As atividades extrativistas na Amazônia colonial tiveram como força de trabalho principal

As atividades extrativistas na Amazônia colonial tiveram como força de trabalho principal
istock.com / canaran O extrativismo pode trazer diversos problemas para a natureza, sendo que o principal deles é a extinção de recursos.

Considerada uma das atividades humanas mais antigas, o extrativismo é a forma mais primitiva de subsistência do homem — que antigamente coletava o que a natureza tinha a oferecer para sua sobrevivência. A principal característica do extrativismo, portanto, é a ausência de interferência humana na coleta, uma vez que o homem retira da natureza apenas o que ela oferece, sem qualquer manejo para a produção ou criação de plantas, minérios e animais.

Porém, esta ação que inicialmente pareceu benéfico para a sobrevivência humana acabou se transformando em um risco para o futuro da humanidade. Isso porque a arbitrariedade extrativista tem influenciado e elevado continuamente a degradação da natureza.

Primeira e principal atividade dos portugueses quando chegaram ao Brasil, o extrativismo foi responsável pela retirada de ouro e outros tantos minérios — além, claro, da madeira que deu nome ao país: o pau-brasil. Atualmente, o extrativismo vegetal é o mais realizado no País, a exemplo da retirada de borracha das seringueiras e das madeiras das árvores. Já o extrativismo mineral foca no minério de ferro, na bauxita, no ouro e no petróleo.

Por conta sua riquíssima biodiversidade, a Amazônia passou a ser o foco principal do extrativismo no século XVIII, com a procura maciça das chamadas “drogas do sertão”. O termo faz referência à busca por plantas medicinais e óleos. Nesse período, os índios locais eram escravizados e obrigados a trabalhar, quando ainda não havia participação do negro no Brasil.

Foi justamente o extrativismo que levou a região a iniciar sua colonização, que culminou com o apogeu da borracha e tornou Manaus uma das principais capitais do mundo. Com seu declínio a partir de 1920, o extrativismo da borracha continuou a ser incentivado para a economia interna, que explorava principalmente a retirada da castanha, da madeira e de plantas medicinais.

O principal problema causado pelo extrativismo de qualquer natureza é a extinção de seus recursos, um problema causado pela exploração indevida e exagerada. Esta ação, portanto, se opõe ao conceito de sustentabilidade, uma vez que pode causar danos irreversíveis para a natureza.

O Brasil é riquíssimo em produtos a serem extraídos, mas já demonstra sintomas críticos bem claros, tais como: desmatamento, erosão, poluição do solo e extinção de animais. Mesmo com as extrações liberadas pelos institutos que as fiscalizam, é considerável o impacto que elas têm na natureza.

O extrativismo animal e suas consequências

O extrativismo animal é considerado um dos mais cruéis, já que modificou o seu conceito de subsistência para se transformar em uma busca pelo enriquecimento ilícito. Legalmente, o extrativismo animal emprega direta e indiretamente mais de um milhão de pessoas e se destaca na pesca e na aquicultura, como forma de indústria de base.

Pela grande dimensão hidrográfica e litorânea do país, a pesca é fonte de renda de pescadores e de grandes indústrias. Mas quando ela é feita em locais proibidos, na época da piracema ou com peixes em processo de extinção, é considerada ilegal e criminosa.

Na Amazônia, a pesca também é o principal foco de extrativismo animal no país. Pela grande variedade de rios e de peixes exclusivos da região, ela acaba sendo alvo do maior número de atividades pesqueiras ilegais.

Com a invasão de colonos e posseiros ao longo de sua história, houve um processo gradual de descaracterização da sua biodiversidade. Na década de 70, o início da criação da pecuária de corte de búfalos, suínos e equinos contribuiu para a devastação e por dizimar árvores, faunas e floras locais.

No Brasil, a prática da caça é proibida e só liberada para tribos indígenas com o intuito de manter suas tradições culturais. O restante é crime federal, principalmente a caça de animais silvestres como onças, jacarés e pássaros. Mas mesmo sendo crime, ela continua sendo amplamente praticada, inclusive para alimentar o contrabando de animais que são vendidos para fora do país.

Com estes exercícios sobre Drogas do Sertão, você pode testar os seus conhecimentos sobre como funcionava a extração de especiarias no Brasil Colônia. Publicado por: Cláudio Fernandes

(Cesgranrio-RJ) Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das "drogas do sertão" foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que:

a) ocorreu uma grande absorção da mão de obra escrava negra, particularmente na pecuária.

b) a presença do indígena na extração das "drogas do sertão" foi essencial pelo conhecimento da geografia da região Nordeste.

c) por serem atividades complementares, a força de trabalho não se dedicava integralmente a elas.

d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial.

e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional.

Sobre a extração das chamadas “drogas do Sertão” durante o Brasil Colônia, é correto dizer que:

a) a extração começou como forma de economia alternativa à abundância de ouro.

b) a principal região de extração era a da Floresta Amazônica.

c) os jesuítas não tiveram nenhum papel relevante na extração de “drogas do Sertão”.

d) uma das “drogas do Sertão” mais cobiçadas era o ópio.

e) as “drogas do Sertão” não tinham nenhum uso medicinal ou culinário.

(Fatec-SP) "No estado do Maranhão, Senhor, não há ouro nem prata mais que o sangue e o suor dos índios: o sangue se vende nos que cativam e o suor se transforma em tabaco, no açúcar e nas demais drogas que os ditos índios se lavram e fabricam. Com este sangue e suor se medeia a necessidade dos moradores; e com este sangue e suor se enche e enriquece a cobiça insaciável dos que vão lá governar." (VIEIRA, Padre Antônio. Obras escolhidas. In: Alencar, Carpi & Ribeiro. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979. pp 210-11)

O texto acima foi escrito por volta de 1653. As principais riquezas do Maranhão, naquela época, eram:
a) o ouro e a prata.

b) o ouro, a prata e o comércio dos escravos.

c) o tabaco, o açúcar e as drogas.

d) o ouro, a prata, o tabaco e o açúcar.

e) os metais preciosos, o comércio de escravos e o açúcar.

A exploração das “drogas do Sertão” na região Norte do Brasil, na primeira fase da época colonial, foi importante para Portugal na medida em que:

a) lhe permitia dar fim ao sistema mercantilista e início ao capitalismo liberal.

b) lhe permitia concorrer com os exploradores de madeira da Holanda.

c) lhe possibilitava dominar as patentes de plantas descobertas na Floresta Amazônica.

d) lhe proporcionava o domínio da indústria farmacêutica, em ascensão no século XVII.

e) lhe oferecia uma opção alternativa às especiarias que eram negociadas com a Índia.

respostas

Letra D

A extração de drogas do Sertão na região Norte, aliada ao início da criação de animais, contribuiu para o adentramento do território brasileiro, ainda pouco explorado à época. Os principais envolvidos nesse processo foram os jesuítas portugueses e os bandeirantes da Capitania de São Paulo.

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Letra B

A região da Floresta Amazônica foi o grande centro de extração de especiarias – ou “drogas do Sertão”, como também eram conhecidas. Entre essas especiarias, estavam o guaraná, o urucum, a castanha-do-pará, o fumo, a mandioca, o açaí etc.

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Letra C

O Maranhão foi uma das regiões mais cobiçadas durante o Brasil Colonial. Seu território chegou a ser ocupado por franceses, que pretendiam criar a França Equatorial. Isso ocorreu exatamente por ele se encontrar em uma região intermediária entre as grandes plantações de açúcar do Nordeste e as drogas do sertão da Amazônia.

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Letra E

Desde que se especializou em circum-navegações, no século XV, Portugal tinha por objetivo principal negociar com a Índia, isto é, distribuir na Europa as especiarias que as “Índias” produziam. Com a descoberta das “drogas do Sertão” brasileiras, Portugal pôde valer-se de um caminho alternativo para a comercialização desse produto no continente europeu.

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As atividades extrativistas na Amazônia colonial tiveram como força de trabalho principal

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Quais as principais atividades extrativistas da Amazônia?

As principais atividades econômicas extrativistas discutidas são a coleta de drogas do sertão, a extração de cacau, a exploração de tartarugas e a extração de látex para a produção de borracha.

Quais foram as principais atividades econômicas desenvolvidas na Amazônia colonial?

Desse modo, a economia passou a ser baseada em novas produções agrícolas como a cana-de-açúcar, o algodão, o tabaco e a mineração. A produção açucareira foi o principal produto da economia até meados do século XVIII. O cultivo da cana-de-açúcar tinha como finalidade abastecer também o mercado europeu.

Porque o extrativismo foi importante na ocupação da Amazônia?

O extrativismo na Amazônia Primeira e principal atividade dos portugueses quando chegaram ao Brasil, o extrativismo foi responsável pela retirada de ouro e outros tantos minérios — além, claro, da madeira que deu nome ao país: o pau-brasil.

Qual o principal produto extrativo do Amazonas?

Os principais produtos do extrativismo vegetal do estado do Amazonas são: banana, madeira, melancia, guaraná, borracha, castanha-da-amazônia (maior produtor do país), tucumã, cacau, graviola, pupunha, cupuaçu, essências, óleos de copaíba, andiroba, piaçava, coco, açaí e bacuri.