O que acontece se dormir só 5 horas?

O que acontece se dormir só 5 horas?
 Reprodução/YouTube/Veja SP

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A maioria da população mundial dorme um “sono monofásico”. Ou seja: você dorme de sete a oito horas por noite, de uma tacada só, sem intervalos. Mas você já ouviu falar do “sono polifásico“? A técnica foi usada por personalidades como Leonardo da Vinci, Benjamin Franklin e Napoleão Bonaparte.

No sono polifásico, você não dorme apenas à noite, mas sim descansa em várias fases ao longo do dia. Em teoria, isso proporcionaria uma funcionalidade maior do corpo. Um dos métodos mais controversos da técnica é chamado de “agenda Uberman”. Nesse caso, a pessoa tira seis sonecas de 20 minutos ao longo do dia. Assim, você passaria apenas duas horas do seu dia dormindo — o que poderia acrescentar mais 20 anos acordado à expectativa de vida de um ser humano.  Mas será que o sono polifásico é seguro?

Um repórter do BuzzFeed americano decidiu testar a teoria. Ele conversou com Jackson Nexhip, um australiano que pratica o sono polifásico há seis meses, para tentar definir uma rotina um pouco menos radical para completar o desafio. “A ideia é quebrar o seu sono na maior parte de fragmentos possíveis“, aconselhou o rapaz. O jornalista deixou o cronograma mais intenso de lado e decidiu fazer a versão “Everyman”, que permite 4,5 horas de sono por noite, além de dois cochilos de 20 minutos durante a tarde. Com esse método, uma pessoa dormiria pouco mais de 5 horas por noite. 

Preocupado com o impacto do desafio em sua saúde, o jornalista Ryan Bergara decidiu procurar um médico para saber como o sono polifásico poderia afetar o seu corpo — ou se o cronograma era recomendado. Alon Avidan, especialista em sono pela UCLA, alertou o jornalista, dizendo que o cronograma não era uma boa ideia e que as pessoas precisam, em média, de sete a oito horas de sono por dia. “O sono polifásico, de maneira geral, não é uma boa ideia. Um dos meus pacientes comparou com o ato de assar pão. Se você deve deixar o pão no forno por cerca de dez horas, se você tirar o pão prematuramente após meia hora, e depois continuar colocando o pão no forno a cada dez minutos, ele não vai crescer. É a mesma metáfora: o sono tem que estar acontecendo durante aquele período de tempo“, aconselhou o profissional. 

“Cinco horas e dez minutos de sono podem ser apropriadas para algumas pessoas. São as pessoas com o chamado ‘sono curto’. As chances de você ser uma dessas pessoas são bem pequenas, porque essa é uma condição bastante rara“, explicou o médico. Mesmo com os alertas, Ryan continuou firme no desafio. O primeiro e segundo dia do sono polifásico foram especialmente difíceis, com o repórter tendo dificuldades para completar tarefas do dia a dia. “Eu estou exausto, estou tão cansado que nem fui malhar“, desabafou no segundo dia do desafio. “As pessoas que fazem isso usam o tempo extra para se exercitar ou fazer algo, mas eu estou tão morto que sou incapaz de fazer qualquer coisa“, disse ele no quarto dia.

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No quinto dia, as reações de Ryan começaram a ficar um pouco estranhas: ele não conseguia permanecer focado e passou 30 minutos gargalhando no escritório. Já no sexto dia, o rapaz teve uma terrível dor de cabeça e teve dificuldades para falar, além da falta de motivação. No sétimo dia, ele abandonou o experimento: “Eu não vejo mais por que fazer isso“. Assista: 

“O que eu aprendi nessa experiência? Descobri o quão crucial a quantidade certa de sono é para a funcionalidade do corpo. Eu não fiquei mais focado nem tive surtos de criatividade, nem senti que o tempo extra que eu fiquei acordado todos os dias valeu a pena“, desabafou Ryan. “Escute o que seu corpo tem a dizer. E eu sei de uma coisa: eu nunca mais vou subestimar o sono, e você também não deveria“.

Dê sua opinião: E você, o que achou da experiência do de Ryan Bergara? Deixe seu comentário e aproveite para curtir a nossa fanpage no Facebook!

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O que acontece se dormir só 5 horas?

Os participantes foram convidados a completar uma série de testes neurológicos e psicológicos para procurar sinais de declínio cognitivo ou demência. (Crédito: Reprodução/Pexels)

Todo mundo sabe que uma boa noite de sono é essencial para a saúde. Dormir ajuda o corpo a se recuperar, ao cérebro a armazenar as informações do dia, além de reduzir o risco de problemas como doenças cardíacas e diabetes. Um novo estudo associa noites mal dormidas ao declínio cognitivo.

Uma pesquisa publicada na revista científica Brain, acompanhou 100 adultos com média de 70 anos durante quatro e cinco anos. Segundo o site americano The Conversation, no início do estudo, 88 voluntários não apresentavam sinais de demência, enquanto 12 tinham início de comprometimento cognitivo (demência leve) e 11 estavam diagnosticados com pré-demência.

+ Homem afirma dormir apenas 30 minutos por dia

Ao longo do estudo, os participantes foram convidados a completar uma série de testes neurológicos e psicológicos para procurar sinais de declínio cognitivo ou demência. As pontuações alcançadas foram classificadas numa tabela chamada Composição Cognitiva Pré-clínica do Alzheimer. Quanto maior a pontuação, melhor a cognição ao longo do tempo, explica o site.

O sono dos participantes foi medido por meio de encefalograma durante quatro a seis noites. Isso foi feito uma única vez, três anos depois que as pessoas concluíram o primeiro teste cognitivo. O exame permitiu que os cientistas medissem com precisão a atividade cerebral, se estava dormindo ou não (e por quanto tempo), e quão repousante era o sono.

No geral, os pesquisadores descobriram que dormir menos de 4,5 horas e mais de 6,5 horas por noite, além do sono de má qualidade, está associado ao declínio cognitivo ao longo do tempo, revela o The Conversation.

Curiosamente, o impacto da duração do sono na função cognitiva foi semelhante ao efeito da idade, que é o maior fator de risco para o desenvolvimento de demência.

O site americano lembra que pesquisas anteriores já haviam descoberto que a falta de sono poderia levar ao declínio cognitivo, especialmente quem sofre com insônia ou sonolência diurna excessiva. Uma das pesquisas revelou que as pessoas que dormem pouco têm níveis mais elevados de beta-amiloide no cérebro, proteína comumente encontrada em pessoas com Mal de Alzheimer.

Os cientistas não sabem ao certo por que a falta de sono está ligada ao declínio cognitivo. Uma teoria é que o sono ajuda o cérebro a eliminar proteínas prejudiciais que se acumulam durante o dia, incluindo a beta-amiloide, diz o site.



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Faz mal dormir apenas 5 horas?

Segundo pesquisadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, mesmo privações de sono de curto prazo podem aumentar a pressão sanguínea e a taxa de hormônios como o cortisol, favorecendo o desenvolvimento de problemas cardiovasculares.

É normal dormir só 5 horas por dia?

O Professor Marcelo Rebelo de Sousa é o que chamamos um “Short Sleeper”, ou seja, alguém que consegue dormir menos de 6 horas por dia e sentir-se bem. Este fenómeno é uma variante do normal rara e que, mesmo sendo normal, tem vindo a ser associada a algum risco cardiovascular acrescido.

É possível dormir 4 horas por dia?

Todo mundo sabe que uma boa noite de sono é essencial para a saúde. Dormir ajuda o corpo a se recuperar, ao cérebro a armazenar as informações do dia, além de reduzir o risco de problemas como doenças cardíacas e diabetes.

Faz mal dormir apenas 6 horas?

Dormir 6 horas por dia não necessariamente faz mal à saúde. Na verdade, esse é o limite mínimo aceitável para uma pessoa adulta, segundo uma pesquisa publicada na revista Annals of Behavioral Medicine.