O presente artigo tem o interesse de contribuir no processo de ensino-aprendizagem por meio de jogos e brincadeiras; apresenta uma proposta de articulação pedagógica que inclui no ensino os jogos no processo de ensino da Matemática na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. O trabalho menciona assuntos favoráveis ao desenvolvimento e ao aprendizado dos alunos, contribuindo dessa forma com a defasagem escolar. Sendo assim, o professor deve trabalhar com criatividade, inserindo uma sequência didática de acordo com o estágio dos alunos e dar prosseguimento ao ensino através de jogos e brincadeiras. Show
ObjetivosOferecer oportunidades que facilitem o aprendizado dos alunos, assim possibilitando um processo de ensino-aprendizagem em que o educando se sinta valorizado no meio em que está inserido. Incentivar a utilização dos jogos de forma coerente com os objetivos a serem alcançados e promover momentos de aprendizagens diferenciadas. Além disso, pretende identificar aspectos e perspectivas nas produções existentes sobre o uso dos jogos no processo de ensino-aprendizagem de Matemática e revelar habilidades que focalizam o uso de jogos no processo de ensino-aprendizagem de Matemática de crianças do Ensino Fundamental. Fundamentação teóricaPara atender às dificuldades existentes no ensino-aprendizagem dos conteúdos matemáticos, necessita-se de propostas metodológicas e recursos didáticos que auxiliem o professor em sala de aula, como também os alunos na construção do seu conhecimento matemático. Para Agranionih e Smaniotto (2002, apud Selva, 2009, p. 2), o jogo matemático é
A utilização dos jogos na sala de aula pode ser um recurso metodológico eficaz e motivador do ensino-aprendizagem da Matemática. Assim, as brincadeiras adaptadas à Matemática podem obter grande avanço na percepção, concentração, conhecimento de espaço, tempo, seriação, operações, números, quantidade, força, localização, discriminação e velocidade, além de aprender a respeitar as exigências das normas e dos controles. Smole (2007, p. 11) afirma que,
As propostas pedagógicas devem ser elaboradas e realizadas na prática de maneira que atendam integralmente a criança em todos os seus aspectos físicos, éticos, sociais, afetivos e intelectuais. Grando (2000, p. 24) ressalta que,
Com isso, o jogo não tem só o poder de tornar as aulas mais dinâmicas, mas sim, ser útil para que o professor seja capaz de identificar as principais dificuldades dos seus alunos, servindo de diagnóstico de aprendizagem. Para Vygotsky e Leontiev (1998, p. 23), "o jogo e a brincadeira permitem ao aluno criar, imaginar, fazer de conta; funcionam como laboratório de aprendizagem, permitem ao aluno experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender”. Sendo assim, a utilização dos jogos como metodologia para o ensino-aprendizagem na sala de aula vem acontecendo de forma lenta, pois os alunos precisam de tempo para se acostumar às novas metodologias. O jogo na Educação Matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor. Dessa forma, quanto mais cedo forem trabalhados os conceitos matemáticos melhor será o resultado no futuro, quando os alunos terão que enfrentar a Matemática de forma mais complexa, no Ensino Fundamental e Médio. Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve achar que apenas com jogos a criança irá aprender Matemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem ser muito bem dirigidas e ter alguma finalidade.
O documento afirma que os conteúdos de Matemática devem ser selecionados levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem, ampliando-os cada vez mais. De acordo com o documento, o ensino de Matemática tem como objetivo:
Considera-se que a criança deve saber lidar com números e contagem e ter capacidade de resolver problemas utilizando as operações matemáticas. O RCNEI afirma também que isso pode ser trabalhado por meio de contagem oral nas brincadeiras, jogos de esconder ou de pega-pega, brincadeiras e músicas que explorem os números e diferentes formas de contar. A compreensão dos números, bem como de muitas das noções relativas a espaço e forma, é possível graças às medidas.
É pela curiosidade que as crianças vão explorando o mundo e descobrindo cada vez mais sobre ele, criando conceitos em jogos e atividades e relacionando-os com a realidade. O professor deve estar ciente de que considerar o que o aluno já sabe e aprofundar seus conhecimentos é a maneira mais adequada de desenvolver e estimular o aluno a sempre querer saber mais. Procedimentos metodológicosA metodologia deste estudo foi de pesquisa exploratória de caráter bibliográfico voltado para a coleta de referenciais consistentes para o papel dos jogos no processo de ensino da Matemática. O objetivo é identificar as formas de inserção dos jogos como recurso para aprendizagem em Matemática. Portanto, o estudo está baseado nas contribuições teóricas de vários autores sobre as formas de utilização dos jogos matemáticos em sala de aula. A pesquisa tem caráter exploratório e base descritiva das características apresentadas pelos vários autores sobre a importância dos jogos matemáticos na sala de aula. Os professores devem aplicar jogos matemáticos nas salas de aula com o intuito de verificar como os estudantes reagem diante dos desafios que os jogos provocam e como resolveriam as situações que surgirem em seu percurso. Cronograma
Resultados esperadosDeseja-se que os educandos possam atingir os objetivos propostos desenvolvendo habilidades conforme a proposta e a intervenção pedagógica, diminuindo a evasão escolar e elevando a autoestima com desafios de aprendizagem ao utilizar jogos e brincadeiras para que possam aprender de forma prazerosa. ReferênciasAGRANIONIH, N. T.; SMANIOTTO, M. Jogos e aprendizagem matemática: uma interação possível. In: SELVA, Kelly Regina. O jogo matemático como recurso para a construção do conhecimento. Disponível em: http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cd_egem/fscommand/CC/CC_4.pdf. Acesso em: 01 set. 2021. BRASIL. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI). Brasília: MEC, 1998. GRANDO, R. C. A. O conhecimento matemático e o uso dos jogos na sala de aula. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000. SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CÂNDIDO, Patrícia. Jogos de Matemática de 1° a 5° ano. Porto Alegre: Artmed, 2007. VYGOTSKY, L. S.; LEONTIEV, Alexis. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Edusp, 1998. Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj. Qual a justificativa sobre o uso dos jogos no ensino fundamental para ensinar matemática?Os jogos inseridos no contexto escolar propiciam o desenvolvimento de habilidades, bem como auxiliam no processo de aprendizagem de conceitos matemáticos, permitindo um caminho de construção do conhecimento que vai da imaginação à abstração de ideias, mediadas pela resolução de problemas.
Qual a importância do uso dos jogos no ensino da matemática?Os jogos matemáticos desenvolvem o raciocínio lógico das crianças e suas habilidades; levam-nas a conceberem a matemática como uma disciplina prazerosa e proporcionam a criação de vínculos positivos na relação professor-aluno e aluno-aluno.
O que justifica que os jogos sejam empregados na educação?O jogo pode ser considerado como um importante meio educacional, pois propicia um desenvolvimento integral e dinâmico nas áreas cognitiva, afetiva, lingüística, social, moral e motora, além de contribuir para a construção da autonomia, criticidade, criatividade, responsabilidade e cooperação das crianças e adolescentes ...
Como deve ser a atuação do professor durante uma aula em que são utilizados jogos?O papel do professor não deverá ser o de guiar explicitamente os passos do aprendiz, mas sim não permitir que este use o jogo sem entender nem aprender nada, é não permitir que o aprendiz se desvie muito do objetivo educacional.
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