Licenciatura Plena em História (Faculdade JK-DF, 2012) Ouça este artigo: Pequenas navegações começaram ainda na antiguidade a ser feitas por povos da mesopotâmia (antiguidade) que se lançaram no mar para trocas comerciais, conquistas territoriais e até mesmo batalhas navais. Os egípcios foram um desses povos da antiguidade que começaram por dominar o Rio Nilo para se locomoverem ao longo do país. Os fenícios foram também uma civilização que dominaram o Mar Mediterrâneo nesta era, assim como os gregos e os romanos que se lançaram neste mar, foram até à costa africana pelo Mar Vermelho com pequenos barcos a vela. Os vikings nos sécs. VIII até ao XI ficaram muito populares devido aos seus barcos muito ágeis e fáceis de manobrar na sua exploração pelo Atlântico Norte. Antigo mapa do Mar do Norte (c. 1572). Foto: Sergey Mikhaylov / Shutterstock.com Com a chegada da Idade Média os europeus detinham conhecimentos náuticos deixados através de documentações da Idade Antiga e sabiam dos limites entre o continente dos ditos civilizados (os cristãos) e dos não civilizados, os povos que não eram colonizados nem cristãos. As Grandes Navegações também nomeadas de Era dos Descobrimentos, ocorreram entre o séc. XV e XVII e foi iniciada pelos portugueses, posteriormente os espanhóis e outros europeus, proporcionou novas rotas comerciais e relações com o continente Africano, Americano e asiático, impulsionados pela comercialização de metais preciosos e especiarias. Essas rotas pelos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico foram descobertas resultando no mapeamento do mundo, contatos culturais com outros territórios e demarcações de fronteiras. As navegações do séc. XV marcaram a passagem da era feudal para a Idade Moderna, juntamente com movimentos como o Renascimento e Humanismo que estimularam o crescimento intelectual e cientifico, uma vez que tudo que era visto como plantas, animais, alimentos nos continentes descobertos era documentado e transportado para estudo. O homem passou a ser o centro de tudo. Nesse “intercâmbio cultural” que ficou designado como o contato do Velho Mundo com o Novo, foi contraído muitas doenças desconhecidas por ambos. A descoberta de novos continentes foi o evento mais significativo da globalização. O descobrimento da América movimentou o comércio global de ouro, prata, cana-de-açúcar. O milho e a mandioca levados pelos portugueses à Europa tornaram-se alimentos muito importantes para cotidiano. Não só a economia europeia foi beneficiada com o ato da navegação, os chineses também foram favorecidos pelas mercadorias levadas pelos portugueses, espanhóis e holandeses. A moeda de câmbio dos orientais era o cobre, que com a chegada da prata foi substituída e desfavoreceu os portugueses que por consequência começaram a negociar com o Japão. As navegações da Idade Moderna proporcionaram negócios altamente lucrativos em diversos aspectos. Interligou o mundo através do comércio e ocupação de diversos territórios que foram explorados e posteriormente e viraram colônias. O mapeamento do globo terrestre adequou novas rotas marítimas pelos continentes com o apoio da igreja na difusão da fé cristã. O ato de navegar é tão importante que está presente na marca deixada hoje pelo mundo. Grande parte da mão de obra construtiva foi também trazida por mar através da rota dos escravos e os materiais trazidos nas novas terras viriam a ser utilizados para a construção de igrejas e infraestruturas que hoje são históricas e seculares nesses continentes no geral. A navegação pode ser nomeada como a maior obra que impulsionou a globalização mundial e a capacidade de unirmos pontos entre o globo terrestre que não estavam ligados por terra. Referências: https://marsemfim.com.br/fenicios-grandes-navegadores/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Navega%C3%A7%C3%A3o_na_Antiguidade https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/24/grandes-navegacoes/ Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/historia-das-navegacoes/ Vários fatores contribuíram para as Grandes Navegações. O déficit em relação ao comércio com o Oriente O ocidente conseguia do Oriente açúcar, ouro, porcelanas, pedras preciosas, condimentos (pimenta, cravo), drogas medicinais (bálsamos, ungüentos), perfumes e óleos aromáticos. Essas mercadorias eram recolhidas no Oriente pelos árabes e trazidas por caravanas até as cidades italianas que serviam de intermediárias para a venda dos produtos na Europa. As monarquias nacionais européias precisavam quebrar esse monopólio e descobrir novos meios de contato com o Oriente. Aliança entre burguesia e os reis Para realizar as grandes viagens marítimas, era preciso navios, homens e armas. Esse tipo de empreendimento só seria possível com o apoio do Estado e o capital da burguesia. Como os reis teriam uma participação nos lucros, eles resolveram financiar a expansão marítima. Como conseqüência, os Estados Nacionais seriam fortalecidos facilitando a submissão da sociedade aos reis. Progresso técnico e cientifico Caravela (representou um avanço para a navegação da época), bússola, astrolábio, sextante. EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA Portugal foi o primeiro país europeu a se aventurar pelos mares e vários foram os fatores que contribuíram para esse fato:
Outros fatores como: posição geográfica favorável, conhecimentos náuticos, criação precoce de um estado nacional, ajudaram Portugal a ser o primeiro país a se lançar nas Grandes Navegações A conquista de Ceuta foi o marco inicial da expansão ultramarina portuguesa. A aventura portuguesa recebeu o nome de “Périplo Africano”, pois alcançou as Índias contornando a África no decorrer do século XV. À medida que descobriam novas regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns homens encarregados de negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam adquirir somente lucros. CRONOLOGIA
EXPANSÃO ULTRAMARINA ESPANHOLA Somente após 1 século de atraso em comparação a Portugal é que os espanhóis começaram a sua participação nas Grandes Navegações. CRONOLOGIA 1492 – Colombo descobre a América De 1492 ate 1504 – descobrimento das Antilhas, Panamá e da América do Sul 1504 – Américo Vespúcio afirmou que as terras descobertas por Colombo eram um novo continente. 1513 – Nunes Balboa confirmou essa hipótese, atravessando por terra a América Central chegando ao Oceano Pacífico. Em homenagem a Vespúcio, deu o nome de América ao novo continente. Entre 1519 e 1522 - Fernão de Magalhães iniciou a primeira viagem de circunavegação. Outros países também se aventuraram pelos mares: FRANÇA: Começou sua expansão ultramarina a partir de 1520. Os franceses exploraram a costa brasileira, saquearam o pau-brasil e tentaram, sem êxito, se estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão. Também tomaram posse do Canadá e da Luisiana (sul dos EUA). INGLATERRA: Por causa da Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485) a Inglaterra também começou tarde sua aventura pelos mares. HOLANDA: Os holandeses estabeleceram-se na Guiana, e em algumas ilhas do Caribe e na América do Norte onde fundaram Nova Amsterdã, que depois foi chamada de Nova Iorque. Promoveram, também, o tráfico de escravos negros. CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/grandes-navegacoes/ Quais foram os principais aspectos das Grandes Navegações?Quais foram os objetivos das Grandes Navegações?. Difusão do cristianismo para outras civilizações;. Expansão territorial e fundação de colônias;. Estabelecer rotas comerciais marítimas;. Encontrar fontes de recursos naturais, principalmente ouro e prata;. Lucrar com o comércio de escravos (século XVI em diante).. Quais foram os primeiros nas Grandes Navegações?Chamam-se Grandes Navegações as expedições marítimas realizadas por europeus entre os séculos XV e XVI. Os pioneiros na expansão marítima europeia foram os portugueses e os espanhóis, seguidos pelos ingleses, franceses e holandeses.
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