Qual é a importância da estrutura energética para um país?

Energia não renovável ainda é a mais usada no mundo. De olho no desenvolvimento sustentável, Brasil apresenta base energética diversificada.

Os recursos energéticos são o foco dos interesses estatais, gerando disputas geopolíticas desde a primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial, principalmente, na América Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento exponencial da demanda energética. Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a segurança energética dos países mais ricos. 

Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las em renováveis e não renováveis; primárias e secundárias; convencionais e alternativas.
Renováveis $$$\rightarrow$$$ Têm capacidade de se regenerar em um tempo curto, tornando-a inesgotável. Ex.: Biomassa (óleos/biodiesel a partir de cana-de-açúcar, mamona, girassol, entre outros).
Não Renováveis $$$\rightarrow$$$ Oriundas de matéria orgânica decomposta por milhões de anos, não havendo tempo hábil para serem formados para uso humano. Ex.: Petróleo, gás natural e carvão.
Primárias $$$\rightarrow$$$ Quando utilizamos diretamente para geração de calor/energia. Ex.: Lenha queimada para uso doméstico.
Secundárias $$$\rightarrow$$$ Utiliza-se um meio de energia para obter outro. Ex.: Usina Nuclear enriquece o Urânio para aquecer a água e mover as turbinas, gerando energia elétrica.
Convencionais $$$\rightarrow$$$ São as energias base da sociedade contemporânea. Ex.: Petróleo, gás natural, carvão e hidroelétricas.
Alternativas $$$\rightarrow$$$ Constituem uma alternativa ao modelo energético decorrente dos últimos dois séculos, sua introdução diversifica a matriz de energia dos países, aumentando sua segurança e seu desenvolvimento econômico e ambiental. Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz.

Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro décadas, proporcionados pela Revolução Técnico-Científico Informacional, o principal recurso da matriz energética é o mesmo desde a Segunda Revolução Industrial (1850) – o petróleo – tendo o carvão como segundo maior demanda e o gás natural em terceiro. Neste caso, apesar dos investimentos em fontes alternativas – solar, eólica, geotérmica, mantêm-se os combustíveis fósseis como a principal forma de obtenção de energia em nível mundial.

Qual é a importância da estrutura energética para um país?
Esquema com matriz energética mundial (Foto: Revista Escola)



Combustíveis fósseis são originados a partir da decomposição de restos de seres vivos, depositados em partes mais baixas da crosta terrestre. Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% da matriz energética mundial é baseada em recursos finitos, emitindo cada vez mais CO$$$_2$$$ na atmosfera, alterando as condições climáticas do planeta.

É importante frisar que há esforços em investir e aumentar o consumo de energia proveniente de fontes renováveis como a solar e a eólica. Países como Estados Unidos, China e Alemanha investem cada vez mais em pesquisas para tornar mais eficiente a captação e a distribuição de energia originada pelo vento e sol.

Já no Brasil, diferente da mundial, observamos que a matriz energética nacional é diversificada, tendo quase metade dela proporcionada por fontes renováveis, como a hidrelétrica e biomassa (conhecida como biodiesel).

Qual é a importância da estrutura energética para um país?
Gráfico com matriz energética brasileira (Foto: Ministério de Minas e Energia)



A diversificação demonstra que o Brasil está inserido neste novo cenário de mudanças e discussões sobre o clima e o desenvolvimento sustentável, já que busca alternativas à importação, extração e uso em larga escala de energias não-renováveis, como o petróleo, gás natural e carvão. Investimentos em produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar e na construção de usinas hidrelétricas, principalmente, na região Norte, trazem o Brasil para um patamar de um dos países com matriz energética mais limpa do mundo.

Quase tudo que fazemos e usamos hoje passa por algum gasto de energia. Ir à escola ou ao trabalho, assistir à televisão, cozinhar, tomar banho, em tudo há gasto energético. Todavia, existem diferentes formas de sua produção, distribuição e consumo, tanto de combustíveis, como de energia elétrica.

A maioria dos transportes são movidos a partir de óleos refinados do petróleo (gasolina, diesel e querosene) sendo, então, o maior consumidor da indústria petrolífera. É, por isso que, uma entre diversas dificuldades em implementar sistemas eficientes de transporte público – como metrôs, trens, ciclovias etc – além da introdução e barateamento de carros híbridos, que também são movidos à eletricidade, são originados pelas indústrias petroquímicas, que influenciam as ações governamentais na área energética. Dessa maneira, das 25 maiores empresas do mundo em 2013, mais da metade é vinculada ao setor de energia.

Podemos adquirir de diversas maneiras a energia elétrica que abastece nossas residências, parques industriais e prédios públicos. Pode-se obter pelas hidrelétricas, com o represamento d’água, gerando quedas para fluir entre as turbinas. Também temos as termoelétricas – usinas que geram energia a partir do aquecimento de grande quantidade de água pela queima de gás natural, biomassa e Urânio enriquecido. Além, obviamente, das novas fontes limpas – solar, eólica, geotérmica, maremotriz, etc.

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Vale lembrar que a demanda energética vai crescer nos próximos anos, principalmente, nos chamados países emergentes, como China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros. O avanço do meio urbano, do potencial industrial e da população vai incrementar essas áreas como novas grandes consumidoras, principalmente de petróleo e energia elétrica. Contudo, os EUA ainda terão grande parcela na produção e no consumo da energia do mundo. Estes, inclusive, vêm investindo maciçamente em novas fontes de energia para se tornarem independentes, principalmente, dos exportadores de petróleo do Oriente Médio, Rússia e Venezuela. 

Qual é a importância da estrutura energética para um país?
Gráfico informativo sobre o futuro da energia. (Foto: Colégio Qi)

Assim, o tabuleiro geopolítico vai se movimentando, conforme os interesses em investir, importar e exportar energia a partir de diversas fontes existentes. O mundo vem passando por transformações, sobretudo, no meio ambiental, tornando os novos meios de energia essenciais para todos os países, o que possibilita a segurança econômica e social em todo planeta.

Qual a importância da estrutura energética para um país?

A diversificação energética garante a segurança energética contínua, que fornece um clima fértil para o empreendedorismo, a inovação, e a pesquisa & desenvolvimento. Proteção ambiental: o desenvolvimento de recursos renováveis como as energias solar e a eólica diminui a ameaça de escassez de energia.

Qual a importância da matriz energética no Brasil?

A matriz energética brasileira é uma das mais renováveis do mundo. O uso das fontes renováveis de energia evita que o país configure entre as nações que mais emitem gases de efeito estufa. As fontes renováveis diminuem a dependência do Brasil em relação ao uso dos combustíveis fósseis.

Qual a importância para um país ter uma produção energética diversificada?

A diversificação da matriz energética será essencial para o Brasil e o mundo suprir a demanda por energia, ter uma economia de baixo carbono e honrar seus compromissos com os tratados de redução de emissão de CO2.

Qual é a principal matriz energética do nosso país?

Energia hidráulica 75% da energia elétrica produzida no Brasil provém de usinas hidrelétricas, representando 42% da matriz energética brasileira. No país, existem mais de 200 grandes hidrelétricas, além das pequenas e micros centrais. Portanto, essa é a matriz energética mais utilizada no país.