Qual o meio de cultura para identificar Staphylococcus?

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Apresentação sobre provas de identificação e meios de cultura usados em laboratório para diagnóstico de microrganismos, em especial, bactérias.

Qual o meio de cultura para identificar Staphylococcus?

Biomédico. Residente em Hemoterapia e Hematologia. em Universidade do Estado do Pará (UEPA) / Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará

Apresentação sobre provas de identificação e meios de cultura usados em laboratório para diagnóstico de microrganismos, em especial, bactérias.

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  1. 1. Universidade Federal do Pará Hospital Universitário João de Barros Barreto Laboratório de Análises Clínicas Estágio Supervisionado I João Marcos de Oliveira Belém 2016 Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
  2. 2. Meios de cultura: inespecíficos Ágar Sangue → Isolamento não específico de microrganismos → Verificação de hemólise causada pelos microrganismos, especialmente de Streptococcus sp. e Staphylococcus sp. Ágar Chocolate → Isolamento não específico de microrganismos exigentes → sangue hemolisado: libera nutrientes fundamentais para o crescimento desses microrganismos Ex: Haemophilus sp., Neisseria sp. entre outros. João Marcos
  3. 3. Ágar sangue: observação de hemólise α-hemólise β-hemólise γ-hemólise α-hemólise: lise parcial das hemácias. β-hemólise: lise total das hemácias. γ-hemólise: hemácias permanecem íntegras. Fonte das imagens: www.bacteriainphotos.com João Marcos
  4. 4. Ágar chocolate Haemophilus influenzae em ágar chocolate. Fonte: Medical-Labs Neisseria meningitidis em ágar chocolate. Fonte: Flickr: Nathan Reading João Marcos
  5. 5. Meios de cultura: inespecíficos Candida albicans Aspergillus fumigatusSporothrix schenckii Ágar Sabouraud → Meio com nutrientes que favorece o crescimento de diversos fungos leveduriformes e filamentosos. Como o meio não é seletivo, pode ocorrer contaminações por bactérias. → Para evitar que isso ocorra, alguns laboratórios optam por usar esse meio com um antibiótico na composição (Ex: gentamicina ou cloranfenicol). João Marcos
  6. 6. Meios de cultura: inespecíficos Ágar CLED → Isolamento não específico e quantificação de microrganismos (bactérias e leveduras) presentes em amostras de urina → Permite identificar a fermentação da lactose pelas colônias. Escherichia coli Pseudomonas aeruginosaKlebsiella pneumoniae João Marcos
  7. 7. Ágar MacConkey → Isolamento específico de bacilos Gram-negativos (enterobactérias e não fermentadores), além da observação de colônias fermentadoras de lactose. → inibe o crescimento de micro-organismos Gram-positivos, especialmente Enterococcus e Staphyococcus. Meios de cultura: específicos Meio original Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa João Marcos
  8. 8. Meios de cultura: específicos Ágar Salmonella-Shigella → Isolamento específico de bacilos, além da observação de colônias fermentadoras de lactose. Usado com a finalidade de isolar espécies de Salmonella e Shigella. → Devido a alguns de seus componentes - sais de bile, verde brilhante e citrato de sódio -, tem poder de inibição maior contra o crescimento de Enterococcus e Staphyococcus. Tiossulfato de sódio e o citrato férrico permitem evidenciar a coloração negra das colônias de Salmonella spp Meio original Salmonella spp. Shigella spp. João Marcos
  9. 9. Meios de cultura: específicos Ágar Manitol → Isolamento específico de bactérias do gênero Staphylococcus. → Meio com alta concentração de sal, além de ter em sua composição indicador de pH. Meio original Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Fonte das imagens: Site Biomedicina Brasil João Marcos
  10. 10. Meios de cultura: específicos Colônias de Pseudomonas aeruginosa em Ágar Cetrimide Fonte: BioMérieux Meio original Fonte: EO Labs Isolamento Ágar Cetrimide → Isolamento específico de Pseudomonas aeruginosa. → A cetrimida (brometo de cetiltrimetilamônio) é um composto quaternário de amônio que inibe um grande número de bactérias incluindo espécies de Pseudomonas exceto a aeruginosa. → A maioria das espécies de P. aeruginosa podem ser identificadas pelo odor característico parecido com uva da aminoacetofenona. João Marcos
  11. 11. Meios de cultura: específicos Ágar Löwenstein Jensen → Isolamento de Mycobacterium spp.; o crescimento dessas colônias é lento. → Alta concentração de lipídios: utilização de ovos na produção do meio como fonte dessas moléculas. Cultivo Ágar Löwenstein Jensen Fonte: Biomedicina Brasil Mycobacterium tuberculosis em Löwenstein Jensen. Colônias com aspecto de fungos. João Marcos
  12. 12. Meios de cultura: inespecíficos Ágar Mueller-Hinton → Isolamento não específico de microrganismos → Meio padrão para a realização de antibiograma pelo método de Kirby-Bauer (disco-difusão) → A sensibilidade é determinada a partir da medição dos halos de cada antimicrobiano. Cada antibiótico tem seus valores próprios de sensibilidade. João Marcos
  13. 13. Antibiograma Valores de alguns antibióticos para antibiograma. Fonte: Laborclin João Marcos
  14. 14. Coloração de Gram → A parede celular das bactérias Gram- positivas é formada principalmente por ácidos teicoicos e a das bactérias Gram-negativas, principalmente por lipídeos. → Por possuírem grande quantidade de ácidos teicoicos, as Gram-positivas formam um complexo corado azul intenso, que não é removido facilmente com álcool-acetona. → As Gram-negativas não retêm a coloração após o tratamento com álcool-acetona e são reveladas com solução de fucsina (coloração de contraste), ficando coradas de rosa. João Marcos Fucsina Procedimento para a realização da coloração de Gram em laboratório.
  15. 15. Teste da catalase → A catalase é uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogénio (H2O2) em água e gás oxigênio (O2). → Após a aplicação da solução de H2O2 à 3% , a produção de bolhas (devido à produção de O2) evidencia o resultado positivo para catalase. → Juntamente com a morfologia observada na coloração de Gram, ela ajuda a dar um direcionamento para as próximas provas de identificação. João Marcos Teste da catalase: a produção de bolhas ocorre em bactérias que possuem a enzima catalase.
  16. 16. Teste da coagulase → Verifica a capacidade de microrganismos reagirem com o plasma e formarem um coágulo, já que a coagulase é uma proteína com atividade similar à protombrina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina. → Para o teste, utiliza plasma de coelho, que na presença de coagulase, irá formar coágulos no tubo. → Separa as espécies de Staphylococcus de importância clínica (S. aureus), que é coagulase positiva, das demais espécies do gênero (por serem coagulase negativa) João Marcos Teste da coagulase: a produção de coágulos no tubo ocorre na presença de Staphylococcus aureus. Na foto, o primeiro tubo mostra a presença do coágulo formado, enquanto no segundo não há formação do coágulo (o plasma continua no estado líquido)
  17. 17. Coloração de Ziehl – Neelsen (BAAR) → Utilizada para o diagnóstico laboratorial de Micobactérias patogênicas (Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae), por baciloscopia direta. → É uma coloração mais agressiva que o Gram. Essas bactérias são conhecidas como Bacilos Álcool-Ácido Resistentes (BAAR), e por isso são resistentes à coloração de Gram. Elas também possuem paredes celulares com alto teor de lipídios (cerca de 60%), o que diminui sua permeabilidade. Fucsina fenicada sobre a lâmina por 5 minutos e durante esse tempo, a lâmina deve ser aquecida 3 vezes, prestando muita atenção, pois o corante deve apenas emitir um leve vapor, não ferver. Álcool-ácido forte, descora todas as outras bactérias, com exceção das que são resistentes a ele (BAAR). Azul de metileno é o corante usado para a coloração de fundo. Toda a lâmina ficará colorida de azul, exceto BAAR, que estará rosa. João Marcos Coloração de Ziehl-Neelsen: BAAR corados de rosa. Na imagem, Mycobacterium tuberculosis.
  18. 18. Meios de cultura: TSI (série bioquímica) Ágar TSI (Triple Sugar Iron Agar) → É utilizado para a diferenciação e identificação de bacilos Gram-negativos, com base na fermentação de carboidratos, produção de H2S e gás. Contém, em sua composição: → Três tipos de açucares: glicose, lactose e sacarose. → Vermelho de fenol: indicador de pH, para detecção da fermentação desses açucares. → Tiossulfato de ferro: detecção da produção de H2S (cor negra na base do tubo). → A fermentação é indicada pela mudança da cor do indicador de pH de vermelho para amarelo (pH ácido), e a produção de H2S enegrece a base do meio. João Marcos
  19. 19. Série bioquímica: TSI Possíveis resultados do TSI após 24h de incubação. Fonte: http://web.clark.edu/tkibota/240/Unknowns/TSI.htm João Marcos
  20. 20. ÁPICE BASE H2S GÁS Interpretação mais provável Vermelho Vermelha - - Sem crescimento: bactéria exigente. Vermelho Vermelha - - Crescimento na superfície: não fermentador ou Gram + Amarelo Vermelha - - Crescimento na superfície: Gram + ou esquecimento de picar a base Amarelo Amarela - + Enterobactérias ou Aeromonas Lac neg Amarelo Amarela + + Salmonella, Proteus, Morganella, Providencia e Citrobacter Possíveis resultados do TSI após 24h de incubação. Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária Reações ápice/base → Vermelho/amarelo: fermentação da glicose (lactose e sacarose negativos). → Amarelo/amarelo = fermentação da glicose + lactose e/ou sacarose (2 ou 3 açúcares). → Presença de gás (CO2) = bolhas ou meio fragmentado. → H2S positivo = cor negra na base. João Marcos
  21. 21. Série bioquímica: Ureia → Determina a habilidade do microrganismo de degradar a ureia em duas moléculas de amônia pela ação da enzima urease. → Em caso de reação positiva, irá ocorrer alcalinização intensa do meio, tornando-o rosa pink. Teste da ureia: a coloração rosa pink indica reação positiva. Fonte: Wiki AIA 13-17 João Marcos
  22. 22. Série bioquímica: meio SIM Ágar SIM (Sulfato/Indol/Motilidade Agar) → Determina a habilidade do micro-organismo de metabolizar o triptofano em indol. Triptofano é um aminoácido que pode ser degradado por certas bactérias resultando na produção de indol, que é evidenciado após a adição do reagente de Kovacs. → Com a picada em linha reta, é possível avaliar se a bactéria inoculada é imóvel ou não. Teste do indol após a adição do reativo de Kovacs Fonte: http://www.microbiologyinfo.com Teste da motilidade. O tubo à esquerda é positivo. João Marcos
  23. 23. Série bioquímica: Fenilalanina → Algumas bactérias têm a capacidade de realizarem a desaminação oxidativa da fenilalanina através da enzima fenilalanina desaminase. → Como produto, formará o ácido fenilpirúvico, que, por ser ácido, irá acidificar o meio. → Para a leitura da prova, é necessário a utilização de cloreto férrico a 10%, que irá revelar o resultado do teste. Teste da fenilalanina após a adição do cloreto férrico. A reação é praticamente imediata e irá apresentar a cor verde quando for positiva. João Marcos
  24. 24. Série bioquímica: Citrato Simmons → Verifica a capacidade da bactéria de utilizar o citrato de sódio como única fonte de carbono, juntamente com sais de amônia como fonte de nitrogênio. → No caso de reação positiva, haverá alteração do pH, que se torna alcalino e provoca a viragem do indicador de pH (azul de bromotimol) para azul. Alteração de pH do meio faz com que haja a mudança de cor Fonte: mi-cro-sco-pi-ca.blogspot.com João Marcos
  25. 25. Série bioquímica: Caldo malonato → Determina a habilidade do microrganismo de utilizar malonato de sódio como única fonte de carbono, resultando em alcalinização do meio. → A cor original do meio é verde. Em reações positivas, há a viragem do indicador de pH e o caldo se torna azul. → Em reações negativas, o meio não sofre alterações e permanece verde. Caldo malonato: alteração de pH do meio faz com que haja a mudança de cor em reação positiva João Marcos
  26. 26. Série bioquímica: Lisina descarboxilase Ágar Lisina Crescimento bacteriano → Há a fermentação de glicose com produção de ácido → acidifica o meio → o indicador de pH vira, fazendo o meio mudar de púrpura para amarelo. Se a bactéria possuir a enzima lisina descarboxilase: há a liberação de CO2 e descarboxilação da lisina com produção de cadaverina (composto alcalino) → neutraliza os ácidos produzidos na fermentação da glicose → alcaliniza o meio → viragem do indicador de pH novamente: o meio muda de amarelo e volta a ser púrpura (reação positiva). Teste da Lisina descarboxilase: o tubo amarelo (à direita) apresenta reação negativa. João Marcos
  27. 27. Prova de identificação: DNAse Ágar DNAse → Cepas de alguns microrganismos produzem DNase e endonuclease termoestável. Essas enzimas hidrolisam o DNA contido no meio de cultura. → Azul de toluidina é adicionando à base do meio. João Marcos Serratia marcescens Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Escherichia coli Cor original do meio Resultado... Positivo: coloração rosa em volta da colônia. Negativo: O meio permanece inalterado.

Qual meio de cultura para Staphylococcus?

O ágar manitol salgado é utilizado para caracterizar o Staphylococcus aureus. O S. aureus não apenas cresce neste meio, mas também converte a cor do meio originalmente rosa em amarelo, em razão da sua capacidade de fermentar o manitol.

Como se identifica Staphylococcus?

A identificação dos estafilococos baseia-se na morfologia apresentada no Gram obtido, preferencialmente, em meios líquidos, onde apresenta forma de cocos isolados, aos pares ou agrupados em forma de cachos de uva, com 0,5 a 1,0 µm de diâmetro, como pode ser observado na Figura 1.

Quais são os testes usados para a identificação de estafilococos?

A prova da catalase é comumente utilizada para a diferenciação de estafilococos (catalase positiva) dos estreptococos (catalase negativa).

Como identificar a bactéria Staphylococcus aureus?

O diagnóstico é feito a partir do isolamento da bactéria, que é feito em laboratório de microbiologia a partir de uma amostra biológica, que é solicitada pelo médico de acordo com os sintomas da pessoa, podendo ser urina, sangue, saliva ou secreção de ferida.