Quanto ao número de células como podem ser classificados os seres vivos Cite exemplos?

Ninguém sabe com certeza quando, como nem por que surgiu a vida na Terra, mas Aristóteles observou há 2.400 anos que toda a biodiversidade do planeta era de origem animal ou vegetal. Essa observação inicial do filósofo grego foi completada nos séculos XIX e XX com a descoberta de novos reinos, até chegar aos cinco mais reconhecidos da atualidade — agrupam as 8,7 milhões de espécies que habitam a Terra, segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)—.

O QUE É UM REINO EM BIOLOGIA

O sistema dos reinos biológicos é a forma que a ciência tem para classificar os seres vivos por sua relação de parentesco na história da evolução. Isso significa que todas as espécies que integram os cinco grandes grupos — algumas teorias recentes os situam em seis e inclusive sete — têm antepassados comuns; portanto, compartilham parte de sua genética e pertencem à mesma árvore genealógica.

Além dos reinos dos seres vivos, existem outras categorias taxonômicas dentro do mesmo sistema de classificação como o domínio, o filo, a classe, a ordem, a família, o gênero e a espécie. Todas elas seguem uma ordem hierárquica e estão subordinadas entre si; portanto, uma divisão engloba outras. Dessa forma, o domínio inclui o reino, o reino ao filo, o filo à classe e assim sucessivamente.

CARACTERÍSTICAS DOS CINCO REINOS DOS SERES VIVOS

Todas as espécies que fazem parte de um determinado reino têm características semelhantes quanto a desenvolvimento e funcionamento. A seguir, vejamos onde ocorrem essas relações de parentesco que definem os reinos da natureza:

 Nutrição. Autotrófica (produzem seu próprio alimento) ou heterotrófica (se alimentam de outros seres vivos).

 Organização celular. Unicelulares (possuem apenas uma célula) ou pluricelulares (têm duas ou mais células).

 Tipologia celular. Eucariontes (o material genético está rodeado por uma membrana) ou procariontes (não possuem membrana).

 Respiração. Aeróbia (necessitan oxigênio) ou anaeróbia (não utilizan oxigênio).

 Reprodução. Sexuada, assexuada ou por esporos.

 Locomoção. Autônoma ou imóvel.

A CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS EM CINCO REINOS

O primeiro que classificou os seres vivos em cinco grandes reinos foi o ecólogo norte-americano Robert Whittaker. Este pesquisador comprovou em 1959 que os fungos não eram organismos vegetais — até então se acreditava que sim — e uma década depois propôs a criação do reino Fungi para diferenciá-los das plantas. A teoria de Whittaker teve grande aceitação e a comunidade científica somou assim um novo grupo ao sistema anterior de quatro reinos, estabelecido pelo biólogo norte-americano Herbert Copeland em 1956.

Reino animal

O reino Animália é o mais evoluído e se divide em dois grandes grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais são seres pluricelulares e eucariontes de alimentação heterotrófica, respiração aeróbia, reprodução sexual e capacidade de deslocamento. Este reino é um dos mais biodiversos e é composto pelos mamíferos, peixes, aves, répteis, anfíbios, insetos, moluscos e anelídeos, entre outros.

Reino vegetal

As árvores, as plantas e demais espécies vegetais fazem parte do reino Plantae, um dos mais antigos e que se caracteriza por sua natureza imóvel, pluricelular e eucariontes. Esses seres autotróficos, que contêm celulose e clorofila em suas células, são imprescindíveis para a vida na Terra ao liberarem oxigênio através da fotossíntese. Quanto à forma de se reproduzir, esta pode ser sexuada ou assexuada.

Sabia que você nunca está sozinho no mundo? À sua volta, existe sempre uma imensa quantidade de seres vivos. Uma gota d'água pode conter milhares de minúsculas plantas e animais. Existem seres vivos habitando o solo, o ar, a água congelada, as águas profundas. A vida é encontrada em quase toda parte da Terra. As formas de vida são muito variadas: águas vivas, mofo do pão, pólen das plantas superiores, pássaros, vermes, plantas, cogumelos etc.

Mas, o que caracteriza um ser vivo?

Até o século 18, os seres existentes no universo costumavam ser divididos em três grupos: animais, vegetais e minerais. Com o avanço do conhecimento descobriu-se que animais e plantas tinham muito em comum, sendo bem diferente dos minerais. Assim, os cientistas dividiram os componentes da natureza em dois grandes grupos: seres vivos e matéria bruta.

Para distinguir os seres vivos dos seres não vivos (matéria bruta, como uma pedra) costumamos usar a seguinte definição: os seres vivos são aqueles que são constituídos por células, nascem, movimentam-se, têm reações aos estímulos físicos e químicos, crescem, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem.

Tudo bem, mas...
Então, é bastante simples caracterizar um ser vivo. Porém, se questionarmos alguns aspectos dessa definição dos seres vivos veremos que não é bem assim.

Para começar, verifique o significado de algumas palavras que aparecem no texto da definição:

  • Morrer significa o fim da vida.
  • Nascer significa vir ao mundo, vir à luz começar a ter vida.
  • Crescer significa aumentar em volume, grandeza ou extensão.
  • Desenvolver, fazer crescer, originar, gerar, produzir.
  • Reproduzir, produzir novamente, tornar a produzir.

    Agora vamos pensar em alguns seres:

    Uma bactéria é, sem dúvida, um ser vivo. Mas, as bactérias nascem e morrem? Durante seu processo de reprodução, as bactérias dividem-se ao meio por processos bastante complicados que recebem nomes especiais. Nesse processo um indivíduo é dividido ao meio dando origem a dois novos indivíduos. É possível definir quem morreu? Alguém morreu? Alguém nasceu?

    Quando retiramos uma parte de uma planta e fazemos uma muda que crescerá, tornando-se uma planta grande como a que forneceu o galho, não conseguimos definir quando foi que essa planta nasceu. Afinal, podemos considerar que ela já era nascida, quando a retiramos da planta anterior.

    Em que momento nascemos?
    E nós, seres humanos, nascemos quando? No momento da fecundação? Quando o embrião se transforma em feto? Quando saímos do útero materno e ganhamos o mundo exterior? E quanto aos indivíduos que morrem logo após o nascimento? Esses não têm tempo de crescer. Por acaso, eles deixam de ter sido seres vivos por não terem se desenvolvido?

    Vamos agora pensar em outros seres vivos: as mulas e os burros. Os dois são provenientes do cruzamento entre cavalos e jumentos (normalmente é usado um jumento e uma égua, o inverso é mais difícil) Esses animais são estéreis, embora raras vezes uma mula ou um burro possam procriar. No caso do burro, assim como a maioria dos cavalos e bois, costuma-se castrá-los. Esses animais não se reproduzem, seja porque não são capazes ou por que foram castrados. Então, eles deixaram de ser seres vivos?

    E o vírus? Pode ser classificado como um ser vivo? Vírus são organismos muito simples, mais simples do que uma única célula, com ou sem núcleo definido. Os vírus possuem apenas uma cápsula proteica e o DNA. Não são formados por células e só se reproduzem utilizando-se de algum tipo de célula que exerça todas as funções necessárias, como uma célula vegetal, animal ou de uma bactéria. Durante os períodos de dormência, podem se assemelhar aos minerais apresentando-se na forma de cristal.

    Uma fronteira?
    Os vírus são caracterizados como seres vivos pela sua capacidade de reprodução.

    Como você pôde ver, não é nada simples definir um ser vivo. A única característica de um ser vivo que não gera nenhum tipo de contestação é o fato de se desenvolverem. Mas, se definirmos seres vivos como aqueles que se desenvolvem, o resultado é bastante vago.

    O ideal é defini-los como estruturas formadas por células (reafirmando a teoria celular que hoje é plenamente comprovada), capazes de se desenvolver, e discutir o caso dos vírus, os quais não possuem células.

    Existem cientistas que consideram os vírus a "fronteira" entre a "matéria bruta" e a "matéria viva".

    Necessidade de classificação
    O homem tem a necessidade dar nomes a tudo o que ele conhece para organizar esses conhecimentos. Sendo assim, um dos trabalhos fundamentais das ciências é nomear todos os seus objetos de estudo e classificá-los, segundo critérios definidos, para facilitar a sua localização quando for necessário.

    Os critérios de classificação são definidos pelos seres humanos, e assim os grupos se estruturam. Em um trabalho de classificação, portanto, o primeiro passo é estabelecer um único critério de classificação.

    Animais e vegetais
    Aristóteles foi o primeiro cientista que procurou classificar os seres vivos. Ele dividia os seres vivos em dois grandes grupos: animais e vegetais. Após a morte do sábio grego os estudos sobre os seres vivos ficaram praticamente esquecidos e só foram retomados a partir do século 14, com o Renascimento. Nessa época os artistas passaram a se interessar pela anatomia do homem e dos animais. A classificação dos seres vivos passou a ser uma grande preocupação dos naturalistas dessa época.

    As classificações biológicas baseavam-se na observação direta dos indivíduos. Os pesquisadores estavam preocupados com a forma. Mas, imagine quanta confusão não apareceu? Uma lagarta é totalmente diferente de uma borboleta na sua forma, entretanto são duas fases da vida de um mesmo ser. Na realidade existem vários critérios diferentes de classificação que foram adotados ao longo dos tempos.

    Lineu e a taxonomia
    No final do século 18, os componentes da natureza foram divididos em dois grandes grupos: os seres vivos e não vivos. Carolus Linnaeus (1707-1778), ou simplesmente Lineu, um naturalista, foi quem criou o sistema pelo qual nomeamos os organismos hoje em dia. Ele é considerado o fundador da taxonomia.

    A taxonomia é ciência das classificações, é a sistemática da organização dos seres vivos em grupos.

    Atualmente as classificações baseiam-se nas relações evolutivas entre os diferentes grupos de seres vivos. Essas relações são estabelecidas por meio de vários diferentes estudos: anatomia, composição química (DNA), comportamento etc.

    Com o avanço da tecnologia, as pesquisas progrediram muito. Milhares de novos seres (principalmente microorganismos) foram descobertos. Atualmente os seres vivos são agrupados em cinco grandes grupos, conhecidos como reinos: Monera, Protista, Fungo, Vegetal e Animal.

Quanto ao número de células como podem ser os seres vivos Cite exemplos?

De acordo com o número de células, os organismos podem ser unicelulares ou multicelulares. São chamados de organismos unicelulares aqueles que apresentam apenas uma célula, enquanto os multicelulares apresentam corpo rico em células.

Como as células são classificadas de exemplos?

Células podem ser classificadas em procariontes e eucariontes. Células procariontes apresentam material genético disperso no citoplasma. Células eucariontes possuem um núcleo definido, delimitado pelo envelope nuclear.

Quais a classificação dos seres vivos?

Os seres vivos se dividem em cinco reinos: animal, vegetal, fungi, protista e monera.

Como são classificados os seres vivos formados por várias células?

Os seres vivos formados por uma única célula são chamados de UNICELULARES. Já os formados por muitas células são conhecidos como seres vivos PLURICELULARES ou MULTICELULARES.