A formação da cordilheira dos Andes resultou da elevação da crosta continental

Os dobramentos modernos – também chamados de dobramentos terciários ou cadeias orogênicas – são um tipo de província ou estrutura geológica que, como o nome indica, possui uma formação recente. Esses dobramentos consistem basicamente nas grandes cadeias de montanhas existentes no planeta, como a Cordilheira dos Andes, na América do Sul; os Alpes, na Europa; as Rochosas, na América do Norte; a Cordilheira do Himalaia, na Ásia; entre outros casos.

A formação dos dobramentos modernos ocorreu graças aos movimentos orogenéticos da crosta terrestre, que são caracterizados pelo choque entre duas placas tectônicas, sendo geologicamente rápidos e formando áreas instáveis. O início da formação das principais cadeias de montanhas da Terra não ocorreu antes de 250 milhões de anos atrás, durante o período terciário.

Por serem áreas de formação geologicamente recente, os dobramentos modernos ainda estão passando por um lento processo de erosão, haja vista que não houve muito tempo para que os agentes externos ou exógenos pudessem atuar no sentido de modelar as suas formas. No caso dos dobramentos antigos, por exemplo, esse processo já ocorreu, o que deu origem a inúmeras áreas de planalto e contribuiu também para a origem das bacias sedimentares.

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Confira a seguir um esquema explicativo da formação dos dobramentos modernos:

A formação da cordilheira dos Andes resultou da elevação da crosta continental

Esquema explicativo da formação dos dobramentos modernos

Por se constituírem em áreas posicionadas no encontro entre duas placas tectônicas, os dobramentos modernos costumam estar acompanhados de falhas geológicas e apresentam ocorrências de vulcanismos intensos e fortes terremotos. As rochas predominantes nessas áreas são as ígneas e as metamórficas, haja vista que as rochas sedimentares são recorrentes em áreas mais antigas.

Os dobramentos modernos são, portanto, um exemplo de como o relevo terrestre é um componente dinâmico, que está em constante transformação. Hoje essas cadeias montanhosas representam as maiores altitudes do mundo, mas daqui a alguns milhões de anos, elas serão mais baixas e poderão até se transformar em vales ou áreas mais planas.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Mestre em Ensino na Educação Básica (UFG, 2021)
Licenciada em Geografia (UFG, 2003)

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O Himalaia é uma cordilheira (conjunto de montanhas) situada na Ásia, tem extensão aproximada de 2.500 km, e entre 150 e 400 km de largura. É uma das maiores cadeias de montanhas do mundo.

Localização

O Himalaia está situado no sudeste asiático, nos territórios da China – incluindo o Tibete –­ Índia, Paquistão, Butão e Nepal. O ponto mais alto – ponto culminante – é o Monte Everest, com 8848 metros de altitude e está localizado exatamente na fronteira da China com o Nepal, sendo seu cume o reconhecimento internacional da fronteira entre estes países. É chamado de “teto do mundo” pois 15 das montanhas mais altas do planeta ali se encontram e por ter mais de 100 picos com altitudes superiores a 7000 metros.

A formação da cordilheira dos Andes resultou da elevação da crosta continental

Cordilheira do Himalaia. Foto tirada pela NASA à partir da Estação Espacial Internacional (2004).

Formação e estrutura geológica

O Himalaia é fundamentalmente constituído por uma estrutura geológica conhecida como dobramentos modernos. São estruturas formadas na era Cenozóica que apresentam as mais elevadas altitudes do relevo mundial.

A cordilheira surgiu da colisão do continente indo-australiano (a Austrália já fez parte da mesma massa continental indiana) com as placas tectônicas asiáticas, após a Índia se projetar para o norte e atingir a Ásia. Desta forma o continente indo-australiano foi pressionado para baixo do continente asiático. Dessa colisão se ergueram a cadeia de montanhas do Himalaia.

A placa indiana continua em movimento. Estima-se que ela se movimenta numa proporção de 67 milímetros por ano, este movimento é responsável pela elevação anual de cerca de 5 milímetros do Himalaia, o que o torna geologicamente ativo.

Clima e hidrografia do Himalaia

O clima do Himalaia, influenciado pelas elevadíssimas altitudes, possui baixas temperaturas e neve durante todo o ano. As geleiras presentes no Himalaia são responsáveis pela alimentação de importantes rios da Ásia, como o Rio Ganges e o Rio Indo, especialmente no período de estiagem. O Himalaia funciona como uma barreira que impede que o ar frio do ártico chegue ao sul da Ásia, o mantendo temperaturas mais quentes do que ocorre em outras regiões temperadas do planeta. A barreira também impede que os ventos sazonais das monções sigam para o norte, propiciando uma grande ocorrência de chuvas torrenciais, principalmente na Índia.

Turismo no Himalaia

O Himalaia atrai muitos e alpinistas que se arriscam na escalada de suas montanhas. O ponto mais atrativo é o Monte Everest. Pela complexidade de sua escalada, já foi palco de muitas mortes de alpinistas. Existem várias estações de esqui no Himalaia indiano, que no período colonial foram instaladas pelos ingleses. No verão as trilhas atraem os turistas para as montanhas mais baixas.

A formação da cordilheira dos Andes resultou da elevação da crosta continental

Foto: Olga Danylenko / Shutterstock.com

Impactos ambientais no Himalaia

A própria formação do Himalaia é causa de grandes impactos naturais, como os terremotos. O ocorrido no Nepal, em 2015, que atingiu 7,8 graus na escala Richter foi produto direto da colisão de placas.

Fator determinante no processo de mudança da dinâmica da cordilheira, o aquecimento global tem gerado apreensão entre pesquisadores. Em estudos de 2011 realizados pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD), é apresentado que as geleiras diminuíram até 22% nos últimos 30 anos, intensificando-se entre 2002 e 2005.

O derretimento dessas geleiras pode gerar impactos em curto e longo prazo; inicialmente, pode provocar o surgimento de grandes lagos que podem interferir na vida nas aldeias da região e num segundo momento diminuir a alimentação dos rios, causando secas no período de estiagem.

Bibliografia:

Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD): http://www.icimod.org/

http://tudoindia.com.br/himalaia/

http://www.empresaspeloclima.com.br/himalaia-geleiras-diminuiram-ate-22-em-30-anos-diz-estudo?locale=pt-br

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/08/02/72902-cientistas-alertam-para-risco-de-que-geleiras-no-himalaia-desaparecam.html

http://www.esa.int/SPECIALS/Eduspace_Global_PT/SEM5RURJR4G_0.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geologia/cordilheira-do-himalaia/

Quando foi formada a Cordilheira dos Andes?

A Cordilheira dos Andes, que vai do sul do Chile até a Venezuela, nasceu de forma abrupta entre dez e seis milhões de anos atrás, revela um estudo divulgado hoje pela revista "Science".

Que influência a Cordilheira dos Andes?

A cordilheira dos Andes influencia a circulação atmosférica num grande espectro de escalas, desde a geração de ondas de montanha (Seluchi et al. 2003b) até o posicionamento das ondas planetárias (Styamurty et al. 1980).

Onde se encontra a Cordilheira dos Andes na crosta terrestre?

A Cordilheira dos Andes é uma cadeia montanhosa localizada na América do Sul. Atravessa sete países e está situada na costa oeste do subcontinente, estendendo-se de norte a sul da Venezuela à Patagônia. Formou-se por meio do choque de placas tectônicas.

Como se explica a formação da Cordilheira dos Andes e do Himalaia?

As Cordilheiras são dobramentos modernos provocados pelos choques de placas tectônicas convergentes. A Cordilheira dos Andes foi formada pelo choque das placas de Nazca e Sul-americana. A Cordilheira do Himalaia foi formada pelo choque da placa asiática com a placa do oceano Índico se nao me engano.