Qual é a diferença entre empreendedorismo privado e empreendedorismo social?

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R: Hoje Há a possibilidade de conjugar as duas coisas numa só, mas a grande diferença é que o lucro do empreendedor social é o bem comum.

por Márcio Ferrari

Qual é a diferença entre empreendedorismo privado e empreendedorismo social?


Qual é a origem desse projeto?

Quando fiz o documentário Doutores da Alegria [sobre a ONG brasileira de mesmo nome], a resposta foi muito impressionante. As pessoas me falavam do impacto transformador do filme. Por isso decidi fazer um documentário sobre o que é ser empreendedor social. Embora seja um movimento mundial que vem crescendo muito, ainda é novo e as pessoas se perguntam do que se trata exatamente. Sem fechar questão, eu quis mostrar a alma dessas pessoas, que obstáculos elas têm de vencer, como pensam. E também que todos nós podemos ser transformadores, se quisermos.

Como você chegou à lista final de personagens e o que há em comum entre eles?
Usei o banco de empreendedores da Ashoka [organização mundial pioneira no campo da inovação social, com sede nos EUA], mas não me limitei a isso. Cheguei a uma lista de 50 e tive de ir cortando. Uma das coisas em comum é que conseguiram unir missão de vida e trabalho. Todos se viram diante de situações que quiseram mudar e durante anos amadureceram uma solução. Por exemplo, o Eugenio Scannavino Netto [médico infectologista e criador da organização Projeto Saúde e Alegria]. Ele trabalhou muitos anos em comunidades da Amazônia antes de dar forma final ao projeto dos barcos-hospitais.

Qual é a relação entre o empreendedor da iniciativa privada e o empreendedor social?
Hoje existe finalmente a possibilidade de conjugar as duas coisas numa só. A grande diferença é que o lucro do empreendedor social é o bem comum. Antes havia uma dualidade muito grande. As pessoas achavam que, antes de fazer o bem, precisariam se dedicar a ganhar dinheiro.

Do ponto de vista individual, o que você percebeu nas pessoas que entrevistou?
Há um senso ético muito elevado, acima das diferenças culturais. Além de um valor em si, a postura ética também é necessária, porque uma das funções do empreendedor social é pedir às pessoas que comprem uma ideia, muitas vezes como voluntárias. E em geral essa ideia é inovadora e difícil de ser posta em prática. O bom empreendedor social precisa estar casado com a ideia dele para passar a certeza de que não há oportunismo, nem interesse exclusivo em satisfazer o ego.

Como você vê a ideia de mudar o mundo em sua própria vida?
Antes de fazer o filme, eu achava que havia problemas inerentes à humanidade, grandes demais para serem resolvidos. Mas conhecer os empresários me fez ver as coisas de outro modo. O [Muhammad] Yunus [inventor do microcrédito e Nobel da Paz] acredita que em pouco tempo haverá museus da pobreza, apenas para lembrar algo que já não existirá mais. Creio que comecei a mudar a história do meu bairro. Criei um grupo no Facebook em favor da segurança na região, que reuniu milhares de pessoas. Pouco a pouco nós estamos criando uma mentalidade de cidadania e participação.

Como se prevê que o filme tenha essa função transformadora?
Estudos mostram que o impacto social do cinema não pode ser medido pela bilheteria. Um documentário às vezes tem uma bilheteria ínfima, comparado a um blockbuster, mas causa um “estrago” muito grande. Um filme como Uma Verdade Inconveniente levantou a bola da questão climática para milhões de pessoas.

Fala-se bastante de criatividade no filme. Como ela se manifesta no mundo do empreendedorismo social?
É uma espécie de olhar fresco, como quem olha as pessoas pela primeira vez. Os palhaços do Doutores da Alegria, por exemplo, chegam a um hospital infantil e, no lugar de uma criança doente, veem uma criança que quer brincar. Ou o caso da Vera Cordeiro [da Saúde Criança], que se baseou numa constatação simples: não adianta medicar uma criança e mandar de volta para uma casa em que entra chuva. A partir disso, ela criou um modelo de atendimento global para famílias com crianças que já foi exportado até para países do Primeiro Mundo.

Os empreendedores sociais do filme parecem querer certa distância da esfera governamental. Você percebeu isso?
O Eugenio [Scannavino Netto] sugere um caminho: o empreendedorismo social deve trabalhar junto com o setor privado em busca de soluções e depois sugeri-las aos governos para que sejam transformadas em políticas públicas. Os governos, por passarem por testes eleitorais frequentes, não podem experimentar nem errar. Já no empreendedorismo social é impossível não experimentar.

MARA MOURÃO
QUEM É: carioca, radicada em São Paulo há quase 20 anos, é publicitária formada pela Faap. Dirigiu mais de 200 comerciais antes de se dedicar à produção e direção cinematográfica e de séries de TV
O QUE FAZ: no cinema, dirigiu quatro longas-metragens: as comédias Alô?! (1998) e Avassaladoras (2002); e os documentários Doutores da Alegria (2005) e Quem se Importa? (2012)
SITE: www.quemseimporta.com.br

Qual a diferença entre empreendedorismo privado e empreendedorismo social?

Enquanto o empreendedor “comum” cria um negócio para obter lucro, atendendo uma demanda do mercado, o empreendedor social toma uma iniciativa para resolver um problema, atender uma necessidade social, normalmente percebida em sua localidade, na comunidade onde ele vive e ou trabalha.

Quais são as diferenças entre o empreendedorismo público e privado?

Os empreendedorismos público e privado guardam semelhanças e diferenças em suas formas. a maior diferença entre eles é que enquanto o privado possui grande flexibilização para implantação de ações, o público requer a normatização dessas ações, pois a lei precede as ações do governo.

Qual é a diferença que existe entre o empreendedorismo empresarial e social?

O empreendedorismo corporativo analisa o risco que a iniciativa pode acarretar para os lucros da empresa, enquanto que a preocupação do empreendedorismo social é a inovação para solucionar problemas da sociedade.

Qual a diferença entre empreendedor social e empreendedor público?

A grande diferença entre o empreendedorismo comum e o empreendedorismo social é que este não visa apenas lucros expressivos para os investidores. Isto não significa que esses empreendimentos não gerem lucro. O importante é criar valor social que gere benefícios para uma comunidade com necessidades específicas.