AbstractA Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma das complicações mais frequentes da gravidez. Ela é caracterizada pela presença de hipertensão arterial, edema e-ou proteinúria (> ou = 300mg em 24h) a partir da 20º semana de gestação, em pacientes normotensas. Objetivo: Identificar os principais fatores de risco para a Doença Hipertensiva Específica da Gestação no Brasil. Método: Levantamento bibliográfico na plataforma Lilacs de estudos produzidos no Brasil sobre identificação de fatores de risco para DHEG, sem restrição do ano de produção excluindo-se dissertações de mestrado, teses de doutorado e revisões de literatura. Resultados: entre os fatores de risco identificados, o que foi citado em um maior número de artigos foi idades extremas, presente em 50% das publicações (Wendland et al, 2008; Assis et al, 2008; Santos et al, 2009; Moura et al, 2010), sendo seguido por obesidade (Assis et al, 2008; Kerber et al, 2017; Moura et al 2010; Frigo et al, 2013), hipertensão arterial crônica (Assis et al, 2008; Dalmáz et al, 2011; Moura et al 2010) e história prévia de pré-eclâmpsia (De Oliveira et al, 2016; Kerber et al, 2017; Santos et al, 2009), todos presentes em 40% das publicações. Conclusão: Os fatores de risco citados apresentam uma concordância quando se trata dos fatores mais frequentes, como obesidade, história pregressa e familiar, primiparidade, multiparidade e extremos de idade. Show
ResumoEste artigo é uma revisão de literatura sobre os fatores de risco relacionados a Doença Hipertensiva Especifica da Gravidez (DHEG) com suas complicações como Pré-eclampsia, Eclampsia e Síndrome HELLP. A metodologia usada foi uma pesquisa bibliográfica no banco de dados do SCIELO, PUBMED e BIREME para captar artigos importantes do ano de 2001 a 2015. O critério usado foi buscar os artigos atualizados sobre o tema que será descrito. Foram selecionados 20 artigos que se referem sobre as causas da DHEG e suas complicações. Percebe-se que os fatores de risco que possuem mais propensão a causar essas doenças são a hipertensão crônica ou na gravidez, idade materna avançada, diabetes mellitus, aumento dos fatores tromboembólicos, alterações no sistema imunológico materno-fetal, fatores anti-angiogênicos, dislipidemias, e deficiências na vitamina D. Conclui-se que a hipertensão na gravidez predispõe inicialmente todas as doenças analisadas e, desse modo, deve ser feito o tratamento dessas gestantes e a prevenção na comunidade a fim de erradicar esse malefício.
Seção RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Existem alguns fatores que são apontados como risco aumentado para o desenvolvimento de Doença Hipertensiva Específica da Gestação, são eles: • Gravidez na adolescência ou após os 40 anos; O acompanhamento pré-natal é muito importante para que a saúde do bebê e da mulher possa ser monitorada. Afinal, a futura mamãe pode desenvolver uma série de complicações que muitas vezes colocam a sua vida em risco, como é o caso da Doença Hipertensiva Específica da Gestação. Esse quadro clínico também é conhecido pela sigla DHEG. Nele, a pressão arterial da mulher se eleva durante a gestação, o que pode trazer comprometimento para os rins, o coração, o fígado e o cérebro, por exemplo. Inclusive, esse problema é uma das principais causas de morte materna no Brasil. Como esse é um tema muito delicado e que requer atenção, preparamos este artigo para explicar exatamente o que é essa doença, as suas causas e se existe tratamento. Acompanhe!
O que é DHEG?A Doença Hipertensiva Específica da Gestação é um tipo de hipertensão, ou seja, de pressão alta, que acomete as mulheres durante a gravidez. Ela pode se manifestar tanto nas mulheres que já tinham um quadro hipertensivo antes da gestação como naquelas que tinham a pressão arterial normal. Essa doença se manifesta a partir da 20ª semana de gestação, e no Brasil é a primeira causa de morte materna, uma vez que existem formas graves. A DHEG recebe diferentes classificações conforme as características do problema. Sendo assim, temos as variações:
Entretanto, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) classifica a DHEG de outra forma, uma vez que existem várias maneiras de organizar essa classificação. Segundo a FEBRASGO os tipos que existem são:
Seja como for, a denominação DHEG se refere a essas síndromes hipertensivas que acometem a mulher durante a gravidez, podem ser potencialmente perigosas e colocar a vida da gestante em risco. Quais são as causas da Doença Hipertensiva Específica da Gestação?Ainda não se sabe ao certo quais são as causas dessa doença. De toda forma, ela costuma se manifestar em gestantes adolescentes e nas mais maduras, com mais de 40 anos, mas também acomete outras faixas etárias. Ter hipertensão crônica antes da gravidez é um fator de risco aumentado para desenvolver a DHEG. Outros fatores de risco também podem ser apontados como potenciais causas. São eles:
Existe tratamento para DHEG?Como explicamos, a Doença Hipertensiva Específica da Gestação oferece um risco significativo para a mulher, e a gravidade depende da forma como a doença se manifestou. Essa alteração da pressão arterial pode provocar diversas complicações, como:
Por tudo isso, e considerando o risco que as formas mais graves oferecem para a vida da mulher, os quadros de DHEG precisam ser tratados com muita cautela. Ainda não existe um tratamento medicamentoso, por exemplo, que faça o controle desse problema. Na verdade, a cura só acontece com o parto, uma vez que a tendência é a pressão arterial da mulher se normalizar gradativamente depois que o bebê nasce. Por isso, o tratamento é feito por meio da interrupção da gravidez, o que vai depender do grau da doença. Nos quadros de menor gravidade é possível esperar o amadurecimento do feto até 37 semanas. Quando se trata de uma situação mais delicada, é preciso estabilizar o quadro antes de interromper a gestação. Porém, nas situações mais graves com sofrimento fetal é feita a interrupção da gravidez, independentemente da idade gestacional. Assim, o procedimento varia de acordo com a gravidade da doença e a idade gestacional. Considerando esses aspectos, o obstetra avalia a conduta mais adequada para cada mulher. O acompanhamento obstétrico é muito importante para que a mulher receba o suporte necessário durante a gestação, a fim de preservar a sua saúde e garantir que a gravidez aconteça de uma forma tranquila, prevenindo esses e outros problemas.
Dr. Rubens Do ValA Clínica
Rubens do Val atua há mais de 50 anos nas especialidades Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, mantendo uma tradição familiar de dedicação e comprometimento com a saúde. Descubra quanto tempo dura o puerpério conhecendo as suas diferentes fases, e veja também o que fazer para garantir equilíbrio emocional nesse momento tão intenso. Ler Mais
Entenda por que é tão importante amamentar o bebê conhecendo os benefícios que o aleitamento materno pode promover para os pequenos. Ler Mais São considerados fatores de risco para síndromes hipertensivas na gestação?4- CONCLUSÃO Diante dos resultados, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão na gravidez são diabetes, doença renal, obesidade, gravidez múltipla, primiparidade, idade superior a 30 anos, antecedentes pessoais ou familiares de pré-eclâmpsia e/ou hipertensão arterial crônica e raça negra.
O que é risco de DHEG?Dra. Kelly: A DHEG pode ser definida como uma manifestação clínica e laboratorial resultante do aumento dos níveis pressóricos de uma gestante, previamente normotensa, a partir da 20ª semana de gestação, desaparecendo até seis semanas após o parto.
Quais os tipos de síndromes hipertensivas específicas da gestação?Dentre as síndromes hipertensivas do período gestacional, 3 delas se destacam, a hipertensão gestacional, a pré-eclâmpsia e a pré-eclâmpsia sobreposta.
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