Porque o envelhecimento da população tem sido uma?

Com índices de natalidade e mortalidade cada vez menores, a população da Europa segue tendência do envelhecimento e preocupa autoridades.

Um dos principais problemas atualmente existentes na Europa é o envelhecimento médio de sua população. Esse processo acontece em função de dois fatores conjunturais principais: a queda das taxas de mortalidade (em função das melhorias nas condições de vida) e a queda acentuada das taxas da natalidade (que só foram mais baixas em períodos de grandes catástrofes, como a difusão de doenças e a realização de guerras).

O resultado disso é a preponderância de uma população mais velha na maioria dos países europeus, a exemplo dos dramas vividos por França, Itália e Alemanha. Nesses países, a população idosa – ou seja, que possui mais de 60 anos de idade – é superior ao número de habitantes que possuem até 15 anos, fator que vem se agravando nos últimos anos. O número médio de nascimentos gira em torno de 1,5 criança por mulher, enquanto a expectativa de vida, em alguns países, já está próxima aos 80 anos.

Uma medida que vem sendo tomada para regular, de certo modo, o ritmo de crescimento da população é a concessão de incentivos para que as famílias passem a ter mais filhos. Isso porque, à medida que a média de idade em um país se eleva, a PEA (População Economicamente Ativa) vai diminuindo, de forma que os gastos por parte do governo para sustentar os aposentados e manter outros custos aumentam. Além disso, há uma queda na geração de empregos, com a ocorrência de vagas ociosas, atraindo menos investimentos e gerando menos riquezas ao país.

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Uma das medidas adotadas em vários países é o chamado “Bônus Bebê”. Na Alemanha, o governo realiza um pagamento de 13 parcelas quinzenais que oscilam entre um valor equivalente a R$650 e R$1500. Além disso, incluem-se outros bônus, como o auxílio-maternidade e outros.

Para além dessa questão, é preciso lembrar que a diminuição da PEA não é o único problema encontrado pelos países europeus no que diz respeito ao envelhecimento de suas populações. Tanto é que os governos também vêm tomando medidas para adequar as estruturas sociais aos padrões de uma população cada vez mais idosa, com medidas de inclusão das pessoas mais velhas, melhorias nas condições de acessibilidade, inclusão digital e outros elementos.

As medidas públicas tomadas pelos países europeus em relação ao tema em tela devem ser observadas com atenção pela maioria dos países emergentes (com exceção de Índia e China), que vêm passando pelo mesmo processo e, no futuro, poderão ter de enfrentar o problema.

O Brasil, por exemplo, vem registrando sucessivas quedas nas taxas de natalidade, acompanhando a queda das taxas de mortalidade, o que é responsável por uma elevação gradual da expectativa de vida dos habitantes. O país, por enquanto, ainda é considerado um “país adulto”, mas alguns especialistas já vêm demonstrando certa preocupação sobre o envelhecimento acelerado atualmente em curso.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Na última edição da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, publicada em 2016, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia que o histórico da composição da população brasileira aponta para um aumento expressivo da parcela de idosos na população.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontam que, em dez anos, a parcela de brasileiros com 60 anos ou mais cresceu de 9,8% para 14,3% da população, considerando o período de 2005 a 2015.

Porque o envelhecimento da população tem sido uma?

Segundo a pesquisa do IBGE, se for mantida a taxa atual, nas próximas décadas o envelhecimento populacional no país será mais de duas vezes mais rápido que a média mundial.

A afirmação baseia-se em projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), que preveem um prazo de 55,8 anos para que a parcela de idosos na população mundial dobre de tamanho, enquanto no Brasil esse prazo será de apenas 24,3 anos.

De acordo com a ONU, em 2015 o mundo tinha 12,3% de idosos. No mesmo ano, a porcentagem de brasileiros na terceira idade era de 11,7% – número um pouco inferior ao estimado pelo IBGE.

Segundo os pesquisadores brasileiros, o país deve chegar a 2040 com um índice de envelhecimento populacional de 153.

Ou seja:

Para cada grupo de 100 jovens com menos de 15 anos teremos 153 pessoas com 60 anos ou mais.

A título de comparação, em 2010 esse índice era de 39,3. Considerando a rápida evolução no número de idosos, torna-se cada vez mais urgente a adoção de medidas capazes de garantir saúde e qualidade de vida para essa parcela cada vez mais significativa da população.

Um desafio para o sistema de saúde

O aumento no número de idosos traz consigo problemas de saúde que desafiam tanto o sistema público quanto a saúde suplementar, principalmente devido à associação entre o envelhecimento populacional e o aumento da demanda por uma assistência especializada e de alto custo.

Isso se deve em grande parte ao aumento, com o passar dos anos, no risco de desenvolver doenças crônicas ou deficiências decorrentes da idade avançada.

No artigo O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras, publicado em 2016 na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz avaliam que a questão requer dos sistemas de saúde uma organização assistencial contínua e multidisciplinar, com ênfase em ações de prevenção ao longo de toda a vida.

“A população idosa precisa de cuidados específicos, muitos deles especializados e direcionados às peculiaridades advindas com o processo do envelhecimento, sem segregá-los da sociedade”, defendem os autores do artigo.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a participação dos idosos entre os beneficiários de operadoras de saúde é bastante expressiva. Dos cerca de 50 milhões de vínculos de beneficiários a planos privados de assistência médica no Brasil, 12,5% referem-se a pessoas com 60 anos ou mais de idade.

A tendência de aumento desse percentual implica em um crescimento nos gastos do sistema em função das especificidades do próprio processo de envelhecimento, que apresenta características de morbimortalidade distintas dos demais grupos etários.

Projeto Idoso Bem Cuidado

Diante da necessidade de desenvolver estratégias para atender a crescente parcela de idosos entre os beneficiários da saúde suplementar, a ANS lançou em 2016 o projeto “Idoso Bem Cuidado”. O projeto contempla uma proposta de atenção específica para a população da terceira idade e tem como metas a melhoria do atendimento prestado desde a porta de entrada no sistema e ao longo de todo o processo de cuidado.

Com isso, a intenção da ANS é evitar redundâncias de exames e prescrições, interrupções na trajetória do usuário, além de complicações e efeitos adversos gerados pela desarticulação das intervenções em saúde.

No e-book Projeto Idoso Bem Cuidado: um modelo para a implantação de programas de saúde voltados à terceira idade apresentamos as diretrizes do projeto e destacamos algumas ideias para que os gestores de programas de saúde possam reavaliar suas estratégias de atuação diante do avanço do envelhecimento populacional no país.

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Porque o envelhecimento da população tem sido uma?

Porque o envelhecimento da população tem sido?

Fatores que explicam o envelhecimento populacional O envelhecimento populacional é um fenômeno que tem ocorrido em escala global. Ao contrário do que muitos pensam, ele é resultado do declínio da taxa de fecundidade e não especificamente do declínio da taxa de mortalidade.

Por que envelhecimento da população tem sido uma preocupação para os países europeus?

O envelhecimento demográfico da Europa é considerado um problema porque a sua ocorrência indica uma redução da População Economicamente Ativa (PEA), que é o número de habitantes (geralmente entre 15 e 60 anos) aptos a trabalhar e, portanto, a sustentar a economia.

Quais são os impactos do envelhecimento da população?

Entre as principais consequências econômicas do envelhecimento populacional, têm-se as mudanças no mercado de trabalho (redução do crescimento ou até declínio da oferta de trabalhadores e aumento da participação de idosos no mercado de trabalho), seu impacto no crescimento econômico, as alterações nos padrões de ...

Porque o envelhecimento da população preocupa os governos?

O aumento no número de idosos traz consigo problemas de saúde que desafiam tanto o sistema público quanto a saúde suplementar, principalmente devido à associação entre o envelhecimento populacional e o aumento da demanda por uma assistência especializada e de alto custo.