Qual o nome do processo de implantação do embrião no útero?

Na espécie humana, a fecundação do ovócito secundário (também chamado de óvulo) ocorre no interior do corpo feminino, mais precisamente na tuba uterina. É importante lembrar que o ovócito secundário se encontra estacionado na metáfase II da meiose, sendo que essa meiose se completará somente se o ovócito secundário for fecundado por um espermatozoide.

Se houver fecundação do ovócito secundário por um espermatozoide, a meiose se completará, originando um zigoto, que é levado até o útero pelas contrações musculares da tuba uterina. É importante lembrar que o desenvolvimento do zigoto se inicia durante o trajeto dele até o útero, que pode demorar de três a quatro dias.

A segmentação nos mamíferos, e consequentemente nos humanos, é holoblástica e igual, isto é, o zigoto se divide totalmente, formando blastômeros de tamanho aproximado. Antes de chegar ao útero, o zigoto sofre inúmeras divisões até se transformar em uma mórula com cerca de dezesseis blastômeros.

Por volta do quinto dia após a fecundação, o embrião já está em fase de blástula, que também pode ser chamada de blastocisto ou blastócito, e já se encontra implantado no útero em um processo chamado de nidação. Na fase de blástula podemos observar uma camada de células, chamada de trofoblasto, que produz enzimas que digerem os tecidos do útero, abrindo cavidades no endométrio, a fim de conseguir retirar nutrientes para o embrião que está implantado no útero. Como resposta a essa ação do trofoblasto, a parede do útero promove a proliferação de vasos sanguíneos naquela região, formando uma estrutura altamente vascularizada chamada de decídua uterina.

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Desde o momento em que ocorreu a nidação do embrião no útero, a placenta já começou a se formar a partir da decídua uterina e das vilosidades do córion que estão mergulhadas nela.

Cerca de três semanas após a fecundação, os principais órgãos do sistema nervoso, digestório e circulatório já começam a ser formados e o coração começa a bater. Com cinco semanas, o embrião começa a desenvolver braços e pernas e a apresentar contrações musculares. Por volta da nona semana após a fecundação, o embrião mede cerca de 2,5 centímetros. Nessa fase há o surgimento das células ósseas (osteoblastos) nas cartilagens do embrião, iniciando o processo de ossificação. Nesse período, o embrião já tem aparência humana e passa a ser chamado de feto.

O crescimento e o desenvolvimento do feto continuam. No quinto mês de gestação, o feto mede cerca de 20 cm e pesa aproximadamente 500g. Após 40 semanas depois do primeiro dia da última menstruação, ocorre o nascimento do bebê.


Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

Qual o nome do processo de implantação do embrião no útero?

Para que uma gravidez ocorra, todas as etapas envolvidas no processo devem trabalhar perfeitamente: ovários, trompas e útero tem que fazer seu trabalho de forma correta e ordenada. A hipófise também é uma parte importante, ela é responsável pela liberação de hormônios essenciais ao processo.

Ter a liberação adequada dos hormônios envolvidos, liberar o óvulo e esse ser conduzido livremente até o útero de nada adiantará se houver alguma dificuldade de implantação do embrião no endométrio.

Para que a ovulação seja adequada, é fundamental uma produção bem harmônica de todos os hormônios envolvidos no processo. A hipófise deverá produzir adequadamente os hormônios FSH e LH, enquanto que os ovários devem produzir adequadamente o estradiol e a progesterona.

Porém, de nada adianta uma ovulação adequada e tubas em perfeitas condições se a cavidade uterina não está em condições ideais para a implantação do embrião gerado.

Para a avaliação da cavidade uterina, o exame mais indicado é a histeroscopia. Através desse exame, é possível avaliar se há alguma anomalia que dificulta a implantação. As alterações mais comuns são os miomas submucosos, pólipos endometriais ,sinéquias e endometrite.

A endometrite é a inflamação do endométrio e pode ser consequência de infecções genitais não tratadas.

Outro empecilho é ausência de algumas proteínas do endométrio que auxiliam a implantação do embrião, facilitando esse processo. Através de pesquisas, já foram encontradas mais de 50 proteínas, porém as mais comuns são a Claudina – 4 e LIF  fator inibidor da leucemia ou fator essencial para implantação). Quando encontradas em níveis anormais, a implantação fica prejudicada. Não chega a impossibilitar a implantação, mas reduz as chances de sucesso. Atualmente, esses exames ainda não estão disponíveis para pesquisas de rotina e são indicados em casos selecionados.

A espessura do endométrio é um fator crucial para o sucesso da implantação do embrião. Em casos de endométrio “fino”, principalmente após indução de ovulação, estão indicados o uso de estradiol,o ácido acetil-salísilico, heparina e mais recentemente o sildenafil. Essas medicações devem ser usadas com critérios após avaliação médica.

Outra alteração responsável por diminuição da implantação do embrião no endométrio é a hidrossalpinge, processo inflamatório que dilata as trompas e provoca a formação de conteúdo líquido no seu interior, prejudica o ambiente uterino, dificulta a implantação dos embriões e aumenta a incidência de abortos precoces. A retirada da trompa (salpingectomia) afetada aumenta significativamente as taxas de gravidez, pois o conteúdo que neles existiam e que provavelmente refluiam para o interior do útero impedindo a gravidez, deixa de existir. O diagnóstico de hidrossalpinge pode ser feito pelo ultra-som,e pela videolaparoscopia. A histerossalpingografia evidencia tubas dilatadas e na presença de hidrossalpinge aumenta o risco de infecção após o exame.

Outro motivo pouco conhecido é a dificuldade do embrião se libertar, sair da membrana que o envolve para só então conseguir se fixar no endométrio. Em casos de reprodução assistida como a fertilização in vitro, é possível utilizar uma técnica chamada assisted hatching, que consiste basicamente em fazer um pequeno orifício nessa membrana, facilitando a saída do ovo fecundado.

Enfim, muitos fatores estão envolvidos na implantação do embrião no endométrio e uma avaliação global de cada caso é fundamental para o sucesso do tratamento.

Como se chama o processo de implantação do embrião no útero?

Quando atinge o endométrio, que é a camada de revestimento do interior da cavidade uterina, deve ter início o processo de nidação ou implantação embrionária, quando o embrião se fixa ao útero e a gestação começa.

Qual o nome dado ao processo de fixação do zigoto no útero e como é chamado a parede uterina que ele se fixa?

A nidação é o momento no qual o embrião em desenvolvimento se implanta (ou se fixa) no endométrio, a parede interna do útero.

O que é nidação e implantação?

A nidação, ou implantação, é a fixação do embrião no endométrio, caracterizando o início do primeiro trimestre de gravidez.