Quando bebê pode comer comida temperada?

O seu bebé começou a comer sopas e papas, e a dúvida está agora nos seus temperos. Será que se pode temperar? Como temperar papinha de bebé? Será que o sal é mesmo proibido? Saiba tudo neste artigo.

Como temperar papinha de bebé?

Como temperar papinha de bebé?

Podemos temperar as papas e as sopas? Depende. Numa primeira fase da diversificação alimentar é muito importante deixar que a criança aprenda o verdadeiro sabor dos alimentos, sem grandes temperos e combinações (sendo por esse motivo que também se aconselha a não colocar muitos alimentos diferentes nos primeiros purés / sopas).

É muito importante que nos lembremos que as crianças não conhecem os temperos e que, por esse motivo, também não sentem falta.

Contudo, mais tarde na diversificação alimentar, existem boas opções que ajudam a “dar sabor” aos pratos dos mais pequeninos e que são também nutricionalmente ricas.

O sal está mesmo proibido?

Sim. O sal está proibido durante a diversificação alimentar, tendo em conta que o sal que está naturalmente presente nos alimentos é suficiente para as necessidades da criança, sendo ainda importante não sobrecarregar o sistema renal do bebé que ainda se encontra em desenvolvimento.

Adicionalmente, o sal tem a capacidade de “esconder” o verdadeiro sabor de alguns alimentos (principalmente os vegetais), o que não é de todo desejável quando a criança começa a aprender sabores novos.

Da mesma forma, caldos concentrados ou qualquer outro molho estão também completamente proibidos.

Como temperar papinha de bebé?

O que se pode usar para temperar a papinha de bebé:

1. Azeite

O azeite deve ser a gordura de eleição para temperar os purés e sopas das crianças e pode ser introduzido desde o início da diversificação alimentar. Para tal, pode ser adicionada 1 colher de chá (5 a 7 ml) ao puré / sopa, em cru.

2. Alho e cebola

O alho e a cebola são muitas vezes esquecidos quando falamos em temperos, mas a verdade é que são excelentes aliados para dar mais sabor aos pratos.

Tanto o alho como a cebola podem ser utilizados logo após as primeiras semanas de início de diversificação alimentar, devendo apenas ter atenção às quantidades.

Dez gramas de cebola e um pedacinho pequenino de alho são suficientes para dar sabor de uma forma tradicional e saudável.

3. Ervas aromáticas

As ervas aromáticas são também uma opção para os temperos dos pratos do bebé, mas devem ser reservadas para mais tarde no processo de diversificação.

Ainda que não haja uma regra rígida, os 9 meses são uma altura relativamente consensual (preferir, por exemplo, salsa, cebolinho, manjericão, …).

Não existe evidência de que as ervas aromáticas sejam potencialmente alergénicas, contudo por uma questão de segurança microbiológica deverá começar por adicioná-las às sopas / purés para que sejam cozinhadas com os restantes alimentos.

4. Especiarias

Tal como para as ervas aromáticas, não existem recomendações para a introdução de especiarias. Contudo é relativamente comum que estas sejam introduzidas mais tarde do que as ervas aromáticas e, muitas vezes, apenas após os 12 meses.

Ainda assim, existem também algumas especiarias que são introduzidas mais cedo, particularmente a canela e o gengibre (nas papas “doces”), com excelentes resultados. Assim, deve debater esta questão com o seu médico pediatra.

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November 29, 2017

Ervas, as especiarias e os legumes aromáticos, como cebola e alho, geralmente refogados em azeite criam novas camadas de sabor com as diferentes combinações e ajudam a apresentar aos bebês um conceito fundamental: comida boa é variada e saborosa.


Vale lembrar que as ervas frescas são a melhor opção, porque têm sabor mais suave do que as secas. Mas nada de picância nessa primeira fase! Pode guardar as pimentas, a páprica picante e o curry.


Estes temperos valem

Ervas frescas - salsinha, cebolinha e coentro picadinhos podem finalizar os pratos; já tomilho, alecrim e sálvia devem usados no preparo, porque ficam melhores quando passam por algum método de cozimento.

Especiarias - páprica doce (cuidado para não usar a versão picante!), cominho, canela (inclusive em preparações salgadas), cúrcuma e noz-moscada são ótimos de ter na despensa para usar no dia a dia.

Legumes aromáticos - cebola e alho são os primeiros que vêm à cabeça na hora de fazer o refogado do arroz, do feijão e dos ensopados, mas vale refogar salsão, cenoura e alho-poró em azeite para criar mais uma camada de sabor.

Assista a série 'Comida de Bebê' no YouTube

E o sal?

Se a recomendação com ervas e algumas especiarias é a de usar à vontade, com o sal o cenário é bem diferente. O sódio, que é um dos principais componentes do sal, é importante para a saúde porque regula a pressão arterial. Mas os brasileiros consomem muito mais sal do que deveriam, e esse excesso está relacionado ao aumento da hipertensão arterial e ao risco de acidente vascular cerebral e do desenvolvimento de doenças renais. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma ingestão máxima de 2 g de sódio por dia. Por aqui, os dados mais recentes mostram que chegamos a alarmantes 4,7 g por dia.


Vale lembrar que quem consome produtos ultraprocessados muitas vezes está ingerindo sal sem saber, mesmo em alimentos doces. Na maioria das barrinhas de cereal comerciais, por exemplo, você vai encontrar sal entre os ingredientes listados no rótulo.


No caso dos bebês, a quantidade de sódio necessária é tão pequena que eles podem obter tudo o que precisam dos alimentos in natura. O Ministério da Saúde indica o uso do sal com moderação. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que não seja usado. Mas, do ponto de vista culinário, o uso correto do sal não tem a função apenas de salgar a comida.


O sal serve também para misturar os sabores dos alimentos da preparação — é por isso que comida sem sal não tem graça! E não adianta salgar a comida direto no prato. As quantidades serão maiores e sem o mesmo efeito.


No livro Comida de Bebê, optamos por indicar em todas as receitas a quantidade de sal que você pode usar para temperar a comida, considerando o que vale para o bebê. Vai ser uma oportunidade para cuidar da saúde de todo mundo, recalibrando o uso do sal para a família toda.

Comida da família

A introdução alimentar de um bebê pode ser o incentivo que faltava para melhorar a alimentação de uma família inteira. Claro que não faz sentido cozinhar o arroz, o feijão, o frango e a abobrinha para o bebê e servir uma lasanha congelada e um copo de refrigerante para o resto da casa. Mas também não faz sentido cozinhar uma refeição para a família e outra refeição para o bebê. Com alguns ajustes e truques, dá para cozinhar de uma vez só para todos e assim deixar mais saudável a alimentação de todos.

E mais: com planejamento, não é preciso cozinhar todos os pratos do zero em todas as refeições. Essa é a hora de priorizar o assunto alimentação, investir um pouco de tempo e descobrir que preparar a própria comida pode ser, além de muito mais saudável e econômico, um processo prazeroso para todos os envolvidos.

Quando pode dar comida temperada para bebê?

Bebês podem comer alimentos temperados, mas com moderação! O sal não é necessário, ele apenas é indicado após 2 anos de idade para realçar o sabor da preparação (mínima quantidade).

Quais temperos bebê pode comer?

Salvia, salsinha, cebolinha, coentro, manjerona, manjericão, hortelã, pimenta do reino, lemon e pepper, curry, curcuma, páprica, paprica doce, chimichurry, ervas finas, alho, cebola, alecrim, cravo, canela, anis, gengibre e todos outros temperos podem ser usados na comida do bebê!

Como posso temperar a comida do bebê?

Abuse de temperos naturais. Salsa, louro, cebolinha, manjericão, alecrim, coentro, alho, cebola, tomate, pimentão, açafrão etc. Use sua imaginação e combine estes e outros temperos naturais para dar sabor aos alimentos e preparações oferecidas ao bebê.

Pode temperar a papinha do bebê?

As papinhas salgadas podem ser temperadas com cebola, alho e azeite. As ervas, como salsinha, cebolinha, salsão, manjericão, orégano e coentro (muito utilizado no Nordeste), podem ser colocadas, mas em pequena quantidade, para não comprometer o sabor natural da refeição.