Como as empresas podem contribuir para diminuir a desigualdade no mercado de trabalho?

O século é XXI, e parece surreal imaginar que diante de tantas lutas e batalhas travadas ao longo dos anos pelas mulheres, a jornada ainda aponte para desigualdade. Se voltarmos um pouco para o passado podemos perceber que desde 1908, quando iniciaram as primeiras manifestações, o grito era pela igualdade. E se olharmos para o futuro, os dados apontam que, se mantivermos as condições atuais, serão necessários nada menos que 100 anos para que todas as pessoas, independentemente do sexo biológico, vivam de forma igualitária.(Estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial)

Alarmante? Muito! Mas a verdade é que esses números são apenas a ponta do iceberg. Quando mergulhamos mais a fundo percebemos que hoje, apenas 10% dos assentos dos conselhos de administração são ocupados por pessoas do sexo feminino e, vale ressaltar, que as mulheres ocupam hoje o maior número dentro das universidades e no mercado de trabalho, além de serem responsáveis também por boa parte do comando dos domicílios brasileiros. O que me faz questionar o porquê de estarmos aptas para "chefiar" os lares, administrar recursos que muitas vezes são mínimos, trabalhar com jornadas mais longas e não podermos estar aptas para sermos líderes dentro das organizações. Controverso? Eu diria que demais!

Por isso, é inevitável não pleitear a igualdade quando temos hoje um percentual mínimo de mulheres em cargos de liderança, exercendo os mesmos papéis e responsabilidades e recebendo 28,7% a menos que os homens. Motivo? Eu também tenho tentado entender o quanto custa a valorização e igualdade no mundo onde o gênero determina o seu poder.

Quando se fala de igualdade de gênero e principalmente em cargos de liderança, a ideia não é defender uma supremacia feminina acima de tudo e todos, mas sim mostrar as vantagens competitivas de visões diversas, além de que, se as empresas não se abrirem para essa realidade, enfrentarão grandes dificuldades, já que as mulheres ocupam hoje a maioria da população em 25 dos 27 estados brasileiros.

Então, negar os fatos não muda a realidade, mas é possível realizar algumas ações que podem impactar em mudanças significativas no mercado de trabalho e quem sabe contribuir para que essa desigualdade, aos poucos não passe de um período difícil da nossa história.

Para isso, listo as seguintes ações:

  1. Entender que a falta de diversidade é um problema - Quando esse assunto vem a tona, alguns tratam como "mimimi" e não dão o devido valor a causa, por isso aceitar a realidade e não escondê-la é a primeira forma de iniciar a mudança;
  2. Meça o problema - Quantas mulheres existem dentro da sua empresa? Elas ocupam cargos de gestão ou apenas cargos operacionais? Os cargos de gestão que ocupam são remunerados de forma igualitária? Realizar um levantamento de forma quantitativa e olhar pra dentro através de dados, é observar que a luta é mais que necessária;
  3. Realize seleções imparciais - Começar a observar as competências ao invés do gênero é um grande passo. Evite perguntas desnecessárias que você não faria se o candidato fosse um homem;
  4. Implante uma política de salários iguais - Remunerar de forma igualitária é também fazer a diferença. O que faz com que alguém que desempenha o mesmo cargo, tem a mesma experiência e responsabilidade, receba menos apenas por ser mulher?
  5. Mobilize a alta gestão - Pra que essa mudança aconteça o exemplo deve vir de cima, não da pra ficar no discurso, realizar campanhas de dia da mulher, dias das mães, se as ações só funcionam como publicidade. É preciso partir para a ação;
  6. Promova práticas que gerem a mudança - Que tal realizar cursos e treinamentos que sejam voltados para o desenvolvimento de mulheres em cargos de liderança? E se a sua empresa realizar mentoria com mulheres que buscam ascensão na carreira?

É maravilhoso olhar pra trás e saber que podemos falar sobre esse tema sem sofrer nenhum tipo de retaliação, que já avançamos e conquistamos muito do que nos propusemos a lutar, mas a batalha ainda não terminou. É preciso que ocupemos o nosso lugar por direito, afinal de contas a igualdade não deve ser apenas uma declaração dos direitos universais que consta na ONU, ela deve ser uma prática. Avante!

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Ah, quem sou eu?

Prazer, meu nome é Emanuella Velez! Sou Psicóloga e especialista na área de Recursos Humanos. Costumo me intitular como uma apaixonada pela área de Gestão de Pessoas e que por querer compartilhar as minhas vivências e inspirações do dia a dia, tornei o LinkedIn o local onde podia escrever sobre temas como liderança, recursos humanos, carreira e sobretudo: pessoas. Depois que comecei a escrever aqui, tive a grata surpresa de em 2020, ser eleita como uma Top Voice LinkedIn através do meu trabalho.

Atualmente, trabalho como consultora organizacional e de carreira e ajudo pessoas a se posicionarem no mercado de trabalho de forma estratégica, além de ter uma página no Instagram voltada para estes mesmos temas Virei RH (Segue lá).

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