Como os intelectuais refutaram as concepções de linguagem dos empiristas?

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Como os intelectuais refutaram as concepções de linguagem dos empiristas?

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essa concepção da linguagem: o faoto de que o pensamento procura e inventa palavras; e o fato de que podemos aprender outras línguas. 
As concepções empiristas e intelectuais, apesar de suas divergências, possuem dois pontos em comum:
Ambas consideram a linguagem como sendo fundamentais indicativa ou denotativa;
Ambas consideram a linguagem como instrumento de representação das coisas e das ideias.
O fato de que a comunicação verbal se realize com as palavras assumindo sentidos diferentes é considerado perturbador porque afinal as coisas são sempre o que elas são. 
Por esse motivo periodicamente aparecem na Filosofia correntes filosóficas que se preocupam em purificar a linguagem. 
Purificar a linguagem
Os positivistas lógicos distinguiram duas linguagens:
A linguagem natural, aquela que usamos todos os dias e que é imprecisa, confusa, etc
A linguagem lógica, uma linguagem purificada, formalizada, inspirada na matemática e, sobretudo na física. 
Dava-se ênfase à sintaxe lógica dos enunciados, que asseguraria a verdade representativa e indicativa da linguagem. A conotação foi afastada. 
A linguagem lógica era uma metalinguagem, uma segunda linguagem que falava sobre língua natural e sobre linguagem cientifica para saber se os enunciados eram verdadeiros ou falsos. No entanto, descobriu-se, pouco a pouco que havia expressões linguísticas que não possuíam caráter denotativo nem representativo, e, apesar disto, eram verdadeiras. A linguagem usa certas expressões para as quais não existe denotação, todas as linguagens que são profundamente conotativas, para as quais a multiplicidade de sentido das palavras e das coisas é sua própria razão de ser. 
 
Critica ao empirismo e ao intelectualismo
Os psicólogos Goldstein e Gelb fizeram estudos da afasia e descobriram situações curiosas, observaram que a palavra azul não formava uma categoria ou ideia geral para o afásico visto que não fazia distinção das cores, portanto seu problema de linguagem era de pensamento também. No entanto a parte do cérebro destinada à inteligência estava intacta, sem lesão. Conclui-se que a linguagem não era um mero conjunto de imagens verbais, como diziam os empiristas, mas é inseparável de uma visão mais global da realidade e inseparável do pensamento. Porém estes estudos não reforçaram a concepção intelectualista, como poderíamos supor. Não pensamos sem palavras, não há pensamento antes e fora da linguagem palavras não traduzem pensamentos.
A linguística e a linguagem
A linguagem era estudada sob duas perspectivas: a da filosofia e a da gramática. Nesses estudos, retomava-se a discussão sobre o caráter natural da linguagem. Era comum os filósofos e os gramáticos a ideia de que as línguas se transformaram no tempo e que as transformações eram causadas por fatores extralinguísticos (migrações, guerras, etc). Nesses estudos viram-se problemas que não conseguiam resolver. Um desses problemas foi o aparecimento do estudo das flexões (tempos verbais, pluralidade, etc), revelando que as línguas mudavam por razões internas e não por fatores externos. Na Alemanha tomava as flexões como prova de que cada povo tem uma língua diferente porque esta expressava o caráter ou espirito do povo. Em suma, cada estudioso inventa o “caráter da língua” segundo as fantasias e ideologias de sua nação e dos nacionalismos da época. 
A experiência da linguagem
Dizer que somos seres falantes significa dizer que a linguagem é uma criação humana, ao mesmo tempo em que nos cria como humanos. A linguagem é nossa via de acesso ao mundo e ao pensamento. Ter experiência da linguagem é ter uma experiência espantosa: emitimos e ouvimos sons, escrevemos e lemos letras, e assim por diante. 
Podemos voltar à definição inicial que demos da linguagem e nela fazer alguns acréscimos. 
Em primeiro lugar, teremos que especificar melhor que tipo de signo é o signo linguístico. O símbolo é um análogo e não um efeito da coisa indicada, representada ou expressada. O símbolo verbal ou palavra me reenvia a coisa que não são palavras. A linguagem simbólica e, pelas palavras, nos coloca em relação com o ausente. 
Em segundo lugar, temos que especificar melhor as várias funções que atribuímos à linguagem e para isso precisamos indagar com o que a linguagem se relaciona e nos relaciona. Essa pergunta fundamental para o positivismo lógico, pois foi responsável pelo surgimento de uma nova filosofia, a Filosofia da Linguagem. Tradicionalmente, dizia-se que a linguagem possuía a forma de uma relação binaria:
Signo verbal <-> coisa indicada (realidade)
Signo verbal<-> ideia, conceito, valor (pensamento)
No entanto, é possível perceber que essa relação binaria não nos explica por que uma palavra ou signo verbal indica alguma coisa ou ideia diferente. Há um vai e vem continuo entre as palavras e as coisas, entre elas e as significações, de tal modo que a realidade, o pensamento e a linguagem são inseparáveis, suscitam uns aos outros e interpretam-se uns aos outros. A linguagem não traduz imagens verbais de origem motora e sensorial, nem representa ideias feitas por um pensamento silencioso, mas encarna as significações.
Linguagem simbólica e linguagem conceitual
A linguagem em sentido amplo é constituída por quatro fatores fundamentais:
Fatores físicos, que determinam para nós a possibilidade de falar, escutar, escrever e ler;
Fatores socioculturais, que determinam a diferença entre as línguas dos indivíduos.
Fatores psicológicos que criam em nós a necessidade e o desejo da informação e da comunicação.
Fatores linguísticos propriamente ditos, ou seja, a estrutura e o funcionamento da linguagem que determinam nossa competência e nosso desempenho enquanto seres capazes de criar e compreender significações.
Esses fatores nos dizem por que existe linguagem e como ela funciona, mas não nos dizem o que é a linguagem. É a perspectiva fenomenológica que nos orienta para sabermos não só o que é a linguagem, mas também qual é seu papel fundamental no conhecimento.

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Como os racionalistas refutaram as concepções de linguagem dos empiristas explique cada uma?

Resposta. Resposta: embora os racionalistas aceitem que a possibilidade para falar, ouvir, escrever e ler esteja em nosso corpo (anatomia e fisiologia), eles afirmam que a capacidade para linguagem é um fato do pensamento ou de nossa consciência.

Qual a concepção de linguagem para os empiristas?

No empirismo, a linguagem é objetivada e o sujeito inexistente. No intelectualismo, ela é operação essencialmente subjetiva e a posse do sentido é remetida ao sujeito pensante. Em outros termos, nos dois tratamentos dedicados à linguagem, a palavra não tem significação própria.

Quais os pontos em comuns nas concepções de linguagem de empiristas e Intelectualistas?

As concepções empiristas e intelectuais, apesar de suas divergências, possuem dois pontos em comum: Ambas consideram a linguagem como sendo fundamentais indicativa ou denotativa; Ambas consideram a linguagem como instrumento de representação das coisas e das ideias.

Quais os pontos comuns nas concepções de linguagem?

As três concepções de linguagem: Primeira tendência - linguagem como expressão do pensamento; Segunda tendência - linguagem como meio objetivo para a comunicação; Terceira tendência - linguagem como processo de interação verbal.