Antes de falar dessas consequências, vamos às causas. Show
Ou seja, ao fim e ao cabo, alguns dos maiores temores do mercado já começaram a se concretizar. Um deles é o de potencial crescimento econômico menor. Uma escalada de punições econômicas tende a desacelerar a troca entre os países. Mas nada nunca está tão ruim que não possa piorar. E a depender do desenrolar dos acontecimentos, a China, principal aliada russa, pode entrar na jogada. E erguer barreiras econômicas contra Estados Unidos e companhia limitada. Fim dos problemas? Necas. Como pincelado acima, o incêndio inflacionário global periga ser apagado com gasolina. Quase que literalmente. Além de gás natural, a Rússia é das principais fornecedoras de petróleo do globo. Caso decida exercer sua forte influência sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), babau. Torneirinhas seriam fechadas, como a escalada recente dos barris negociados no mercado futuro londrino já antecipa.
O remédio contra a inflação? É sabido. Agora, às consequênciasCom mais juros não se resolve choque de oferta. No entanto, e mesmo sem conflito no leste europeu, os focos inerciais da alta de custo de vida vem demandando mais taxas. Conforme mais demora a inflação a arrefecer no retrovisor, mais se elevam as expectativas futuras. Produtores remarcam preços e consumidores estocam produtos, tornando autorrealizáveis suas previsões. Aos bancos centrais, só resta para tentar domar esses movimentos um instrumento único. Juros. "Era tudo que o mundo não precisava depois da confusão toda com a covid-19", comenta Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank Brasil. "Todos os choques trazidos às cadeias globais já trouxeram muita inflação, e se tivermos um acirramento da situação, não teremos só mais inflação, mas mais incertezas e desaceleração da atividade global." De olho nisso, a rotação em curso nas bolsas do mundo desde novembro passado tende a se intensificar.
A partir dali, muito antes de se imaginar o pega para capar na Europa Oriental, ficou claro que o Federal Reserve (banco central americano, o Fed) teria não só de antecipar sua alta de juros. Mas a reversão do seu programa de recompra de títulos para um de revenda. Ou seja, ao parar de despejar trilhões de dólares, passar o rodo rapidamente na dinheirama.
"As pessoas tendem a correr ainda mais para ações de empresas com histórico sólido, seguro, com sua dinâmica de funcionamento mais bem conhecida em diversas crises", diz Bresciani. "Num primeiro momento, investidores correm para coisas como o ouro, contratos futuros de petróleo, mas acabam correndo também para as vendedoras de commodities, expostas à China, e aos bancos tradicionais, fugindo da 'nova economia', das fintechs, das empresas de retornos projetados apenas para o longo prazo". As vendedoras de matérias-primas são vistas como proteção natural contra a inflação. Suas receitas são garantidas, justamente, pela alta dos preços dos seus produtos. Vale incluir aí não só as ligadas ao setor de energia, como o petróleo, mas também as vendedoras de alimentos e minério. Em caso de interrupção de cadeias de produção e barreiras comerciais sendo erguidas, tendem também a passar por rali de preços. Já as vendedoras de crédito são potencialmente beneficiadas por linhas de empréstimos mais caras, em linha com o aperto monetário global. Ambos os setores, assim sendo, podem ter bastante a ganhar em caso de estresse geopolítico acirrado. Nesse último caso, no entanto, há mais risco envolvido, explica Bresciani. Os juros podem ser como uma faca de dois gumes. Se subirem, bem, mas se subirem demais da conta, mal. Pode implicar que menos crescimento econômico virá e, no limite, contração de atividade. O consequente aumento da inadimplência pode mais do que apagar eventuais benefícios às receitas bancárias trazidos pelos juros. "Essa crise engata com os grandes temas com que o mercado vinha trabalhando, aumenta a incerteza sobre quanto tempo vai demorar para a inflação ir embora e dificulta a leitura pelos banco centrais sobre o que fazer daqui em diante", diz Gustavo Reis, gestor global da Macro Capital. "Nesse momento, a diminuição de riscos pelos investidores faz sentido, como ir atrás de títulos de renda fixa para, só num segundo momento, ir atrás de mais risco, quando ficar mais claro com que tipo de eventos o mundo está de fato lidando". No entanto, lembra Reis, bolsas como a brasileira podem ganhar ainda maior fluxo de entrada do que o já presente. Não só com suas ações da "velha economia", naturalmente, sendo favorecidas. Ocorre que, com mercados emergentes como o de Rússia e arredores em risco, quem sair de lá vai ter de ir atrás de morada. E onde mais há descontos em ações hoje? No Brasil.
Por fim, vale ponderar que o conflito da Rússia com a Ucrânia - ou contra os Estados Unidos - é uma nova pedra no sapato não só dos grandes BCs, mas também do brasileiro. Por si só, novas rodadas de ralis de preços de alimentos e de combustíveis podem obrigar a Selic a ir bem além dos arredores dos 12% ao ano esperados até junho. Mas, conforme já deixou claro a autoridade monetária, uma eventual aceleração da alta de juros nos Estados Unidos pode obrigar as taxas de referência nacionais a virar de semestre sem ponto final no ciclo de alta estabelecido. Isso, claro, se o movimento americano acabar por reverter a rota atual de queda do dólar. Risco nada desprezível, considerando a perspectiva de deterioração do quadro fiscal no lastro das eleições. Ainda mais se forem confirmados os alertas feitos no ano passado de que, em caso de inflação não perdendo fôlego, o governo e o Congresso podem incrementar programas de transferências de renda já vigentes. Postulantes ao mandato com início em 2023, do mesmo modo, tenderiam a acalorar adicionalmente propostas nessa direção. Nesse caso, a cena nacional mais adversa pode começar a se impor. Ou seja, a piora das condições financeiras por aqui, com inflação e juros em alta, paralelamente ao crescimento negativo, poderiam frear o ímpeto pela busca de risco nestas paragens.Já estaria de bom tamanho o de uma guerra mundial. Guerra fria — Foto: GettyImages Como os Estados Unidos se beneficiou com a primeira guerra mundial?Como não tiveram seu território invadido, os norte-americanos não precisaram arcar com despesas de reconstrução e puderam se tornar credores da Europa. Isto é, os Estados Unidos emprestavam dinheiro para a reconstrução do Velho Mundo, que fora devastado pela guerra.
Por que os Estados Unidos se beneficiaram com a Segunda Guerra Mundial?Outra importante participação dos EUA na Segunda Guerra foi o desembarque na Normandia (França), juntamente com os aliados venceram o exército alemão e a cidade de Paris voltou para o controle da França, antes dominada pelos alemães.
Quais foram os grandes beneficiados da primeira guerra mundial?Não há dúvidas que a Alemanha foi a grande derrotada na Primeira Guerra. Quando a guerra acabou, Inglaterra, França e seus aliados foram aparentemente os grandes vencedores.
Como ficou os Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial?Os norte-americanos estavam ganhando mais dinheiro e a nação tinha o mais alto padrão de vida de todo o mundo. A sociedade norte-americana também estava mudando. A população dos Estados Unidos cresceu muito devido à alta taxa de natalidade: soldados retornando da guerra estabeleceram famílias e tiveram filhos.
|