veis de import�ncia para o cultivo do pessegueiro na Serra Ga�cha, nos munic�pios de Bento Gon�alves, Caxias do Sul e Farroupilha (dados compilados de Westphalen & Maluf, 2000).
���� Os dados permitem caracterizar aspectos da peculiaridade clim�tica da regi�o, com implica��es no cultivo do pessegueiro, relativamente ao conjunto de vari�veis clim�ticas descritas acima.

���� A dorm�ncia � a suspens�o tempor�ria do crescimento vis�vel de estruturas das plantas contendo um meristema. Esse per�odo vai desde a paralisa��o do crescimento, no fim do ver�o, at� o inicio da brota��o, na primavera seguinte (Lang, 1987). Para Champagnat (1983), a dorm�ncia de uma gema � a �ltima etapa de uma cascata de inibi��es correlativas na qual a fonte est� cada vez mais pr�xima dela mesma.
���� O frio � considerado o principal fator ex�geno para a indu��o � sa�da da dorm�ncia em gemas de esp�cies de frut�feras nas regi�es temperadas (Nigond, 1967; Champagnat, 1983).
���� A regi�o sul do Brasil, apesar de ser de clima subtropical com algumas localidades temperadas, como � o caso da Serra Ga�cha, apresenta grandes varia��es entre anos, com invernos amenos, o que tem dificultado a adapta��o de esp�cies e cultivares oriundas de regi�es com invernos bem definidos, pois as mesmas geralmente apresentam respostas fisiol�gicas indesej�veis.
���� A dorm�ncia das frut�feras caducif�lias, como o pessegueiro, em zonas de clima temperado envolve tr�s est�gios: paradorm�ncia, endodorm�ncia e ecodorm�ncia (Lang, 1987). A endodorm�ncia � induzida e eliminada pelo efeito de baixas temperaturas durante o inverno. Portanto, � importante conhecer-se a dura��o de tal fase, para poder intervir, quando ocorre insufici�ncia de frio, com algumas pr�ticas como no caso do uso de subst�ncias qu�micas para induzir a brota��o.
���� O efeito de baixas temperaturas em plantas frut�feras tem sido estudado por um grande n�mero de pesquisadores. Weimberger, em 1950, foi quem primeiro prop�s um modelo para estimar a flora��o em pessegueiro. O autor baseou-se no efeito de temperaturas inferiores a 7,2�C, como as mais eficientes para eliminar a endodorm�ncia de um grande n�mero de cultivares de pessegueiro. O m�todo consiste na contabiliza��o de horas em que a temperatura permanece abaixo desse patamar, durante o per�odo de repouso das frut�feras, sendo que cada cultivar necessita acumular um determinado n�mero de horas abaixo desse n�vel, para satisfazer a necessidade de frio. O modelo tornou-se o mais difundido e utilizado pela simplicidade de c�lculo.
���� Outros modelos foram propostos nestes �ltimos trinta anos, ressaltando o efeito de outros n�veis de temperatura. Por exemplo, Erez & Lavee (1971) verificaram que as temperaturas de 3 e 10�C tem a metade da efici�ncia comparada � de 6�C, na elimina��o da dorm�ncia em pessegueiro. Mais tarde, Richardson et al., em 1974, propuseram um modelo de Unidades de Frio (UF), onde cada temperatura tem efeito diferente na elimina��o da dorm�ncia, podendo ser at� mesmo negativo, quando a temperatura ultrapassa um determinado patamar.
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Quais são as variáveis para caracterizar o clima?
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Quais as principais variáveis meteorológicas que caracterizam o clima?

Essas variáveis são o que chamamos de elementos meteorológicos: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, precipitação, pressão atmosférica, radiação solar, etc...

O que são as variáveis climáticas?

As variações climáticas são definidas de acordo com as estações meteorológicas, que descrevem as características gerais de uma região, ao que se refere ao sol, nuvens, ventos, temperatura, precipitações e umidade.

Quais são as variáveis que alteram o tempo e o clima de uma determinada região?

São fatores geográficos capazes de modificar o clima, pois influenciam os elementos climáticos. Os principais são: altitude, latitude, continentalidade, maritimidade, massas de ar, correntes marítimas, relevo, vegetação e urbanização.

Quais os três principais atributos do clima?

Os três atributos climáticos mais importantes são temperatura (correspondente à intensidade de calor existente na atmosfera), umidade (medida pela quantidade de vapor d'água presente na atmosfera, que resulta da evapotranspiração – evaporação da água dos corpos hídricos superficiais da Terra, somada à transpiração das ...