Qual seria à relação entre os Jogos Olímpicos atuais e os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga

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Desde sua criação, há mais de 2.700 a.C, os Jogos Olímpicos assumiram um papel fundamental na vida dos gregos. Para se ter uma ideia, as competições eram capazes de interromper as guerras entre as cidades, num ritual conhecido por “trégua sagrada”. Posteriormente, após a tentativa do francês Barão de Coubertin em reviver o espírito das primeiras competições, os Jogos Olímpicos passaram a ser um evento globalizado e de grande importância em todo o mundo. Um exemplo disso é sua própria bandeira, que representa a união dos cinco continentes.

Quando foram celebrados os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, se pretendia apenas realizar um evento que reunisse algumas centenas de pessoas que praticavam o esporte como atividade de tempo. Mal sabia o Barão de Coubertin que a competição iria se transformar em um dos principais eventos culturais do planeta, ultrapassando, sem dúvida, os limites do esporte.

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A notoriedade dos Jogos Olímpicos, criada tanto pelo seu caráter simbólico quanto pela sua dimensão material, fez com que o evento se transformasse em palco de diversas manifestações políticas ao longo do século XX. Alguns exemplos: Nas Olimpíadas de Berlim em 1936, Adolf Hitler se recusou a reconhecer as vitórias do atleta norte-americano negro Jesse Owens; nas Olimpíadas de Munique (1972), um atentado de um grupo terrorista palestino matou 11 atletas de Israel; os Estados Unidos se recusaram a participar dos Jogos de Moscou (1980), e a URSS, das Olimpíadas de Los Angeles (1984), em um claro contexto da Guerra Fria.

Os Jogos Olímpicos podem proporcionar um significativo avanço econômico para a cidade e o país-sede do evento. Embora o fato de se candidatar ao megaevento exija uma série de responsabilidades, principalmente em relação à infraestrutura das cidades-candidatas, os benefícios econômicos gerados pelos jogos são bem maiores do que os próprios investimentos para sua realização.

A projeção da cidade e do país-sede do evento é tamanha, que é capaz de provocar profundas e permanentes mudanças socioeconômicas positivas. A atração de turistas de diversas partes do mundo faz com que melhorias estruturais permanentes sejam feitas, como rede de transporte, moradia e instalações esportivas. Sem contar nos inúmeros novos postos de trabalho que são gerados direta ou indiretamente através do evento.

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Como, então, eles se comparam às Olimpíadas originais? Perguntamos ao historiador de Grécia Antiga Paul Cartledge.

Veja como eram as competições naquela época:

Um evento para homens nus

As antigas Olimpíadas eram apenas para os homens, no que diz respeito a competições de atletismo e esportes de combate.

As mulheres sequer eram autorizadas a assistir. No entanto, algumas podiam competir nos eventos equestres, mas só no papel de substitutas dos donos dos cavalos e das carruagens.

A primeira vitória feminina de que se tem registro foi a de uma princesa espartana.

Acredita-se que uma possível razão para a exclusão das mulheres seja o fato de que os atletas, lutadores e boxeadores tinham que competir sem roupa.

A antiga palavra grega para 'exercitar-se' significava literalmente 'ser inflexível pelado', provavelmente por motivos religiosos, já que os Jogos eram uma festa de homenagem a Zeus.

Cavaleiros e condutores de carruagens usavam roupas nas competições, mas eles eram vistos como empregados, e não donos dos cavalos - que ficavam com os louros da vitória.

As provas que duraram e as que não existem mais

'Dos eventos de corrida antigos, só sobreviveram (nos Jogos Olímpícos atuais) os 200 metros rasos, os 400 m e a prova dos 5 mil metros', explica Cartledge.

A pista de corrida do século 4 a.C. ainda é visível na antiga cidade de Olímpia.

'Além deles, havia as provas de combate. Dessas, a luta romana e o boxe sobreviveram (mas em formato diferente).'

A luta também era um dos cinco eventos do pentatlo antigo, junto com a corrida de 200 m, o arremesso de dardos, o arremesso de disco e o salto em altura.

'As antigas provas equestres, de carruagem e de corrida de mula não têm equivalentes nas Olimpíadas modernas', diz o professor.

Também havia provas em que os atletas não precisavam competir pelados: seus corpos eram cobertos com um capacete e um protetor de canela para a corrida em armadura e para eventos equestres.

O local e o propósito dos jogos

As antigas Olimpíadas eram um festival explicitamente religioso, dedicado à veneração da mais poderosa divindade grega, Zeus, do Monte Olimpo, a mais alta montanha grega.

Os jogos sempre eram disputados no mesmo lugar, num local remoto e de difícil acesso a pé no noroeste do Peloponeso. Os competidores e espectadores vinham não apenas da Grécia, mas de todo o mundo grego, que na época se estendia da Espanha à Geórgia.

O local dos jogos era conhecido como Olímpia, em homenagem ao título de 'Olímpio' de Zeus, derivado do Monte Olimpo.

Os prêmios

A vitória já era um prêmio por si só, em teoria. Uma guirlanda simbólica de folhas de oliva, cultivadas em Olímpia, era a única recompensa, e destinada apenas ao campeão - não havia medalhas de prata ou bronze.

Mas a cidade natal de um campeão também poderia oferecer-lhe uma recompensa monetária ou o direito de fazer refeições gratuitas no centro administrativo. O campeão também podia encomendar versos a um poeta local para imortalizar a sua fama, ou pedir a um artista para esculpir uma escultura sua em bronze ou mármore - a qual seria dedicada a um deus.

Os vencedores também ganhavam em prestígio. No fim do século 4 a.C., o lutador Milo, originário do que hoje é o sul da Itália, era considerado o Usain Bolt de sua época: não só foi seis vezes campeão olímpico, como também ficou conhecido por seus dotes em carregar touros e em consumir carne.

Um evento internacional

A princípio e por muitos séculos, o evento permitia apenas a adesão de gregos, ou pan-helênicos. Na época, os 'bárbaros' (não-gregos) não podiam participar.

Mas quando Roma conquistou a Grécia, no século 2 a.C., os romanos rejeitaram o título de bárbaros e exigiram o status de grego para que pudessem competir - algo que conseguiram.

Os Jogos, assim, continuaram a acontecer a cada quatro anos, até 393 d.C., quando foram banidos por um imperador romano cristão, Teodósio I, que alegava que a competição era politeísta e pagã.

Outro imperador romano que punha à prova o espírito olímpico era Nero, morto em 68 d.C. Com ameaças e subornos, ele exigiu que o comitê pan-helênico adiasse a data das Olimpíadas por dois anos, para que o imperador pudesse combinar sua aparição na competição com seu tour imperial, em 67 d.C.

Ele caiu de sua carruagem de 16 cavalos, mas mesmo assim foi premiado com a guirlanda de oliva, dando mostras de seu poder imperial na época.

Qual é a relação entre os Jogos Olímpicos atuais e os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga?

Os jogos Olímpicos modernos estão relacionados com as Olimpíadas da Grécia Antiga porque baseiam-se no mesmo conceito de integração entre diferentes populações através de competições esportivas e demonstração de disciplina e integridade física e moral do ser humano.

Quais as semelhanças dos Jogos Olímpicos da Antiguidade e os atuais?

'As antigas provas equestres, de carruagem e de corrida de mula não têm equivalentes nas Olimpíadas modernas', diz o professor. Também havia provas em que os atletas não precisavam competir pelados: seus corpos eram cobertos com um capacete e um protetor de canela para a corrida em armadura e para eventos equestres.

O que mudou nos Jogos Olímpicos gregos para os atuais?

Diferenças entre os jogos da antiguidade e os de atualmente Nos jogos da antiguidade apenas homens competiam, nos atuais também existem competições femininas; As modalidades nos jogos olímpicos da antiguidade eram menores do que as dos jogos atuais.

Qual a diferença entre os Jogos Olímpicos da Era Moderna e os Jogos Olímpicos da Antiguidade?

Os Jogos Olímpicos antigos eram festivais sagrados, nos quais os atletas competiam para servir aos deuses; por outro lado, as Olimpíadas Modernas, nasceram sem vínculo religioso, idealizada por Pierre de Coubertin seguidor da teoria darwinista, e que teve início na Inglaterra logo após a Revolução Industrial, surgindo ...