Em 338 a.C. as tropas macedonicas derrotaram os exércitos de tebas e atenas na

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Em 338 a.C. as tropas macedonicas derrotaram os exércitos de tebas e atenas na

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Com o fim de sua hegemonia, Atenas passou à 
condição de satélite de Esparta.
1.4. A hegemonia de Esparta
Esparta, assim como Atenas, adotou uma política imperia-
lista, o que a obrigou a sair do imobilismo. O desenvol-
vimento econômico deu aos seus cidadãos o gosto pelo 
luxo. Os escravos aumentaram perigosamente e os libertos 
que haviam participado da Guerra do Peloponeso exigiam 
melhores condições sociais. 
Esparta foi mais opressora que Atenas em seu domínio 
sobre os Estados gregos. Comandados por Agesilau, os es-
partanos iniciaram nova ofensiva na Ásia contra os persas. 
Mas sem poder, ao mesmo tempo, combater no exterior e 
dominar seus inimigos internos, pelo Tratado de Antálcidas 
fizeram a paz com os persas em 387 a.C.
Esse tratado garantia aos persas o domínio da costa da 
Ásia de tal maneira que os antigos inimigos passaram a 
influenciar a política interna da Grécia, uma vez que as ci-
dades gregas estavam proibidas de coligar-se. 
1.5. A hegemonia de Tebas
Atenas organizou uma segunda liga marítima e recons-
truiu seus muros. Aliando-se a Tebas, atacou a guarnição 
local dos espartanos. Em 371 a.C., na batalha de Leuctras, 
os escravos revoltaram-se em Esparta e os espartanos de-
sistiram de sua política imperialista. Tebas venceu também 
graças à falange, corpo de infantaria disposto em formação 
cerrada organizado por Pelópidas e Epaminondas. 
Tebas ajudou os messênios a se libertarem do domínio de 
Esparta e submeteu a Tessália, a Trácia e a Macedônia. Ao 
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organizar uma marinha de guerra, atraiu a oposição de 
Atenas. Em 362 a.C., atenienses e espartanos, agora re-
conciliados, derrotaram os tebanos na Batalha de Manti-
neia, em que morreu Epaminondas. 
Com o mundo grego enfraquecido pelas guerras, estavam 
criadas as condições para a intervenção de Filipe da Mace-
dônia. A supremacia da Macedônia sobre a Grécia se con-
solidou em 338 a.C., quando as tropas macedônicas ven-
ceram as cidades-Estado gregas na batalha de Queroneia.
2. Período Helenístico 
(séc. IV-I a.C.)
2.1. A organização da Macedônia por Filipe II
Em razão de uma promessa macedônia de ajuda militar 
aos tebanos, Filipe vivia em Tebas quando aquela cidade 
grega viveu seu curto período de hegemonia. Na Grécia, 
Filipe observou suas cidades-Estado enfraquecidas pelas 
guerras fratricidas e familiarizou-se com o uso das longas 
lanças de madeira introduzidas por Epaminondas e a orga-
nização do exército tebano. 
TETRADEACMA DE PRATA DE FELIPE II DA MACEDÔNIA
Filipe procurava instigar nos gregos o ódio aos persas, con-
tando com a colaboração de Isócrates, que pregava uma 
cruzada contra os antigos inimigos. 
As forças macedônias derrotaram os atenienses em 338 a.C., 
na Batalha de Queroneia, os tebanos e, em seguida, Filipe 
apoderou-se da Grécia. Conhecedor do individualismo das 
cidades-Estado e de muita astúcia política, respeitou-lhes a 
autonomia. Assim, foi proclamado hegemon (líder) com o di-
reito de chefiar uma liga contra os persas, a Liga de Corinto.
Sob comando de Parmênion, uma força da Liga já havia 
estabelecido uma cabeça de ponte na Ásia, quando um 
aristocrata assassinou Filipe II em 336 a.C. 
2.2. Alexandre Magno 
Filho de Filipe II e dono de um caráter complexo, Alexandre 
Magno considerava-se descendente de Aquiles por parte 
de mãe e de Hércules por parte de pai: um deus em poten-
cial. Teve poderosa influência de Aristóteles, escolhido por 
Filipe para seu preceptor. O filósofo incutiu-lhe o gosto pela 
cultura grega, pela Ilíada e a Odisseia, por Ésquilo e Eurípe-
des e aversão pelos persas – Aristóteles os vira torturar um 
amigo até a morte na Ásia Menor. 
Alexandre assumiu o trono com uma Macedônia organizada 
e bem armada pelo exército, usou de violência e arrasou as 
cidades gregas, exceto Atenas. Resolvendo dois problemas: 
as revoltas gregas após a morte de Filipe e os numerosos 
herdeiros deixados pelo pai. 
ALEXANDRE (À ESQUERDA) OUVE OS CONSELHOS E 
ORIENTAÇÃO DE SEU TUTOR, ARISTÓTELES.
Como líder supremo do helenismo, deveria libertar as 
cidades da Ásia e levar os gregos à vingança contra os per-
sas. Alexandre rumou para a Ásia com 40 mil homens, 12 
mil dos quais na infantaria, o forte de seu exército. 
Recusou o acordo de paz oferecido por Dario III, derrotou-o 
em pleno centro do Império Persa em 331 a.C. Já impe-
rador persa, avançou para a Índia, percorreu a região do 
rio Indo e só não chegou ao Ganges porque os soldados 
recusaram-se a ir com ele. 
Aos 33 anos, morreu na Babilônia em 323 a.C., deixando 
um dos mais vastos impérios já criados, ao qual imprimiu 
um caráter universal, de acordo com a concepção divina que 
tinha de si, contra o que egípcios e persas não se opuseram.
Promoveu a integração cultural do mundo persa e egípcio. 
Como resultado, criou-se a cultura helenística, fruto da 
fusão da cultura grega (helênica) com a cultura oriental 
(egípcia e persa). 
O império desmoronou com a morte de Alexandre e foi dividi-
do (reinos helenísticos) entre seus principais generais. Os rein-
os helenísticos foram conquistados pelos romanos em 31 a.C.
DISPONÍVEL EM: <HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/ROME:_
TOTAL_WAR:_ALEXANDER> ACESSO EM: 22 DEZ. 2015.
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FONTE: YOUTUBE
Se liga nessa História - Grecia Antiga (FORMAÇÃO) #1
F Y
multimídia: vídeo
3. Cultura e religião
Sem dogmas, os fiéis não se obrigavam a crer em verda-
des definitivas. Eram politeísta: havia grandes deuses, que 
habitavam o Olimpo, e os heróis, homens que praticaram 
ações extraordinárias e se igualaram aos deuses. No culto 
aos deuses, os gregos pediam proteção para a família, a 
tribo ou a cidade, não a salvação da alma. Imaginavam a 
vida depois da morte com total liberdade. 
Mitologia é o conjunto dos mitos, as lendas que contam 
as aventuras de deuses e heróis.
Como a religião era adepta do antropomorfismo, os deuses ti-
nham forma, virtudes e defeitos humanos. Poseidon (deus dos 
mares) e Hades (deus dos infernos) não habitavam o Olimpo. 
Seus mais conhecidos heróis foram Perseu – matou a Górgo-
ne, monstro de dentes afiados e cabeça cheia de serpentes; 
Jasão – com seus companheiros argonautas conquistou o 
Tosão de Ouro, pele de carneiro voadora guardada por um 
dragão; Teseu – matou o Minotauro, monstro que habitava 
o labirinto de Creta; Édipo – matou a Esfinge devoradora de 
viajantes que não respondessem a suas enigmáticas pergun-
tas; e o maior de todos os heróis, que realizou doze trabalhos 
para escapar à fúria de Hera (mulher de Zeus), Hércules.
ESTÁTUA DE POSEIDON - O DEUS DOS MARES - EM HUA HIN, TAILÂNDIA. 
Odisseia (séc. VIII a.C.) 
O regresso do herói Odisseu (ou Ulisses, para os roma-
nos) após triunfar na Guerra de Troia.
multimídia: livro
Homenageavam os deuses dos santuários com grandes jo-
gos, os mais famosos eram os jogos olímpicos, em Olím-
pia, para homenagear a Zeus, realizados de quatro em qua-
tro anos a partir de 776 a.C.
A vida após a morte era difundida pelo Orfismo, que vem 
de Orfeu, poeta que atraía até animais selvagens, segundo 
a lenda. Ele ensinava que a alma, liberta do corpo depois 
da morte, alcançaria a suprema felicidade depois de purifi-
car-se mediante reencarnações sucessivas. 
Atenas abrigou alguns dos maiores pensadores e artistas 
que a humanidade conheceu. 
A filosofia grega divide-se em antes e depois de Sócrates. 
Foram pré-socráticos: Tales de Mileto (fim do século VII-in-
ício do século VI a.C.); Pitágoras (582-497 a.C.); Demócri-
to (460-370 a.C.); Heráclito (535-475 a.C.); e Parmênides 
(540-? a.C.). No tempo de Sócrates, predominava a escola 
dos sofistas, que se serviam da reflexão para atingir fins 
imediatos, ainda que por falsos argumentos. O maior dos 
sofistas foi Protágoras.
Jônico
Coríntio
Dórico
Sócrates (470-399 a.C.) – fundou a filosofia humanista. 
Platão (427-347 a.C.) – principal discípulo de Sócrates, 
fundou a Academia de Atenas. 
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Aristóteles (384-322 a.C) – considerado por muitos o 
maior filósofo de todos os tempos, compreendeu todos os 
conhecimentos de seu

Como foi chamada a principal derrota grega que ocorreu em 338 AC?

A Batalha de Queroneia ocorreu em 338 a.C. e consistiu em um grande conflito entre a Macedônia, Tebas e Atenas.

Quem conquistou a Grécia em 338 antes de Cristo?

Ascensão de Alexandre ao poder Em 338 a.C., durante a Batalha de Queroneia, Filipe II da Macedônia venceu uma liga grega liderada por Atenas e Tebas e marcou o início do domínio macedônico na região. Esse foi o fim do período clássico da história grega e início do período helenístico.

Quem ganhou a batalha de Queroneia?

A conquista da Grécia pela Macedônia se deu no ano de 338 a. C., quando Filipe II venceu os gregos na batalha de Queroneia. Após a morte de Filipe II, assumiu o trono seu filho, Alexandre, o Grande, que efetivou a dominação sobre a Grécia.

O que aconteceu na Batalha de Queroneia?

O confronto ocorreu na Batalha de Queroneia, em 2 de agosto de 338 a.C. Os gregos foram esmagados: perderam cerca de 2 mil homens e tiveram 4 mil capturados, enquanto os macedônios tiveram apenas algumas dezenas de mortes.