Qual é a posição dos Estados Unidos da Europa Ocidental e do Japão no cenário mundial?

A RECONSTRUÇÃO DE UM CONTINENTE DIVIDIDO

No período pós-1945, a Europa encontra-se em ruínas, desautorizada e dividida entre duas potências mundiais antagónicas: os Estados Unidos da América e a União Soviética.

Unidos pelo receio do comunismo, alguns países da Europa Ocidental seguem um rumo de cooperação a nível supranacional, a fim de controlar o nacionalismo e eliminar o risco de guerra.

No entanto, na Europa Oriental, a libertação representou para muitos a substituição da tirania nazi pela ditadura comunista sob o domínio soviético.

Guia áudio:

  • Retraçar as fronteiras
  • Sobreviver
  • Migração forçada
  • Direitos humanos

A GUERRA FRIA (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

O lançamento de bombas atómicas sobre o Japão em 1945 deu aos EUA o estatuto de nova potência mundial. Em 1949, a União Soviética obteria o mesmo estatuto ao criar a sua própria bomba atómica. Entre 1945 e 1949, abriu-se um fosso entre as anteriores potências aliadas em todas as questões internacionais, com os EUA, a Grã-Bretanha e a França, de um lado, e a União Soviética, do outro.

Guia áudio:

  • O bloco ocidental
  • O bloco de Leste
  • Para além dos blocos

A CRIAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL

Nas décadas de 50 e 60, as condições de vida da maioria das pessoas melhoram consideravelmente em toda a Europa. O crescimento económico e a introdução do Estado-Providência criaram melhor habitação, educação, cuidados de saúde e serviços sociais.

Na Europa Ocidental, o planeamento público acompanhou a reconstrução do setor privado. No espaço comunista, as economias estatais e planificadas controlavam todos os recursos nacionais, intervindo consoante a sua vontade e afetando a vida quotidiana dos cidadãos. As diferenças entre as economias de mercado e as economias estatais eram evidentes.

Guia áudio:

  • Modelos políticos concorrentes
  • Habitação
  • Cuidados de saúde
  • Bens de consumo
  • Bens de consumo – Aparelhos elétricos
  • Bens de consumo – Design de habitação
  • Bens de consumo – Baby Boom
  • Bens de consumo – Moda
  • Bens de consumo – Alimentos e embalagens
  • Educação
  • Mobilidade

MARCOS DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA I

O controlo da Europa de Leste pela União Soviética e o conflito entre esta e os Estados Unidos da América após a II Guerra Mundial trouxeram ao mundo dois novos conceitos: a Cortina de Ferro e a Guerra Fria. Com o apoio americano, as condições para uma cooperação mais estreita na Europa Ocidental tornaram-se mais favoráveis.

Guia áudio:

  • Entre dois blocos
  • Congresso da Europa
  • Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
  • Fracasso da Comunidade Europeia de Defesa
  • Tratados de Roma
  • Arquitetos da integração europeia
  • Política Agrícola Comum
  • Tratado do Eliseu
  • Primeiro alargamento

MEMÓRIA DA SHOAH

Silêncio, não reconhecimento, repressão; assim foi tratado o Holocausto, ou Shoah na sua designação hebraica, no pós-guerra.

As nações, desesperadas por recuperarem alguma autoestima, puseram de lado sentimentos de culpa e cumplicidade e abandonaram-se às suas próprias memórias de sofrimento e privações. À luz das novas realidades da Guerra Fria, tornou-se mais fácil ignorar os fracassos do passado.

Hoje em dia, porém, o reconhecimento deste crime contra a Humanidade sem precedentes encontra-se no cerne dos debates sobre a memória europeia.

Guia áudio:

  • Memória da Shoah
  • Alemanha Ocidental
  • Alemanha Oriental
  • Áustria
  • Ucrânia
  • França
  • Polónia
  • O Casaco de Josef

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REGIONALIZAÇÃO MUNDIAL NA GUERRA FRIA
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética tornaram-se potências mundiais, caracterizando uma ordem mundial bipolar.
As duas potências viviam sob sistemas socioeconômicos opostos, o capitalismo e o socialismo, que ditaram as relações entre os países e a organização do espaço mundial a partir da segunda metade do século XX.
O capitalismo é caracterizado pela livre iniciativa e propriedade privada dos meios de produção (fábricas, bancos, terras etc.). O governo interfere em níveis do funcionamento do mercado e os salários dos trabalhadores são definidos pelos empresários e pelo mercado, que visam obter o maior lucro possível.
O socialismo, por sua vez, é caracterizado pela propriedade coletiva dos meios de produção, controlados pelo governo. Não há concorrência entre as empresas, pois o governo decide o que será produzido e de que forma. O principal objetivo do socialismo é diminuir as desigualdades sociais e oferecer oportunidades a todos os cidadãos.
A disputa ideológica, política, militar, econômica, diplomática e tecnológica entre Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista) inaugurou o período que ficou conhecido como Guerra Fria, já que não houve conflito armado direto entre as potências. Um delicado equilíbrio de poder, caracterizado por uma “paz armada”, foi mantido por quase meio século.
Observe as áreas de influência dos Estados Unidos e da União Soviética durante a Guerra Fria.
O espaço mundial no período da Guerra Fria estava regionalizado em três blocos formados de acordo com as condições socioeconômicas dos países e com o sistema adotado por influência das superpotências. Estes eram chamados de “três mundos”:
• Primeiro mundo: formado pelos países capitalistas com elevados níveis de industrialização e condições de vida;
• Segundo mundo: constituído pelos países socialistas;
• Terceiro mundo: formado pelos países capitalistas com pouca ou nenhuma industrialização e baixos indicadores de condições de vida.
· ATIVIDADE PROPOSTA
 Observe o mapa e responda às questões no caderno
1. Entre os países capitalistas, que cor representa os países que faziam parte do Primeiro Mundo? E do Terceiro Mundo? Por que esses países foram representados com cores diferentes?
2. Quais cores representam os países que faziam parte do Segundo Mundo? Como eles estavam distribuídos entre os continentes?
3. Apesar de ser uma regionalização do período da Guerra Fria, ainda é comum ouvirmos as expressões Primeiro Mundo e Terceiro Mundo para indicar características de alguns países. Pesquise notícias recentes que empregam esses termos, verificando se o uso feito deles, hoje, ainda é o mesmo do século passado. Depois, apresente suas impressões para os colegas e o professor.
REGIONALIZAÇÕES PÓS-GUERRA FRIA
O fim da década de 1980 marcou o início de transformações políticas e econômicas significativas no continente europeu, que alteraram profundamente a geopolítica mundial.
As economias dos países socialistas começaram a apresentar sinais de esgotamento. Os enormes gastos com a corrida armamentista impediram que acompanhassem as inovações trazidas pela Terceira Revolução Industrial: o uso da tecnologia e da informática na produção industrial e a flexibilização e descentralização das atividades produtivas.
A população desses países também mostrava crescente insatisfação, com infraestruturas deficitárias, falta de alimento e de maior liberdade. Diante desse quadro, os governantes começaram a implementar reformas político-econômicas, caminhando na direção do capitalismo.
Essa abertura dos países socialistas aproximou União Soviética e Estados Unidos. Acordos para a redução do arsenal nuclear foram firmados, amenizando as tensões da Guerra Fria.
Esse processo culminou com a derrubada do muro que dividia a cidade de Berlim e que havia se tornado um dos símbolos da Guerra Fria. A partir desse momento, os regimes socialistas do Leste Europeu começaram a se desagregar. Em 1991, a União Soviética deixou de existir, dando origem a quinze repúblicas independentes.
Com o fim da Guerra Fria, a organização do espaço geográfico passou por grandes transformações que refletiram nas formas de produzir, pensar e fazer política no mundo.
No início dos anos 1990, a Nova Ordem Mundial apresentava como centros econômicos e tecnológicos de poder os Estados Unidos, a União Europeia (bloco econômico que reúne alguns países europeus) e o Japão.
Nesse novo período destaca-se o processo de globalização, entendido como o crescimento da interdependência entre países, governos, empresas e povos do mundo, como consequência da grande expansão do sistema capitalista e das comunicações.
No mundo multipolar dos anos 1990, assim como no mundo bipolar, as áreas de influência dos países centrais estavam bem definidas. 
Observe o mapa.
1. Anote em seu caderno os nomes e as respectivas áreas de influência dos principais polos político-econômicos mundiais no início do século XXI.
2. Compare este mapa com o da página 31 e converse com seus colegas sobre a posição dos Estados Unidos, da Europa Ocidental e do Japão no cenário mundial.
3. Em 2018, a China era a segunda maior economia do planeta, produzindo quase 15% de toda a riqueza mundial. Pensando nisso, podemos afirmar que a posição ocupada por esse país neste mapa corresponde ao seu papel no cenário internacional atual? Apresente argumentos que justifiquem sua resposta.
REGIONALIZAÇÃO POR BLOCOS ECONÔMICOS
Um dos aspectos da economia globalizada é a diminuição ou eliminação das barreiras alfandegárias (taxas, impostos e restrições a produtos e serviços) entre países ou blocos de países, para estimular a circulação de mercadorias e de capitais.
A busca pela ampliação do comércio internacional estimulou a formação dos blocos econômicos, isto é, associações de países com o objetivo de ampliar as relações econômicas, realizando trocas comerciais com pouca ou nenhuma restrição.
Na América, os principais blocos econômicos são: o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e, em menor grau, a Comunidade Andina (CAN) e a Comunidade do Caribe (Caricom); na Europa, há a União Europeia (UE); na África, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Econômica do Oeste Africano (ECOWAS); e na Ásia, a Associação dos Países do Sudeste Asiático (Asean).
Existem blocos transcontinentais, como a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que reúne países da América, da Ásia e da Oceania.
PAÍSES DO NORTE E PAÍSES DO SUL
O fim das disputas ideológicas entre os blocos capitalista e socialista tornou as diferenças socioeconômicas entre os países mais evidentes. Surgiu, então, um novo conflito marcado pelas contradições entre os países do Norte (considerados ricos ou desenvolvidos) e os países do Sul (considerados pobres ou subdesenvolvidos).
A regionalização do mundo em Norte e Sul foi definida com base em critérios socioeconômicos.
Não se deve confundi-la com a divisão do mundo em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul, definida pela linha do equador. Observe no mapa que há países considerados desenvolvidos localizados no Hemisfério Sul e países considerados subdesenvolvidos localizados no Hemisfério Norte.
Essa proposta leva a generalizações, pois há muitas diferenças econômicas e sociais entre os países, principalmente os do Sul. Quando analisamos a expectativa de vida, por exemplo, temos uma média de 75 anos para o Brasil e de 53 anos para a Serra Leoa, que também faz parte do bloco Sul.
No bloco Sul, países como Brasil, México, Índia e China são chamados de emergentes ou países em desenvolvimento, pois são industrializados e apresentam significativas melhorias nas condições de vida da população e nos indicadores econômicos. Esses países também estão ampliando suas participações na economia e na política internacional.
1. A maior parte dos países faz parte do bloco Norte ou do bloco Sul?
2. Como o Brasil está classificado nessa regionalização?