A asma evolui de estagio ou permanece sempre no mesmo

Você já ouviu falar em asma induzida por exercícios ou apresentou sintomas de falta de ar durante alguma prática?


Muitos portadores de asma evitam grandes esforços por achar que podem piorar a doença, pois praticar atividade física pode realmente induzir crises da de falta de ar. 


Entretanto, isso só acontece com aquelas pessoas que não estão com a asma controlada ou em atletas de alto rendimento. 


Na verdade, ocorre exatamente o contrário: a prática de atividade física regular ajuda a controlar a doença, inclusive, nesses casos observamos uma redução na necessidade das bombinhas e outras medicações.


Também conhecida como Broncoespasmo Induzido pelo esforço, essa condição é uma forma muito específica de asma. Nesses casos, os pacientes só têm sintomas quando realizam uma alta carga de exercício. 


O mecanismo exato para essa obstrução das vias aéreas ainda não está plenamente elucidado, mas provavelmente acontece por uma mudança brusca de temperatura e hidratação dos brônquios que ocorre durante um esforço vigoroso. 


Vários atletas de alta performance são portadores de asma, como César Cielo, Gustavo Borges, Marta e David Beckham. Clique aqui e confira!

Como é feito o diagnóstico da asma induzida por exercício?


Quando acontece em paciente com antecedente de asma, o diagnóstico fica muito mais fácil, apenas a história clínica de falta de ar e chiadeira induzidas pelo esforço confirmam a condição. 


O maior problema ocorre em pessoas cujo primeiro sintoma é a falta de ar aos esforços, ou a impressão que o rendimento durante o esforço físico está aquém do esperado, pois diversas doenças cardíacas, pulmonares e musculares podem se manifestar de forma semelhante. 


Após a obtenção de uma história clínica detalhada, avaliação de doenças associadas e identificação de fatores de risco para outras enfermidades, é que podemos levantar as hipóteses diagnósticas e iniciar a investigação com exames complementares.


Além dos exames habitualmente realizados na primeira avaliação de um paciente com suspeita de asma, é importante a realização de um teste cardiorrespiratório de esforço, também conhecido como ergo espirométrico, com indicação no pedido de exame da suspeita de broncoespasmo esforço-induzido. 


Nesse exame, o paciente faz uma espirometria antes de começar a andar em uma esteira (como no teste ergométrico), que vai progressivamente aumentando a velocidade e/ou inclinação, em protocolos ajustados para as diferentes idades e condições clínicas (até idosos que andam devagar podem fazer o exame). 


São colocados eletrodos para medir o ritmo cardíaco, esfigmomanômetro para medir pressão arterial e uma máscara para coletar dados de volume de ar respirado, consumo de oxigênio e produção de gás carbônico. 


Quando há asma induzida pelo esforço, observa-se o surgimento de obstrução à saída do ar em uma segunda espirometria realizada após a realização do exercício.

Como é feito o tratamento?


O principal é fazer o acompanhamento médico adequado. De uma forma geral, o paciente precisa entender quais são os fatores que desencadeiam as crises e evitá-los. 


Por exemplo, alguns são mais sensíveis a ambientes com mofo, então evitem locais de treino com muita umidade, aqueles que têm sensibilidade a temperaturas baixas e clima seco podem usar uma máscara (que ajuda a aquecer ar) e também devem evitar treinar ao ar livre no inverno. Dado que algumas pessoas nessas condições são sensíveis a pólen, treinar ao ar livre pode ser um problema na primavera. Quase todos são avessos à poluição do ar, então não treinem na hora do rush. 


Além disso, é importante o uso de medicações de controle da asma, como corticoides inalatórios e broncodilatadores, administrados por bombinhas. Atualmente já há evidências para uso destas medicações apenas quando forem fazer exercícios, ou seja, os medicamentos não precisam ser tomados diariamente se a doença ocorre apenas aos esforços. 


Outro ponto importante do tratamento é a própria prática de exercícios físicos regulares. Em geral, os exercícios aeróbicos são os mais benéficos para os asmáticos. 


Gostamos de ressaltar a importância da natação, porque, além de ser um excelente exercício aeróbico que trabalha com vários grupos musculares, treina a respiração de forma intensa. 


Também recomendamos corrida e ciclismo. Todos esses reduzem a inflamação nas vias aéreas quando executados de forma regular. Porém, esses não são os únicos que trazem benefício. 


A musculação, dança e qualquer forma de atividade física praticadas regularmente, ajudam no controle da asma. Por fim, fazer um aquecimento antes do exercício e um relaxamento após também podem ajudar.

Observações finais


Muitas vezes procuramos uma atividade física perfeita para a asma, mas pouco prazerosa. Em geral, praticar exercícios assim podem fazer com que o paciente tenha uma baixa aderência aos treinos, eliminando qualquer benefício dessa atividade. 


Portanto, devemos sempre discutir com os pacientes aquelas atividades que trazem mais prazer e serão praticadas continuamente, porque o principal é colocar o corpo para se movimentar de forma regular. 


Além disso, a asma é uma doença crônica e deve ser encarada como tal: não procurar cuidados médicos adequados pode piorar a condição, fazendo com que esse problema venha a evoluir ao longo do tempo.


Deste modo, busque sempre por ajuda especializada!

Quais são os estágios da asma?

A asma pode ser classificada quanto à gravidade em intermitente e persistente leve, moderada e grave. Estima-se que 60% dos casos de asma sejam intermitentes ou persistentes leves, 25% a 30% moderados e 5% a 10% graves. Os asmáticos graves são a minoria, mas representam a parcela maior em utilização de recursos.

É possível desenvolver asma com o tempo?

Asma pode se desenvolver em qualquer fase da vida Já foi demonstrado que mais da metade dos asmáticos vão apresentar sintomas na infância, seja nos primeiros meses de vida ou, então, na idade pré-escolar ou escolar”, afirma a pneumologista Lívia Bissoli.

Como a asma se desenvolve?

– esforço físico; – aspectos emocionais; – exposição ao ar frio; – outras causas: alguns tipos de medicamentos, alguns alimentos, refluxo gastro-esofágico, causas hormonais, fatores relacionados ao trabalho ou a escola, asma provocada por outras doenças.

Quanto tempo leva para curar uma crise de asma?

As crises de asma podem durar desde pouco minutos até dias, apresentando perigo se o fluxo de ar ficar muito restrito. Os sintomas variam de uma pessoa para outra, sendo os mais comuns a sensação de aperto no peito, chiado, tosse e falta de ar.