Quando é considerado insuficiência renal crônica?

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Gianna M. Kirsztajn - Diretora do Departamento de Prevenção de Doença Renal da SBN  2019-2020

As doenças dos rins são, de um modo geral, pouco conhecidas pela população; mas, algumas delas são muito frequentes e graves, destacando-se a doença renal crônica.
Chama-se de doença renal crônica toda lesão que afeta os rins e persiste por três meses ou mais. Seu estágio “final” é mais conhecido como “insuficiência renal crônica”. Nesse último estágio, para manutenção da vida, é preciso fazer diálise ou transplante renal.


Alertamos que a doença renal crônica geralmente é silenciosa, não dando sinais ou sintomas, sobretudo no início. Assim, a melhor forma de prevenir tal doença é detectá-la cedo.
Para fazer o diagnóstico, é importante conversar com seu médico e fazer exames, que são simples e acessíveis. Esses exames são: a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina “de rotina”.  Esse é conhecido como sumário de urina, urina I, análise de urina, entre outras denominações.


No exame de urina, a presença de proteína ou albumina, assim como de sangue, são alertas particularmente importantes para possível doença dos rins. 


A dosagem de creatinina sérica e o exame de urina “de rotina” podem ser incluídos no check up ou consulta médica rotineira de qualquer pessoa. Mas, são ainda mais importantes para pessoas que têm familiares com doença renal crônica, para diabéticos e hipertensos.


Na verdade, atualmente, diabetes e hipertensão arterial são frequentes e são as causas mais comuns de doença renal crônica.
Existem tratamentos para a doença renal crônica e para as suas causas, assim como para as suas complicações. Os diversos recursos de tratamento podem evitar ou pelo menos retardar a progressão da doença para os estágios mais avançados.


Por fim, é preciso estar ciente de que a melhor forma de lidar com a doença renal é prevenir, fazendo-se o diagnóstico precoce. Para tanto, é importante conhecer a doença renal crônica, é necessário fazer exames de rastreamento (creatinina sérica e exame de urina), mesmo na ausência de sintomas, para detectá-la e iniciar o tratamento o mais cedo possível.


PARA MAIS INFORMAÇÕES, veja o “podcast” (gravado no ano de 2019).. e o vídeo ... (gravação do dia 12/02).
INFORMAÇÕES também podem ser obtidas nos sites da SBN (prevenção) e do World Kidney Day (https://www.worldkidneyday.org). 

Podcast de 2020:

https://player.fm/series/scicast-1279242/dia-mundial-do-rim-2020-sbn-22

Podcast de 2019:

https://player.fm/series/scicast-1279242/sbn-12-dia-mundial-do-rim-2019

Vídeo:

https://www.sbn.org.br/noticias/single/news/dra-gianna-mastroianni-fala-um-pouco-sobre-a-doenca-renal-cronica-drc/

O que é?

Consiste numa lesão renal com perda progressiva e irreversível da função renal. Na sua fase mais avançada, os rins deixam de ser capazes de manter a normalidade no meio interno do paciente.

Estima-se que em Portugal mais de 800 mil pessoas sofram desta doença. Todos os anos são registados 2.200 novos casos em fase terminal, existindo atualmente 14 mil doentes dependentes de diálise, dos quais cinco mil são transplantados. Pode atingir todas as idades e géneros, embora a sua incidência seja maior nos adultos e idosos.

A diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial são três dos fatores que contribuem para que no futuro os números possam ser ainda mais altos, razão pela qual o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais.

A insuficiência renal pode ser aguda, quando aparece de forma brusca, tendendo normalmente a recuperar, e crónica, quando a falência dos rins se produz de forma lenta e progressiva, sem possibilidades de recuperação. É importante sublinhar que um único rim saudável é suficiente para manter uma função renal completamente normal.

Sintomas

A ausência de sintomas nos primeiros estádios da doença faz com que grande parte da população desvalorize, ignore ou adie os cuidados a ter. Esta inexistência inicial de indícios resulta da capacidade dos rins se adaptarem à perda progressiva da sua função, o que significa que os sinais só aparecem quando a patologia já é muito grave.

Um indivíduo pode estar assintomático até que a função renal esteja a 15% ou 20% face aos valores normais. Na presença de doença renal, de diabetes ou hipertensão (nas fases muito avançadas, até 90% dos pacientes podem ter tensão alta), deve-se consultar um médico especialista para se tentar atrasar, ao máximo, a progressão da patologia, mantendo-se a qualidade de vida. 

Os principais sinais de alerta são ardor ou dificuldade em urinar; urinar frequentemente, sobretudo durante a noite; urinar com sangue; presença de olhos, mãos e/ou pés inchados, especialmente em crianças; dor por baixo das costelas que não se altera com o movimento; tensão arterial elevada. Outras queixas comuns são o cansaço progressivo, a fraqueza generalizada e a fadiga ao realizar esforços pequenos ou moderados. Estes problemas resultam da anemia, habitual na insuficiência renal. Outras vezes, observa-se uma insónia progressiva, em que o doente tem de tomar medicação para conseguir dormir. Com bastante frequência, perante um quadro grave, surgem perda do apetite, náuseas ou vómitos. 

O rim tem como função eliminar a maior parte dos líquidos e resíduos do metabolismo. Por isso, na presença de uma função renal anormal há uma tendência para acumulação de fluidos, mais abundante nas pernas à medida que o dia avança, e na face nas primeiras horas da manhã, ao acordar. Alguns doentes têm também prurido generalizado na pele e apresentam uma cútis seca e pálida.

Sintomas, mais raros, incluem alterações menstruais em mulheres jovens e uma tendência para hemorragias na pele ou perdas de sangue pelo aparelho digestivo.

Causas

As causas mais frequentes são as glomerulonefrites, a pielonefrite, os rins poliquísticos, a diabetes e a hipertensão arterial. Podem existir fatores hereditários que aumentam a tendência para doença renal crónica.

Diagnóstico

O diagnóstico passa pela realização de análises ao sangue e à urina, e pela medição da tensão arterial. Os testes urinários permitem avaliar as perdas de proteínas, bem como a eliminação de sal e de outros elementos. Nos doentes diabéticos é necessário manter um controlo rigoroso dos níveis de glucose, de modo a reduzir o seu impacto sobre a função renal. Pode ainda ser necessário recorrer à ecografia, à tomografia ou à ressonância magnética.

Tratamento

O tipo de tratamento depende da fase em que o doente se encontre. A terapêutica permite corrigir os problemas produzidos pelo mau funcionamento dos rins e evitar a insuficiência renal ou, caso esta já esteja presente, atrasar ou interromper a sua progressão. Inclui regime alimentar e medicação. A dieta ajuda a controlar a tensão arterial e a diminuir a acumulação de substâncias como a ureia, o fósforo ou o potássio, que os rins doentes não conseguem eliminar em quantidade suficiente. Deste modo, os sinais tendem a melhorar e é possível atrasar ou deter a perda das suas funções. A medicação utiliza-se para estabilizar a tensão arterial, para fornecer as hormonas que o rim não é capaz de produzir ou para aliviar vómitos ou prurido.

A quantidade de líquidos que se deve beber varia consoante a quantidade de urina que se elimina diariamente. Quando é muita, é necessário aumentar a ingestão de água. Quando é pouca, há que diminuir a quantidade de líquidos para que não se acumulem. Perante um quadro de tensão arterial alta, deve eliminar-se o sal e não comer enchidos ou conservas. 

Quando os rins funcionam a menos de metade do normal, já não são capazes de eliminar as substâncias resultantes da ingestão das proteínas, sobretudo as da carne e do peixe. Nesses casos, é útil reduzi-las na dieta, compensando-as com outros alimentos. O potássio também se pode acumular no sangue e deve ser vigiado, tal como as gorduras e o açúcar, sobretudo nos doentes diabéticos.

Por outro lado, sempre que necessário, podem ser prescritos medicamentos para controlar a tensão arterial e os níveis de cálcio e de fósforo, e para tratar ou controlar a anemia.

Quando a função renal já não é suficiente para satisfazer as necessidades do organismo, é essencial fazê-lo de um modo mecânico, através da hemodiálise e da diálise peritoneal. Nos dois casos, o objetivo é filtrar o sangue, evitando que as substâncias tóxicas e o excesso de líquidos se acumulem. Estes tratamentos devem ser realizados, em média, três vezes por semana.

Prevenção

Há recomendações que são válidas para a população em geral: manter um peso normal, evitar o tabaco e o álcool, praticar regularmente exercício físico, entre outras. Já a prevenção da doença renal crónica passa pelo controlo de todos os seus fatores de risco, como a diabetes e a hipertensão, e pelo diagnóstico e tratamento precoce de qualquer doença renal, impedindo-se assim a sua progressão. É importante a realização de exames periódicos, cumprir o tratamento prescrito para a diabetes e/ou hipertensão arterial, controlar o excesso de peso, seguir uma dieta saudável e um programa de exercícios periódicos, deixar de fumar, evitar o uso abundante de analgésicos sem prescrição médica, fazer mudanças na dieta, reduzindo o sal e as proteínas, e limitar a ingestão de bebidas alcoólicas.

Como identificar insuficiência renal crônica?

Os sintomas de insuficiência renal crônica incluem:.
alterações de urina como a presença de sangue ou espuma;.
mudanças na quantidade de urina eliminadas durante o dia, como aumento ou queda na produção de urina;.
cãibras musculares;.
tremores no corpo;.
coceira no corpo;.
pele seca e irritada;.

Qual a classificação da insuficiência renal?

Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.

O que é considerado doença renal crônica?

A doença renal crônica consiste em lesao renal e perda progressiva e irreversível da funçao dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica-IRC), os rins nao conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente.

Qual o nível de creatinina para fazer hemodiálise?

Dá para dizer que homens com creatinina acima de 1,6 mg/dl e mulheres com valores acima de 1,3 mg/dl geralmente têm função renal reduzida, independentemente da idade — logo, são níveis que indicam a presença da doença.