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Segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 11,2% em janeiro.

A taxa de desocupação caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro. É a menor taxa para o período desde 2016, apesar de ainda muito acima dos 9,6% registrados há seis anos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.

A população desocupada somou 12 milhões de pessoas, queda de 6,6% na comparação com o trimestre anterior, o que representa uma redução de 858 mil pessoas. No confronto com o mesmo período do ano anterior, a queda no percentual de desocupados é de 18,3%, o que representa 2,7 milhões de pessoas a menos em busca de trabalho.

Em comparação com o início do ano passado, isto é, antes da imunização contra a Covid-19, a entrada de 2022 trouxe ampliação do número total de ocupados de 9,4%, um ritmo que vem se mantendo desde meados de 2021, com fracos indícios de acomodação. Isso representa 8,2 milhões a mais de pessoas de volta ao emprego, destaca o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“Além da queda do número de desempregados, outros sinais positivos neste início de ano foram: expansão da ocupação total, aceleração da criação de empregos formais, recuo do desalento e da subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, bem como a amenização do declínio da massa real de rendimentos, que é a base de consumo das famílias”, analisa o Iedi.

É justamente o rendimento pressionado que preocupa o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso. “Apesar do avanço das classes que ganham em média mais do que os informais, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos ainda segue pressionado, e continua a apresentar queda na comparação com trimestre imediatamente anterior (-1,1% t/t)”, escreve Caruso em análise. As projeções iniciais do Banco consideram desemprego médio de 11,3% para 2022.

Os analistas do Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG) acreditam que a taxa de desemprego pode mostrar um aumento sazonal durante este primeiro trimestre, devido à demissão de trabalhadores temporários contratados para o período natalino. “Mas esperamos gradual melhoria à frente seguindo o ritmo do crescimento econômico.” A taxa média de desemprego projetada pelo MUFG é de 11,4% para este ano. Página

O rendimento real habitual do trabalhador brasileiro ficou em R$ 2.489 no trimestre findo em janeiro deste ano. Isso representa quedas de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em outubro e de 9,7% frente ao trimestre finalizado em janeiro de 2021. A massa de rendimento real habitual (R$ 232,6 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.

A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar, mas não procuram emprego, chegou a 27,8 milhões de pessoas, quedas de 7,2% (menos 2,2 milhões) frente ao trimestre anterior e de 15,5% (menos 5,1 milhões) na comparação anual.

A taxa composta de subutilização (23,9%) caiu 1,9 ponto percentual em relação ao trimestre de agosto a outubro (25,7%) e 5,1 pontos percentuais na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2021 (29%).

A população fora da força de trabalho (64,9 milhões de pessoas) permaneceu estável quando comparada com o trimestre anterior e caiu (menos 3,9 milhões de pessoas) na comparação anual.

A população desalentada, isto é, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, ficou em 4,8 milhões de pessoas, reduções de 6,3% (menos 322 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 18,7% (menos 1,1 milhão de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo-se trabalhadores domésticos) foi 34,6 milhões de pessoas, 2% a mais (681 mil pessoas) que outubro e 9,3% acima (2,9 milhões de pessoas) que janeiro de 2021.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,4 milhões de pessoas) cresceu 3,6% (427 mil pessoas) em relação a outubro e 19,8% (2 milhões de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) ficou estável na comparação com o trimestre anterior, mas subiu 10,3% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano.

Os trabalhadores domésticos (5,6 milhões de pessoas) apresentaram estabilidade no confronto com o trimestre anterior, mas subiu 19,9% (mais 931 mil pessoas) no ano.

Com informações da Agência Brasil

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Número de pessoas ocupadas no país caiu em 2020 Poder360 19.nov.2021 (sexta-feira) - 12h26

O rendimento médio mensal do brasileiro caiu 3,4% em 2020 e atingiu o valor desde 2012, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De 2019 para 2020, o valor passou de R$ 2.292 para R$ 2.213.

Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (19.nov.2021). Eis a íntegra (1 MB).

O instituto divulgou os dados consolidados da Pnad Contínua de 2020. O maior valor do rendimento médio mensal estava no Sudeste (R$ 2.575). O menor, no Nordeste (R$ 1.554).

Segundo o IBGE, das 211,1 milhões de brasileiros, 128,7 milhões (ou 61%) tinham algum tipo de rendimento.

PROGRAMAS SOCIAIS

De 2019 a 2020, a proporção de domicílios com pessoas recebendo outros programas sociais subiu 0,7% para 23,7%. Aumentou em todas as regiões. As maiores altas proporcionais foram no Norte (de 0,5% para 32,2%) e Nordeste (de 0,8% para 34%).

O crescimento se deve ao auxílio emergencial criado pelo governo federal em 2020 para combater os efeitos da pandemia de covid-19 na economia, destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.

Segundo o instituto, a proporção de domicílios que recebiam o Bolsa Família caiu de 14,3% em 2019 para 7,2% em 2020. Parte dos beneficiários passou a receber o auxílio emergencial.

O número de pessoas com outros rendimentos saltou de 16,4 milhões em 2019 para 30,2 milhões (de 7,8% para 14,3% da população) em 2020.

A quantidade de pessoas com rendimento de trabalho recuou de 92,8 milhões para 84,7 milhões (de 44,3% para 40,1% da população). Pela 1ª vez, desde 2012, o grupo dos outros rendimentos superou o das pessoas que recebiam aposentadoria e pensão (26,2 milhões ou 12,4%).

O índice de Gini –que mede a desigualdade social e econômica no país– do rendimento médio domiciliar per capita passou de 0,544 em 2019 para 0,524 em 2020. O Nordeste manteve o maior Gini em 2020 (0,526) e o Sul, o menor (0,457). Entre 2019 e 2020, o Gini caiu em todas as regiões, sobretudo no Norte e Nordeste, onde o Auxílio Emergencial atingiu maior proporção de domicílios.

A massa de rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$284,6 bilhões em 2020, inferior à de 2019 (R$295,2 bilhões). O Sudeste concentrava 50,7% dessa massa (R$144,4 bilhões). Entre 2019 e 2020, apenas o Norte e o Nordeste tiveram aumento na massa de rendimento domiciliar per capita (3,6% e 1,4%). A maiores quedas foram no Sul (-5,7%) e Sudeste (-5,2%).

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Sérgio Lima/Poder360 – 19.nov.2021

Número de pessoas ocupadas no país caiu em 2020.

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