Nomes de anticoncepcional para não menstruar

Alguns métodos hormonais podem ser utilizados para suspender temporariamente as menstruações. Bloqueios com anticoncepcionais orais de progesterona ou combinados de estrogenios e progesterona, DIU de progesterona, implante de progesterona, injeção de progesterona de depósito, anel vaginal e adesivos contraceptivos podem ser utilizados para bloquear menstruações. As principais indicações são cólicas, assaduras pós menstruais, endometriose, sangramento menstrual aumentado ou irregular e até para aquelas que preferem não menstruar. Em casos de pacientes em programação cirúrgica para miomas, por exemplo, bloqueadores hormonais injetáveis podem ser usados para gerar menopausa química e diminuir o volume uterino, o que pode facilitar a cirurgia.

2) Quais as vantagens para a mulher?

Evitando a menstruação evita-se todo o desconforto gerado por ela: cólicas, assaduras pós menstruais, alergias a absorventes e até a TPM pode ser minimizada! Além disso, em mulheres que sangram muito evita-se anemia e em mulheres com endometriose minimizam-se cicatrizes e aderências pélvicas.

3) E as desvantagens?

Só existem desvantagens comprovadas do uso prolongado de análogos, que são os bloqueadores hormonais injetáveis. Por imitarem a menopausa, podem estar associados a ondas de calor, mal estares, secura vaginal e osteoporose. Os demais métodos podem estar associados a escapes, que são sangramentos esporádicos em pequena ou mínima quantidade, mas que costumam ser raros e bem tolerados pelas mulheres. Algumas mulheres retenção líquida com o método de injeção de progesterona, principalmente.

4) Existem várias dúvidas das mulheres, como se pode prejudicar a fertilidade, ou se é importante menstruar para haver limpeza do útero. Gostaria que explicasse a respeito.

Não existe prejuízo algum à fertilidade quando se evita a menstruação, pelo contrário, em casos de endometriose, por exemplo, a supressão da menstruação poderá inclusive aumentar as chances de gravidez futura por evitar cicatrizes e aderências pélvicas.

O sangue perdido durante as menstruações, por outro lado, não é responsável por limpar o útero e sim por receber um futuro bebê, se a gravidez não acontece há renovação da parte interna do útero, isso é a menstruação. Quando usamos progesterona para suspender as menstruações a camada interna do útero não se espessa para esperar a gestação e por isso não há sangramento.

A injeção de progesterona de depósito, apesar de não causar infertilidade, pode manter seu efeito contraceptivo por alguns meses após o término de seu uso, evitando gestações neste período. Passado seu efeito, a função reprodutiva retornará normalmente.

5) Caso opte por bloquear a menstruação, por quanto tempo isso pode ser feito?

Período indeterminado, ou seja, pelo tempo que for conveniente à paciente, já que não há nenhum malefício do bloqueio. Se optado por injeção de progesterona de depósito o controle dos ossos é fundamental.

As pílulas anticoncepcionais provocaram uma verdadeira revolução comportamental na sociedade moderna.

Após a sua criação na década de 1960, as mulheres passaram a ter maior controle sobre o seu próprio corpo e liberdade para exercerem sua sexualidade sem o risco de uma gravidez indesejada.

Neste conteúdo especial, vamos falar um pouco sobre a história dos anticoncepcionais, sua composição e como eles atuam no organismo da mulher.

Vamos explicar também a diferença das pílulas com baixa dose de hormônio em relação aos anticoncepcionais tradicionais e quando os anticoncepcionais são recomendados.

Você vai conhecer também os principais efeitos colaterais que as mulheres podem sofrer ao utilizarem esse medicamento.

Por fim, vamos mostrar uma lista de anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal – os principais disponíveis no mercado.

Nomes de anticoncepcional para não menstruar

Quando foram criados os anticoncepcionais?

No dia 3 de maio de 1960 foi lançada nos Estados Unidos a primeira pílula anticoncepcional.

A Enovid-R chegou ao mercado com a promessa de promover o controle de natalidade e garantir que as mulheres tivessem maior controle sobre o próprio corpo e a liberdade de escolher o melhor momento para se tornarem mães.

Uma curiosidade sobre a criação do primeiro medicamento anticoncepcional é que, a princípio, a intenção era combater a esterilidade feminina. Mas, no meio do caminho, chegou-se à fórmula contraceptiva do Enovid-R.

Se hoje é fácil encontrar quais são os anticoncepcionais que têm menos hormônios, naquela época as pílulas possuíam uma carga hormonal muito alta e que causava fortes efeitos colaterais.

Primeiros anticoncepcionais de baixa dosagem

Com maior autonomia para escolher o momento mais adequado de se tornarem mães, as mulheres puderam ocupar mais espaço no mercado de trabalho e nas universidades.

Apesar de esse método de controle de natalidade ser considerado um grande avanço científico e um marco no comportamento da sociedade, nem tudo eram flores nos primeiros anos da pílula anticoncepcional.

As grandes doses de hormônio das primeiras pílulas desenvolvidas causavam significativos efeitos colaterais nas mulheres, como trombose e doenças cardiovasculares.

Felizmente, os avanços da ciência no decorrer das décadas seguintes possibilitaram aprimorar a composição desse medicamento. 

Foi apenas a partir da década de 1980 que a quantidade hormonal presente na composição das pílulas anticoncepcionais passou a ser ajustada e teve sua concentração diminuída.

Hoje, existem pílulas de baixa dosagem hormonal e igualmente (ou até mais) eficazes.

Pra você ficar ainda mais por dentro deste tema, trouxemos este vídeo do canal do Drauzio Varella para você:

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Qual é a composição dos anticoncepcionais?

Os anticoncepcionais são compostos de duas formas. A primeira se refere às pílulas que contém dois hormônios sintéticos em sua composição: o estrogênio e o progestogênio.

Já o segundo tipo de pílula anticoncepcional apresenta apenas o progestogênio em sua composição.

Como os anticoncepcionais atuam no organismo da mulher?

Como o próprio nome sugere, os medicamentos anticoncepcionais agem de modo a evitar uma gravidez.

Para isso, as substâncias presentes nas pílulas bloqueiam a ovulação. Além disso, os medicamentos contraceptivos deixam o muco cervical mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides pelas trompas uterinas para fecundarem o óvulo.

A pílula também atua no impedimento da dilatação do útero. Isso dificulta a passagem dos espermatozóides pelas cavidades uterinas.

E caso o óvulo venha a ser fecundado, os hormônios presentes nos anticoncepcionais deixam a parede do útero mais fina, impedindo que esse óvulo seja implantado e dê início a uma gravidez.

Qual a diferença entre as pílulas de baixa dosagem hormonal e os anticoncepcionais comuns?

O que difere os anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal das outras pílulas mais comuns e tradicionais é justamente a concentração de hormônios que compõem a fórmula do medicamento.

É possível encontrar no mercado anticoncepcionais com dosagem de 100 microgramas de estrogênio sintético, o que é considerado um valor elevado.

Essa alta concentração, conforme veremos mais à frente, pode gerar efeitos indesejados para as mulheres.

Por isso, foram desenvolvidas as pílulas de baixa dosagem hormonal, que costumam concentrar 15, 20, 30 e até 35 microgramas de estrogênio e podem reduzir os efeitos colaterais, apresentando a mesma eficácia.

Agora, algumas dicas da Dra. Laura Garambone sobre outros métodos anticoncepcionais:

Quais são os principais efeitos colaterais dos anticoncepcionais tradicionais?

Como bem mencionamos anteriormente, o uso de anticoncepcionais que apresentam dose elevada de hormônios pode causar alguns efeitos colaterais para as mulheres.

O principal deles se refere à trombose, que é uma condição que se caracteriza pela formação de coágulos que prejudicam a circulação normal de fluxo sanguíneo e levam à inflamação dos vasos sanguíneos quase sempre dos membros inferiores.

Além disso, pílulas com altas doses de estrogênio podem levar ao aumento de peso, inchaço e dores nos seios, distúrbios vasculares e maior propensão ao câncer de útero.

Por outro lado, no caso das pílulas de baixa dosagem hormonal, a ocorrência de efeitos colaterais cai de maneira significativa. Na verdade, os anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal podem até trazer benefícios para o útero.

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Para ajudar os médicos a prescreverem com mais segurança, a Memed disponibiliza uma base de dados para consulta com mais de 100 mil alertas de interações medicamentosas. 

Neste vídeo, você pode ver como ela funciona:

Por que e quando as pílulas de baixa dosagem hormonal são recomendadas?

Os anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal são recomendados justamente para evitar que as mulheres sejam acometidas pelos efeitos colaterais que citamos acima.

Quanto ao momento ideal para começar a tomar medicamentos contraceptivos, aconselha-se que seja antes de iniciar a vida sexual, até mesmo para receber orientações médicas que a preparem para a atividade sexual.

Em média, a vida sexual das mulheres brasileiras, segundo estudos, se inicia por volta dos 15 anos. E, ao contrário do que muitos pensam, o uso de pílulas anticoncepcionais nessa idade não atrapalha o desenvolvimento da adolescente nem causa infertilidade quando ela atinge a fase adulta devido à baixa concentração de hormônios.

De qualquer modo, para fazer o uso correto de medicamentos anticoncepcionais, independentemente da idade, o ideal é procurar um médico para que ele possa fazer a devida avaliação.

Quando os anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal não são recomendados?

Apesar dos efeitos colaterais dos anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal serem menores, existem algumas situações que a suspensão desse medicamento é recomendada.

Por exemplo, quando a mulher for fazer uma cirurgia, é indicado que ela interrompa o uso de anticoncepcional pelo período de quatro a seis semanas antes do procedimento.

Essa recomendação se dá ao fato de que o medicamento contraceptivo pode aumentar os riscos de formação de trombos.

A suspensão do uso de pílulas anticoncepcionais também é recomendado quando a mulher apresenta fortes dores de cabeça e alterações na visão sem nenhuma outra causa aparente. Nesse casos, o uso do medicamento é interrompido para averiguar se esses sintomas são reflexos de alterações vasculares causadas pelo uso do anticoncepcional.

Outra situação em que os anticoncepcionais não são recomendados é quando o período menstrual diminui bastante.

Se, por exemplo, a duração do fluxo costumava ser de 5 a 7 dias antes de começar a usar a pílula e, após dar início ao uso desse medicamento, o período cai para 1 ou 2 dias (ou até mesmo dia nenhum), o médico pode suspender a medicação para averiguar o caso e talvez receitar um medicamento com uma dosagem hormonal diferente.

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A mulher pode tomar anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal até que idade?

O climatério é uma fase da vida da mulher que marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Geralmente, essa fase ocorre entre os 35 e 65 anos de idade.

Até os 50 anos, a mulher ainda pode engravidar; é pouco provável, mas não impossível. Tendo isso em vista, a mulher pode sim fazer o uso de anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal.

Porém, no caso de mulheres que se encontram nessa faixa de idade e que são fumantes, hipertensas, obesas ou portadoras de diabetes, o uso de medicamentos contraceptivos não é recomendado.

Lembra que falamos que as pílulas podem favorecer a formação de trombos? Pois bem. Mulheres que apresentam as condições que acabamos de citar já possuem maior tendência para trombose e vasos sanguíneos mais fragilizados, o que pode ser agravado com o uso de anticoncepcionais.

É possível tomar anticoncepcionais com baixa dosagem hormonal por via injetável?

Sim. Além das pílulas contraceptivas, é possível também administrar esses medicamentos por via injetável.

Nesse caso, a mulher recebe uma dose única mensal do anticoncepcional. Essa é uma boa alternativa para aquelas que possuem algum tipo de intolerância à ingestão dos medicamentos por via oral, ou mesmo para o caso de pessoas que acabam esquecendo de tomar a pílula regularmente. Sem falar na praticidade.

Além disso, especialmente em se tratando de adolescentes, o uso de anticoncepcional injetável pode ser mais vantajoso. Isso porque, diferentemente do que é observado quando se trata dos comprimidos, as meninas tendem a não esquecer de tomar a dose nos dias certos.

Outro ponto que conta a favor do anticoncepcional injetável é a privacidade.

O Dr. Drauzio Varella fala um pouco mais sobre este tipo de método anticoncepcional neste vídeo, aperte o play e assista:

Quais são os anticoncepcionais que têm menos hormônios?

Atualmente, existem muitos medicamentos contraceptivos disponíveis no mercado.

As pílulas simples apresentam em sua composição apenas o hormônio progesterona. Elas costumam agir na parte interna do útero (endométrio) e no muco cervical.

Dentre as principais opções de medicamento desse tipo, destacam-se:

  • Norestin
  • Cerazette
  •  Nactali
  • Juliet

Já as pílulas combinadas apresentam progesterona e estrogênio em sua composição. Os efeitos colaterais desse tipo de anticoncepcional nos vasos sanguíneos são menores. Além disso, ele atua mais na inibição da ovulação.

São exemplos de pílulas combinadas os medicamentos:

  • Ciclo 21
  • Diminut
  • Allestra 20
  • Allestra 30
  • Belara
  • Diane 35
  • Iumi
  • Elani
  • Selene
  • Yasmin

Bom, agora que você já conhece quais são os anticoncepcionais que têm menos hormônios e como esse medicamento atua no organismo, não deixe de consultar um médico antes de começar a fazer o uso deliberado dessas pílulas.

Somente um profissional especializado vai saber avaliar a situação da mulher e receitar o medicamento contraceptivo com a dosagem hormonal mais adequada.

A Memed facilita a vida de médicos e de pacientes ao permitir que receitas sejam prescritas digitalmente. Assim, quem precisa do medicamento recebe a receita em seu celular, via SMS ou mesmo WhatsApp. Além disso, a Memed disponibiliza diversas outras facilidades para seu médico, como lista de medicamentos cadastrados, alertas de interações medicamentosas, histórico do paciente e muito mais.

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Qual o melhor anticoncepcional para não menstruar?

As pílulas de uso contínuo, são aquelas como a Cerazette, que são tomadas diariamente, sem período de pausa, o que faz com que a mulher não tenha menstruação. Outros nomes são Micronor, Yaz 24+4, Adoless, Gestinol e Elani 28.

Faz mal usar o anticoncepcional para não menstruar?

Não tem problema usar pílulas anticoncepcionais para pular sua menstruação. Se você optar por pular sua menstruação continuamente, os efeitos colaterais podem incluir sangramentos de escape. Seu útero não ficará “entupido”

O que posso tomar para parar de menstruar?

O uso de medicamentos hormonais é o modo mais seguro de evitar que a sua menstruação aconteça. Podem ser utilizados Primosiston®, anticoncepcionais orais e o dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona.

Qual é o melhor anticoncepcional de uso contínuo?

Os mais potentes nessas melhorias são a base de ciproterona (diane 35, ferane, diclin), drosperinona (Yaz, Yasmin, Iumi, Elani). Existem várias marcas e dosagens, o que depende da avaliação do ginecologista para cada paciente.