Qual é a relação entre o aquecimento global é efeito estufa?

O aquecimento global pode ser definido como um processo em que há o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra. Esse processo pode ocorrer como consequência de fenômenos naturais e também de atividades humanas. A ação humana é responsável por elevar a emissão de gás carbônico, um composto que provoca o aumento do efeito estufa.

O aquecimento global desencadeia efeitos graves para o nosso planeta, tais como: derretimento das calotas polares, desaparecimento de ilhas e de regiões costeiras, além do aumento de eventos climáticos extremos, como tempestades e ondas de calor. Outro problema que merece atenção, e já pode ser notado atualmente, é a extinção de espécies de animais e plantas.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Quais espécies correm risco de extinção em razão do aquecimento global?

Quais espécies correm risco de extinção em razão do aquecimento global?

De acordos com relatórios do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), 30% das espécies do planeta correm o risco de desaparecer caso a temperatura global do planeta aumente 2ºC. Apesar de parecer uma mudança pequena, é suficiente para afetar diretamente várias espécies, principalmente aquelas que são sensíveis às condições ambientais, como anfíbios e fitoplâncton.

Assim, houve uma queda drástica, por exemplo, no número fitoplânctons. Segundo alguns especialistas, isso ocorre por causa do aumento da temperatura das águas do mar. Esse aumento deixa a coluna de água estratificada em algumas regiões, o que dificulta a chegada de nutrientes ao fitoplâncton. Essas modificações no mar afetam toda a cadeia alimentar, uma vez que o fitoplâncton é a base dessas cadeias.

  • Urso-polar

Não podemos esquecer de citar o símbolo maior do aquecimento global e de seu impacto na natureza: os ursos polares. Esses animais estão fortemente ameaçados, pois habitam em uma área que está sofrendo intenso degelo e, por isso, ocorreu uma redução de sua área de caça, onde eles geralmente capturavam suas presas, que sobem para respirar em espaços entre o gelo e água. Diminuindo a área de caça, reduz-se a capacidade de conseguir comida e, consequentemente, os ursos morrem. Alguns cientistas destacam ainda que essa situação causou um aumento na ocorrência de canibalismo entre esses seres.

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  • Sapos tropicais

Um caso bastante peculiar envolve algumas espécies de sapos tropicais. Segundo a WWF Brasil, mais de 70 espécies de sapos desses locais estão morrendo em decorrência da ação de fungos que se desenvolvem melhor com temperaturas mais elevadas. Isso mostra que o aquecimento global pode desencadear também o risco de doenças causadas por alguns parasitas.

  • Tartarugas marinhas

Os problemas não param por aí. Se o aquecimento global desencadeia a elevação do nível do mar e consequente redução das áreas costeiras, um outro grupo de animais pode ser afetado: as tartarugas marinhas. Esses animais necessitam de locais adequados para colocarem seus ovos, assim, o aquecimento afeta sua reprodução. Além disso, como o sexo é determinado pela temperatura da areia, aumentos de temperatura podem afetar a proporção entre machos e fêmeas.

De certa forma, todas as espécies são influenciadas pelo aumento de temperatura, uma vez que a extinção de apenas uma afeta toda a cadeia alimentar e o equilíbrio do ecossistema. Dessa forma, é fundamental que comecemos a apresentar atitudes mais corretas com o meio ambiente a fim de garantir um planeta saudável para as futuras gerações.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Qual é a relação entre o aquecimento global é efeito estufa?

As alterações do clima prejudicam a biodiversidade porque exigem uma adaptação das espécies que não é natural. Quando a temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra é elevada, animais e plantas são obrigados a mudar de habitat, a alterar seu ciclo de vida ou até mesmo a desenvolver novas características físicas para sobreviver. Este impacto é tão negativo que fortes evidências científicas indicam as mudanças climáticas como as maiores causas de perda de biodiversidade até o fim do século.

São várias as espécies de flora e de fauna que correm risco de extinção considerando um aumento de 1,5º a 2ºC na temperatura global. Outras, sofrem impacto em suas taxas de fecundidade e reprodução. Muitas plantas, por exemplo, por estarem profundamente conectadas à sazonalidade do ambiente, têm seus períodos de florada e perda de folhas alterado, impactando na reprodução de insetos, pássaros e anfíbios. Já a vida nos mangues é ameaçada sempre que há um aumento do nível do mar. E os corais, essenciais para o equilíbrio da manutenção de animais marinhos, ficam em risco com a elevação da temperatura dos oceanos.

Mas por que a temperatura está aumentando? Sobretudo por causa das atividades humanas, feitas de maneira insustentável. Estima-se que nossas ações sejam responsáveis por 90% do aumento na temperatura média da superfície global observado entre 1951 e 2010 — os outros 10% tem a ver com fenômenos naturais, como erupções vulcânicas e decomposição de animais, por exemplo.

Este aquecimento é resultado direto das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Quando liberados, gases como o metano (CH4), o gás carbônico (CO2) e o óxido nitroso (N2O) formam uma camada ao redor da Terra impedindo que o calor absorvido pela radiação solar se dissipe — este é o efeito estufa! —, causando a elevação da temperatura da superfície. 

As principais atividades responsáveis pela emissão de GEE no mundo são: queima de combustíveis fósseis para geração de energia (25%); agricultura, florestas e outros usos do Solo (24%); indústria (21%); transportes (14%) e construção civil (6%). 

O Brasil está na triste lista dos países que mais emitem gases de efeito estufa. Em 2018, emitiu 1,939 GtCO2e, o que corresponde a pouco mais que 5% da emissão global (36,573 GtCO₂).

A maior parte das emissões brasileiras é proveniente do desmatamento e das mudanças no uso do solo (44%), seguido da agropecuária (25%) e da geração de energia (23%). E nossos números têm aumentado principalmente porque desmatamos mais: entre agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil bateu recorde de desmatamento na Amazônia destruindo 9.762 km², 29,5% mais que no mesmo período anterior. Estes quase 10 mil km² representam 1,4% de toda a Amazônia já desmatada (700 mil km²). 

Um estudo do IPAM recém-publicado indica que nem a crise do coronavírus, que começou a afetar a economia  no fim de fevereiro, foi suficiente para dar um golpe significativo na produção e no consumo a ponto de ajudar a manter as florestas em pé. No primeiro trimestre de 2020, o desmatamento na Amazônia aumentou 51% em relação ao mesmo período de 2019.

Além da emissão de GEE que intensifica o aquecimento global, o desmatamento pode contribuir para o surgimento de novas doenças que ameaçam a humanidade e outras espécies. O próprio coronavírus é um exemplo derivado do consumo humano de carne de animais silvestres — ao que tudo indica, dos morcegos. É possível que eles tenham se deslocado para regiões mais próximas de centros urbanos devido a um desequilíbrio em seu habitat original. 

Cientistas alertam há décadas que na medida em que avançamos sobre as florestas aumenta a probabilidade de micro-organismos (até então em equilíbrio com seu habitat) migrarem para áreas próximas de agrupamentos humanos e virem a causar doenças que podem fazer vítimas.

Em entrevista recente, Carlos Nobre, presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, foi além: “A Amazônia tem a maior quantidade de microorganismos do mundo. E estamos perturbando o sistema o tempo todo, com populações urbanas se aproximando, com desmatamento e com comércio de animais silvestres. Então, talvez tenha sido sorte que a pandemia não tenha começado no Brasil”, disse. 

Se não conseguirmos conter o desmatamento, vamos continuar arriscando a sobrevivência da espécie humana e de todas as outras que habitam a Terra.

Qual é a relação entre o aquecimento global é efeito estufa?

– Nossos padrões de produção e consumo e o significativo crescimento populacional são os grandes responsáveis pelo aumento da emissão de GEE, os causadores do aquecimento global. Prova disso é que a pegada de carbono da humanidade mais que triplicou desde 1970.

– Quase 9% de todas as espécies de árvores conhecidas já sofrem risco de extinção. Dependendo do cenário climático nos próximos anos, estima-se que de 1 a 10% das espécies de plantas da Europa sejam extintas até 2100. Por aqui, na Mata Atlântica, que atualmente possui menos de 12% da cobertura vegetal nativa, de 25 a 50% das espécies vegetais sofrerão redução em sua área de ocorrência.  

– Os corais já sentem os efeitos do aquecimento dos oceanos e pesquisas indicam um aumento deste impacto negativo se não mudarmos nossa forma de produzir e consumir. A Grande Barreira de Corais da Austrália, por exemplo, pode perder até 95% de seus corais até 2050 devido a mudanças na temperatura do oceano.

– As mudanças climáticas também atingem a produtividade agrícola, logo, podem afetar a disponibilidade de alimentos e a economia. O estresse térmico e os solos mais secos como resultado do aquecimento global podem reduzir os rendimentos das culturas em até ⅓ nos trópicos e subtrópicos.

– No Polo Ártico, a temperatura nos últimos 100 anos chegou a aumentar 5°C, indicando a tendência de não haver mais gelo cobrindo os oceanos durante o verão já nas próximas décadas. 

– Para que o mundo se mantenha de acordo com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, os países têm de zerar suas emissões até 2050 e precisam reduzir as emissões em 45% até 2030. Até mesmo para ficar abaixo dos 2°C é requerido um esforço significativo na redução das emissões globais, o que não está acontecendo mesmo diante da existência de políticas e compromissos ambientais.

Qual é a relação entre o aquecimento global é efeito estufa?

– Pode ser difícil ter a sensação de estar freando o desmatamento, mas, você pode, sim, fazer a diferença a partir de seus hábitos. Se diminuir o consumo de carne bovina estará reduzindo também os impactos associados à sua produção, pois reduzirá a pressão pela abertura de novos pastos, que provocam desmatamento e consequentemente emissão de gases de efeito estufa, além do causado pela pecuária em si (o processo digestivo do gado também libera GEE). Pense: se um número grande de pessoas fizer o mesmo, será gerado um enorme impacto positivo para o país. 

– Quando for consumir de carne — seja ela bovina, suína, frango ou peixe —, opte por produtos certificados, que garantem uma origem sustentável e uma produção não atrelada ao desmatamento.

– Antes de uma compra, faça a clássica pergunta: “Eu preciso deste produto?” A fabricação de todo e qualquer item envolve processos que emitem GEE, como a extração e o processamento de matéria-prima, o uso de água e energia e o gasto de combustível no transporte. E, sempre que der, opte pela compra de produtos de segunda mão, cujo ciclo de produção ocorreu no passado e a compra não causa mais emissão de GEE.

– Não desperdice alimentos, aprendendo a utilizar cada ingrediente integralmente. Além da agropecuária ser um dos maiores emissores de GEE, os resíduos orgânicos em decomposição, derivados do desperdício de alimentos, também emitem GEE em aterros. 

– Vai sair de um ambiente? Apague as luzes. O setor de energia corresponde a mais de 20% das emissões de GEE no Brasil, além de, nos períodos de estiagem, ser necessário acionar as usinas termelétricas, que emitem ainda mais gases de efeito estufa.

– Caminhar faz bem à saúde e ajuda a combater o aquecimento global. Em casos de deslocamento em trechos curtos, faça-os a pé. Ou tente usar meios de transporte que não dependam da queima de combustíveis, como a bicicleta e os patinetes: das emissões correspondentes ao setor de energia, 49% estão relacionadas ao transporte.

– Lembre-se que você é um consumidor e, por isso, tem um grande poder mobilizador em suas mãos. Cobre mudanças de empresas e do governo: precisamos de políticas públicas que diminuam o desmatamento, invistam no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, incentivem o uso de energias renováveis e tecnologias de baixa emissão de carbono. Cada um precisa fazer a sua parte para viabilizar um novo jeito de produzir e consumir.

Qual é a relação entre o aquecimento global é efeito estufa?
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Qual é a relação do efeito estufa com o aquecimento global Brainly?

Resposta: A relação entre efeito estufa e o aquecimento global seria pelo crescente lançamento de gases-estufa na atmosfera em atividades humanas. O efeito estufa é um fenômeno natural realizado por gases presentes na atmosfera terrestre.

Qual é a relação entre efeito estufa e aquecimento global e biodiversidade?

Este impacto é tão negativo que fortes evidências científicas indicam as mudanças climáticas como as maiores causas de perda de biodiversidade até o fim do século. São várias as espécies de flora e de fauna que correm risco de extinção considerando um aumento de 1,5º a 2ºC na temperatura global.

Qual a relação entre o efeito estufa é a temperatura?

O problema do efeito estufa começa quando a atmosfera retém mais calor e, como consequência, aumenta a temperatura da Terra além do normal - é o famoso aquecimento global. Isso acontece por causa da emissão de gases em excesso, através de indústrias e carros, por exemplo.

Qual a relação entre o efeito estufa e aquecimento global e as mudanças climáticas Brainly?

Resposta: A relação entre efeito estufa e a mudança climática global, são efeitos causados pelas atividades do homem, e que gera poluição ao meio ambiente, o que faz com que ocorra aumento de temperatura e mudança climaticas em escala global.