Qual a importância do estudo dos ecossistemas?

Ecologia é o estudo científico das interações entre os organismos e o meio ambiente

Ecologia é o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos, são também estudadas as relações da transformação e fluxo de energia e matéria e seus impactos ambientais.

Entenda o que é bioecologia e sua importância

A palavra deriva do grego oikos, que significa casa, e logos, estudo. Ela foi empregada pela primeira vez na obra “Generelle Morphologie der Organismen”, desenvolvida pelo biológico alemão Ernst Haeckel em 1866.

Vale ressaltar que a ecologia é uma ciência que estuda todos os seres vivos. Por isso, o conceito guarda um significado diferente do conceito de ambientalismo, que é um movimento social, político e ético preocupado com a proteção do meio ambiente e com a utilização sábia de seus recursos para evitar problemas ambientais.

O conceito de ecologia

A palavra ecologia foi utilizada pela primeira vez na obra “Generelle Morphologie der Organismen”, desenvolvida pelo biológico alemão Ernst Haeckel em 1866. Nela, Haeckel definiu esse novo ramo da Biologia como “o estudo científico das interações entre organismos e seu ambiente”.

Em 1972, o ecólogo americano Charles Joseph Krebs incrementou a definição elaborada anteriormente pelo biólogo alemão. Para ele, a palavra era entendida como “o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos”. Apesar de mais sucinta, sua definição ainda não abordava fenômenos e processos ocorrendo em vários níveis tróficos de organização biológica.

Por isso, a nova descrição do conceito elaborada por Gene Likens em 1992, incorpora explicitamente a Ecologia Ecossistêmica. De acordo com ele, o termo pode ser definido como “o estudo científico das interações que determinam a distribuição e abundância dos organismos, bem como a transformação e fluxo de energia e matéria”.

Subdivisões da ecologia

De maneira geral, ela pode ser dividida em três ramos diferentes. O primeiro deles, chamado de Autoecologia, estuda as espécies a partir de suas relações com o meio ambiente.

O segundo ramo, conhecido como Sinecologia ou Ecologia Comunitária, é voltado para o estudo das comunidades de seres vivos. Ele foca a distribuição das populações, suas relações ecológicas, demografia, deslocamento e quantidades.

O último ramo, chamado de Demoecologia ou Ecologia das Populações, faz o estudo de cada população separadamente.

No entanto, existem outros segmentos dentro desses ramos gerais. A Ecologia do Indivíduo, a Ecologia de Populações, a Ecologia de Comunidades, a Ecologia do Ecossistema e a Humana podem ser citadas como exemplos.

Conceitos importantes em ecologia

Habitat

Habitat é o ambiente físico em que vivem determinadas espécies. As condições desse ambiente dependem de fatores abióticos, que afetam diretamente os seres vivos presentes. Uma planta pode ser o habitat de um inseto, por exemplo.

Nicho ecológico

Nicho ecológico diz respeito à descrição verbal de todas as condições necessárias para a existência da espécie, incluindo tolerâncias fisiológicas, limitações morfológicas, hábitos alimentares e interações com outros membros da comunidade.

Fatores bióticos e abióticos

Fatores bióticos e abióticos representam as relações existentes que permitem o equilíbrio do ecossistema. Os fatores bióticos consistem nas comunidades vivas de um ecossistema, como plantas, animais e micro-organismos.

Já os fatores abióticos são os elementos físicos, químicos ou geológicos do ambiente, responsáveis por determinar a estrutura e funcionamento dessas comunidades. Exemplos de fatores abióticos são:

  • Substâncias inorgânicas;
  • Compostos orgânicos;
  • Regime climático;
  • Temperatura;
  • Luz;
  • pH;
  • Oxigênio e outros gases;
  • Umidade;
  • Solo.

Biodiversidade

Biodiversidade é uma expressão que provém da união dos termos “diversidade” e “biológica”, e significa variedade de vida ou a variedade de todas as formas de vida existentes na Terra, sejam elas macro ou microscópicas.

Todos os diferentes tipos de vida encontrados em uma área – animais, plantas, fungos e até micro-organismos como as bactérias, fazem parte da biodiversidade.

Cada uma dessas espécies e organismos trabalham juntos em ecossistemas, como uma teia intrincada, para manter o equilíbrio e sustentar a vida. A biodiversidade sustenta tudo o que precisamos para sobreviver na natureza: comida, água limpa, remédios e abrigo.

Relações ecológicas

Relações ecológicas são as interações que ocorrem entre os seres vivos dentro dos ecossistemas. Elas podem ser entre indivíduos da mesma espécie (intraespecífica) ou entre espécies diferentes (interespecíficas). As relações ecológicas também podem ser benéficas ou prejudiciais para as partes envolvidas.

Cadeia alimentar

Cadeia alimentar, também chamada de cadeia trófica, pode ser definida como uma sequência linear da transferência de matéria e energia em um ecossistema, na qual é possível observar organismos servindo de alimento para outros. Essa transferência sempre se inicia por um produtor e finaliza-se em um decompositor, sendo unidirecional.

Nível trófico é a posição ocupada pelos organismos dentro da cadeia alimentar, que é determinada pelo tipo de alimento ingerido. Em cada nível trófico existe um grupo de seres vivos com as mesmas características alimentares. Os consumidores primários, por exemplo, se alimentam somente de vegetais, enquanto que os consumidores secundários e terciários são carnívoros.

Ciclos biogeoquímicos

Ciclos biogeoquímicos, também chamados de ciclos da matéria, podem ser definidos como processos naturais nos quais ocorre a ciclagem dos elementos, ou seja, sua passagem do meio ambiente para os organismos vivos e destes de volta para o meio.

Esses elementos fazem com que várias reações fundamentais para sobrevivência e manutenção dos seres vivos sejam realizadas.

Posteriormente, eles retornam ao meio ambiente pelo processo de decomposição ou por outros mecanismos, tais como respiração e transpiração. Alguns exemplos de ciclos biogeoquímicos são os ciclos do carbono, do nitrogênio, do oxigênio e da água.

Biosfera

Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. A palavra deriva do grego bíos, vida e sfaira, esfera, que significa esfera da vida. Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que habitam o planeta, embora o conceito seja geralmente alargado para incluir também os seus habitats.

A biosfera é composta por uma rede de interligações entre todos os organismos e o meio físico. É nela que os fatores físicos e químicos formam o ambiente propício para a vida.

Ecótono

Ecótono é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Nessas áreas, é comum encontrar grande número de espécies e, por consequência, de nichos ecológicos.

Biótopo

Biótopo é a área física na qual os biótipos adaptados a ela e as condições ambientais se apresentam praticamente uniformes.

Níveis de organização estudados em ecologia

O estudo da ecologia baseia-se em diferentes níveis de organização, como:

  • Indivíduo: organismo único, distinguível dos demais do grupo;
  • População: conjunto de indivíduos de uma única espécie que coexistem em determinada área;
  • Comunidade: conjunto de populações que coexistem no espaço e no tempo. Por causa das interações, uma comunidade é mais do que a soma de suas populações, ela tem propriedades emergentes;
  • Ecossistema: conceito holístico que agrega as comunidades biológicas e o ambiente físico onde ocorrem.

Um ponto importante do conceito e que envolve todos os níveis de organização é a compreensão das relações existentes entre os seres vivos. Como ressaltado, as relações ecológicas demonstram como as diferentes espécies interagem e como os indivíduos de uma população comportam-se.

Importância de estudar ecologia

A ecologia é uma ciência complexa e ampla que nos permite entender o funcionamento do planeta. Ao compreender como os organismos vivem e se relacionam, é possível criar medidas de preservação de espécies e prever os impactos negativos que uma determinada ação humana pode gerar.

Por isso, ela é necessária para a criação de planos de preservação de organismos vivos e modelos de previsão sobre o futuro do planeta e para a compreensão de como uma atitude pode afetar determinados organismos, por exemplo.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Geórgia mostrou que a ecologia pode ajudar a prevenir a ocorrência de pandemias.

Isso porque essa ciência analisa como parasitas e hospedeiros interagem uns com os outros na natureza, sendo capaz de prever surtos de doenças infecciosas e com potencial para se tornarem futuras pandemias.

O que é ecossistema e sua importância?

Ecossistema é o nome dado a um conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo ecólogo Arthur George Tansley.

Qual a importância dos ecossistemas e sua diversidade?

A biodiversidade apresenta também importância econômica. Como sabemos, os seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos, medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar é garantir, portanto, que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente permaneça em equilíbrio.

Qual a importância dos ecossistemas para o mundo entre tantos outros questionamentos?

É através dos ecossistemas que se mantem o equilíbrio e o funcionamento do planeta. Portanto, o ecossistema é importante para equilibrar e fazer com que funcione todos as esferas do planeta.

Qual a importância de um ecossistema equilibrado?

A conservação dos ecossistemas é essencial para garantir o equilíbrio e fluxo dos serviços ambientais que sustentam a vida no planeta, incluindo o sequestro de carbono da atmosfera e a purificação da água. O desafio é equilibrar o crescimento econômico com equidade social e preservação ambiental.