Quais impactos que a flexibilização das leis trabalhistas trouxeram para o povo brasileiro?

Você já deve ter ouvido falar sobre a reforma trabalhista, não é mesmo? Esse foi um assunto muito discutido nas empresas e em todo país durante os últimos anos.

Mas com tantas mudanças, nós sabemos que é difícil ficar por dentro das principais informações e saber como a reforma afeta os gestores e colaboradores de uma organização.

Por isso, no artigo de hoje vamos te explicar o que é a reforma trabalhista, as principais mudanças e quais são os seus impactos na gestão de pessoas. Vamos lá?

O que é a reforma trabalhista?

A reforma trabalhista foi uma importante mudança  na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017.  A reforma é válida apenas para trabalhadores regidos pela CLT, ou seja, somente os que trabalham em empresas privadas.

A reforma trabalhista gerou alterações em alguns direitos e deveres dos profissionais brasileiros. Veja sobre algumas das principais mudanças:

Férias

Agora as férias podem ser dividas em até 3 períodos, sendo que esses intervalos não podem ter menos de 5 dias corridos e um deles deve ter mais de 14 dias corridos.

Além disso, as férias não podem começar 2 dias antes de um feriado ou de algum dia de descanso do colaborador. A divisão dos períodos de férias deve ser feita a partir de um acordo entre o profissional e a empresa.

Banco de horas

O banco de horas poderá ser organizado através de um acordo individual entre o profissional e a organização. A compensação das horas extras do banco deverá ser feita em um prazo de no máximo 6 meses.

Horário de almoço

Com a reforma trabalhista, os profissionais podem fazer menos de uma hora de almoço, mas o intervalo deve ser de no mínimo 30 minutos para jornadas a partir de 6 horas de trabalho. A redução desse horário também deve ser definida por um acordo ou convenção coletiva entre os colaboradores e a empresa.

Jornada de trabalho

Com as mudanças da reforma, qualquer profissional pode fazer a escala de trabalho 12 por 36 horas. Ou seja, o colaborador trabalha 12 horas seguidas e folga as 36 horas seguintes. Para isso, é necessário existir um acordo por escrito, onde colaborador e empresa concordam com esse período.

Home Office

O teletrabalho, mais conhecido como home office, foi regulamentado com a nova reforma. O colaborador só precisa fazer um acordo com a empresa definindo as tarefas, horas em que irá trabalhar e quem irá arcar com os custos gerados pelo trabalho, como por exemplo materiais, luz, água e etc.

Demissões

A partir da reforma trabalhista, as demissões podem ser feitas através de um acordo entre o colaborador e a empresa. Com isso, o profissional perde o direito ao seguro-desemprego, mas ganha metade do aviso prévio e da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Imposto Sindical

Agora, os trabalhadores brasileiros não são mais obrigados a realizar o pagamento anual ao sindicato próprio. O repasse do valor é opcional.

Terceirização

Com as mudanças realizadas na CLT, o colaborador não pode mais ser demitido e recontratado como terceirizado imediatamente. Agora, é necessário esperar 18 meses para a recontratação.

Quais impactos que a flexibilização das leis trabalhistas trouxeram para o povo brasileiro?

Quais são os impactos da reforma trabalhista na gestão de pessoas?

Como você pôde perceber, a reforma trabalhista tem um forte caráter de flexibilização, envolvendo acordos entre a empresa e o colaborador na maioria das mudanças.

Por isso, como profissional de recursos humanos, você precisa ficar atento, já que essas combinações podem gerar impactos na cultura organizacional, na produtividade e motivação dos profissionais.

É necessário que você entenda bem sobre cada uma das mudanças e o que é provável realizar a partir delas, para que o nem o colaborador nem a empresa saiam prejudicados. Se possível, é importante contar com um profissional de RH nas negociações.

Uma jornada de trabalho mal decidida, um período de férias que não é favorável ao colaborador, um horário de almoço que não permite descanso, entre outras questões relacionadas à reforma trabalhista, podem causar insatisfação para ambas as partes.

Isso pode acarretar em aumento da taxa de turnover, colaboradores pouco engajados e resultados abaixo do esperado.

Por isso é tão importante que você entenda sobre a reforma, saiba quais são os objetivos da empresa e conheça o perfil dos colaboradores, para assim conseguir acompanhar acordos possíveis na organização, não gerando desconfortos e prejuízos.

Esperamos que você tenha entendido o que é a reforma trabalhista e os seus impactos para a gestão de pessoas. Quer ficar por dentro de mais assuntos importantes para o RH como esse? Assine a nossa newsletter logo aqui abaixo!

A era na qual a sociedade está inserida atualmente é marcada por avanços sociais e tecnológicos. Isso impacta diretamente as relações entre pessoas, sejam elas pessoais ou laborais, além da forma como não apenas o trabalho, mas a sociedade como um todo se organiza. No campo profissional, a flexibilidade no trabalho foi uma das principais transformações pelas quais nosso mercado passou nos últimos tempos. 

Ela pode ser vista como uma perda de direitos trabalhistas, mas existem muitas pessoas que defendem que, ao analisar o contexto atual de maneira generalizada, essa transformação está relacionada a uma adequação da realidade organizacional ao ritmo de vida da atualidade. Dessa forma, a flexibilidade no trabalho impacta diretamente o dia a dia da empresa e colaboradores, sendo essencial que todos adquiram mais informações sobre o assunto. 

Quer saber mais sobre isso? Então continue a leitura e descubra! 

A tendência da flexibilidade no trabalho 

Bater ponto, trabalhar de 8h às 18h e ir ao ambiente da empresa todos os dias: apesar de serem atitudes que faziam parte da maioria dos trabalhadores há 40 anos, hoje esse cenário está cada vez menos frequente e mais distante. Isso se deve, em grande parte, ao conceito de flexibilidade no trabalho. 

Ele se refere a uma tendência econômica de flexibilizar a forma como os colaboradores trabalham, o que pode acontecer em vários aspectos. O comum é flexibilizar a jornada de trabalho, o que significa que os colaboradores podem estipular o horário mais adequado para a realização das suas atividades, desde que cumpram com todas as horas semanais exigidas. 

Contudo, a flexibilidade não para por aí. Abrir espaço para que os colaboradores trabalhem em casa, em regime de home office, é outra possibilidade. Além disso, muitas empresas escolhem utilizar os espaços de coworking, locais onde a empresa pode compartilhar o ambiente organizacional com outros profissionais ou organizações. Isso aumenta a motivação e produtividade do time, e ainda permite que os colaboradores se tornem mais criativos e ampliem o seu networking. 

Os contratos flexíveis de trabalho também fazem parte desse processo. Eles podem ser contratos intermitentes ou de meio período, por exemplo. A contratação de profissionais autônomos também é outro exemplo de flexibilização no ambiente de trabalho. Tudo isso traz uma série de benefícios para a empresa e para os seus colaboradores. Empresas mais flexíveis acabam por atrair a atenção dos melhores talentos do mercado, formando um time de qualidade, capaz de gerar mais resultados para o negócio. 

Os benefícios de adotar a flexibilidade no trabalho 

Ao adotar a flexibilidade no trabalho dentro da sua empresa, tanto colaboradores quanto organização são beneficiados. Descubra agora todas as vantagens que esse processo pode trazer! 

Melhora a qualidade de vida dos colaboradores

Hoje em dia, as pessoas desempenham múltiplas tarefas em seu dia a dia. Elas precisam cuidar da carreira, dar atenção à família e ainda encontrar tempo para seus hobbies e lazer. Dedicar-se inteiramente ao trabalho faz com que se sintam constantemente estressadas, estando propensas até mesmo a adoecer com maior frequência. Tal fator impacta tanto na qualidade de vida e na saúde do colaborador quanto na produtividade da empresa.

Quando existe a flexibilidade de horários ou mesmo a possibilidade de trabalhar a partir de casa, o funcionário produz no momento em que está propenso a isso, focado somente no trabalho, sem a preocupação com “quem vai buscar seu filho na escola”, por exemplo. Além disso, esse processo permite que ele concilie as exigências e necessidades da sua vida pessoal com as da profissional. Dessa forma, ele é capaz de viver uma vida plena e realizada, em todas as esferas. 

Gera lealdade e consciência

Flexibilizar o trabalho dos colabores não é sinônimo de ausência de regras. Antes de mais nada, é importante conscientizar a equipe de que contar com uma jornada mais flexível não significa que o ambiente é desorganizado ou que cada um pode fazer o que bem entender. Dar vazão à criatividade das pessoas e estar aberto a debater ideias é uma forma de tornar seus colaboradores leais à sua empresa.

Sendo assim, eles cumprirão as regras estabelecidas e conhecerão suas responsabilidades em relação à empresa. Muitas vezes, a flexibilidade faz com que fiquem ainda mais propensos a cumprir determinações e entregar o melhor de si. Casos isolados devem ser tratados individualmente. 

Atrai melhores talentos para a empresa

Quando investe na flexibilidade no trabalho, você é capaz de adotar condições organizacionais melhores para que os colaboradores realizem as suas atividades. Isso não impacta apenas quem está dentro da empresa, mas também desperta a atenção dos melhores talentos do mercado. Isso significa que a sua marca empregadora passa a ganhar força ao longo do tempo. Dessa forma, os profissionais disponíveis passam a procurar ativamente a sua empresa como um lugar adequado para trabalharem, potencializando o seu time. 

Quais impactos que a flexibilização das leis trabalhistas trouxeram para o povo brasileiro?

Melhora a gestão do tempo

Quando exigimos que um colaborador chegue e deixe a empresa em um horário “cravado”, estamos sujeitos a atrasos e faltas. Isso gera uma obrigatoriedade de “se virar” para adequar sua rotina ao trabalho e “almoçar sem ter fome”, visto que existe um horário reservado para isso. Quando existe a possibilidade de flexibilizar horários, o colaborador consegue gerir melhor seu tempo, estando mais apto a cumprir com o que se comprometeu.

Aumenta o equilíbrio e a empatia 

Trabalhar em casa ou mesmo ter flexibilidade de horários exige disciplina. É essa questão que assusta muitos gestores que pensam em aderir ao novo modelo. Para que ele realmente funcione, é necessário que haja equilíbrio e empatia de ambas as partes. Estar disposto a ouvir o outro e entender suas necessidades e anseios é o melhor caminho para que o trabalho flexível realmente funcione.

Melhora o posicionamento de marca da empresa

A flexibilidade é uma tendência mundial e é capaz de aumentar a produtividade e a eficiência das empresas de forma geral. Dessa forma, quando insere esse conceito na sua organização, você é capaz de melhorar o posicionamento da marca no mercado como um todo. Isso porque você passa a gerar melhores produtos para os clientes, melhorando também a sua reputação. Além disso, a flexibilidade mostra que a sua empresa está conectada com as maiores tendências mundiais, o que faz com que você crie um diferencial competitivo que posiciona a sua marca acima das concorrentes. 

A adotação da flexibilidade no trabalho na sua empresa

Agora que você já entende os benefícios que a flexibilidade no trabalho gera para colaboradores e empresa, é hora de entender qual a melhor forma de incluir essa tendência na sua organização. Continue a leitura e descubra nossas dicas de ouro para colocar esse processo em prática! 

Entenda a organização do trabalho atual 

O primeiro passo para implementar a flexibilidade no trabalho é entender como funciona a organização das atividades na atualidade dentro da empresa. É preciso que você mapeie todos os processos e comece a conhecer cada uma das particularidades relacionadas às atividades que os colaboradores desempenham, como materiais dos quais necessita, forma de interação com os colegas e maneira de executar o trabalho designado. 

Com isso em mente, você é capaz de entender qual a melhor forma de implementar a flexibilidade de acordo com a realidade da sua empresa e as funções e cargos de cada um dos colaboradores, descobrindo a melhor solução para cada caso. 

Converse com colaboradores

Os colaboradores precisam fazer parte do processo. Portanto, converse com as equipes e conte sobre os seus planos de flexibilização. A partir disso, você é capaz de trocar informações, coletar feedback, opiniões e, até mesmo, descobrir as melhores soluções para problemas e gargalos operacionais. Além disso, ao permitir que os colaboradores façam parte do processo, você ainda abre portas para um maior engajamento do time com a empresa como um todo. 

Elabore soluções criativas

Não existe um modelo fechado de flexibilização do trabalho. Portanto, é importante que você entenda a realidade da empresa e necessidades do time para criar as melhores soluções. Nesse aspecto, a criatividade pode ser utilizada para encontrar as melhores alternativas. 

Você pode, por exemplo, descobrir que o trabalho em um coworking é uma ótima solução para a sua empresa. Pode ser também que alguns trabalhadores prefiram fazer home office, enquanto outros dão preferência por trabalhar em jornadas mais flexíveis. A partir dos dados de cada um, é possível que você encontre as melhores alternativas para empresa e equipe. 

Crie diretrizes claras

Agora é a hora de colocar o planejamento em prática. O primeiro passo para isso é ter diretrizes claras e específicas sobre como o trabalho deve funcionar dentro da empresa. Portanto, crie uma política de flexibilização e converse com a sua equipe para informá-los sobre as mudanças. Nesse momento, tire dúvidas e deixe claras as formas de controle que serão utilizadas, decisões que os colaboradores podem tomar e limites da flexibilização dentro da empresa.

Avalie resultados e revise a rota

Por fim, assim como qualquer outra estratégia dentro da empresa, é essencial que você avalie os resultados da flexibilização ao longo do tempo. Portanto, crie indicadores e métricas para realizar essa tarefa. Caso perceba que algo não vai bem, aproveite para revisar a sua rota e adequá-la aos resultados encontrados.

A flexibilidade no trabalho é uma tendência mundial muito relacionada ao contexto tecnológico na qual a sociedade está inserida. Entretanto, aderir a ela exige maturidade e responsabilidade, por isso, implantá-la em sua empresa pode não ser um processo tão simples. É por isso que o melhor a fazer é contar com uma consultoria especializada, pois uma ajuda profissional é sempre bem-vinda quando tratamos de algo inovador.

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Quais as consequências da flexibilização das leis trabalhistas?

Defendem que através da flexibilização o número de desemprego diminuiria, visto que, fortaleceria o negociado sobre o legislado, dando poder para as relações entre empregador e empregado, nas quais fariam acordos favoráveis para ambos.

Quais os impactos da flexibilidade nas relações de trabalho nos dias atuais?

A flexibilidade é uma tendência mundial e é capaz de aumentar a produtividade e a eficiência das empresas de forma geral. Dessa forma, quando insere esse conceito na sua organização, você é capaz de melhorar o posicionamento da marca no mercado como um todo.

Quais foram os efeitos da desregulamentação dos direitos trabalhistas no Brasil?

O modelo da flexibilização das leis trabalhistas fora visto como uma forma de aumentar o número de empregos e a diminuição dos encargos nas empresas, fazendo com que houvesse certo impulso na produtividade e automaticamente amenizar as crises econômicas que atingem tanto o Estado quanto instituições privadas aliadas à ...

Quais as consequências sociais da precarização e da flexibilização no mundo do trabalho?

Pode-se obter enquanto resultados, a observação de que a precarização do trabalho, traz consequências negativas diretas e indiretas tanto para a sociedade, como para as organizações, sofrendo com mudanças como, a diminuição da qualidade de vida dos indivíduos, ambiente de crescentes incertezas e instabilidades, e ...