Quais as semelhanças e as diferenças entre o colonialismo e neocolonialismo?

Neocolonialismo representa a dominação política, econômica, cultura e social das potências capitalistas europeias sobre algumas regiões do continente africano e asiático, principalmente.

Este processo teve início no começo do século XIX e perdurou até o século XX, com a Primeira Guerra Mundial. As principais nações capitalistas da época que usufruíram do neocolonialismo foram: Reino Unido, Bélgica, Prússia, França e Itália.

Com o desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial, as nações europeias presenciavam uma intensa expansão dos setores econômicos. A partir deste cenário, as potências da Europa começaram a buscar meios de ampliar os seus mercados, seja para buscar matérias-primas diferenciadas, mão de obra barata e novos locais para comercializar os produtos que produziam.

Com o argumento falacioso de que os europeus seriam "intelectualmente mais desenvolvidos" do que os povos asiáticos e, principalmente, os africanos, as potências da Europa interferiram nessas regiões com o discurso de "levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo".

A Inglaterra é um dos exemplos de neocolonialismo que mais obteve sucesso, sendo capaz de fundar um grande Império Colonial, principalmente na Ásia. Aliás, esta supremacia dos ingleses nos territórios asiáticos foi motivo de muitos debates entre as demais potências europeias.

Sobre o neocolonialismo da África, a "Conferência de Berlim", realizada em 1884, serviu para reunir as principais nações da Europa e delimitar como seria dividido o território africano em colônias.

O neocolonialismo foi um dos principais motivos para o desenvolvimento da Primeira e Segunda Guerra Mundial.

Atualmente, o termo neocolonialismo continua a ser utilizado para se referir a dependência econômica que algumas nações da Ásia e América Latina têm em relação aos países ricos.

Diferença entre Neocolonialismo e Imperialismo

O Imperialismo consiste na dominação e exploração dos países desenvolvidos sob os subdesenvolvidos, com o objetivo de ampliar o domínio territorial dos dominantes.

O Imperialismo contemporâneo pode ser considerado sinônimo do neocolonialismo, sendo que este último apresenta muitas características que se assemelham ao imperialismo.

Saiba mais sobre o Imperialismo.

Diferença entre Colonialismo e Neocolonialismo

O Colonialismo se desenvolveu entre os séculos XVI e XVIII, com base no capitalismo comercial e mercantil. O Neocolonialismo, como foi visto, tem início no começo do século XIX e vai até meados do século XX, baseado nas consequências oriundas da Segunda Revolução Industrial.

O principal objetivo durante o colonialismo foi conseguir metais preciosos, acúmulo de capitais e manter a balança comercial favorável para os países europeus. Já o neocolonialismo, como dito, visava garantir as matérias-primas, mercados consumidores e mão-de-obra barata.

A principal justificativa usada pelos colonizadores durante o Colonialismo era a disseminação da fé cristã nas regiões dominadas, que consistia principalmente nas Américas. Por outro lado, a justificativa utilizada no Neocolonialismo foi da "superioridade europeia", como dito, sendo a Ásia e a África os principais continentes colonizados.

Ver também: Liberalismo e Imperialismo e Neocolonialismo.

Colégio Notre Dame de Lourdes - CNDL

Coleção Pitágoras

Segundo Ano - Segundo Bimestre

História Geral

Quais as semelhanças e as diferenças entre o colonialismo e neocolonialismo?

Aprenda as diferenças entre o Colonialismo e o Neocolonialismo

O professor de história do CPV Eduardo Duique dá uma aula em vídeo sobre as diferenças entre colonialismo e neocolonialismo.

"Estamos falando de momentos diferentes da história, o colonialismo tem seu grande momento no século 16. O neocolonialismo se concentra nos séculos 19 e 20", diz. Enquanto o primeiro surge dentro do contexto do capitalismo comercial e mercantil e é estruturado e apoiado pelos estados absolutistas europeus da idade moderna, o neocolonialismo está relacionado à segunda revolução industrial e ao capitalismo financeiro e monopolista. O apoio, neste segundo, vem dos estados burgueses e liberais da Europa contemporânea, dos Estados Unidos da América e do Japão.

Confira a aula em vídeo.

O Neocolonialismo

A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população européia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas.

Apesar de contarem com grandes espaços de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento político entre as potências européias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em conseqüência à intensa disputa dos países europeus, o século XX abriu suas portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea.

Somado aos interesses de ordem político-econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica. A teoria do darwinismo social, de Hebert Spencer, pregava que a Europa representava o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas. Em contrapartida, a África e a Ásia eram um grande reduto de civilizações “infantis” e “primitivas”. Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava “o fardo do homem branco” no mundo.

Com relação à África, podemos destacar a realização da Conferência de Berlim (1884 – 1885) na qual várias potências européias reuniram-se com o objetivo de dividir os territórios coloniais no continente africano. Nessa região podemos destacar o marcante processo de dominação britânica, que garantiu monopólio sob o Canal de Suez, no Norte da África. Fazendo ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, essa grande construção foi de grande importância para as demandas econômicas do Império Britânico. Na região sul, os britânicos empreenderam a formação da União Sul-Africana graças às conquistas militares obtidas na Guerra dos Bôeres (1899 – 1902).

Na Índia, a presença britânica também figurava como uma das maiores potências coloniais da região. Após a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), a Inglaterra conseguiu formar um vasto império marcado por uma pesada imposição de sua estrutura político-administrativa. A opressão inglesa foi alvo de uma revolta nativa que se deflagrou na Guerra dos Sipaios, ocorrida entre 1735 e 1741. Para contornar a situação, a Coroa Inglesa transformou a colônia indiana em parte do Império Britânico.

Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji.

Com tais reformas, o Japão saiu de sua condição econômica feudal para inserir-se nas disputas imperialistas. Em 1894, os japoneses declararam guerra à China e passaram a controlar a região da Manchúria. Igualmente interessados na exploração da mesma região, os russos disputaram a região chinesa na Guerra Russo-Japonesa, de 1904. Após confirmar a dominação sob a Manchúria, os japoneses também disputaram regiões do oceano Pacífico com os EUA, o que acarretou em conflitos entre essas potências, entre as décadas de 1930 e 1940.

Outras guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Por fim, percebemos que a solução obtida pelas nações industriais frente à questão de sua superprodução econômica teve conseqüências desastrosas. O imperialismo foi responsável por uma total desestruturação das culturas africanas e asiáticas. Na atualidade vemos que as guerras civis e os problemas sócio-econômicos dessas regiões dominadas têm íntima relação com a ação imperialista.

Quais as semelhanças e diferenças entre colonialismo e neocolonialismo?

"No colonialismo, os objetivos eram os produtos tropicais, valiosos na Europa e portanto interessantes para manutenção da balança comercial favorável, e os metais preciosos. Já no neocolonialismo, os objetivos são matéria-prima, mercados consumidores e mão-de-obra barata", diz o professor.

Quais são as semelhanças entre colonialismo e neocolonialismo?

O colonialismo e o neocolonialismo são semelhantes à medida que significam a ocupação de um território por parte de um país denominado metrópole, o colonizador, porém, se diferem acerca da finalidade do projeto, mais precisamente, os produtos visados.

Qual a diferença de colonialismo e neocolonialismo?

Diferenças entre o Colonialismo e o Neocolonialismo O imperialismo também é conhecido como neocolonialismo por ter a mesma motivação da fase colonialista: a exploração de novos territórios. Porém, o neocolonialismo foi executado em lugares distintos dos territórios colonizados nos séculos XVI e XVII.

Quais as principais semelhanças entre colonialismo e imperialismo?

Enquanto o imperialismo e o colonialismo resultam na dominação política e econômica de uma nação sobre outras, existem diferenças sutis, mas importantes entre os dois sistemas. Em essência, o colonialismo é a prática física da expansão global, enquanto o imperialismo é a ideia que impulsiona essa prática.