Como você agiria se estivesse no papel do interlocutor de algum que passa por uma situação como essa

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Como você agiria se estivesse no papel do interlocutor de algum que passa por uma situação como essa

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diferentes usos das 
formas verbais do pretérito, conhecerá o que são metáforas e 
expressões adverbiais, a fim de utilizar esses recursos nas suas 
próprias produções e entender melhor um texto. 
Prepare-se, pois, nas próximas páginas, você e seus colegas 
serão convidados a refletir a respeito da violência e a participar de 
uma campanha em defesa da paz.
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LIGADO NA ERA DA 
COMUNICAÇÃO
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lo1 COMUNICAÇÃO EM DIFERENTES LINGUAGENS
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 1. Observe a imagem a seguir e responda às questões propostas. 
a) A imagem que você observou representa um touro e foi pintada na Pré-História. Formule sua 
hipótese: Por que o animal aparece pintado na parede da caverna? 
b) O que ela permite supor sobre o modo como os seres humanos pré-históricos se comunicavam? 
 2. Com o passar do tempo, o ser humano desenvolveu o alfabeto para a comunicação escrita. Será 
que o alfabeto sempre foi do mesmo jeito que o conhecemos hoje? Formule sua hipótese. 
Resposta possível: Porque provavelmente era um animal importante para o ser humano pré-histórico. 
Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos reconheçam o papel das imagens na comunicação e no registro da vida dos seres humanos pré-históricos. 
Professor, espera-se que o aluno suponha mudanças. O objetivo desta atividade é levantar os conhecimentos prévios dos alunos com relação aos primórdios da 
escrita e sua evolução com o passar do tempo.
Pintura rupestre no complexo de cavernas de Lascaux, França, datada de c. 17 000 anos atrás.
Para começo de conversa
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 3. Faça uma pesquisa sobre a história do desenvolvimento do alfabeto. Em seguida, verifique se a 
hipótese que você formulou na questão anterior foi confirmada. 
 4. Não existe apenas um alfabeto no mundo. Você conhece algum dos alfabetos registrados nas 
imagens a seguir? Qual? Respostas pessoais. 
importante que a busca seja realizada em sites confiáveis. Estimule os alunos a compartilhar suas descobertas com os colegas. No Manual do Professor (de agora em 
diante, referido apenas como Manual), há um quadro com a representação de alguns alfabetos desenvolvidos ao longo da história. 
 5. Em sua opinião, podemos dizer que o alfabeto contribuiu para a comunicação humana? Por quê?
 6. Conhecer a língua é suficiente para estabelecermos uma boa comunicação? Comente. 
Professor, espera-se que o aluno responda que sim, pois o alfabeto permitiu um registro mais aprimorado e econômico dos sons da língua.
Sugestão: Não, pois é preciso também saber usá-la nas diversas situações de comunicação, adequando-a ao contexto, ao momento.
Alfabeto russo (cirílico) minúsculo. 
Alfabeto grego minúsculo. 
Resposta pessoal. Professor, a pesquisa pode ser realizada em duplas ou em pequenos grupos. Oriente os alunos na seleção das fontes de pesquisa. Eles podem 
encontrar esse tipo de informação em livros de histó-
ria, almanaques ou na internet. Nesse último caso, é 
Texto 1 – Crônica 
Prática de leitura
1. Você já se esqueceu de uma palavra importante durante uma conversa? Como você reagiu? 
2. Como você agiria se estivesse no papel do interlocutor de alguém que passa por uma situa-
ção como essa? 
3. Como as pessoas costumam agir quando se deparam com uma dificuldade na comunicação? 
 Leia o próximo texto para saber o que aconteceu em uma inesperada situação de comunicação.
Resposta pessoal. 
Resposta pessoal. 
Resposta possível: Das mais diversas maneiras. Algumas ficam nervosas, outras riem, outras rapidamente solucionam o problema, algumas se sentem constran-
gidas, outras demoram, pensam, gesticulam etc. 
ANTES DE LER
Caracteres do alfabeto japonês (hiragana).
Alfabeto coreano caligráfico (hangul).
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É importante saber o nome das coisas. Ou pelo menos saber comunicar o que você quer. Ima-
gine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome? 
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?” 
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” 
“Pois não?” 
“Um... como é mesmo o nome?” 
“Sim?” 
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo. É uma coisa sim-
ples, conhecidíssima.” 
“Sim, senhor.” 
“O senhor vai dar risada quando souber.” 
“Sim, senhor.” 
“Olha, é pontuda, certo?” 
“O quê, cavalheiro?” 
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, 
entende? Depois vem assim, assim, faz uma 
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta 
tem uma espécie de encaixe, entende? Na pon-
ta tem outra volta, só que esta é mais fechada. 
E tem um, um... Uma espécie de, como é que se 
diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra 
ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, 
entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontu-
da que fecha. Entende?” 
“Infelizmente, cavalheiro...” 
“Ora, você sabe do que eu estou falando.” 
“Estou me esforçando, mas...” 
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. 
Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.” 
“Como, se eu digo? Isso já é má vontade. Eu sei que é pontudo numa ponta. Posso não saber o 
nome da coisa, isso é um detalhe. Mas sei exatamente o que eu quero.” 
“Sim, senhor. Pontudo numa ponta.” 
“Isso. Eu sabia que você compreenderia. Tem?” 
“Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez. Quem sabe o 
senhor desenha para nós?” 
“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou uma negação em 
desenho.” 
“Sinto muito.” 
“Não precisa sentir. Sou técnico em contabilidade, estou muito bem de vida. Não sou um débil 
mental. Não sei desenhar, só isso. E hoje, por acaso, me esqueci do nome desse raio. Mas fora isso, 
tudo bem. O desenho não me faz falta. Lido com números. Tenho algum problema com os números 
mais complicados, claro. O oito, por exemplo. Tenho que fazer um rascunho antes. Mas não sou um 
débil mental, como você está pensando.” 
Comunicação 
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“Eu não estou pensando nada, cavalheiro.” 
“Chame o gerente.” 
“Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a um acordo. Essa coisa que o 
senhor quer é feita do quê?”
“É de, sei lá. De metal.” 
“Muito bem. De metal. Ela se move?” 
“Bem... É mais assim. Presta atenção nas minhas mãos. É assim, assim, dobra aqui e encaixa na 
ponta, assim.” 
“Tem mais de uma peça? Já vem montado?” 
“É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço.” 
“Francamente...” 
“Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta aqui, vem vindo, vem vindo, 
outra volta e clique, encaixa.”
“Ah, tem clique. É elétrico.” 
“Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar.” 
“Já sei!” 
“Ótimo!” 
“O senhor quer uma antena externa de televisão.” 
“Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo...” 
“Tentemos por outro lado. Para o que serve?” 
“Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que prende. Você enfia a ponta pontuda 
por aqui, encaixa a ponta no sulco e prende as duas partes de uma coisa.” 
“Certo. Esse instrumento que o senhor procura funciona mais como um gigantesco alfinete de 
segurança e...” 
“Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!” 
“Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, cavalheiro!” 
“É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo o nome?” 
Verissimo, Luis Fernando. Amor brasileiro. rio de Janeiro: José olympio, 1977. 
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“Um sulco onde encaixa a outra ponta, a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica 
fechado. É isso.” 
“Bom, eu preciso saber mais sobre o, a, essa coisa. Tente descrevê-la outra vez.” 
“Não. Eu não sei desenhar nem casinha com fumaça saindo da chaminé. Sou 
uma negação em desenho.” 
“Sinto muito.” 
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. O texto o surpreendeu? Por quê? Resposta pessoal.
 2. Que personagens