Jovem de 22 anos executado por uma facção em mt

Mais uma execução sumária contra um membro de facção criminosa, a mando do Comando Vermelho, foi registrada em Mato Grosso.

Um rapaz de 22 anos foi sequestrado apenas para um "salve". E tudo foi filmado pelos próprios matadores.

A vítima, o jovem identificado como Wanderson Pacheco, chegou a pedir "pelo amor de Deus" para não ser  executado a tiros, na noite da última segunda-feira (26).

O corpo dele só foi encontrado na manhã de terça-feira (27), por um funcionário de uma madeireira, nas margens da MT-170.

O crime, segundo a Polícia Militar, aconteceu na cidade de Juruena (885 km ao Noroeste de  Cuiabá).

Antes de levar tiros na cabeça, no pescoço e no dorso, Wanderson foi sequestrado e sofreu torturas físicas e mentais.

Toda a ação criminosa, inclusive as conversas, foram  filmadas pelos próprios criminosos. A ordem de execução teria partido da própria facção.

Wanderson, que também seria membro do Comando Vermelho, teria sido julgado pelo "Tribunal do Crime", antes de ser executado, após ter cometido algum "ato infracional" não permitido pela facção criminosa.

"Primeiro, você pede perdão para a família", diz um dos criminosos, em trecho transcrito do vídeo, que viralizou na internet.

 "Você não vai atirar em mim não, né?", pergunta Wanderson.

O criminoso, então, pede para que a vítima deite no chão.

"É melhor ter essa humilhação do que tomar um tiro na cara", alertou o algoz.

O rapaz pede para que a câmera seja desligada, para que eles conversem. Mas, o criminoso diz que não vai atirar nele.

Wanderson continua pedindo, até pelo amor de Deus, para que o comparsa não atire, mas o bandido faz vários disparos contra o rapaz, que morre no local.

A a gravação foi interrompida no momento do tiro.

PRESOS - Os criminosos, identificados como Wildisney e Elias, de 19 e 29 anos, foram presos pela Polícia Civil, após a liberação do corpo de Wanderson para o IML.

As imagens mostram a ação criminosa dos dois acusados, e as câmeras de segurança de um banco também mostram a vítima com eles, no domingo (25).

Um dos acusados confessou o crime e confirmou que a execução de Wanderson foi "uma ordem do Comando Vrmelho".

Os dois presos foram autuados em flagrante pela Polícia Civil em crimes de sequestro, cárcere privado, tortura e homicídio triplamente qualificado.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o jovem Wanderson Costa Pacheco, de 22 anos, é executado em Juruena, município em Cuiabá (MT).

Nas imagens, é possível ver o jovem em uma região de mata. Ele tenta argumentar com os criminosos, que ordenam que ele “peça perdão para a família”.

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Conforme as declarações, o suspeito mais velho fez os disparos e o outro, mais jovem, filmou a execução. A dupla foi autuada pela Polícia Civil do estado em flagrante por homicídio qualificado e será encaminhada a uma unidade prisional da região.

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O corpo de Wanderson foi encontrado na terça-feira por um funcionário de madeireira que passava pelo local da execução. Ele percebeu que havia uma pessoa de bruços no chão.

Um dos mandantes do homicídio que vitimou Wanderson Costa Pacheco, 22 anos, ocorrido em abril deste ano, em Juruena (880 km a noroeste de Cuiabá) foi preso nesta sexta-feira (23), na cidade de Cascavel, interior do Paraná. A prisão contou com apoio da Polícia Civil do município paranaense.

A prisão do mandante do crime, J.S.R. foi cumprida enquanto ele participava de um curso de segurança privada, após ter fugido de Juruena e se refugiado em Cascavel. O mandado de prisão foi decretado pela Vara Única da Comarca de Cotriguaçú. 

Outras duas pessoas, investigadas pela Delegacia da Polícia Civil de Juruena como executoras do homicídio, foram presas em flagrante, horas após o crime cometido. 

Crime

O corpo de Wanderson foi localizado na tarde do dia 27 de abril deste ano, às margens da MT-170, próximo a uma serraria de Juruena. Uma pessoa que passou pelo local viu o corpo e acionou a Polícia Militar, que preservou o local até a chegada da Polícia Civil, que deu início à investigação. A vítima apresentava diversas perfurações nas costas e no pescoço.

Um inquérito foi instaurado pelo delegado Philipe de Paula da Silva Pinho reuniu diversas informações que levaram ao esclarecimento do crime. A equipe de investigação apurou que a vítima foi vista com duas pessoas, que seriam os prováveis suspeitos do crime.

Os investigadores conseguiram imagens de câmeras de segurança de um banco da cidade que mostraram a vítima e outras duas pessoas discutindo na porta da agência bancária. A Polícia Civil também recebeu imagens que circularam em aplicativos de mensagens e mostravam a execução da vítima.

Com base nas informações apuradas, os policiais conseguiram identificar os dois suspeitos, que foram localizados tomando cerveja em frente à quitinete onde moravam. Foram aprendidas as roupas utilizadas por um deles na dia da execução. 

Questionados sobre o homicídio, os suspeitos, um de 19 anos e outro de 29 anos, confirmaram a execução e que o crime foi ordenado por uma facção criminosa. Conforme declaração, o homem de 29 anos fez os disparos e o outro filmou a execução.