Texto primeiro dia de aula do meu filho

Levar as crianças pela primeira vez à escola é uma tarefa difícil para muitas famílias. Enquanto os pequenos estão animados para conhecer os colegas, professores e as novas atividades que a vida escolar proporcionará, o coração da mãe (ou do pai) fica apertado com incertezas a respeito do bem-estar do filho, além de uma forte sensação de perda, como se o laço que os une estivesse prestes a arrebentar. Se não for superado, esse sentimento pode afetar as crianças e dificultar a adaptação no ambiente escolar.

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De acordo com a psicóloga Joyce Pescarolo, a dificuldade de aceitar a separação ocorre porque a maternidade tem um significado muito forte para a mulher. “Existe a expectativa social de que as mulheres precisam ser mães para serem completas. É como se fosse uma maioridade moral, um momento muito importante da vida em que elas realmente se sentem completas”, afirma.

Só que o fato de deixar a criança sozinha no ambiente escolar quebra essa completude e muda a maneira de a mãe visualizar seu papel na vida da criança.

“Ela percebe que o filho terá outras formas de socialização e que poderá sobreviver sem sua presença constante. Isso gera muito conflito para as mães porque fere aquele sentimento de que a criança depende dela para tudo”, explica a psicóloga.

Foto: BigstockFoto: Bigstock

Essa mudança repentina de percepção faz com que algumas mães fiquem muito tristes no primeiro dia de aula do filho e acabem interferindo na maneira com que os pequenos enxergam a situação.

“Muitas vezes o filho está bem, mas o drama psicológico criado pela mãe faz com que ele comece a chorar. As mães acabam sabotando esse momento de forma consciente ou inconsciente”.

A dona de casa Luciana Rodrigues Squioquet sabe bem o que isso significa. No dia em que levou seu primogênito de quatro anos para a escola, um misto de emoções tomou conta de seu coração. “No caminho eu estava bem ansiosa, mas ainda estava bem. Eu sorria e tirava fotos”, recorda.

O problema, no entanto, ocorreu quando ela viu Rubens Squioquet soltar sua mão e sair feliz para brincar com os colegas. “Ele já conhecia algumas crianças e foi correndo para o pátio. Aí veio um turbilhão de coisas na minha cabeça e eu entrei em pânico. Comecei a chorar muito”.

Diante da situação, os funcionários da escola pediram que ela se afastasse para que o filho não a visse naquele momento. “Ele estava super bem, mas eu estava apavorada com o sentimento de que eu não era uma boa mãe e de que não podia deixar ele ali porque sentiria minha falta ou poderiam judiar dele. Foi um dia que demorou muito para passar”, lembra Luciana.

A dona de casa Luciana Rodrigues Squioquet teve dificuldades
para aceitar que os filhos precisavam ir para a escola. Foto: Arquivo PessoalA dona de casa Luciana Rodrigues Squioquet teve dificuldades para aceitar que os filhos precisavam ir para a escola. Foto: Arquivo Pessoal

O que fazer?

Segundo a psicóloga, não há uma fórmula pronta para lidar com esse sentimento de perda porque cada caso é diferente. No entanto, uma sugestão válida para as mulheres que se dedicam exclusivamente aos filhos é procurar outras atividades para ocupar a mente durante as horas que ficará longe dos filhos.

“A mãe precisa se cuidar, ter outros interesses e se conhecer um pouco melhor, entendendo qual é o papel da maternidade na vida dela”, aconselha a especialista.

Luciana fez isso. Depois que seu filho caçula – Pedro Squioquet – também ingressou na educação infantil, ela decidiu dedicar o tempo que sobrava a algo que lhe trazia alegria: a culinária. “Sempre gostei de cozinhar, testar pratos diferentes e de inventar, mas não tinha muito tempo. Então, aproveitei para me dedicar mais a esse hobby”, relata.

Segundo ela, os sentimentos de tristeza e saudade não sumiram da noite para o dia, mas, aos poucos, foram mudando. “Claro que a preocupação de mãe nunca acaba, mas a gente sabe que é o melhor para eles e que precisamos incentivá-los”, garante Luciana.

Nos casos em que a mãe não consegue lidar com a perda sozinha, a psicóloga orienta a realização de terapia para que as emoções não afetem a criança até a vida adulta. “Há casos, inclusive, em que as mães mantêm esses sentimentos por muitos anos e até sabotam a relação do filho com a mulher por meio de uma relação ruim com a nora. Então, é importante buscar tratamento o quanto antes”, aconselha.

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O que dizer para o filho no primeiro dia de aula?

Diga que ele vai conhecer outras crianças e fazer novos amiguinhos que podem ser para a vida toda. Explique que existem algumas regras e horários que precisam ser seguidos e que outros adultos que não são da família devem ser respeitados também.

Como fazer um texto do primeiro dia de aula?

Há muito para aprender nos próximos meses, mas também bons momentos para desfrutar. Este é o primeiro dia de aula, o primeiro de muitos, e cabe a todos nós fazer com que seja inesquecível, assim como todos de hoje em diante. Vamos fazer da escola o nosso lugar favorito, onde possamos crescer e evoluir todos juntos.

Como desejar bom primeiro dia de aula?

Bom começo de aulas! A escola está recomeçando e a todos está esperando um grande ano de muitas descobertas, aprendizagens e aventuras. As aulas estão prestes a começar e eu desejo que seja um ano letivo incrível repleto de aprendizado e diversão para você! Seja bem-vindo!

O que escrever no primeiro dia de aula educação infantil?

7 Dicas para o 1º dia de aula na Educação Infantil.
Invista na preparação. ... .
Mostre empatia. ... .
Evite rupturas. ... .
Redobre a atenção. ... .
Enfatize brincadeiras. ... .
Conte historinhas. ... .
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