Qual a importância da independência de água para a reprodução das plantas?

Nas formas líquida e sólida, cobre mais de dois terços de nosso planeta, e, na forma gasosa, é constituinte da atmosfera, estando presente em toda parte (REICHARDT, 1996). Acredita-se que a vida tenha se originado em um ambiente aquático (SUTCLIFFE, 1979), e que os organismos vivos tornaram-se completamente dependentes da água no decurso de sua evolução (REICHARDT, 1996), não sendo possível viver sem ela.

A importância da água para os organismos vivos, tanto pelo aspecto ecológico quanto pelo fisiológico, resulta de suas propriedades físicas e químicas, que lhe são peculiares. Daí, ser a água imprescindível à existência de vida na Terra.

A distribuição da vegetação na superfície da Terra é controlada muito mais pela disponibilidade de água do que por outro fator (KRAMER, 1969). Ademais, de todas as substâncias absorvidas pelas plantas, a água é, obviamente, a que é necessária em maior quantidade. As moléculas de água são mais do que simples engrenagens na maquinaria metabólica das plantas: elas integram os seres vivos e, em nível ecológico, representam uma força importantíssima em configurar padrões climáticos. Logo, a água é essencial para a vida das plantas, tanto no sentido bioquímico quanto no biofísico, e suas influências são internas e ambientais (BENINCASA, 1984).

Por ser o principal constituinte protoplasmático das células vegetais, podendo atingir 95 % ou mais do peso total (SUTCLIFFE, 1979; MOHR; SCHOPFER, 1995; REICHARDT, 1996), a água é um fator vital na produção das plantas, participando de todos os fenômenos físicos, químicos e biológicos essenciais ao seu desenvolvimento. A água atua, também, como veículo de transporte de nutrientes minerais, que são absorvidos e conduzidos para a parte aérea das plantas, assim como de produtos orgânicos da fotossíntese, por intermédio da contínua demanda evapotranspirativa, com destino à atmosfera (REICHARDT, 1996; TAIZ; ZEIGER, 2002).

A maior parte da água absorvida por uma planta é perdida, na forma de vapor, pela superfície das folhas, processo esse conhecido como transpiração. Plantas de milho, por exemplo, transpiram mais de 98 % do total da água que absorvem; a maior parte da água que resta (cerca de 2 %) fica retida nos tecidos vegetais, e somente uma porção muito pequena da água (= 0,2 %) é utilizada na fotossíntese (MILLER, 1938, citado por SUTCLIFFE, 1979). Esse fluxo de água é, no entanto, necessário ao desenvolvimento vegetal (REICHARDT, 1996; TAIZ; ZEIGER, 2002).

A água, sendo o composto mais abundante na face da Terra e constituinte de toda a matéria viva, possui algumas características próprias que favorecem a manifestação de fenômenos físicos, químicos e biológicos, vitais ao desenvolvimento das plantas, que podem ser assim resumidos (SUTCLIFFE, 1979):

  • É o principal constituinte do protoplasma, compreendendo, frequentemente, mais de 90 % de sua massa total;
  • É o meio natural de ocorrência de numerosas reações químicas (hidrólise, oxidação, hidratação) e bioquímicas (digestão de amido, bioconversão proteica);
  • É uma fonte de prótons (íons H+) para a redução do CO2 na fotossíntese e de íon hidroxila (OH-) que fornecem elétrons para as reações de luz;
  • É uma substância química muito ativa, sendo o solvente universal e natural de substâncias como sais, açúcares, íons, entre outras;
  • É também o solvente no qual os materiais são transportados no xilema e no floema, e, provavelmente, também através do citoplasma de células;
  • Pelo seu elevado calor específico (1 cal g’1 °C’1), atua como regulador de temperatura.
  • A adsorção das moléculas de água à superfície das partículas forma uma película de hidratação que influencia as reações físicas e químicas;
  • Mantém a rigidez dos tecidos vegetais pela pressão de turgescência no interior das células (turgor celular), responsável pelo crescimento vegetal;
  • Em plantas submersas, ou parcialmente submersas, a água externa proporciona sustentação, pela flutuabilidade de caules e folhas;
  • Meio através do qual os gametas locomovem-se para realizar a fecundação;
  • Sua tensão superficial é a mais elevada que se conhece e molha com facilidade a maioria das substâncias sólidas naturais.

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Qual a importância da independência de água para a reprodução das plantas?

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Fonte

DE ALBURQUERQUE, Paulo Emílio Pereira; DURÃES, Frederico Ozanan Machado. Uso e Manejo de Irrigação. 1ª ed. Brasília – DF: Embrapa, 2008.

Qual a importância da água para a fecundação das plantas?

Após eventos de chuva ou garoa, pode acontecer a fecundação. A gota de água que atinge o ápice do gametófito masculino lança os anterozoides para fora da planta e, ao caírem sobre o gametófito feminino, nadam até a oosfera, ocorrendo a fecundação e originando o zigoto.

Qual é a função da água para as plantas?

Funções da água nas plantas: solvente e meio de reacção; regulação térmica; suporte estrutural; transporte.

Qual a vantagem da independência da água para reprodução?

A água não é mais necessária para que ocorra o transporte do gameta masculino ao feminino, sendo esse transporte feito pelo vento, que transporta o grão de pólen até a oosfera, fenômeno chamado de polinização pelo vento ou anemofilia (Raven et al., 1996), após a polinização o grão de pólen origina o tubo polínico.

Quais estruturas tornaram as plantas independentes da água para a reprodução?

O xilema das gimnospermas é formado exclusivamente por traqueides, com exceção das Gnetales. Essas últimas apresentam em seu xilema elementos de vaso, característica que as aproxima das angiospermas. Além dessas características marcantes, as gimnospermas são independentes da água para a reprodução.