Quais são os fatores que contribuem para o desenvolvimento da vegetação?

Impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pela ação dos seres humanos sobre o meio ambiente. Pode resultar também de acidentes naturais: a explosão de um vulcão pode provocar poluição atmosférica; o choque de um meteoro, destruição de animais e vegetais; um raio, um incêndio numa floresta.

Quando os ecossistemas sofrem impactos ambientais, geralmente a vegetação é o primeiro elemento da natureza a ser atingido, pois é reflexo combinado das condições naturais de solo, relevo e clima do lugar em que ocorre.

Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram-se modificadas pela ação humana. Isso ocorreu principalmente por causa das atividades agropecuárias e pelos impactos causados pela industrialização e urbanização. Em muitos casos, sobram apenas algumas manchas em que a vegetação original é encontrada, nos quais, embora com pequenas alterações, ainda preserva suas características principais. 

Quais são os fatores que contribuem para o desenvolvimento da vegetação?
Desmatamento na Floresta Amazônica (Foto: Antônio Cruz/ABr)

A primeira consequência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, por causa da diminuição ou, mesmo, da extinção de espécies vegetais e animais. As florestas tropicais tem uma enorme biodiversidade e, por isso, possuem um valor incalculável. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas da sociedade urbano-industrial, podem vir a ser a solução para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias primas. Com o desmatamento, há o risco dessas espécies serem destruídas antes de serem descobertas e estudadas.

Particularmente na Floresta Amazônica há uma enorme quantidade de espécies endêmicas. Parte desse patrimônio genético é conhecido pelas várias nações indígenas que ali habitavam, mas a maioria dessas comunidades nativas está sofrendo um processo de integração à sociedade urbano-industrial que tem levado a perda do patrimônio dos seus conhecimentos. Outro ponto importante que afeta os interesses nacionais dos países onde há florestas tropicais, incluindo o Brasil, é a biopirataria, por meio da qual muitas empresas adotam práticas ilegais para garantir o direito de explorar, futuramente, uma possível matéria prima para a indústria farmacêutica e de cosméticos, entre outras.

No Brasil, os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes em grandes projetos que recebem incentivos governamentais e, portanto, sob o amparo da lei. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais.

A devastação já ocorrida deve-se basicamente a fatores econômicos tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático. Suas principais causas são:

- Extração de madeira;
- Instalação de projetos agropecuários;
- Implantação de projetos de mineração;
- Instalação ou expansão de garimpos;
- Construção de usinas hidrelétricas;
- Incêndios;
- Queimadas (técnica de cultivo tradicional).

As consequências socioambientais das interferências humanas em regiões de florestas são várias:

- Aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento do solo;
- Assoreamento dos rios e lagos, que resulta do aumento da sedimentação, que provoca enchentes;
- Rebaixamento do aquífero, causada por menor infiltração de água das chuvas no subsolo;
- Diminuição dos índices pluviométricos, em consequência do fim da transpiração das plantas;
- Elevação das temperaturas locais e regionais, como consequência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto.
- Agravamento do processo de desertificação;

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Vegetação é um termo geral para a vida vegetal de uma região;

isso se refere às formas de vida que cobrem os solos, às estruturas espaciais ou qualquer outra medida específica ou geográfica que possua características botânicas. É mais amplo que o termo flora, que se refere exclusivamente à composição das espécies. É o conjunto de plantas nativas de certo local que se encontram em qualquer área terrestre, desde que nesta localidade haja condições para o seu desenvolvimento. Tais condições são: luminosidade, calor, umidade e solos favoráveis, nos quais é indispensável a

Além de possibilitar a existêb nncia da vegetação, esses fatores também condicionam suas características. A vegetação suporta funções críticas na biosfera, em todas as possíveis escalas espaciais. Primeiro, a vegetação regula o fluxo de numerosos ciclos biogeoquímicos (ver biogeoquímica), mais criticamente as de água, de carbono e nitrogênio, além de ser um fator importante nos balanços energéticos. Esses ciclos são importantes não somente para os padrões globais de vegetação, mas também para os de clima. Em segundo lugar, a vegetação afeta as características do solo, incluindo seu volume, sua química e textura, por meio da produtividade e da estrutura da vegetação. Vegetação é também extremamente importante para a economia mundial, em especial no uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, mas também na produção mundial de alimentos, madeira, combustível e outros materiais.

Talvez o mais importante, e muitas vezes esquecido: a vegetação global (incluindo para algumas comunidades) tem sido a principal fonte de oxigênio na atmosfera, permitindo que o sistema de metabolismo aeróbico evolua e persista. Finalmente, a vegetação é psicologicamente importante para o homem, que evoluiu quando em contato direto com a dependência da vegetação, através de alimento, abrigo e remédios.

História do conceito[editar | editar código-fonte]

A distinção entre vegetação (a aparência geral de uma comunidade de plantas) e flora (a composição taxômica de espécies de uma comunidade de plantas) foi feita por Jules Thurmann (1849). Anteriormente, os dois termos (vegetação e flora) eram usados indiscriminadamente,[1][2] e ainda são, em alguns contextos. Augustin de Candolle (1820) também fez uma distinção parecida, usando, porém, os termos "station" (tipo de habitat) e "habitation" (região botânica).[3][4] A ideia de vegetação influenciaria, mais tarde, o conceito de bioma, com a inclusão do elemento animal.[5]

Outros conceitos similares a vegetação incluem "fisionomia da vegetação" (Humboldt, 1805, 1807) e "formação" (Grisebach, 1838, derivado de "Vegetationsform", Martius, 1824).[2][6][7][8][9]

Afastando-se da taxonomia de Lineu, Humboldt estabeleceu uma nova ciência, dividindo a fitogeografia entre taxonomistas (botânicos) que estudavam plantas como táxons e geógrafos que estudavam plantas como vegetação.[10] A abordagem fisionômica no estudo da vegetação é comum entre biogeógrafos trabalhando com vegetações numa escala global, ou quando há escassez de conhecimento taxonômico de uma determinada área (ex., nos trópicos, em que a biodiversidade é relativamente alta).[11]

O conceito de "tipo de vegetação" é mais ambíguo. Certos autores utilizam-no para referir-se a tipos de fisionomia, enquanto outros incluem aspectos florísticos e ecológicos.[12] Além disso, o estudo da vegetação, na abordagem da fitossociologia, depende de uma unidade fundamental, as associações vegetais (grupos de espécies), definidas pela flora.[13]

Um esquema de classificação de vegetação influente, claro e simples foi feito por Wagner & von Sydow (1888).[14][15] Outros importantes trabalhos com uma abordagem fisionômica incluem: Grisebach (1872), Schimper (1898), Warming (1895, 1909), Tansley e Chipp (1926), Rübel (1930) e Küchler (1967), Ellenberg e Mueller-Dombois (1967).[16][17][18][19][20][21][22][23]

Classificação[editar | editar código-fonte]

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Biomas classificados por vegetação

Grande parte do trabalho sobre a classificação vegetativa provém de ecologistas europeus e norte-americanos, e eles possuem diferentes abordagens. Na América do Norte, os tipos de vegetação são baseados em uma combinações dos seguintes critérios: clima padrão, comportamento do vegetal, fenologia e/ou formulário do crescimento, e espécies dominantes. Na Europa, a classificação baseia-se frequentemente, por vezes inteiramente, na atenção em relação à composição florística (espécie) sozinha, sem referência explícita ao clima, ao crescimento de fenologia ou outras formas. Na forma da América, os níveis hierárquicos, da forma mais geral à mais específica, são os seguintes: sistema, classe, subclasse, grupo, formação, aliança, associação.

Os vegetais necessitam de quantidades de água ou humidade variáveis. Dessa forma, pode se classificar três tipos de vegetação quanto à humidade:

  • Vegetação hidrófila: Vegetação adaptada à grande umidade. As raizes desses vegetais são pequenas e as suas folhas são grandes para facilitar a evapotranspiração, além de possuírem caules bastantes desenvolvidos. Exemplo: Bananeira.
  • Vegetação xerófila: Vegetação adaptada à aridez. Possui raízes compridas, aprofundando-se bastante no solo para buscar água. Apresenta folhas pequenas e muitas vezes cobertas de ceras, para diminuir a evaporação (perda de água). Possuem também, folhas em forma de espinhos para diminuir a evaporação. Exemplo: Caatinga.
  • Vegetação tropófila: Vegetação adaptada à variações de humidade, segundo a estação, seca ou chuvosa. As plantas são de características caducifólios (plantas que perdem as folhas em estações secas ou frias). Exemplo: Cerrados

Estrutura[editar | editar código-fonte]

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Zonas úmidas de mar doce.

A principal característica da vegetação mundial é a sua estrutura tridimensional, por vezes referida como a sua fisionomia, ou arquitetura. A maioria das pessoas tem uma compreensão dessa ideia através da sua familiaridade com termos como "selva", "mata", "pradaria" ou "várzea"; estes termos evocam uma imagem mental de como é essa aparência vegetacional. Então, "prados" são relvadas, "região tropical" são densas florestas tropicais do mundo, "regiões altas e escuras", savanas de árvores com paisagem coberta de ervas, etc.

Obviamente, uma floresta tem uma estrutura muito diferente da de um deserto ou um quintal gramado.

Os ecologistas possuem uma visão de estrutura em níveis mais detalhados do que isso, mas o princípio é o mesmo. Assim, uma floresta nunca é completamente igual a outra em relação á sua estrutura; as florestas tropicais são muito diferentes das florestas da savana, que diferem das florestas do alpino. As florestas subtropicais brasileiras, por exemplo, possui suas diferenças se comparadas às florestas tropicais, etc.

A estrutura é determinada por uma combinação de interação em fatores históricos e ambientais, e de composição de espécies. Entre a formação da estrutura, conta principalmente a distribuição de vegetais, a altitude e, algumas vezes o clima.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Biocenose
  • Bioma
  • Sucessão ecológica
  • Biorregionalismo
  • Ecossistema
  • Ecologia
  • Floresta
  • Preservação Ambiental

Referências

  1. Thurmann, J. (1849). Essai de Phytostatique appliqué à la chaîne du Jura et aux contrées voisines. Berne: Jent et Gassmann, [1].
  2. a b Martins, F. R. & Batalha, M. A. (2011). Formas de vida, espectro biológico de Raunkiaer e fisionomia da vegetação. In: Felfili, J. M., Eisenlohr, P. V.; Fiuza de Melo, M. M. R.; Andrade, L. A.; Meira Neto, J. A. A. (Org.). Fitossociologia no Brasil: métodos e estudos de caso. Vol. 1. Viçosa: Editora UFV. p. 44-85. [2]. Earlier version, 2003, [3].
  3. de Candolle, Augustin (1820). Essai Élémentaire de Géographie Botanique. In: Dictionnaire des sciences naturelles, Vol. 18. Flevrault, Strasbourg, [4].
  4. Lomolino, M. V., & Brown, J. H. (2004). Foundations of biogeography: classic papers with commentaries. University of Chicago Press, [5].
  5. Coutinho, L. M. (2006). O conceito de bioma. Acta Bot. Bras. 20(1): 13-23, [6].
  6. Humboldt, A. von & Bonpland, A. 1805. Essai sur la geographie des plantes. Accompagné d'un tableau physique des régions équinoxiales fondé sur des mesures exécutées, depuis le dixiéme degré de latitude boréale jusqu'au dixiéme degré de latitude australe, pendant les années 1799, 1800, 1801, 1802 et 1803. Paris: Schöll, [7].
  7. Humboldt, A. von & Bonpland, A. 1807. Ideen zu einer Geographie der Pflanzen, nebst einem Naturgemälde der Tropenländer. Bearbeitet und herausgegeben von dem Ersteren. Tübingen: Cotta; Paris: Schoell, [8].
  8. Grisebach, A. 1838. Über den Einfluß des Climas auf die Begrenzung der natürlichen Floren. Linnaea 12:159–200, [9].
  9. Martius, C. F. P. von. 1824. Die Physiognomie des Pflanzenreiches in Brasilien. Eine Rede, gelesen in der am 14. Febr. 1824 gehaltnen Sitzung der Königlichen Bayerischen Akademie der Wissenschaften. München, Lindauer, [10].
  10. Ebach, M.C. (2015). Origins of biogeography. The role of biological classification in early plant and animal geography. Dordrecht: Springer, p. 89, [11].
  11. Beard J.S. (1978). The Physiognomic Approach. In: R. H. Whittaker (editor). Classification of Plant Communities, pp 33-64, [12].
  12. Walter, B. M. T. (2006). Fitofisionomias do bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas. Doctoral dissertation, Universidade de Brasília, p. 10, [13].
  13. Rizzini, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2 ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, p. 7-11.
  14. Cox, C. B., Moore, P.D. & Ladle, R. J. 2016. Biogeography: an ecological and evolutionary approach. 9th edition. John Wiley & Sons: Hoboken, p. 20, [14].
  15. Wagner, H. & von Sydow, E. 1888. Sydow-Wagners methodischer Schulatlas. Gotha: Perthes, [15]. 23th (last) ed., 1944, [16].
  16. Grisebach, A. (1872). Die Vegetation der Erde nach ihrer klimatischen Anordnung. Ein Abriß der Vergleichenden Geographie der Pflanzen. 1st ed. Leipzig: W. Engelmann., 2 vol. Band I: xii + 603 p., [17]; Band II: x + 635 p., [18]. 2nd ed. 1884.
  17. Schimper, A. F. W. 1898. Pflanzen-Geographie auf physiologischer Grundlage. Fisher, Jena. 876 pp. English translation, 1903, [19].
  18. Warming, E. (1895). Plantesamfund. Grundtræk af den økologiske Plantegeografi. P.G. Philipsens Forlag, Kjøbenhavn. 335 pp.
  19. Warming, E. (1909). Oecology of Plants. An introduction to the study of plant-communities, translated by P. Groom and I. B. Balfour. Clarendon Press, Oxford. 422 pp. BHL.
  20. Tansley, A. G. & Chipp, T. F. (1926). Aims and Methods in the Study of Vegetation. The British Empire Vegetation Committee, Whitefriars Press, London. 383 pp.
  21. Rübel, E. F. 1930. Pflanzengesellschaften der Erde. Bern: Verlag Hans Huber. 464 pp.
  22. Küchler, A.W. 1967. Vegetation Mapping. New York, NY. Ronald Press. 472 pp.
  23. Ellenberg, H. & D. Mueller-Dombois. 1967. Tentative physiognomic-ecological classification of plant formations of the Earth [based on a discussion draft of the UNESCO working group on vegetation classification and mapping.] Berichte des Geobotanischen Institutes der Eidg. Techn. Hochschule, Stiftung Rübel, Zürich 37 (1965-1966): 21—55, [20].

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Geografia Física: Vegetação
  • Vegetação Brasileira

Quais os fatores que contribuem para o desenvolvimento da vegetação?

Principais fatores que influenciam na vegetação: 1 – Disponibilidade de água no solo. 2 – Clima: temperaturas, umidade do ar, presença de chuvas (pluviosidade), geada, vento, neve e outros fatores climáticos. 3 – Tipos de relevo (planalto, planície, montanha, vale, etc.).

Quais são os principais fatores que influenciam as formações vegetais no planeta?

O clima, a temperatura, o solo, o relevo e as chuvas são alguns dos elementos que determinam os tipos de formações vegetais de cada região do planeta.

O que é a influência da vegetação?

A influência da vegetação sobre o clima ocorre através da alteração de dois elementos atmosféricos: a temperatura e a umidade do ar. Sabemos que existe uma grande relação entre o clima e a cobertura vegetal de um determinado lugar.

Qual é o fator que primordialmente define qual tipo de vegetação que pode se desenvolver em uma determinada região?

O tipo de vegetação de determinada região irá depender, primordialmente, do seu tipo de clima. Entretanto, essa regra aplica-se somente a vegetações naturais ou nativas, pois a formação vegetal é o primeiro elemento da paisagem que o homem modifica e, portanto, está em constante transformação.