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Pré-visualização | Página 14 de 33Com o fim de sua hegemonia, Atenas passou à condição de satélite de Esparta. 1.4. A hegemonia de Esparta Esparta, assim como Atenas, adotou uma política imperia- lista, o que a obrigou a sair do imobilismo. O desenvol- vimento econômico deu aos seus cidadãos o gosto pelo luxo. Os escravos aumentaram perigosamente e os libertos que haviam participado da Guerra do Peloponeso exigiam melhores condições sociais. Esparta foi mais opressora que Atenas em seu domínio sobre os Estados gregos. Comandados por Agesilau, os es- partanos iniciaram nova ofensiva na Ásia contra os persas. Mas sem poder, ao mesmo tempo, combater no exterior e dominar seus inimigos internos, pelo Tratado de Antálcidas fizeram a paz com os persas em 387 a.C. Esse tratado garantia aos persas o domínio da costa da Ásia de tal maneira que os antigos inimigos passaram a influenciar a política interna da Grécia, uma vez que as ci- dades gregas estavam proibidas de coligar-se. 1.5. A hegemonia de Tebas Atenas organizou uma segunda liga marítima e recons- truiu seus muros. Aliando-se a Tebas, atacou a guarnição local dos espartanos. Em 371 a.C., na batalha de Leuctras, os escravos revoltaram-se em Esparta e os espartanos de- sistiram de sua política imperialista. Tebas venceu também graças à falange, corpo de infantaria disposto em formação cerrada organizado por Pelópidas e Epaminondas. Tebas ajudou os messênios a se libertarem do domínio de Esparta e submeteu a Tessália, a Trácia e a Macedônia. Ao 35 organizar uma marinha de guerra, atraiu a oposição de Atenas. Em 362 a.C., atenienses e espartanos, agora re- conciliados, derrotaram os tebanos na Batalha de Manti- neia, em que morreu Epaminondas. Com o mundo grego enfraquecido pelas guerras, estavam criadas as condições para a intervenção de Filipe da Mace- dônia. A supremacia da Macedônia sobre a Grécia se con- solidou em 338 a.C., quando as tropas macedônicas ven- ceram as cidades-Estado gregas na batalha de Queroneia. 2. Período Helenístico (séc. IV-I a.C.) 2.1. A organização da Macedônia por Filipe II Em razão de uma promessa macedônia de ajuda militar aos tebanos, Filipe vivia em Tebas quando aquela cidade grega viveu seu curto período de hegemonia. Na Grécia, Filipe observou suas cidades-Estado enfraquecidas pelas guerras fratricidas e familiarizou-se com o uso das longas lanças de madeira introduzidas por Epaminondas e a orga- nização do exército tebano. TETRADEACMA DE PRATA DE FELIPE II DA MACEDÔNIA Filipe procurava instigar nos gregos o ódio aos persas, con- tando com a colaboração de Isócrates, que pregava uma cruzada contra os antigos inimigos. As forças macedônias derrotaram os atenienses em 338 a.C., na Batalha de Queroneia, os tebanos e, em seguida, Filipe apoderou-se da Grécia. Conhecedor do individualismo das cidades-Estado e de muita astúcia política, respeitou-lhes a autonomia. Assim, foi proclamado hegemon (líder) com o di- reito de chefiar uma liga contra os persas, a Liga de Corinto. Sob comando de Parmênion, uma força da Liga já havia estabelecido uma cabeça de ponte na Ásia, quando um aristocrata assassinou Filipe II em 336 a.C. 2.2. Alexandre Magno Filho de Filipe II e dono de um caráter complexo, Alexandre Magno considerava-se descendente de Aquiles por parte de mãe e de Hércules por parte de pai: um deus em poten- cial. Teve poderosa influência de Aristóteles, escolhido por Filipe para seu preceptor. O filósofo incutiu-lhe o gosto pela cultura grega, pela Ilíada e a Odisseia, por Ésquilo e Eurípe- des e aversão pelos persas – Aristóteles os vira torturar um amigo até a morte na Ásia Menor. Alexandre assumiu o trono com uma Macedônia organizada e bem armada pelo exército, usou de violência e arrasou as cidades gregas, exceto Atenas. Resolvendo dois problemas: as revoltas gregas após a morte de Filipe e os numerosos herdeiros deixados pelo pai. ALEXANDRE (À ESQUERDA) OUVE OS CONSELHOS E ORIENTAÇÃO DE SEU TUTOR, ARISTÓTELES. Como líder supremo do helenismo, deveria libertar as cidades da Ásia e levar os gregos à vingança contra os per- sas. Alexandre rumou para a Ásia com 40 mil homens, 12 mil dos quais na infantaria, o forte de seu exército. Recusou o acordo de paz oferecido por Dario III, derrotou-o em pleno centro do Império Persa em 331 a.C. Já impe- rador persa, avançou para a Índia, percorreu a região do rio Indo e só não chegou ao Ganges porque os soldados recusaram-se a ir com ele. Aos 33 anos, morreu na Babilônia em 323 a.C., deixando um dos mais vastos impérios já criados, ao qual imprimiu um caráter universal, de acordo com a concepção divina que tinha de si, contra o que egípcios e persas não se opuseram. Promoveu a integração cultural do mundo persa e egípcio. Como resultado, criou-se a cultura helenística, fruto da fusão da cultura grega (helênica) com a cultura oriental (egípcia e persa). O império desmoronou com a morte de Alexandre e foi dividi- do (reinos helenísticos) entre seus principais generais. Os rein- os helenísticos foram conquistados pelos romanos em 31 a.C. DISPONÍVEL EM: <HTTPS://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/ROME:_ TOTAL_WAR:_ALEXANDER> ACESSO EM: 22 DEZ. 2015. 36 FONTE: YOUTUBE Se liga nessa História - Grecia Antiga (FORMAÇÃO) #1 F Y multimídia: vídeo 3. Cultura e religião Sem dogmas, os fiéis não se obrigavam a crer em verda- des definitivas. Eram politeísta: havia grandes deuses, que habitavam o Olimpo, e os heróis, homens que praticaram ações extraordinárias e se igualaram aos deuses. No culto aos deuses, os gregos pediam proteção para a família, a tribo ou a cidade, não a salvação da alma. Imaginavam a vida depois da morte com total liberdade. Mitologia é o conjunto dos mitos, as lendas que contam as aventuras de deuses e heróis. Como a religião era adepta do antropomorfismo, os deuses ti- nham forma, virtudes e defeitos humanos. Poseidon (deus dos mares) e Hades (deus dos infernos) não habitavam o Olimpo. Seus mais conhecidos heróis foram Perseu – matou a Górgo- ne, monstro de dentes afiados e cabeça cheia de serpentes; Jasão – com seus companheiros argonautas conquistou o Tosão de Ouro, pele de carneiro voadora guardada por um dragão; Teseu – matou o Minotauro, monstro que habitava o labirinto de Creta; Édipo – matou a Esfinge devoradora de viajantes que não respondessem a suas enigmáticas pergun- tas; e o maior de todos os heróis, que realizou doze trabalhos para escapar à fúria de Hera (mulher de Zeus), Hércules. ESTÁTUA DE POSEIDON - O DEUS DOS MARES - EM HUA HIN, TAILÂNDIA. Odisseia (séc. VIII a.C.) O regresso do herói Odisseu (ou Ulisses, para os roma- nos) após triunfar na Guerra de Troia. multimídia: livro Homenageavam os deuses dos santuários com grandes jo- gos, os mais famosos eram os jogos olímpicos, em Olím- pia, para homenagear a Zeus, realizados de quatro em qua- tro anos a partir de 776 a.C. A vida após a morte era difundida pelo Orfismo, que vem de Orfeu, poeta que atraía até animais selvagens, segundo a lenda. Ele ensinava que a alma, liberta do corpo depois da morte, alcançaria a suprema felicidade depois de purifi- car-se mediante reencarnações sucessivas. Atenas abrigou alguns dos maiores pensadores e artistas que a humanidade conheceu. A filosofia grega divide-se em antes e depois de Sócrates. Foram pré-socráticos: Tales de Mileto (fim do século VII-in- ício do século VI a.C.); Pitágoras (582-497 a.C.); Demócri- to (460-370 a.C.); Heráclito (535-475 a.C.); e Parmênides (540-? a.C.). No tempo de Sócrates, predominava a escola dos sofistas, que se serviam da reflexão para atingir fins imediatos, ainda que por falsos argumentos. O maior dos sofistas foi Protágoras. Jônico Coríntio Dórico Sócrates (470-399 a.C.) – fundou a filosofia humanista. Platão (427-347 a.C.) – principal discípulo de Sócrates, fundou a Academia de Atenas. 37 Aristóteles (384-322 a.C) – considerado por muitos o maior filósofo de todos os tempos, compreendeu todos os conhecimentos de seu Como foi chamada a principal derrota grega que ocorreu em 338 AC?A Batalha de Queroneia ocorreu em 338 a.C. e consistiu em um grande conflito entre a Macedônia, Tebas e Atenas.
Quem conquistou a Grécia em 338 antes de Cristo?Ascensão de Alexandre ao poder
Em 338 a.C., durante a Batalha de Queroneia, Filipe II da Macedônia venceu uma liga grega liderada por Atenas e Tebas e marcou o início do domínio macedônico na região. Esse foi o fim do período clássico da história grega e início do período helenístico.
Quem ganhou a batalha de Queroneia?A conquista da Grécia pela Macedônia se deu no ano de 338 a. C., quando Filipe II venceu os gregos na batalha de Queroneia. Após a morte de Filipe II, assumiu o trono seu filho, Alexandre, o Grande, que efetivou a dominação sobre a Grécia.
O que aconteceu na Batalha de Queroneia?O confronto ocorreu na Batalha de Queroneia, em 2 de agosto de 338 a.C. Os gregos foram esmagados: perderam cerca de 2 mil homens e tiveram 4 mil capturados, enquanto os macedônios tiveram apenas algumas dezenas de mortes.
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