Quais as consequências da redução da taxa de fecundidade no Brasil?

A taxa de fecundidade é uma estimativa da quantidade de filhos que uma mulher teria ao longo de sua vida reprodutiva. É geralmente expressa como o número de nascimentos por 1.000 mulheres em idade fértil. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade fértil da mulher está na faixa dos 15 a 49 anos.

Os governos acompanham as taxas de fecundidade para analisar se a sua população vai crescer, encolher ou ficar do mesmo tamanho. Esses dados são importantes para guiar políticas públicas, ações governamentais e até para antecipar um mercado consumidor. Por meio da taxa de fecundidade, é possível avaliar a quantidade de alimento que deve ser produzida, que tipo de transporte público será mais útil e que ações devem ser tomadas nas áreas de saúde, previdência e educação.

As taxas de fertilidade tendem a ser menores nos países desenvolvidos, como a França, Itália, Alemanha e Japão, e maior nos países subdesenvolvidos. Embora não seja regra, há diversas razões para isso.

As mulheres têm, nos países desenvolvidos, maior acesso a serviços de planejamento familiar e a métodos contraceptivos e vivem mais nas áreas urbanas. Além disso, têm mais acesso à educação e ao desenvolvimento profissional. Muitas mulheres optam por estudar ou investir na carreira profissional em vez de ter filhos. Muitos casais também optam por não ter filhos. Isso reduz a taxa de fertilidade nos países industrializados.

Renda e fertilidade

Os países desenvolvidos geralmente têm taxa de fertilidade muito menor, muitas vezes correlacionada com o maior poder aquisitivo, educação, urbanização e outros fatores. As taxas de mortalidade são baixas, o planejamento familiar é amplo e o acesso a métodos contraceptivos é facilitado. Outro fator impactante na baixa taxa de fecundidade são os custos muito altos para se ter um filho, pois há muitos gastos com educação, saúde, vestuário, alimentação e lazer.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Além disso, períodos mais longos de tempo gasto na obtenção de ensino superior e de investimento na carreira profissional fazem com que as mulheres tenham o primeiro filho mais tarde ou optem por não ter. Vale ressaltar também que a taxa de participação feminina no mercado tem impacto negativo substancial sobre a fertilidade.

Já os países subdesenvolvidos, em geral (não é regra), possuem taxas de fertilidade mais elevadas que as dos países industrializados desenvolvidos. Diversos fatores são responsáveis por essa disparidade:

  • Nos países pobres, geralmente o acesso a contraceptivos é mais difícil;

  • Há adesão mais rigorosa às crenças tradicionais religiosas que não permitem o uso de métodos contraceptivos;

  • Possuem menos esclarecimento quanto à prevenção e ao planejamento familiar;

  • Há menores taxas de emprego para mulheres na indústria e em empregos qualificados;

  • Em países com taxas inferiores de urbanização, é comum que as famílias tenham muitos filhos para que eles possam auxiliar no trabalho no campo.

Quais as consequências da redução da taxa de fecundidade no Brasil?

Existem muitos fatores que contribuem para a variação da taxa de fecundidade no mundo

    Há uma tendência mundial de queda das taxas de fecundidade, entretanto, nem sempre a relação entre desenvolvimento e taxa de fecundidade acontece da mesma maneira. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentam taxas de fecundidade (2,02) mais altas que diversos países considerados subdesenvolvidos – como o Uruguai (1,9), Brasil (1.7) e a Tailândia (1,6). A taxa de fecundidade depende muito do investimento em planejamento familiar, da facilidade de acesso aos métodos contraceptivos e da taxa de urbanização. Por isso, embora alguns países subdesenvolvidos tenham questões sociais importantes a serem solucionadas, já possuem uma taxa baixa de fecundidade.


    Por Amarolina Ribeiro
    Graduada em Geografia

    A urbanização e o planejamento familiar são fatores que influenciaram a queda da natalidade no Brasil.

    A taxa de natalidade indica quantas pessoas nasceram em um determinado país ou região em proporção com o número total de habitantes. Essa taxa é dada em permilagem, ou seja, indica o número de nascidos vivos para cada mil habitantes.

    No Brasil, as taxas de natalidade, acompanhando uma tendência mundial, vêm sofrendo reduções nos últimos anos. A população continua aumentando, mas as porcentagens de crescimento estão caindo, especialmente por causa da queda nas taxas de natalidade.

    Na década de 1950, a taxa de natalidade no Brasil era de aproximadamente 44‰ (44 nascimentos para cada mil habitantes). Em 2015, o valor é 14‰, uma queda expressiva em poucas décadas.

    Os fatores responsáveis pela diminuição das taxas de natalidade são:

    • urbanização;

    • queda da fecundidade;

    • planejamento familiar;

    • utilização de métodos contraceptivos;

    • melhoria nas condições de educação;

    • inserção da mulher no mercado de trabalho;

    • casamentos tardios;

    • custo de criação dos filhos.

    Taxas de natalidade no Brasil

    As taxas de natalidade no Brasil, embora tenham sofrido uma queda significativa, não são uniformes em todo o país. Enquanto as regiões Sul e Sudeste possuem as menores taxas de natalidade, a região Norte ainda possui um número considerável de nascimentos. Vejamos a lista a seguir.

    Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

    Taxa de natalidade por Unidade Federativa*

    Roraima – 28,7‰

    Amapá – 27,9‰

    Acre – 23,9‰

    Alagoas – 23,1‰

    Maranhão – 20,5‰

    Sergipe – 20,4‰

    Amazonas – 20,1‰

    Piauí – 19,9‰

    Pará – 18,8‰

    Bahia – 18,8‰

    Tocantins – 18,4‰

    Rondônia – 18,4‰

    Rio Grande do Norte – 17,9‰

    Ceará – 17,9‰

    Paraíba – 17,4‰

    Pernambuco – 17,4‰

    Mato Grosso – 17,3‰

    Distrito Federal – 17,3‰

    Mato Grosso do Sul – 16,9‰

    Espírito Santo – 16,5‰

    Goiás – 15,2‰

    Minas Gerais – 15,1‰

    São Paulo – 13,3‰

    Paraná – 12,9‰

    Santa Catarina – 12,5‰

    Rio de Janeiro – 11,9‰

    Rio Grande do Sul – 11,6‰

    As taxas de natalidade, por sua vez, tendem a continuar caindo em função do aumento do planejamento familiar e da inclusão da mulher no mercado de trabalho, entre outros motivos.

    *Fonte dos dados - IBGE

    Qual a consequência da redução da taxa de fecundidade para o Brasil?

    Como consequências, tem-se a redução da natalidade e o aumento da população acima de 60 anos, levando ao envelhecimento da população e ao início do processo de transição da estrutura etária brasileira.

    Quais as causas da diminuição da taxa de fecundidade no Brasil?

    Essa queda da taxa de fecundidade é consequência de vários fatores, tais como projetos de educação sexual, planejamento familiar, utilização de métodos contraceptivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, expansão da urbanização, entre outros.

    Quais são as consequências da baixa taxa de natalidade?

    A consequência direta da redução no número de nascimentos na Europa é o agravamento do envelhecimento populacional no continente e a consequente falta de mão de obra para o trabalho.

    Quais são as consequências da taxa de natalidade?

    Se em um determinado local o resultado da taxa de natalidade é maior que o de mortalidade, a população está crescendo. Se a taxa de mortalidade for maior que a de natalidade, a população do local está diminuindo.