Quanto à influência da família no processo de escolha profissional o trabalho de orientação vocacional pressupõe que?

Ederson Paixão

Artigo apresentado, como requisito parcial obrigatório para obtenção de título de Especialista em Psicopedagogia.

RESUMO

 Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar os aspectos relevantes da orientação vocacional realizada pelo psicopedagogo em sua atuação institucional para a escolha profissional dos adolescentes foi utilizado como técnica metodológica para alcançar os resultados pesquisa bibliográfica, através do método de pesquisa exploratória descritiva, ao qual foram coletados dados qualitativos deste estudo, referente aos dados quantitativos estes foram capitados por meio de aplicação de questionários a uma amostra intencional de 20 respondentes, aos quais após tabulação dos resultados foi possível obter as seguintes considerações finais: É possível compreender através das analises do estudo desenvolvido que os futuros profissionais concordam ser de grande importância um apoio profissional do psicopedagogo no momento tão difícil da escolha vocacional e acham importante o trabalho psicopedagógico realizado para compreender as suas aptidões no momento de escolha da sua profissão, visto que os desenvolvimentos destas aptidões contribuem para formação de um profissional de sucesso, sendo de grande importância o acompanhamento e apoio do psicopedagogo nesse momento tão importante de escolha profissional de qualquer indivíduo.

 Palavras-chave: Orientação vocacional, Profissão, Psicopedagogia.

INTRODUÇÃO

  O estudante ao iniciar o segundo grau começa a pensar na escolha profissional a que deve fazer, é nesse momento que se intensifica a necessidade de pensar sobre o futuro, a escolha da profissão nas escolas públicas e privadas tem sido um enorme desafio tanto para o alunado quanto para os professores, já que esta abordagem geralmente não é discutida no Ensino Fundamental, ao qual só tem inicio, ainda assim apresentando uma discussão superficial do tema, somente no Ensino Médio.

A escolha profissional é um momento complexo na vida de qualquer indivíduo. Pois ao escolher a carreira que se deseja seguir essa decisão influencia em muitas outras escolhas e situações na vida de uma pessoa. A escolha profissional deve ser tomada como base de uma balança que concilie aptidão pessoal com os aspectos ofertados pelo mercado de trabalho. Estudar , pesquisar e entender a profissão  que se deseja escolher é fundamental para o sucesso da escolha mas deve também ser comparada com o perfil individual de cada individuo

O desenvolvimento deste estudo surge com o objetivo geral de analisar os aspectos relevantes da orientação vocacional realizada pelo psicopedagogo em sua atuação institucional para a escolha profissional dos adolescentes. A problemática dessa pesquisa visa compreender quais os fatores que devem ser levados em consideração no momento da escolha profissional após o ensino médio.

Destarte este estudo será embasado por objetivos específicos que buscam  caracterizar os conceitos e objetivos sobre orientação vocacional em sua importância. Dois desses objetivos específicos são os fatores econômico e familiar. Os quais influenciam na escolha profissional e na decisão de suas possíveis carreiras.

Este estudo se justifica pela necessidade de melhor direcionar os jovens ao mercado de trabalho visto que uma má escolha da profissão influencia negativamente no perfil profissional que o individuo vai desenvolver durante sua carreira. Não levando em consideração suas aptidões vocacionais.

   2. REFERENCIAL TEÓRICO

 2.1 MERCADO DE TRABALHO

  Conforme Lachtim e Soares (2011), o mercado de trabalho atual estabelece um grande desafio para os jovens. Para Wilhelm e Perrone (2012), o mercado de trabalho, incentiva a qualificação e ao mesmo tempo incentiva o desenvolvimento de habilidades e competências do trabalhador

Tetu et al. (2011, p.5) afirmam que:

 Quanto ao conhecimento das profissões é importante ressaltar o que são, o que fazem, como fazem, onde fazem; também é imprescindível que se conheça o mundo do trabalho dentro do sistema político-econômico vigente, as possibilidades de atuação, o mercado de trabalho, visita a locais de trabalho, informações sobre currículos e entrevistas com profissionais.

  Levenfus e Soares (2010, p. 43), afirmam que:

 O mercado que rege as relações sociais de produção exige profissionais que saibam aprender, estejam abertos ao novo, sejam capazes de pensar seu próprio fazer e que o façam de forma coletiva.

Levenfus e Soares (2010), disserta que o jovem ao ingressar no mercado de trabalho tem certo receio de enfrentar uma sociedade que se apresenta cada vez mais competitiva e excludente, o que impõe ao jovem trabalhador algumas dificuldades de amadurecimento pelo simples medo  do êxito, encobrindo este jovem profissional de pessimismo.

Valore (2008, p. 68)

 Fatos observados, no cotidiano das relações de trabalho, como o desemprego, a concorrência acirrada no mercado, as aposentadorias em idade precoce, as condições críticas impostas pelo contexto socioeconômico nacional e internacional, as inovações tecnológicas e científicas, o surgimento contínuo de novas ocupações, a crescente demanda de qualificação profissional (e a desproporcionalidade entre o número de vagas no Ensino Superior e o número de candidatos), as mudanças nos critérios de empregabilidade, bem como aspectos observados no cotidiano das instituições educativas como a evasão no ensino fundamental, médio e, sobretudo, no ensino superior, e os inúmeros pedidos de reopção de curso na Universidade fornecem motivos suficientes para justificar a existência de serviços de Orientação Profissional.

2.2 PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL

  Bohoslavsky (2007) ressalta sobre a importância da informação ocupacional no processo de orientação vocacional, a informação deve ser pautada em fornecer ao jovem informação a respeito das carreiras, ocupações, áreas de trabalho, demanda profissional do cargo almejado, etc.

De acordo Valore (2018, p. 69)

 O desenvolvimento de um trabalho de Orientação Profissional pressupõe o estudo e a avaliação de relevantes questões presentes na situação de escolha profissional. Desde a compreensão dos fatores envolvidos no processo de aprendizagem de tal escolha, da relação do sujeito com o seu desejo e de como isto pode ser articulado com as pressões sociais e com as opções profissionais existentes, das características da clientela que procura tal serviço, até a investigação dos recursos metodológicos para a intervenção em Orientação Profissional bem como as 70 possíveis formas de inserção deste trabalho nas escolas, abrem-se importantes frentes de pesquisa em Psicologia.

De acordo perspectiva de Bock (2008), quanto maior a quantidade de informações analisadas sobre uma profissão, mais elementos o jovem futuro profissional terá para a sua escolha, aumentando a probabilidade de uma escolha assertiva.

MÜLLER (1988), Para este autor o processo de aprendizagem na escolha profissional que deverá ser articulado com a família, escola, comunidade produtiva e também com os meios de informação interligados principalmente com os aspectos pessoais construindo assim uma identidade profissional.

 2.3 ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

  De acordo Machado (2004) a Orientação Vocacional brasileira deu um grande salto, com a criação do ISOP que priorizou seus objetivos como: desenvolvimento e técnicas da Psicologia Aplicada ao Trabalho e à Educação; atendimento através dos processos de Seleção e Orientação Profissional e a formação de novos especialistas. Entre as décadas de 1940 e 1960, o ISOP foi referencia nos modelos de Seleção e Orientação Profissional no Brasil.

No Brasil, a Orientação Profissional surge com enorme influência da psicometria (este se apresenta como ramo da psicologia que visa orientar à medição dos processos psíquicos, desenvolvendo estudos e atribuir um número), Na década de 1920, em institutos de Psicologia Aplicada. Era utilizado uma metodologia que aplicava testes psicológicos e aconselhamento harmônico para atender ao mercado de trabalho. Para o crescimento dessa prática surge os cursos de formação e aperfeiçoamento de psicotécnicos e orientadores profissionais no Instituto de Seleção e Orientação Profissional – ISOP (CARVALHO; MARINHO-ARAUJO, 2010).

O Novo Dicionário da Língua Portuguesa (Ferreira, 1986), compreende o conceito de vocacional como ato de escolhas, tendências, disposições, talentos, aptidões

Silva et al. (2004, p.33) salienta que:

 O conceito vocacional tem sido entendido como referente à vocação. Vocação, do latim vocatione, significa ato de chamar, escolha, chamamento, predestinação, tendência, disposição, talento, aptidão”

O conceito de orientação vocacional significa um conjunto de esforços desenvolvido através de método e técnicas próprios objetivando ajudar as pessoas, principalmente adolescentes prematuros com faixa etária entre 14 a 18 anos, os orientando na escolha adequada de sua profissão (SILVA; JACQUEMIN, 2000).

Segundo Santos (2012), Quando se originou a orientação vocacional assumiu uma concepção teórica com foco objetivista na psicologia cientifica,, essa concepção foi alterada após avanços nas teorias psicológicas, que passam a focar no entendimento dos processos internos do ser humano de acordo sias escolhas e analise das diferenças individuais. Só a partir da segunda metade do século XX apresenta-se uma visão humanista tendo a pessoa como centro, onde era forçada pela transição através de uma psicologia vocacional tendo noção da psicologia de carreira e mais a frente de desenvolvimento de carreira.

De acordo Osório, Lima (2017, p. 268).

 A orientação profissional não deve considerar apenas os cursos universitários como futuro profissional dos jovens, mas precisa ampliar seu foco aos mais variados cursos profissionalizantes que possibilitam o ingresso no mercado de trabalho, pois o que importa é realização pessoal ao fazer o que se gosta e fazer bem o que se faz

Silva (2010, p. 3) Trata orientação vocacional como “um campo de atividades dos cientistas sociais, constituindo uma vasta gama de tarefas realizadas na área de diagnóstico, de investigação, de prevenção e de solução da problemática vocacional”.

Martins (1978, p. 13) disserta que “Geralmente as expressões ligadas à orientação são: vocacional, profissional e educacional, para nos restringirmos ao campo do comportamento vocacional”.

 De acordo Machado (2004 p. 9-10):

 A escolha profissional tem se constituído uma tarefa difícil para os adolescentes na atualidade. Percebe-se a necessidade de explorar esse assunto e permear por pesquisas direcionadas para que o aluno possa conhecer melhor uma profissão cada vez mais cedo, pois o número de opções, mudanças e exigências do mercado de trabalho são fatores que mais 10 contribuem para dificultar uma boa escolha, deixando nossos aprendizes inseguros na hora de decidir por uma profissão.

  Oliveira e Neiva (2013, p. 68) Descrevem como sendo o objetivo central da Orientação Profissional, uma mesma perspectiva defendida por Valore (2010), o qual “instrumentalizar a escolha e a construção da identidade profissional pela via do autoconhecimento e da articulação entre o conhecimento dos aspectos implicados no ‘mundo do trabalho’ e o universo subjetivo de cada orientando”.

Bock (2006) demonstra uma nova classificação das teorias da escolha profissional, analisando-as e buscando superar a dicotomia entre o individuo e a sociedade. Lança mão de uma nova abordagem denominada “sócio-histórica”, apontando a necessidade no avanço da compreensão da relação indivíduo x sociedade. De forma dialética, e não liberal, onde o sujeito teria em suas mãos a possibilidade de ultrapassar os obstáculos colocados pela realidade. De acordo com perspectiva deste mesmo autor é abordado conteúdos para a compreensão do sujeito como “ator e ao mesmo tempo autor de sua individualidade, que não deve e não pode ser confundida com individualismo” (BOCK, 2006, p.67).

Bock (2002) Relata que as instalações da produção capitalista, da produtividade em massa e da divisão do trabalho, influenciaram para que o processo de escolha da profissão seja tratado com grande importância, principalmente no que é relacionado à concepção do ‘homem certo no lugar certo’. É nesse momento que acontece o surgimento dos serviços de Orientação Profissional (OP) na Europa e nos Estados Unidos.

De acordo Silva et al (2004) No senso comum, a terminologia mais utilizada é orientação vocacional, principalmente nas intervenções Psicológicas. Fazem uso de dois conceitos como sinônimos, alguns autores definem o vocacional como mais amplo, sendo assim num sentido de atribuir à vida que inclui o profissional. Em outros casos é relativo ao exercício de uma profissão, ocupação.

Conforme Tetu et al. (2011), a orientação profissional se apresenta com grande relevancia no processo educacional de todo ser humano, visto que reflete suas escolhas, influenciando no desenvolvimento potenciais do individuo além de influenciar na maneira de contribuir à sociedade.

Outeiral (2008), Diz em seu estudo que deve-se ser diferenciado os termos vocação de escolha profissional. Para este autor, vocação se trata de um conjunto de habilidades inatas identificadas pelo ambiente, desenvolvendo a escolha profissional levando em consideração fatores econômicos e sociais, ao mercado profissional de acordo com o momento e local inseridos.

2.4 O ADOLESCENTE NO PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL

  Segundo Bohoslavsky (2007), a escolha do futuro inevitavelmente se reflete em momentos de conflitos, assim como em qualquer situação de mudança. Bohoslavsky ainda complementa que estes conflitos manifestam-se, em toda opção escolhida, sendo uma dúvida que é necessária resolver.

A adolescência é um processo evolutivo onde o fator sócio-cultural é determinante, nessa fase o indivíduo sofre crises, desequilíbrios e vive em contantes transformações biopsicossocial, na Adolescência não se deve levar em consideração os sintomas que remetem a mente uma conotação patológica, já que no indivíduo adolescente estes sintomas não  necessariamente são indícios de anormalidade psíquica. Diversas perturbações ocorridas nos adolescentes são apenas reações adaptativas normais da fase em que se encontram.(ABERASTURY E KNOBEL, 1981)

Araújo (2006, citado por Semensato et al., 2009) Discorre que  muitas dúvidas podem surgir para o futuro profissional no momento de tomada de decisão da escolha profissional, inclusive se realmente é capaz de realizar a escolha adequada.

Outeiral (2008), a adolescência, corresponde a passagem da infância para a fase adulta, sendo um período de transformações biopsicossociais, é nesse momento que acontece a construção da identidade, a aceitação da sexualidade, é nesse momento também que é percebido uma mudança na relação do adolescente com os pais, momento em que é decidido a escolha de uma carreira ou o descobrimento da vocação, além da construção de valores morais e a escolha de um parceiro. Outeiral ainda diz que, embora o período da adolescência possa acontecer entre 10 e 20 anos de idade, sua duração depende de aspectos sociais, econômicos e culturais.

Segundo Ferreira (2000, p. 49)

  “As qualidades e as preferências dos adolescentes estão relacionadas a identificações feitas com familiares, professores ou amigos que parecem responder às suas aspirações mais profundas.”

  Em se tratando de escolhas nessa difícil fase, a escolha profissional está diretamente relacionada à felicidade tendo em vista que a pessoa irá passar grande parte de sua vida dedicando-se a realização do seu trabalho e sustento financeiro. O trabalho além de ser fonte de renda estabelece o estilo de vida, tornando o indivíduo reconhecido na sociedade. Todo processo que envolve escolhas é repleto de possibilidades boas e ruins. Neste setido é necessário tolerar  o ruim para que seja possível usufruir o bom. Essas tolerâncias de  frustrações abrem preponderância em desconsiderar a fantasia onipotente que se tem todas as possibilidades na mão, onde tudo é possível.

Noce (2008, citado por Hirt e Raitz, 2009. p.2), sustentam que:

  “A escolha profissional faz parte de um processo que depende das vivências e experiências dos jovens, do contexto social, do conhecimento e informações adquiridas, do grau de enfrentamento, bem como, do desenvolvimento de atitudes como responsabilidade, independência, autoconhecimento, entre outros”.

 Bohoslavsky (2007) atuou no âmbito da orientação vocacional com foco em adolescentes, onde a fase de desenvolvimento humano apresenta diversas dificuldades, e se busca soluções a problemas de natureza vocacional. Este mesmo autor ressalta que entre os quinze e os dezenove anos de idade, é desenvolvido problemas de conflitos relativos ao acesso ao mundo ocupacional.

Moura (2001, p. 17):

 Quando quem decide é um adolescente, essa escolha gera mais conflito em função não apenas das dificuldades próprias dessa fase, mas também pelas sérias implicações que a decisão presente pode acarretar no futuro.

  Hirt e Raitz (2009) descrevem que que a crescente variedade de cursos universitários, técnicos e tecnólogos, ofertados no mercado atual, instiga muitos jovens a escolher profissões precipitadas, de forma que se baseiam, em cursos de maior evidência momentânea, sem levar em consideração os aspectos pessoais e de aptidão.

Segundo Novello (1990) escolher um trabalho ou uma profissão, é escolher a forma pela qual o adolescente vai querer participar do mundo, é o final da adolescência e o ingresso para a vida adulta. A situação do sujeito de escolher a profissão é basicamente uma situação de conflito, a qual envolve ansiedade, angústia e medo, entre outros sentimentos e dificuldades.

De acordo Barros (2010, p. 7):

 A escolha profissional é um processo de construção, não uma descoberta mágica de algo escondido dentro do adolescente. Ao mergulhar dentro de si, para tentar identificar suas metas, suas habilidades, seus valores, ao mesmo tempo em que busca se informar das várias possibilidades de cursos e profissões disponíveis no mercado, o adolescente coloca-se num novo lugar diante de si próprio, da família e da sociedade. Um lugar de autonomia, de liberdade e de responsabilidade.

A escolha de uma profissão é fundamental para normalizar as relações do indivíduo com o mundo. entende-se então que, em parte, sou aquilo que faço” (FIORI, 1982, 31).

Segundo Comin et al. (2009, p. 2), uma escolha profissional satisfatória depende de diversos fatores, tais como:

 “O desejo de quem está em processo de escolha, o que é possível escolher em função da condição social, o que se espera do futuro, quais as competências, aptidões e habilidades necessárias, dentre outros fatores determinantes”.

Segundo Comin et al. (2009) a melhor escolha é realizada de maneira livre e consciente, mesmo que considerando as pressões externas, como sociedade, família, escola e grupo de pares.

Lassance et al. (2009), uma escolha madura ocorre quando o orientando é orientado e lhe apresentado informações suficientes, assim ele pode desenvolver competências exploratórias e de avaliação de alternativas, se embasando suficientemente de segurança para decidir frente a circunstâncias de um mundo em constantes transformações.

 2.4.1 Fatores que influenciam na decisão da escolha profissional

  Segundo Bohoslavsky (1993), A identidade profissional é formada a partir da identificação do adolescente com o grupo familiar, o grupo de pares e sua própria sexualidade. A família se apresenta como referência fundamental, seus valores e os papéis ocupacionais que desempenham são bases significativas de orientação para o adolescente, tanto como grupo positivo ou negativo de referência.

Conforme Almeida e Magalhães (2011, p. 8):

 Atender as expectativas familiares e seguir uma profissão tradicional na família não significa anular a sua própria identidade e nem esse projeto será desprovido de individualidade, bem como escolher outra profissão não quer dizer uma negação da tradição familiar. (...) A construção do projeto de vida pode incorporar tanto elementos que marcam a individualidade como elementos “herdados” da família através de seus legados.

  De acordo Semensato et al. (2009, p.36):

 Tanto a família quanto a sociedade esperam que o jovem escolha sua carreira profissional ao término do 3º ano do Ensino Médio, para que preste Vestibular, pois este é o momento de ingresso em uma universidade ou faculdade e no mercado de trabalho, evidenciando a necessidade de escolha de um curso superior ou de uma profissão.

  Segundo Bock (2008), as influências externas se sintetizam no nível interno do indivíduo, sendo elas relacionadas a fatores internos – conscientes e inconscientes sintetizam o resultando na escolha. Book (2008) ainda diz que uma escolha é uma boa escolha em um momento atual, pode não ser para o amanhã.

De acordo com Archer et al. (2011), a cobrança da família, de amigos e do próprio meio social para que o estudante obtenha a aprovação e a decisão para a escolha profissional são fatores que contribuem para o surgimento da ansiedade.

Archer et al. (2011, p. 73)

.Além disso, qualquer escolha é um fator gerador de ansiedade, visto que escolher é decidir dentre uma série de possibilidades aquela que parece melhor naquele momento e, assim, deixar para trás tantas outras que não foram escolhidas.

Fernandes (2011, p. 2) diz que:

 As expectativas e a preocupação dos pais sob o futuro do jovem gera também a insegurança dos mesmos, que sem ter muita consciência das influências que sofre e, principalmente, sem ter informações suficientes sobre a profissão que está escolhendo o jovem faz sua opção e ingressa na Universidade sem ter muita clareza das suas escolhas.Essas escolhas tomadas, para de certa forma fazer a vontade dos pais ou superiores, podem influenciar e muito no futuro destes jovens, que estarão tomando um caminho inverso, daquele que teria desejo ou vontade de praticar.

Dentre os “Sentimentos evidenciados no processo de Orientação Vocacional”, ansiedade revelou-se mais presente. Segundo Soares e Martins (2010, p. 58-59):

 Por ser vital ao homem e inerente à condição humana, a ansiedade não é um fenômeno patológico, desde que funcione para motivar e despertar o organismo, sendo necessário para colocá-lo em sobreaviso quando aparece algo ameaçador para a estabilidade emocional. (...) Todavia se esta se apresentar de uma maneira constantemente exacerbada, o desempenho do indivíduo será prejudicado frente às várias situações que ele terá que enfrentar tais como provas, entrevistas, relacionamentos dentre outras.

 2.5 A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO VOCACIONAL NO PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL

  Antigamente o trabalho era realizado por todos de maneira quase igualitária, não necessitando assim que as pessoas se organizassem em hierarquias (OLIVEIRA, 2009). As atividades de trabalho eram realizadas de forma geral para subsistência e baseavam-se na caça, na pesca e no plantio dos alimentos (KRAWULSKI, 1998). Com o passar do tempo foi surgindo novas necessidades e assim o trabalho foi mudando de configuração começando a ser ensinado e passado de geração em geração, definindo a formação profissional de toda uma família através de seus ensinamentos. Entretanto, ainda assim o trabalho era pouco valorizado visto os anseios da sociedade e as atividades profissionais não dependiam das escolhas particulares e sim de sua origem social (OLIVEIRA, 2006).

De acordo Lassance e Sparta (2003), alguns movimentos históricos contribuíram fortemente para a melhoria da visão do trabalho em uma perspectiva que passou a dignificar o homem visto como algo que gerava estabilidade financeira a ele, através de uma segurança capaz de facilitar o planejamento do futuro em longo prazo (VALORE E VIARO, 2007).

SOARES ET AL. (2010, p. 7)

 “É interessante notar a importância da escolha profissional no que diz respeito à afirmação da própria identidade do adolescente, que, de um modo geral, resiste a associar sua escolha às influências familiares. O que se observa, no entanto, é que a escolha de uma profissão jamais prescinde deste suporte identificatório.”

 2.6 A PRÁTICA DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL

Desde o início da Orientação Profissional no Brasil, se apresentou como prática ligada à Psicologia, mesmo originada na área da educação. Em 1940 essa prática entrou nas escolas, sendo firmado de forma progressiva na área de atuação dos psicólogos e pedagogos para orientação educacional. Depois de introduzida a psicologia Escolar, surgiram outras áreas de atuação para este processo, como a Psicologia Clínica e a Psicologia Organizacional (CARVALHO; MARINHO-ARAUJO, 2010).

Em meados de 1949, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), através do fórum privilegiado de relações de trabalho mundial, adotou Recomendações sobre a orientação profissional (Ministério do Trabalho, 1994). Na legislação brasileira apresenta esta atividade como sendo assegurada através de leis que regulamentam a profissão do psicólogo, conforme e também a profissão do orientador educacional, conforme decreto nº 72.846/73 (SILVA, 2013)

A orientação profissional de acordo Bohoslavsky (2000), dispõe ao orientando o entendimento de múltiplos fatores no processo de escolha profissional. O orientando busca uma identidade ocupacional ao qual envolve; ideal de ego, imagem de si, esquema corporal. A orientação tem a função e responsabilidade de ampliar a compreensão de si, através da autodescoberta.

É a função da orientação profissional, preparar o individuo a estar preparado a enfrentar os frequentes conflitos, dúvidas e incertezas aos quais fazem parte do momento da escolha profissional.

Vygotski (1991) quando afirma que a psicologia é impotente para enfrentar suas tarefas práticas, caso não disponha de uma infraestrutura lógico-teórica e metodológica. Assim, para que possamos falar de orientação profissional como um processo em que indivíduos vivenciam situações de escolha para ocupar um posto de trabalho na sociedade, temos que nos deter em algumas questões: nossa concepção de indivíduo e de como vemos sua relação com o mundo social; como se dá seu processo de escolha; qual é nossa meta/objetivo ao realizarmos a orientação profissional.

De acordo com Lewandowski, (2014, p. 25) 

Cabe ao psicólogo que trabalha com Orientação Profissional, empenhar-se na reflexão sobre a emergência da sociedade do conhecimento e como as transformações no contexto sócio-histórico têm afetado o desenvolvimento dos sujeitos, em todas as fases da vida. É indispensável que ele provoque debates acerca dos futuros papéis que estes jovens desempenharão, enquanto cidadãos, perante uma nova dimensão do trabalho, em que será cada vez mais relevante a atitude e disposição para aprender continuamente, ao longo do curso de vida.

Levenfus (2010, p.29):

  “A orientação profissional é hoje um campo que transcende e muito as teorias e as técnicas de cada orientador, pois nela convergem todos os conflitos de ordem social, institucional e psicológica que marcam a realidade dos jovens e dos trabalhadores neste momento histórico”  

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 3.1 CARACTERIZAÇÃO DE PESQUISA

  Este estudo tem como objetivo geral analisar os aspectos relevantes da orientação vocacional para a escolha profissional do adolescente. Foi utilizado para compor este estudo pesquisa bibliográfico para embasar os conteúdos sobre o tema abordado. A pesquisa bibliográfica e a documental utiliza-se de dados existentes. Todavia, a diferença entre estas consiste no fato da primeira utilizar-se de dados que já receberam tratamento analítico, ou seja, é baseada em material (artigos científicos e livros) já publicado Gil, (2010)

Através de pesquisa descritiva busca-se fazer uma análise criteriosa do tema estudado, que possibilitará identificar e mapear os principais aspectos sobre a importância da orientação vocacional e os aspectos que influenciam na escolha da futura profissão. Neste estudo foi utilizado o método de pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa dos dados. A pesquisa qualitativa caracteriza-se por ser “interpretativa, baseada em experiências, situacional e humanística”, sendo consistente com suas prioridades de singularidade e contexto STAKE, (2011, p. 41)

Foi utilizado também como método de pesquisa a pesquisa-ação, ao qual é conceituada por Stocco, (2010, p. 19) como:

Uma prática que associa pesquisador e autores com a finalidade de modificar dada situação. Trata-se de uma modalidade de intervenção coletiva onde o conjunto decide os procedimentos para solucionar problemas que o grupo apresenta de uma forma compartilhada

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA E CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

   Esta pesquisa foi baseada nos resultados obtidos por meio da pesquisa exploratória descritiva, com resultados obtidos por meio de realização de questionário aplicado a uma amostra intencional. Este questionário foi aplicado a alunos cursando o nível médio em uma escola localizada na cidade de São Gonçalo dos Campos, BA.

 3.3 ESCOLHA DAS ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

 A estratégia de abordagem planejada foi a coleta dos dados através da aplicação de questionário que coletou informações sobre o perfil do respondente, e informações pertinentes a compreensão do tema abordado, por meio de coleta dos dados descritivos, foi feita a análise e interpretação dos resultados.

 3.3.1 Coleta de dados

  Os dados foram coletados através da aplicação do questionário. Foi estruturado em blocos de perguntas aos quais permitirá recolher as informações necessárias para a tabulação e apresentação para melhor entendimento dos usuários da informação.

Após a coleta dos dados foi realizada a tabulação através de Microsoft Excel e os resultados apresentados em tabela no Word.

 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

  Foi aplicado como metodologia de pesquisa aplicação de questionário a 20 respondentes, aos quais foram tabulados em planilha Excel com cada resposta equivalendo a 5% de um percentual total de 100%.

 4.1 PERFIL DOS RESPONDENTES

   A tabela 1 a seguir, apresenta o perfil dos respondentes em relação à Faixa de Idade de ingresso na instituição, faixa etária atual, Informações de onde o respondente cursou o ensino fundamental e o que pretende fazer ao finalizar o 2° grau.

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

  É possível verificar através dos dados da tabela 1 que a maioria dos respondentes são do sexo Feminino totalizando 60% do todo pesquisado, a faixa etária de ingresso na instituição apresentou maioria entre 19 e 25 anos de idade, total de 50%, e apresentando maioria de 60% também na faixa de idade atual, Sobre a informação de onde os respondentes teriam cursado o ensino fundamental 2 a maioria é oriunda de escola pública apresentando um percentual de 85% neste quesito, A maioria de 60% já sabem o que vão buscar como carreira profissional após o termino do 2° grau.

  4.2 NÍVEL DA INFLUÊNCIA E FATORES INTERNOS DA FAMÍLIA SOBRE A DECISÃO DO FUTURO PROFISSIONAL

A tabela 2 a seguir, apresenta os fatores internos da família sobre a decisão do futuro profissional.

 Tabela 2: Fatores familiares influenciadores na decisão do futuro profissional

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Pode-se observar inicialmente na tabela 2 que a maioria dos pais dos respondentes total de 95% teve grau de escolaridade baixa, mesmo aspecto se apresenta quando verificado as informações sobre o grau de escolaridade das mães dos entrevistados, ao qual apresenta índice percentual de 85%, estreitando quando questionado sobre a frequência de conversa com os pais sobre orientação vocacional 75% dos respondentes informam ter comunicação efetiva a respeito deste assunto toa importante para seu futuro profissional, os respondentes tão afirmam ter frequência de diálogo com seus professores sobre orientação vocacional com resultado percentual de 80%, entretanto apesar do diálogo familiar com os pais estes não apresentam influencia sobre a decisão da escolha profissional dos respondentes, apresentando resultado desta afirmação com tabulação de 80% do total aplicado.

 4.3 GRAU DE RELEVÂNCIA DO APOIO E ORIENTAÇÃO VOCACIONAL PSICOPEDAGÓGICA NA DECISÃO DO FUTURO PROFISSIONAL

  Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

  Através da tabulação de resultados demonstrado na tabela 3 sobre o grau de relevância da orientação ao aluno através de vocacional é possível verificar que todos concordam ser de grande importância um apoio profissional do psicopedagogo no momento tão difícil da escolha profissional, A maioria dos respondentes informaram já ter pesquisado sobre as características da profissão que desejam seguir, sendo que 60% se preocupou em verificar se a profissão escolhida esta em ascensão no mercado de trabalho, enquanto 40% dos respondentes afirmam não se preocupar com esta perspectiva. Relacionado a escolha profissional pautada em critério de satisfação financeira ou pessoal, 70% dos respondentes afirmam que o retorno financeiro é algo primordial para a escolha da profissão a seguir. As pessoas pesquisadas entendem a importância da orientação vocacional para escolha da profissão e acham importante o trabalho psicopedagógico realizado para compreender as suas aptidões no momento de escolha da sua profissão, visto que os desenvolvimentos destas aptidões contribuem para formação de um profissional de sucesso, entretanto apesar de toda essa preocupação com a escolha profissional a seguir, ser tomada pautada como uma decisão assertiva para reflexos positivos futuros, os respondentes informaram nunca participaram de nenhuma feira de profissões o que demonstra que a decisão tomada é basicamente decidida através da influencia de fatores interno (familiares) e externos (professores, orientação psicopedagógico, informações sobre a profissão).

 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Orientação Vocacional é necessário por contribuir para a tomada de decisão do jovem, lhe garantindo um resultado satisfatório sobre a escolha profissional que ele deve escolher. Através desta pesquisa foi possível alcançar totalmente objetivo geral deste estudo que buscou analisar os aspectos relevantes da orientação vocacional realizada pelo psicopedagogo em sua atuação institucional para a escolha profissional dos adolescentes. Como principais resultados foram possíveis verificar que a maioria dos respondentes é do sexo feminino, com faixa etária de ingresso na instituição em maioria com 19 e 25 anos de idade. Sobre a informação de onde os respondentes teriam cursado o ensino fundamental 2 a maioria é oriunda de escola pública, a maioria das pessoas pesquisadas já sabem o que vão buscar como carreira profissional após o termino do 2° grau, Referente as influencias internas familiares o nível de escolaridades dos pesquisados é baixo, entretanto é grande a comunicação com os pais a respeitos da futura escolha profissional, porém este é um fator que não influencia na decisão da escolha vocacional dos estudantes. É possível compreender através das analises do estudo desenvolvido que os futuros profissionais concordam ser de grande importância um apoio profissional do psicopedagogo no momento tão difícil da escolha vocacional e acham importante o trabalho psicopedagógico realizado para compreender as suas aptidões no momento de escolha da sua profissão, visto que os desenvolvimentos destas aptidões contribuem para formação de um profissional de sucesso.

REFERÊNCIAS

ABERASTURY, A. e KNOBEL, M. Adolescência normal. Porto Alegre: Artmed, 1981.

ALMEIDA, M. E. G. G.; MAGALHÃES, A. S. (2011) Escolha profissional na contemporaneidade: projeto individual e projeto familiar. Revista Brasileira de Orientação Profissional, vol. 12, núm. 2, pp. 205-214. Recuperado em 08 abril 2014.

BARROS, Diana Kalli de, O processo de escolha profissional de adolescentes do ensino médio da rede pública de ensino. Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Psicologia, Itajaí Santa Catarina, 2010.

BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: A estratégia clínica. São Paulo: Martins Fontes,2000.

BOCK, Silvio D. A escolha profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2006

BOCK, A. M. B. (2002) Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª Ed.São Paulo: Saraiva

BOCK, A. M. B. (2008) Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª Ed. São Paulo: Saraiva.

BOHOSLAVSKY, R. (2007) Orientação Vocacional – A Estratégia Clínica. 12. Ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

CARVALHO, Tatiana Oliveira de; MARINHO-ARAUJO, Claisy Maria. Psicologia escolar e orientação profissional: fortalecendo as convergências. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 219-228, dez. 2010.

COMIN, F. S.; NEDEL, A. Z.; SANTOS, M. A. (2011) Temos Nosso Próprio Tempo: Grupo de orientação das escolhas profissionais com alunos do Ensino Médio. Vínculo, vol.8 n.1 São Paulo.

FERREIRA, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

FIORI, W. R. Desenvolvimento emocional. In: RAPPAPORT, C. R. (org.). Psicologia do desenvolvimento, a idade escolar e a adolescência. v. 4. São Paulo: EPU, 1982.

GIL, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa. 5a ed. São Paulo: Atlas.

HIRT, L. U. e RAITZ, T. R. (out/Nov 2009) Jovens do Ensino Médio em busca de Orientação Profissional: Uma proposta com Grupos Focais. Trabalho apresentado no Encontro Nacional da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social), Maceió: ABRAPSO.

KRAWULSKI, Edite. A orientação profissional e o significado do trabalho. 1998. Revista ABOP v.2 n.1 Porto Alegre, 1998.

LASSANCE, Maria. Célia; BARDAGI, M. P.; TEIXEIRA, M. A. P. (2009) Avaliação de uma intervenção cognitivo-evolutiva em orientação profissional com um grupo de adolescentes brasileiros. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 10(1), pp. 23-32, no.1

LASSANCE, Maria Célia; SPARTA, Monica. A orientação profissional e as transformações no mundo do trabalho. 2003. Disponível em: .Acesso em: 15 nov. 2018.

LEVENFUS. e SOARES, D. H. (2010) Orientação Vocacional Ocupacional. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed.

MACHADO, Vânia. Orientação Vocacional para alunos do nono ano, Ensino fundamental II – Ensino Público, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2004.

MARTINS, J.P. Psicologia do comportamento Vocacional , SP: EPU, 1978.

MOURA, C.B de. Orientação profissional: sob o enfoque da análise do comportamento. Londrina: UEL; 2001.

MÜLLER, M. Orientação Vocacional: contribuições clínicas e educacionais. Trad. Margot Fetzner. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

NOVELLO, F.P. Psicologia da adolescência: despertar para a vida. 3 ed. São Paulo: Paulinas; 1990

OLIVEIRA, C. M. R. e NEIVA, K. M. C. (2013) Orientação Vocacional/Profissional: Avaliação de um projeto piloto para estudantes da educação profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional,Vol. 14, No. 1, 133-143.

OUTEIRAL, J. (2008) Adolescer – Estudos Revisados sobre Adolescência. 3. Ed. Rio de Janeiro: Revinter.

OLIVEIRA, Alessandro dos Santos.Os sentidos da escolha da profissão, por jovens de baixa renda: um estudo em psicologia sócio-histórico. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.

OLIVEIRA, Maria Helena Duarte de. Uma escolha profissional equivocada como geradora de crise no jovem universitário: um estudo fenomenológico. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Minas Gerais – FAFICH, Belo Horizonte, 2006.

REVISTA DA MOSTRA DE TRABALHOSDE CONCLUSÃO DE CURSO CONGREGA, Urcamp 2017

OSÓRIO, Mayra Medeiros; LIMA,Súsi Méri Barcelos, O IMPACTO DA ORIENTAÇÃO VOCACIONAL NA ADOLESCÊNCIA: UM ESTUDO DE CASO. Revista da Mostra de Trabalhos de Conclusão de Curso. ISSN 2595-3605 Submetido:21/08/2017 Avaliado:04/10/2017. Urcamp Bagé - RS, vol. 1, n.1, 2017.

SANTOS, A. (2012) Gênero em Processos de Orientação Profissional. Tese de Doutorado (Psicologia Social). São Paulo: USP. Recuperado em 14 junho 2014. De http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-05092012-095643/pt-br.php.

SEMENSATO, A. C; VALERIA, C; BENDER, C; CAMARGO, C; MATA, D; SILVA, E. O; ANTONIASSE, J; CERVINHANE, R; FURTUOSO, S; TAVARES, T; PESSINI, M. A. (2009) Um estado qualitativo sobre orientação vocacional e profissional: direções possíveis, desafios necessários. Akrópolis, Umuarama, v.

7, n. 1, p. 29-40.

SILVA, C. R. E. (2010) Orientação Profissional, mentoring, coaching e counseling: Algumas singularidades e similaridades em práticas. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Vol. 11, No. 2, 299-309, São Paulo.

SILVA, Lucy Leal Melo.; JACQUEMIM, A. Intervenção em Orientação Vocacional / Profissional: avaliando resultados e processos. 1 ed. São Paulo: Vetor, 2000.

SILVA, Lucy Leal Melo et al. A orientação profissional no contexto da educação e trabalho, Revista Brasileira de Orientação Profissional, 2004, 5(2), p.31-52.

SOARES, D. H. P.; AGUIAR, F.; GUIMARÃES, B. F. (2010) O conceito de identificação no processo de escolha profissional. Aletheia 32, p.134-146, Canoas-RS

SOARES A. B. e MARTINS, J. S. R. (2010) Ansiedade dos estudantes diante da expectativa do exame vestibular. Paideia, Vol. 20, No. 45, 57-62

STAKE, R. E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, (2011).

STOCCO, Liziane da Silva. Pesquisa-ação em uma turma de segundo ano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Curso de Licenciatura em pedagogia, Porto Alegre, 2010.

TETU, V.; DOMINGUES, A.; CHIOCHETTA, L.; VELOSO, M. M. (nov 2011) O trabalho de Orientação Profissional com um grupo de alunos de 3º ano do Ensino Médio. Trabalho apresentado no X Congresso Nacional de Educação –EDUCERE.

VALORE, Luciana Albanese; VIARO, ReneeVolpato. Profissão e sociedade no projeto de vida de adolescentes em orientação profissional. 2007. Revista Brasileira de Orientação Profissional. v.8 n.2 São Paulo dez. 2007

VIGOTSKI, L. S. (1991). Obras Escogidas - vol. I. Madrid, Visor.

WILHELM, F. & PERRONE, C. M. (2012) Produção de subjetividade frente ao mercado de trabalho no contexto da organização estudantil. Psicologia &Sociedade, 24(1),160-169, Belo Horizonte

Qual o papel da família na orientação vocacional?

A família pode representar, assim, o suporte e estabilidade para o adolescente, uma vez que, para melhorar a sua capacidade de realizar de forma bem sucedida estas tarefas do seu desenvolvimento vocacional necessita de apoio para mobilizar recursos internos e externos.

Como a família pode influenciar na escolha profissional?

Composição e dinâmica familiar Alguns fatores relacionados à composição e à dinâmica familiar também podem influenciar negativamente a escolha profissional dos filhos, como separação dos pais, ausência paterna/materna, comportamento violento dos pais, número de filhos, classe social e renda.

Quais os fatores que podem influenciar na escolha de sua profissão?

Fatores tais como aptidões, habilidades, interesses, motivações e competências pessoais, são exemplos de fatores psicológicos que influenciam na escolha profissional.

Quais aspectos devem ser trabalhados num processo de orientação vocacional?

No processo de OV devem ser trabalhados o autoconhecimento e a elaboração da escolha em si, levando em consideração todos os determinantes (Vasconcelos, Antunes & Silva, 1998).