Do que morreu ferrugem segurança

Ferrugem desapareceu na represa Billings, em São Paulo – Foto: Reprodução/ Facebook

A justiça decretou a prisão temporária de quatro jovens pelo envolvimento na morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte, conhecido como Ferrugem. Ele desapareceu na represa Billings, em São Paulo, após cair de uma embarcação e o corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, após cinco dias de buscas.

Ferrugem estava desaparecido desde o último dia 1º de agosto. A Polícia investigava o caso como homicídio culposo, por meio de inquérito policial instaurado pelo 101° DP.

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“Policiais civis do 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias) deram cumprimento a quatro mandados de prisão temporária contra quatro pessoas, nesta quarta-feira (24), por envolvimento na morte de um marinheiro, na região do Grajaú, na zona sul da Capital”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio de nota.

Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Ferrugem morreu por asfixia mecânica, que pode ter sido causada por um aperto com as mãos ou por um mata-leão.

No início da investigação, a hipótese era de morte acidental por afogamento, tal qual aconteceu com o falecido ator Domigos Montagner, em 2016: “Após análise do laudo necroscópico, foi verificado que havia sinal de asfixia mecânica na vítima, não havendo sinais de afogamento”, disse a SSP.

FESTA NO BARCO

De acordo com o delegado Marcos Gomes de Moura, do 101º DP, Ferrugem recebeu R$ 50 para fazer um passeio com dois casais. Em seu relato, o delegado afirmou que as pessoas beberam cerveja e Ferrugem chegou a deixar as pessoas pilotarem.

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“E em um momento desses, ele estava dançando na parte de trás do barco e uma outra pessoa estava guiando. Foi aí que teve um solavanco, ele e outra mulher caíram”, afirmou o delegado em entrevista no início de agosto.

FERRUGEM ESTAVA MORTO QUANDO CAIU NA ÁGUA

Jakelline Barros, delegada-assistente responsável pela investigação da morte do ambientalista Adolfo Duarte, o Ferrugem, disse na quinta-feira, 25 de agosto, que ele já estava morto quando caiu na água.

“A vítima apresentava uma lesão no pescoço que pode ser decorrente de um golpe denominado mata-leão. Existem outras lesões que não ensejariam a morte, mas que indicam a possibilidade de alguma espécie de agressão antes dessa vítima cair na água. O fato é que, quando a vítima cai na água, segundo o laudo, ela já está morta”, afirmou a delegada-assistente.

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Um perito do IC disse em outro laudo que não houve tranco no barco, como alegaram os quatro jovens. Diante disso, a delegada-assistente, titular do 101º Distrito Policial, pediu a prisão temporária e a Justiça concedeu. Os jovens negam qualquer agressão à vítima e dizem que foi um acidente.

O advogado André Nino, que representa os quatro jovens, disse que os rapazes estão no 101º DP e serão transferidos para carceragens de transição. Os quatro dizem que foi um acidente e mantêm a mesma versão de sempre, de que Ferrugem caiu do barco junto com a outra garota.

Esse crime de assassinato do Ferrugem, asfixiado em um passeio de barco na Billings, é muito esquisito. Parece que ele não conhecia as pessoas que foram no passeio, ninguém entendeu ainda o motivo. Os 4 seguem mantendo a mentira, tem o lance que uma das moças caiu na água…— patrisio se fuerte (@gabibianco) August 25, 2022

QUEM ERA FERRUGEM

Formado em história, Ferrugem era presidente da “ONG Meninos da Billings”, que atua para preservar a região da represa com foco na educação ambiental do manancial.

Ele costumava fazer passeios com jovens pela represa. A esposa de Ferrugem, Uiara Duarte, contou à TV Globo que o último contato do marido foi às 19h41 do dia 1º de agosto por mensagem de WhatsApp. Após isso, ele não respondeu mais a mensagens enviadas por ela.

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Forem presos por determinação da Justiça nessa quarta-feira (24) os quatro jovens que estavam no barco com o ambientalista Adolfo Duarte, conhecido como Ferrugem, que foi encontrado morto na represa Billings, Zona Sul de São Paulo, no começo deste mês. As informações são do g1. 

Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), Ferrugem não morreu afogado e tinha uma marca no pescoço. O documento aponta que ele morreu por asfixia mecânica, que pode ter sido causada por um aperto com as mãos ou por um mata-leão.

Em outro laudo, um perito do IC disse que não houve tranco no barco, como alegaram os quatro jovens. Diante disso, a delegada-assistente Jakelline Nunes, titular do 101º Distrito Policial, pediu a prisão temporária.

Os jovens negam qualquer agressão à vítima e mantém a versão do acidente, o qual Ferrugem teria caído do barco junto com uma garota após o tranco. A jovem, que foi salva, disse à Polícia Civil que o líder ambiental a ajudou para que não se afogasse. Depois, no entanto, afirmou que ele teria desaparecido na água.

O advogado André Nino, que representa os quatro detidos, disse que os rapazes estão no 101º DP e serão transferidos para carceragens de transição. Ele disse que pretende ter acesso ao pedido de prisão e aguarda a audiência de custódia nesta quinta-feira (25). “A nosso ver não há nada que justifique a prisão porque eles não estão atrapalhando as investigações", contou. 

O caso

Formado em história, Ferrugem trabalhava fazendo passeios com jovens pela represa Bilings e coordenava uma ONG de defesa do meio ambiente, a Meninos da Billings. O desaparecimento ocorreu por volta de 19h30 do dia 1º de agosto, durante um passeio com o grupo de jovens.

A Polícia Civil iniciou a investigação do caso como desaparecimento e o corpo de Ferrugem foi encontrado no dia 6 de agosto. 

Em depoimento à polícia, o grupo que o contratou disse que o ambientalista e uma das jovens caíram na represa após um tranco no barco, e que os outros três passageiros jogaram um colete salva-vidas. A jovem foi resgatada, mas o ativista desapareceu na água.

Os rapazes conduziram o barco de volta até as margens da represa. No local, ao contarem a história a alguns moradores da região, o grupo foi agredido, de acordo com o boletim de ocorrência.