No cotidiano podemos ver inúmeras situações em que a temperatura certamente influencia na rapidez com que as reações químicas se processam. Por exemplo, quando colocamos o feijão para cozinhar na panela de pressão, o aumento da pressão provoca o aumento da temperatura de ebulição do líquido. Assim, a reação (cozimento) ocorre com uma maior velocidade. O contrário acontece ao colocarmos os alimentos na geladeira, pois uma diminuição da temperatura faz com que a decomposição dos alimentos por microrganismos se dê de forma mais lenta. Show
Mas por que o aumento de temperatura aumenta a reatividade da substância? Isso ocorre porque a temperatura é uma medida da agitação térmica das partículas que compõem uma substância. Isso significa que se aumentarmos a temperatura, a agitação das moléculas também aumentará; e o contrário também é verdadeiro: com a diminuição da temperatura, a agitação das moléculas também diminuirá. Um aumento na agitação das moléculas faz com que elas se movimentem mais rapidamente, aumentando a probabilidade de se colidirem* de forma efetiva e com maior frequência. Como resultado, os reagentes atingirão mais rapidamente o complexo ativado que é o estado intermediário entre os reagentes e os produtos de uma reação. Resumidamente, temos: Isso pode ser visualizado por meio de um gráfico que relaciona a quantidade de uma fração de partículas dos reagentes (é apenas uma fração porque as energias cinéticas de todas as partículas não são iguais) em relação à energia cinética média dessas partículas, em uma determinada temperatura. Abaixo temos dois gráficos: o primeiro estabelece essa relação na reação em uma temperatura T1. Já nos segundo, observe o que ocorre quando temos uma temperatura (T2) mais elevada: Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Observe que, com o aumento da temperatura, ocorre um aumento da energia cinética média das moléculas, havendo uma distribuição dessa energia. Isso faz com que haja mais moléculas com energia suficiente para reagir, o que acarreta no aumento da velocidade da reação. O primeiro cientista que estudou essa influência da temperatura sobre a velocidade das reações foi Jacobus Vant’t Hoff, no final do século XIX. Ele chegou por meio de seus estudos à seguinte regra: Considere uma reação que ocorre com uma velocidade V à temperatura de 5 ºC. Se aumentarmos 10ºC, indo para 15 ºC, a velocidade da reação passará a ser de 2V e assim sucessivamente. No entanto, essa regra não se aplica a todas as reações. Por exemplo, uma exceção está demonstrada abaixo: 2 HI(g) → H2(g) + I2(g) Se inicialmente tivermos essa reação ocorrendo a uma temperatura de 300ºC e elevarmos a temperatura para 500ºC, verificaremos um aumento na velocidade da reação de aproximadamente 25 mil vezes. * Para um melhor entendimento sobre por que a colisão entre as partículas de uma substância é uma condição necessária para a ocorrência de uma reação, leia o texto “Teoria das colisões”. Dependência da Taxa de Reação na Concentração de SubstratoCondições de estado estacionário Variações precoces nas concentrações de S, enzima (E), complexo enzima-substrato (ES) e P mudam drasticamente e são difíceis de medir. O estado estacionário ocorre quando as variações em E e ES são relativamente pequenas.
Taxa de reação inicial (V o ) A velocidade inicial da reação é usada para evitar a medição da reação inversa, uma vez que tenha sido feito produto suficiente.
Gráfico Michaelis-Menten Traçar a taxa de reação inicial (V 0 ) no eixo y contra a concentração de substrato no eixo x num gráfico resulta numa curva hiperbólica, que se aproxima da velocidade máxima V max em altas concentrações de substrato devido à saturação da enzima com substrato. Constante de Michaelis-Menten (K M ) K M é a concentração de substrato na qual é alcançada metade da velocidade máxima (½ V max ) (K M é medido no eixo x enquanto ½ V max é medido no eixo y).
Trama Lineweaver-Burke É traçado 1/V 0 no eixo y e 1 / [S] no eixo x, que resulta num gráfico linear dos mesmos dados usados na cinética de Michaelis-Menten.
Bases da cinética de Michaelis-Menten Imagem por Lecturio.Curva de saturação para uma reação enzimática que mostra a relação entre a concentração do substrato e a taxa de reação Imagem: “Michaelis Menten curve 2” por Thomas Shafee. Licença: CC BY 4.0, editada por Lecturio.Bases da cinética de Michaelis-Menten Imagem por Lecturio.Vídeos recomendadosQual efeito da temperatura sobre a velocidade de uma reação enzimática?Temperatura: Seguindo o comportamento das reações químicas, a velocidade da atividade enzimática aumenta quando se aumenta a temperatura. Entretanto, a velocidade da reação aumenta até um máximo, após determinada temperatura a velocidade declina rapidamente, mesmo aumentando a temperatura.
Qual o efeito da temperatura e pH sobre a velocidade de uma reação enzimática?Resposta. As enzimas são catalisadores extremamente específicos. Cada enzima trabalha em uma temperatura ótima, ou até mesmo, em um pH ótimo. A partir do momento em que a temperatura ou o pH se tornam extremos, a atividade enzimática cai, é prejudicada, e a reação para de ocorrer com a eficiência máxima.
Porque a temperatura afeta a atividade enzimática?O aumento de temperatura provoca maior agitação das moléculas e, portanto, maiores possibilidades de elas se chocarem para reagir. Porém, se for ultrapassada certa temperatura, a agitação das moléculas se torna tão intensa que as ligações que estabilizam a estrutura espacial da enzima se rompem e ela se desnatura.
Quais fatores podem alterar a velocidade de uma reação enzimática?Os principais fatores que alteram a velocidade das reações são a superfície de contato, a temperatura, a concentração dos reagentes e o uso de catalisadores.
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