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Você passou alguns anos evitando uma gravidez. Mas agora decidiu que é hora de ter filhos. Então, se pergunta: será que ter usado anticoncepcional por muito tempo afetou minha fertilidade? Ao contrário do que você provavelmente imaginou, depende do tipo de anticoncepcional, suas chances de engravidar são ainda maiores. Segundo um estudo publicado na revista Human Reproduction, se você usou anticoncepcionais orais por mais de quatro anos, não precisa se preocupar. Você tem mais chances de engravidar dentro do período de um ano do que mulheres que tomaram anticoncepcionais por um período de dois anos. Na verdade, segundo o estudo, quem tomou anticoncepcionais por mais de 12 anos têm ainda mais chances de engravidar. Anticoncepcional oral mantém a fertilidadeA pílula oral é feita de hormônios parecidos com os produzidos pelo corpo: estrogênio e progesterona. Ela impede a ovulação, além de dificultar a passagem dos espermatozoides para dentro do útero. O estudo publicado na revista Human Reproduction também diz que as mulheres que usaram esse método por mais de cinco anos têm mais chances de engravidar em um período curto de tempo do que as mulheres que usaram a pílula por pouco tempo. Isso porque quanto mais tempo você usar as pílulas, menos ovulações você vai ter e, assim, sua fertilidade será mais preservada. Gravidez depois de usar o DIUO dispositivo intrauterino (DIU) impede que o espermatozoide chegue ao óvulo. Ele diminui para menos 0,5% a chance de gravidez, mas pode causar aumento do sangramento menstrual, da duração da menstruação e da incidência das cólicas. Estudo realizado na Inglaterra e Escócia mostrou que mulheres que usaram o DIU por pouco tempo tiveram mais dificuldade de engravidar durante um ano depois de parar com esse método, em relação as mulheres que usaram métodos de barreira (camisinha masculina e feminina). Mas depois de um ano, as chances ficaram iguais para todas. Já as que usaram DIU por mais tempo já tinham as chances iguais logo que param de usar. E o implante, interfere na fertilidade?Já os implantes anticoncepcionais, que podem ser aplicados com uma injeção no braço, perdem a validade assim que eles são removidos. E os hormônios que eram liberados no seu corpo também desaparecem. Mulheres que param de usar implantes conseguem engravidar tão rápido quanto as que não usaram métodos não-hormonais. Referênciashttp://www.brasil.gov.br/saude/2011/09/inform-se-sobre-como-funcionam-oito-metodos-anticoncepcionais - acessado em 17/06/2019 http://humrep.oxfordjournals.org/content/early/2013/02/20/humrep.det023.abstract - acessado em 17/06/2019 https://www.guttmacher.org/about/journals/ipsrh/2001/09/first-pregnancy-may-be-difficult-achieve-after-long-term-use-iud - acessado em 17/06/2019 http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1471-0528.2001.00075.x/full - acessado em 17/06/2019 http://www.ippf.org/our-work/what-we-do/contraception/myths/Implants - acessado em 17/06/2019 http://www.imss.gob.mx/salud-en-linea/planificacion-familiar/implante-subdermico - acessado em 17/06/2019 PP-PFE-BRA-1907 Também conhecido por injeção anticoncepcional, este contraceptivo traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração O anticoncepcional injetável, também conhecido por injeção anticoncepcional, é um método contraceptivo que traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou
trimestral. Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical1. Contudo, o fluxo menstrual pode diminuir devido a maior quantidade de hormônios1.De acordo com as indústrias farmacêuticas responsáveis pela fabricação deste medicamento, este é um método contraceptivo muito eficaz, que varia de 0,1% a 0,6% de falha para a injeção mensal e de 0,3%, para a injeção trimestral. Nesta reportagem, será possível esclarecer, com mais detalhes, o que são os anticoncepcionais injetáveis. Para quem são indicados, vantagens e desvantagens, preços e dúvidas recorrentes, mostrando, inclusive se podem engordar e se há riscos de infertilidade com o uso. Acompanhe!Escolher um método contraceptivo é algo pessoal, mas é fundamental a orientação de um médico2.Só este profissional pode explicar quais as vantagens e desvantagens e qual vai se adequar ao momento de vida da mulher2. Nesse sentido, durante a consulta, é natural que o médico pergunte quando a mulher deseja engravidar2.Se a ideia é que isso ocorra no período de um ano, por exemplo, a mulher é candidata a métodos de curta duração, como pílulas, adesivo ou injeções2. As injeções de hormônios são constituídas com os mesmos princípios da pílula, e a aplicação pode ser feita mensalmente. Dessa forma, esse método dispensa a disciplina da ingestão oral diária2. Vale lembrar que o anticoncepcional injetável mensal libera estrogênio e progestagênio e o trimestral só progestagênio, o que é feito gradualmente, impedindo a ovulação3. A injeção é aplicada no músculo (normalmente nádegas ou braço)3. Para quem é indicado o anticoncepcional injetável?De modo geral, este método é indicado para mulheres que toleram a pílula e querem liberdade de não ter de tomar todo dia (mensal)3. Ou, ainda, para mulheres que não querem ou não devem usar estrogênio (trimestral)3. Quais são os anticoncepcionais injetáveis?Entre alguns dos mensais, estão:Noregyna (Mabra) Enantato De Noretisterona+valerato De Estradiol 50mg/Ml+5mg/Ml Solução Injetavel 1ml (Mabra) Depomês (Biolab) Entre alguns dos trimestrais, estão:Depo® Provera® (Wyeth) Quais as vantagens de utilizar o anticoncepcional injetável?Os principais benefícios são: menor probabilidade de esquecimento; comodidade da administração mensal ou trimestral3.Caso a opção seja pelo método sem estrogênio (trimestral), evita-se os efeitos colaterais produzidos pelos estrogênios3. Outros efeitos benéficos também são esperados, como alívio das cólicas menstruais e melhora da anemia, redução dos sintomas associados à endometriose, à dor pélvica crônica e redução do câncer de endométrio1. E quais as desvantagens de utilizar o anticoncepcional injetável?Os maiores inconvenientes estão na tendência a alterações do ciclo menstrual no caso do método trimestral3.Além disso, é necessário profissional de saúde para aplicação3.Entre os efeitos colaterais indesejáveis, a injeção anticoncepcional pode causar dor de cabeça, acne, alterações do humor, redução da densidade mineral óssea, vertigens e aumento de peso1. Existem interações medicamentosas? Alguns medicamentos podem cortar ou reduzir os efeitos?Sim. Entre os contraceptivos orais combinados (de uso mensal), algumas interações foram relatadas4.Acompanhe:Metabolismo hepáticoInterações podem ocorrer com fármacos que induzem as enzimas microssomais, o que pode resultar em aumento da depuração dos hormônios sexuais.Como, por exemplo, com fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também, possivelmente, com oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João. Além disso, foi relatado que inibidores de protease (por exemplo: ritonavir) e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (por exemplo: nevirapina), assim como combinações dos mesmos, utilizados para tratamento de infecção por HIV, interferem potencialmente no metabolismo hepático. Interação com a circulação êntero-hepáticaAlguns relatos clínicos sugerem que a circulação êntero-hepática de estrogênios pode diminuir quando certos antibióticos como as penicilinas e tetraciclinas são administrados concomitantemente.Usuárias sob tratamento com qualquer uma das substâncias citadas anteriormente devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um outro método contraceptivo. Durante o período em que estiver fazendo uso de algum medicamento indutor das enzimas microssomais, o método de barreira deve ser usado concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. As usuárias tratadas com antibióticos devem utilizar método de barreira durante o tratamento com os mesmos e ainda por sete dias após a descontinuação da antibioticoterapia. Exceto com rifampicina e griseofulvina, que são indutores de enzimas microssomais, para os quais se deve manter o uso de método de barreira por 28 dias após descontinuação dos mesmos. Os contraceptivos hormonais podem interferir no metabolismo de outros fármacos. Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual destes fármacos podem ser afetadas (por exemplo, ciclosporina). Já entre os anticoncepcionais trimestrais, o médico precisa avaliar se as possíveis medicações usadas pelo paciente reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra5. Isso pode acontecer, por exemplo, se esses medicamentos forem usados junto com aminoglutetimida (medicamento usado no tratamento da Síndrome de Cushing), podendo reduzir o efeito desta outra medicação5.Quando não se deve usar os anticoncepcionais injetáveis mensais?6
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