Bruno covas karen ichiba data de casamento

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Bruno Covas durante juramento como prefeito reeleito da cidade de São Paulo em janeiro de 2021

É com pesar que registro o falecimento prematuro do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, aos 41 anos, vítima de câncer, ocorrido às 8h20 do dia 16 de maio. Bruno lutava contra um câncer no no sistema digestivo, descoberto em 2019, com metástase nos ossos e no fígado.


Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, desde o dia 2 de maio, quando se licenciou da prefeitura. Na sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível. Ele foi sedado para não sentir dor nos últimos momentos de vida e recebeu benção de um padre e orações de representantes religiosos.

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Bruno Covas, prefeito de São Paulo

Bruno Covas era divorciado e deixa o filho Tomás, de 15 anos. Covas nasceu em 7 abril de 1980, em Santos, no litoral paulista. Sua mãe Renata Covas, é a única filha mulher de Mário e Lila Covas e seu pai Pedro Lopes é engenheiro da Autoridade Portuária de Santos.

Nossos sentimentos ao filho Tomás, aos pais Renata e Pedro, ao irmão Gustavo, amigos, admiradores e ao povo de São Paulo. Conforto aos familiares por esta grande perda. Que tenha a Luz Eterna.

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Prefeito Bruno Covas com o filho Tomás, durante tratamento no Sírio-Libanês, no dia 4 de maio

No início da tarde, o corpo do jovem político foi levado para o Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, para uma cerimônia breve para familiares e amigos próximos. Depois, seguiu em carro aberto em cortejo até a Praça Oswaldo Cruz. O enterro foi no Cemitério do Paquetá, em Santos, no jazigo da família e onde está o seu avô Mário Covas,ex-governador de São Paulo.


O falecimento de Bruno Covas
deixa um vácuo no PSDB e na política brasileira. Ele era um jovem com empatia, de muita fé e luta pela vida, que mesmo enfermo não perdeu o senso da missão pública e de seus ideais. Bruno enfrentava os desafios de cabeça erguida com respeito e responsabilidade. Sai precocemente da cena política, mas deixa uma marca de humildade no cenário político nacional e de amor pela cidade de São Paulo.

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Bruno Covas, prefeito de São Paulo


Trajetória de Bruno Covas

O tucano é o primeiro prefeito da cidade de São Paulo a morrer durante o mandato. Ele carregava nas veias o amor pela política. Aos 9 anos, passou a integrar o “Clube dos Tucaninhos”, cuja carteirinha de filiação era guardada por ele como recordação até depois de adulto. Aos 14 anos foi convidado para com os avós na cidade de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, sede oficial do governo paulista.


Bruno estudou no Colégio Bandeirantes
, um dos mais tradicionais da capital, onde conheceu um de seus grandes amigos, Luiz Álvaro Salles Aguiar de Menezes, que se tornou seu secretário municipal de Relações Internacionais décadas mais tarde.

Covas era formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e iniciou a carreira política em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de Santos na chapa do correligionário Raul Christiano. Naquele ano, se casou com a economista Karen Ichiba, de quem se divorciou depois de 10 anos. Depois disso, manteve-se solteiro.

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Bruno Covas, deputado Estadual, PSDB/SP

Bruno Covas foi eleito deputado estadual aos 26 anos e reeleito aos 30 com número expressivo de votos. Foi secretário Estadual do Meio Ambiente na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), e, em 2014, venceu a eleição para deputado federal.

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Deputado Federal Bruno Covas PSDB/SP

Covas interrompeu o mandato de deputado federal para disputar as eleições municipais. Se candidatou a vice-prefeito na chapa de João Doria (PSDB), em 2016. Eles foram vitoriosos no primeiro turno.

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João Dória e Bruno Covas

Em 2017, Covas mudou o visual e o estilo de vida: assumiu a careca, passou a seguir uma dieta radical que o levou a perder mais de 16 quilos e iniciou a prática Mahamudra, uma linha esportiva que alia autoconhecimento e exercícios físicos. Em abril de 2018 assumiu a Prefeitura de São Paulo quando Doria deixou o cargo para se candidatar ao governo do estado.

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Bruno Covas, prefeito de São Paulo

Bruno Covas foi reeleito Prefeito de São Paulo com 59,38% dos votos, 3 milhões, com um leque de alianças formado por 11 partidos e maioria na Câmara Municipal, com o vice Ricardo Nunes (MDB). A posse foi no dia 1º de Janeiro de 2021.

“O negacionismo está com os dias contados. Prevalecerá o diálogo, a conversa, a construção coletiva, a compreensão de que há mais em comum entre nós do que as nossas visões distintas nos separam. No caso da pandemia o inimigo é um só: o vírus. E o momento exige união. O vírus do ódio e da intolerância também precisa ser banidos da sociedade. As crises sociais e econômicas provenientes da pandemia são profundas. Por isso é fundamental conversar de forma generosa e aceitar as diferenças. Ninguém pode ser dono da verdade”, disse o prefeito Bruno Covas na posse de seu segundo mandato em 2021.

O prefeito em exercício Ricardo Nunes (MDB) assumiu o cargo em definitivo após ato da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo e seu primeiro ato foi decretar luto oficial de sete dias na cidade. O governador João Doria (PSDB) fez o mesmo em nível estadual.

No dia 14, após receber dos médicos a notícia de que seu estado de saúde era crítico, o prefeito Bruno Covas escreveu uma carta para os amigos, eleitores e autoridades. Na mensagem, Covas agradeceu pelo apoio que recebeu dos colegas tucanos, lamentou as mortes da pandemia de covid-19, pediu união e celebrou a vacina CoronaVac, fabricada no Instituto Butantan e o SUS.


No mesmo dia o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (ex-DEM), leu a carta durante sua filiação ao PSDB. Foi a última vez que o prefeito da capital paulista se dirigiu aos parceiros de partido. Já internado no hospital, horas depois se tornaria pública a informação de que o quadro de câncer de Covas era irreversível.


Carta de Bruno Covas na íntegra:

“São Paulo, 14 de maio de 2021


Minhas companheiras e meus companheiros, Espero que estejam bem e protegidos.


Gostaria de em primeiro lugar agradecer a todo carinho, a todas as orações e energia positiva que vocês têm me enviado. Lamento não conseguir responder a tantas mensagens, sintam-se todos abraçados. O apoio e o suporte de vocês têm sido decisivos no meu tratamento. Venho seguindo à risca as orientações da minha equipe médica e, de cabeça erguida, enfrentado os desafios que a vida me impõe. A luta é dura e árdua, mas não esmoreço e sigo em frente.

Esses últimos meses têm sido muito desafiadores para todos nós. A pandemia da Covid-19 tem cobrado um preço caro dos brasileiros e vamos caminhando para contabilizar 430 mil mortos. Uma tragédia sem precedentes que já deixa e vai deixar muitas marcas na nossa história. As consequências são catastróficas: vidas interrompidas, famílias em sofrimento, negócios em dificuldade, desemprego, pobreza e, lamentavelmente, a fome. Faço esse preambulo pois é exatamente sobre o que se trata o dia de hoje: política. A solução para nossos problemas só será enfrentada pela via da política, pela via democrática, pela seriedade com que os governos trabalham e realizam políticas públicas.

Tucanas e tucanos podem se orgulhar de todo o esforço que nossos governos, no estado de São Paulo e nos municípios, incluindo a nossa Capital, têm feito para enfrentar a pandemia. Das vacinas em produção e desenvolvimento pelo Instituto Butantan, à expansão vertiginosa da infraestrutura hospitalar, o fortalecimento do SUS em nosso estado é uma realidade.

Em contraposição ao governo federal, que vem desdenhando da vida e da saúde dos brasileiros ao longo da pandemia, o PSDB de São Paulo e seus aliados vêm demonstrando na prática aquilo que é sua vocação: responsabilidade pública, colocar a população, sobretudo a mais pobre, em primeiro lugar, cuidar de gente, fazer um trabalho técnico e baseado em evidências e na ciência, tomar atitudes difíceis e enfrentar as adversidades sempre com respeito, dignidade e defendendo a democracia.

Somos um partido forte, sólido, com muitos serviços prestados ao nosso país e ao nosso estado. Somos um partido de quadros competentes e que colocam o compromisso público em primeiro lugar.


É nesse contexto que quero ressaltar a importância dessa cerimônia de hoje. O momento do Brasil demanda de todos nós espírito público, unidade, agregação, somar e não dividir, não deixar nenhum interesse pessoal sobrepujar o interesse coletivo. Receber em nossos quadros o vice-governador Rodrigo Garcia sinaliza exatamente isso. Ele tem sido incansável na defesa do interesse público. Tenho por ele muito apreço e consideração. Foi decisivo na nossa vitória na eleição passada aqui na Capital e tem sido aliado histórico dos tucanos. Foi aliado do meu avô, foi aliado de Geraldo Alckmin, foi aliado de Serra, é meu parceiro e aliado, é aliado do Governador João Doria, sempre esteve do nosso lado, nada mais natural do que se juntar a nós nessa caminhada.

Vejo nesse ato um resgate da história do nosso partido, inclusive para além das razoes que já mencionei, vejo um resgate do nosso manifesto de fundação.


No sonho de nossos fundadores, o Partido da Social-Democracia Brasileira, seria o partido capaz de juntar as forças democráticas ponderadas da república na luta pelo bem comum. Rodrigo é um liberal progressista, um parlamentarista, está afinado com nossos valores e ideais. Sua trajetória e sua experiência político administrativa vem contribuir em muito para que nosso partido possa se fortalecer ainda mais e continue a promover as mudanças que a população precisa no estado de São Paulo.

Seja bem-vindo Rodrigo Garcia, seja bem-vindo ao ninho tucano, seja bem-vindo a Social-Democracia Brasileira.

Muito Obrigado!

Bruno Covas”


Fotos:
Edson Lopes Jr/Secom Prefeitura/SP, Sebastião Moreira/Estadão Conteúdo,Celso Tavares/G1, Suamy Beydoun/Agif/Estadão Conteúdo, Isac Nóbrega/PR, Alex Silva/Estadão Conteúdo/Arquivo