O que e a informação genética?

A descoberta dos split genes (atribuída pela Fundação Nobel a Philip Sharp e a Richard Roberts, outro pesquisador norte-americano, simultaneamente) mostrou que a estrutura dos genes e o fluxo da informação genética são diferentes nas bactérias e nos organismos superiores. No primeiro caso (A), o gene se apresenta como um trecho contínuo de DNA, transcrito diretamente em RNA mensageiro e, então, traduzido como proteína.

No caso dos organismos superiores (B), o gene é descontínuo: um RNA precursor é copiado do DNA genômico; já fora do núcleo, este RNA precursor sofre splicing – quer dizer, os trechos correspondente aos íntrons são removidos, e os correspondentes aos exons emendados -, dando origem, então, ao RNA mensageiro que contém as informações para a síntese de proteína.

Não são sempre os mesmos segmentos dossplit genes os incluídos na molécula final de RNA mensageiro. Combinações alternativas de exons ocorrem em diferentes estágios da vida da célula, ou em diferentes tecidos. Como conseqüência, uma mesma região do DNA pode determinar a síntese de mais de uma proteína, correspondente a cada splicing alternativo. Os cientistas já demonstraram que pelo menos uma doença – a talassemia – resulta de erros no alternative splicing , como o processo é conhecido entre especialistas.

A existência dos split genes também alterou concepções sobre o curso da evolução dos genes. Às mutações, cuja acumulação é vista como uma forma gradual de evolução, deve-se somar outro mecanismo, e mais rápido: o rearranjo (ou shuffling) de exons, que amplia o potencial de variabilidade e, conseqüentemente, as possibilidades de sobrevivência dos organismos.

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Esta, ensinam os cientistas, é a molécula da vida. A sigla DNA vem de Ácido Desoxirribonucléico.

É no DNA que toda a informação genética de um organismo é armazenada e transmitida para seus descendentes. Essa carga genética está contida no núcleo e todas as células de um organismo. Em todos os seres vivos, o DNA é formado por uma fita dupla composta por 4 letras - A, T, C e G.

Essas letras representam compostos orgânicos: o A é a adenina, o T é a timina, o C é a citosina e o G é a Guanina. Se fosse possível esticar esta fita, teríamos 2 metros de DNA. As diferentes combinações destas letras - que chegam a mais de 3 bilhões em cada célula - fazem a variabilidade dos seres vivos.

Cromossomos

Sequências de DNA formam os cromossomos. Cada organismo tem um número diferente de cromossomos. O ser humano, por exemplo, tem 46 (recebemos 23 da mãe e outros 23 do pai).

O que e a informação genética?

Gene

É a parte funcional do DNA. No caso do genoma humano, por exemplo, apenas 3% é formado por genes. O resto é apenas, agrupamentos de proteínas que não contêm nenhuma informação. Os genes, portanto, são sequências especiais de centenas ou até milhares de pares (do tipo A-T ou C-G) que oferecem as informações básicas para a produção de todas as proteínas que o corpo precisa produzir.

Genoma

Em biologia, o genoma é toda a informação hereditária (passa para seus descendentes) de um organismo que está codificada em seu DNA (ou, em alguns vírus, no RNA). Isto inclui tanto os genes como as sequências não-codificadoras que são muito importantes para a regulação gênica, dentre outras funções.

Sequenciamento do Genoma ou DNA

O sequenciamento é a técnica utilizada para determinar em que ordem as bases (letras) contidas no DNA, se encontram. Quando se diz que um genoma foi sequenciado queremos dizer que foi determinada a ordem que as informações (genes) estão colocados no genoma.

Mas para que isso serve?

Com o sequenciamento dos genomas podemos obter informações sobre a linha evolutiva dos organismos (saber quem tem o DNA mais parecido com quem). As informações contidas nos genomas poderá resultar em novos métodos de diagnóstico, na formulação de novos medicamentos, vacinas, na prevenção e tratamentos mais eficazes contra doenças ou pragas.

O que e a informação genética?

O que e a informação genética?

Como referenciar: "DNA, Cromossomos, Gene, Genoma" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 03/12/2022 às 08:36. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biogenoma.php

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A expressão genética (português europeu) ou expressão génica (português brasileiro) é o processo pelo qual a informação hereditária contida em um gene, tal como a sequência de DNA, é utilizada de modo a formar um produto génico funcional, tal como proteínas ou RNA.[1][2]

Vários passos no processo de expressão génica podem ser modulados, incluindo a transcrição do mRNA e a modificação pós-traducional de uma proteína. A regulação génica dá à célula controlo sobre sua estrutura e função e é a base para a diferenciação celular, morfogénese e para a versatilidade e adaptabilidade de qualquer organismo. A regulação génica pode também servir como substrato para mudanças evolutivas, dado que o controlo do timing, localização e quantidades de expressão génica podem ter um efeito profundo nas funções (ações) do gene num organismo. A regulação da expressão genética não ocorre em seres que contenham mRNA policistrónico, somente nos eucariotas é que se observa tal efeito.

Apesar da importância do entendimento do processo de expressão genética por somente um gene, estudos em redes são mais interessantes em casos práticos, no qual um conjunto de genes são estudos de forma unificada, ver (Biologia sistêmica,Redes funcionais).

O que e a informação genética?

Uma molécula de DNA não se reduz a uma cadeia longa e repetitiva de nucleotídeos, ao invés disto, ela é dividida em unidades funcionais chamadas de GENES (unidade fundamental da hereditariedade). Estes genes, podem especificar polipeptídios (proteínas e subunidades de proteínas) ou RNAs funcionais (como RNAt e RNAr), traduzindo-os  em estruturas que estão presentes em um determinado tipo celular. As células de um mesmo organismo e que possuem os mesmos genes tornam-se diferentes umas das outras porque sintetizam moléculas de RNA e proteínas diferentes, devido a isso diferem as suas estruturas e suas funções. Cada gene fornece instruções para um produto funcional, ou seja, uma molécula necessária para realizar um trabalho na célula. Durante a expressão de um gene codificante de proteína, a informação flui do DNA→ RNA→ PROTEÍNA. Esse fluxo direcional de informação é conhecido como o dogma central da biologia molecular, e o processo de ir de um DNA para um produto funcional, é conhecido como expressão gênica.[3]

Graças a expressão gênica, é possível ter uma diferenciação celular, que são variedades de tipos celulares em um mesmo organismo. A célula consegue controlar as proteínas que produz por alguns fatores, como por exemplo: controlando o processamento de seus RNAs transcritos, controlando quando um determinado gene é transcrito, controlando a saída dos RNAs do núcleo para o citoplasma e quais os mRNAs que estão no citoplasma serão traduzindo, controlando a degradação dos mRNAs e também, quando a célula consegue controlar a atividade e a degradação das proteínas que já foram formadas ou que ainda estão em formação. Esses fatores, controlam a expressão gênica, e permite que as células possam ser diferenciadas e desempenhar diferentes funções em um organismo multicelular.

O que e a informação genética?

Um exemplo de expressão gênica, é o gene da cor das flores de Mendel, que fornece instruções para fazer uma proteína que ajuda na produção de moléculas coloridas (pigmentos) nas pétalas das flores.[4]

Transcrição[editar | editar código-fonte]

A polimerase de RNA se move ao longo de um trecho de DNA, deixando para trás uma fita de RNA recém-sintetizada.

O processo de transcrição é realizado pela RNA polimerase (RNAP), que usa o DNA (preto) como modelo e produz RNA (azul).

Artigo principal: Transcrição (biologia)

Um gene é um trecho de DNA que codifica informações. O DNA genômico consiste em duas cadeias complementares antiparalelas e reversas, cada uma com extremidades 5 'e 3'. Com relação a um gene, as duas cadeias podem ser rotuladas como a "fita modelo", que serve como um modelo para a produção de um transcrito de RNA e a "fita codificante", que inclui a versão de DNA da sequência de transcrição. (Talvez surpreendentemente, a "cadeia de codificação" não está fisicamente envolvida no processo de codificação porque é a "cadeia de modelo" que é lida durante a transcrição).

A produção da cópia de RNA do DNA é denominada transcrição e é realizada no núcleo pela RNA polimerase, que adiciona um nucleotídeo de RNA de cada vez a uma cadeia de RNA crescente conforme a lei de complementaridade das bases. Este RNA é complementar à cadeia de DNA modelo 3 '→ 5', [1] que é ela própria complementar à cadeia de DNA codificadora 5 '→ 3'. Portanto, a fita de RNA 5 '→ 3' resultante é idêntica à fita de DNA codificadora, com a exceção de que as timinas (T) são substituídas por uracilos (U) no RNA. Uma fita de DNA codificante que lê "ATG" é transcrita indiretamente por meio de "TAC" na fita modelo não codificadora como "AUG" no mRNA.

Nos procariotas, a transcrição é realizada por um único tipo de RNA polimerase, que precisa de uma sequência de DNA chamada caixa de Pribnow, além de um fator sigma (fator σ) para iniciar a transcrição. Nos eucariotos, a transcrição é realizada por três tipos de RNA polimerases, cada uma das quais precisa de uma sequência especial de DNA chamada promotor e de um conjunto de proteínas de ligação ao DNA - fatores de transcrição - para iniciar o processo. A RNA polimerase I é responsável pela transcrição dos genes do RNA ribossômico (rRNA). A RNA polimerase II (Pol II) transcreve todos os genes codificadores de proteínas, mas também alguns RNAs não codificadores (por exemplo, snRNAs, snoRNAs ou RNAs não codificadores longos). Pol II inclui um domínio C-terminal (CTD) que é rico em resíduos de serina. Quando esses resíduos são fosforilados, o CTD se liga a vários fatores proteicos que promovem a maturação e modificação do transcrito. A RNA polimerase III transcreve o 5S rRNA, transfere os genes do RNA (tRNA) e alguns pequenos RNAs não codificadores (por exemplo, 7SK). A transcrição termina quando a polimerase encontra uma sequência chamada terminador. [5]

Referências

  1. «Talking Glossary: "Gene Expression"». Consultado em 17 de maio de 2013
  2. «Gene expression». 13 de maio de 2013. Consultado em 17 de maio de 2013
  3. «Introdução à expressão dos genes (dogma central)»
  4. «Expressão gênica e diferenciação celular» (PDF)
  5. Main article: Transcription (biology) (16 de outubro de 2019). «Gene expression». Wikipedia (em inglês)

O que é a informação genética?

O conceito de informação genética é muito amplo, porém, resumidamente, pode-se considerar toda e qualquer informação obtida a partir de sequências gênicas, cariótipo, produtos gênicos e até análise de características hereditárias.

Como ocorre a informação genética?

Segundo esse dogma, o fluxo da informação genética segue o seguinte sentido: DNA → RNA→ PROTEÍNAS. Algumas mudanças já foram feitas no modelo proposto originalmente. Isso ocorreu em razão de hoje se saber, por exemplo, que algumas enzimas são capazes de utilizar o RNA para produzir DNA.

O que carrega a informação genética?

O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula presente no núcleo das células de todos os seres vivos e que carrega toda a informação genética de um organismo. É formado por uma fita dupla em forma de espiral (dupla hélice), composta por nucleotídeos.

Onde fica a informação genética do nosso corpo?

O DNA é a molécula que guarda todas as características. Todo ser vivo possui características genéticas que podem ser transmitidas para os seus descendentes. Essas características estão guardadas no núcleo de cada célula, em uma molécula conhecida como DNA.