Quais são os desafios do professor do Ensino Fundamental anos finais?

As diferentes séries da educação existem com o intuito de que os educadores consigam dar continuidade aos conhecimentos trabalhados nas etapas de ensino anteriores. Os anos finais do Ensino Fundamental, por exemplo, é uma fase cheia de desafios e oportunidades para os alunos, mas que ainda representa inúmeras lacunas e dificuldades no processo de aprendizagem.

Nesse sentido, a escola tem o papel de prover práticas pedagógicas mais integrativas e que priorizem as necessidades dos estudantes nesse período educativo. O planejamento das atividades, inclusive, pode minimizar e, até mesmo, evitar que os discentes se sintam deslocados e com dúvidas em relação ao seu futuro.

Acompanhe a leitura, a seguir, e entenda quais são os maiores desafios e as possibilidades que os anos finais do Ensino Fundamental oferecem para alunos e educadores.

Esse período é uma fase em que surgem inúmeras dúvidas existenciais e medos com a entrada das crianças na adolescência. Mesmo assim, as rápidas transformações devem ser encaradas como uma boa oportunidade para o processo de aprendizagem e desenvolvimento subsequente.

A equipe escolar e os pais, nesse sentido, precisam oferecer apoio e, se possível, acompanhar todo o período do processo de ensino dos estudantes. Além de ficar mais simples perceber dificuldades e dúvidas, a família e os educadores podem agir para tentar resolver ou minimizar as necessidades do aluno que se encontra nos anos finais do Ensino Fundamental.

São inúmeros os fatores que prejudicam o bom andamento da aprendizagem nesse período. Inadequação à metodologia, à infraestrutura da instituição de ensino e, até mesmo, falta de apoio e de reforço escolar podem impactar diretamente o desenvolvimento da formação educativa.

O acompanhamento pedagógico

Tendo em vista as vivências nos anos finais do Ensino Fundamental, o acompanhamento pedagógico deve ser feito de maneira constante e, se possível, de forma individualizada e personalizada de acordo com a realidade de cada estudante. Esse passo é imprescindível para entender como o discente se adapta às mudanças e o que ele espera do seu futuro diante de uma etapa tão desafiadora.

Portanto, é imprescindível que a equipe escolar tenha um olhar atento a essa etapa, tanto para aperfeiçoar a alfabetização e o preparo dos alunos para o Ensino Médio quanto para que a transição de períodos escolares seja o mais tranquilo possível aos estudantes.

Os coordenadores e diretores podem propor, por exemplo, debates entre os alunos e suas famílias para garantir que o processo de aprendizagem seja democrático e inclusivo. O indicado é que a instituição de ensino acate as sugestões e consiga, a partir disso, proporcionar os recursos e as ferramentas necessárias para sanar as dificuldades e os desafios dos anos finais do Ensino Fundamental.

Os principais desafios e oportunidades desse período

O ciclo escolar do Ensino Fundamental é o segmento mais longo da educação básica brasileira. Geralmente, o período tem 9 anos de duração e é dividido do 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano, que representa os anos finais. Cada etapa desse ciclo apresenta características bem definidas em relação à prática pedagógica.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), os anos finais do Ensino Fundamental II devem contar com professores especialistas para aprofundar os temas de estudo introduzidos nos anos iniciais da formação escolar.

Nesse ciclo, além de retomar os conteúdos vistos nas primeiras séries, os educadores têm o desafio de apresentar conceitos mais complexos aos estudantes a fim de prepará-los para o ingresso no Ensino Médio. Em geral, o aprendizado se torna interdisciplinar e deve conseguir desenvolver uma visão holística no processo de ensino, que é fundamental para a continuidade dos estudos e para a vida social do aluno.

Os discentes, nesse período, estão na faixa dos 11 a 15 anos, e é justamente nessa transição que o estudante deve contar com apoio e assistência escolar para internalizar diferentes tipos de conhecimentos e fontes de informação da melhor forma. A partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a estrutura dos anos finais do Ensino Fundamental deve conter os seguintes componentes curriculares:

• Língua Portuguesa;
• Arte;
• Educação Física;
• Língua Inglesa;
• Matemática;
• Ciências;
• Geografia;
• História;
• Ensino Religioso.

Além das disciplinas obrigatórias, o currículo precisa oferecer atividades diversificadas a fim de que os conhecimentos escolares sejam devidamente contextualizados diante das diferentes realidades. Teatro, robótica, música, entre outras temáticas, por exemplo, são inseridas na grade curricular dos anos finais do Ensino Fundamental para aperfeiçoar o desenvolvimento dos alunos.

A importância de contar com um ensino de qualidade

O período ainda traz diversos desafios à equipe escolar, que deve saber como lidar da melhor forma com a passagem dos anos iniciais para os anos finais. Tendo por objetivo minimizar os impactos da transição, a instituição de ensino deve priorizar os interesses e a individualidade dos estudantes, de modo que eles consigam sanar suas dificuldades e, em alguns casos, a inadequação à nova etapa.

Dessa maneira, o indicado é que a escola compreenda os alunos como sujeitos em desenvolvimento, os quais apresentam singularidades e formações identitárias e culturais próprias. Esse aspecto demanda práticas pedagógicas diferenciadas e capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social.

Tais práticas podem ser em forma de atividades extracurriculares capazes de envolver e estimular a sociabilidade, a empatia, o respeito e a inclusão social, a fim de formar discentes com habilidades fundamentais para a vida acadêmica e pessoal. Mesmo diante dos desafios, é possível auxiliar os estudantes e engajá-los por meio de atitudes e comportamentos que sejam mais compatíveis com a nova fase escolar.

Os anos finais do Ensino Fundamental são uma das fases mais importantes e marcantes da vida escolar, representando uma mudança não apenas de ciclos, mas de momento de vida. Ao passar da infância para a adolescência, o aluno precisa desenvolver competências e habilidades complexas, gerando ótimas oportunidades para as instituições de ensino aperfeiçoarem suas práticas pedagógicas.

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