Quais foram as condições básicas para o surgimento da vida na Terra?

Acredita-se que o planeta Terra tenha se formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, e que naquela época a Terra não tinha condições de abrigar nenhum tipo de ser vivo.

À medida que o tempo foi passando, o planeta foi passando por várias transformações e criando condições para o surgimento da vida, mas a pergunta que é feita desde a Antiguidade é: “Qual a origem dos seres vivos?”.

Muitas pessoas acreditavam que um “princípio ativo” ou “vital” teria a capacidade de transformar matéria bruta em seres vivos, e a partir dessa interpretação eles elaboraram a Teoria da geração espontânea, também chamada de Teoria da abiogênese, na qual todos os seres vivos originavam-se espontaneamente da matéria bruta.

Essa teoria foi contestada por muitos cientistas, que através de experimentos comprovaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo pré-existente, nascendo então a Teoria da biogênese. Assim, surgiram vários questionamentos de como teria surgido o primeiro ser vivo. Muitas são as teorias e as hipóteses sobre esse assunto, mas as principais teorias modernas sobre a origem do primeiro organismo vivo são a Panspermia e a Evolução química.

A panspermia defende que o surgimento da vida na Terra teve início a partir de seres vivos ou substâncias precursoras da vida, provenientes de outros locais do universo. Em outras palavras, a vida teria se originado em outros planetas e foram trazidas para a Terra através de esporos ou formas de vida resistentes, aderidas a meteoritos que caíram sobre a Terra e que ainda continuam caindo. Nos meteoritos que caem sobre a Terra foram encontradas algumas moléculas orgânicas, indicando que a formação dessas moléculas é comum no Universo, e levando a crer que realmente há vida em outros planetas e que o espaço interestelar não é um ambiente tão hostil à vida como pensávamos.

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Outra teoria muito defendida por cientistas é a Teoria da evolução química ou Teoria da evolução molecular, proposta inicialmente pelo biólogo inglês Thomas Huxley e aprofundada anos depois pelo também biólogo inglês John Burdon S. Haldane e pelo bioquímico russo Aleksandr I. Oparin. Segundo essa teoria, a vida teria surgido a partir de um processo de evolução química, onde compostos inorgânicos combinaram-se originando moléculas orgânicas simples (açúcares, aminoácidos, bases nitrogenadas, ácidos graxos etc.), que se combinaram produzindo moléculas mais complexas como proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos etc., que deram origem a estruturas com capacidade de autoduplicação e metabolismo, dando origem aos primeiros seres vivos.

As duas teorias não entram em conflito, pois tanto os defensores da panspermia quanto os da evolução química concordam que, onde quer que a vida tenha se originado, o processo deve ter ocorrido por evolução molecular. Outro ponto que os defensores de ambas as teorias concordam é que para que tenha surgido vida na Terra, as condições ambientais foram fundamentais, como água em estado líquido, moléculas orgânicas e fonte de energia para as reações químicas.

Índice

Introdução

O Planeta Terra surgiu há, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos e, até o momento, a teoria mais aceita para o surgimento do planeta é a Teoria do Big Bang. Segundo essa teoria, uma grande explosão gerou uma massa incandescente que, após inúmeras tempestades, foi se resfriando e formando a crosta terrestre.

A água das tempestades se acumulava em depressões, formando os oceanos. E, além das tempestades, intensas atividades vulcânicas e chuvas de meteoritos liberaram gases na atmosfera.

Essa teoria, embora aceita para explicar a origem do planeta, não é o bastante para explicar a origem da vida na Terra.

Estudos que tentam explicar essa origem necessitam de um campo interdisciplinar que envolva, além da Biologia, conceitos químicos, físicos e até geológicos. Ao longo da História, diferentes pesquisadores propuseram hipóteses para o assunto.

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Abiogênese

Os primeiros estudos a respeito da origem da vida surgiram na Era Clássica, com Aristóteles. Ao examinar larvas que surgiam em alimentos expostos ao ar livre, ou girinos e pequenos animais de vida aquática que surgiam em águas paradas, propôs que a vida surgia espontaneamente a partir da matéria presente no ambiente.

Todos os indivíduos, dessa forma, eram dotados de um “princípio vital” - ou “princípio ativo” - presente no ambiente e essencial para a sua formação. Essa teoria é conhecida como "Geração Espontânea", ou abiogênese.

A hipótese da abiogênese foi refutada por diversos pesquisadores, principalmente por Redi e Pasteur, que realizaram diversos experimentos que comprovaram que a vida não surge espontaneamente.

Um dos experimentos consistia em colocar um pedaço de carne em um vidro vedado e outro pedaço de carne em um vidro aberto. Ficou comprovado que apenas no vidro aberto surgiram as larvas. Posteriormente, observou-se que moscas pousavam sobre a carne no vidro aberto e depositavam seus ovos, de onde surgiam as larvas.

Dessa forma, além de se comprovar que a vida não surge espontaneamente, notou-se que ela sempre descende de uma vida anterior.

Essa nova hipótese, conhecida como Biogênese, foi mais aceita. É, inclusive, aceita até nos dias de hoje e auxilia a compreender alguns fatores e conceitos evolutivos. Porém, essa teoria ainda não explica como surgiu a primeira vida no planeta.

Hipótese da Panspermia

Essa hipótese, muito defendida pelo químico Arrhenius, supõe que a vida no planeta seja procedente do espaço.

A hipótese defende que os meteoritos que se colidiram com a crosta terrestre carregavam consigo micro-organismos que colonizaram o planeta. A teoria se apoia na existência de seres procariotos, como arqueas. Este tipo de organismo vive em locais de temperatura extrema e realiza quimiossíntese, metabolizando compostos inorgânicos para sobreviver.

Outra informação que corrobora com essa teoria é a quantidade de aminoácidos encontrados em rochas provenientes de meteoros que caíram no planeta, o que comprova a existência de matéria orgânica no universo.

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Hipótese de Oparin

No século XX, o bioquímico Aleksandr Oparin sugeriu outra teoria para a origem da vida. Segundo ele, a vida teria surgido dentro do próprio planeta Terra, através das condições climáticas e atmosféricas da crosta terrestre.

Há bilhões de anos, o Planeta Terra possuía:

  • altas temperaturas;
  • elevada quantidade de radiação ultravioleta;
  • intensas tempestades;
  • composição atmosférica a base de vapor de água, amônia, metano e gás hidrogênio.

A energia resultante da radiação, temperatura elevada e da incidência de raios fez com que os constituintes atmosféricos reagissem entre si, gerando os primeiros aminoácidos. Estes aminoácidos foram levados pela água da chuva, se alojaram em oceanos e lagos e, quando em contato com as rochas quentes da crosta, formaram as primeiras proteínas.

As proteínas, por sua vez, começaram a interagir, nutridas pelos compostos orgânicos presentes nos oceanos e lagos. Formaram, assim, pequenos blocos chamados de coacervados.

Em algum momento da História Primitiva, surgiu o material genético e diversas reações químicas começaram a ocorrer no interior desses blocos protéicos, sendo mediadas pelos ácidos nucléicos.

Assim teria se originado o primeiro ser vivo, um organismo completamente primitivo e que utilizava os próprios compostos orgânicos presentes no oceano para sua nutrição.

A hipótese foi confirmada com experimentos realizados por vários pesquisadores em épocas posteriores. Simulando a atmosfera e a crosta terrestre primitiva, propostas por Oparin, comprovaram a formação de aminoácidos e outros compostos orgânicos nesse meio de condições extremas. Esta é a teoria mais aceita atualmente.

Características do primeiro ser vivo

Tendo como mais aceita a Hipótese de Oparin, os estudos que se seguiram pretendiam identificar as características desse organismo primitivo.

Já era possível deduzir que se tratava de um ser unicelular e procarioto (de composição celular mais simples).

Quanto à forma de nutrição, alguns pesquisadores acreditam que o ser era autótrofo e fotossintetizante. Porém, na atmosfera proposta por Oparin, não havia gás carbônico, invalidando essa hipótese. Outros cientistas acreditavam que o primeiro organismo era heterótrofo, se nutrindo de compostos presentes no próprio meio em que os coacervados estavam (oceanos e lagos).

Outra característica discutida era a forma com que o organismo gerava energia. Pela falta de oxigênio e pela complexidade da fotossíntese, foi entendido que o organismo realizava fermentação. Essa teoria ainda contribuiu para explicar o surgimento do gás CO2 na atmosfera, já que é um subproduto dos processos fermentativos.

Mutações ocorreram nos organismos primitivos descendentes desse primeiro ser, de modo que começaram a surgir os primeiros capazes de realizar a fotossíntese e liberar gás O2 na atmosfera. Isso possibilitou que os organismos descendentes, através de novas mutações, desenvolvessem a capacidade de gerar energia pela respiração celular.

Os seres eucariotos provavelmente surgiram no planeta há cerca de 1,5 bilhões de anos. Só bem depois teriam surgido os organismos pluricelulares.

teorias da origem da vida

A hipótese da Abiogênese dizia que a vida surge espontaneamente através de um princípio ativo presente no ambiente. Posteriormente, com experimentos de Redi e Pasteur, a teoria foi derrubada. A teoria da Panspermia propõe que a vida veio de algum lugar fora do planeta, através de meteoritos que caíram na Terra primitiva. A existência de arqueas, que sobrevivem em condições extremas, somada aos aminoácidos encontrados em meteoros fortalecem essa teoria. A teoria mais aceita atualmente é a de Oparin, a qual diz que as condições extremas no planeta primitivo formaram os primeiros aminoácidos com os gases presentes na atmosfera. Esses aminoácidos formaram proteínas que, por sua vez, se aglomeraram formando coacervados. O material genético surgiria posteriormente e, com isso, o primeiro organismo, um ser primitivo, unicelular, procarioto e que realiza fermentação.

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Exercício de fixação

ENEM

Nas recentes expedições espaciais que chegaram ao solo de Marte, e através dos sinais fornecidos por diferentes sondas e formas de análise, vem sendo investigada a possibilidade da existência de água naquele planeta.

A motivação principal dessas investigações, que ocupam frequentemente o noticiário sobre Marte, deve-se ao fato de que a presença de água indicaria, naquele planeta,

A a existência de um solo rico em nutrientes e com potencial para a agricultura.

B a existência de ventos, com possibilidade de ventos e erosão de canais.

C a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante à da Terra.

D a possibilidade de extração de água visando ao seu aproveitamento futuro na Terra.

E a viabilidade, em futuro próximo, do estabelecimento de colônias humanas em Marte.

Quais as condições básicas para o surgimento da vida?

Algumas das condições básicas para o desenvolvimento de vida no planeta foram: presença de água e de carbono em abundância, além disso a temperatura média da Terra e distância do Sol.

Quais foram as condições para o surgimento da vida na Terra?

Durante a formação do planeta Terra, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, moléculas orgânicas compostas por carbono agregaram-se e deram origem aos ingredientes que foram essenciais para o desenvolvimento da vida.

Quais são as condições para se ter vida na Terra Brainly?

Para a existência de vida no nosso planeta é preciso haver água no estado líquido, uma atmosfera como à da própria Terra (a maior parte dos seres vivos inspiram oxigénio e expiram dióxido de carbono e as plantas necessitam de dióxido de carbono para fabricar o seu próprio alimento e libertam oxigénio e vapor de água) e ...

Como foi o surgimento do planeta Terra?

A Terra foi formada em torno de há 4,54 bilhões de anos, aproximadamente um terço da idade do universo, por acreção da nebulosa solar. A desgaseificação vulcânica provavelmente criou a atmosfera primordial, e depois o oceano, mas a atmosfera primitiva não continha quase nenhum oxigénio.