Tempo estimado de leitura: 5 minutos. Show Câncer de peleO câncer de pele é o tumor maligno mais comum na espécie humana. No Brasil, o câncer de pele representa cerca de 25% de todas as neoplasias malignas. Existem basicamente três grandes grupos de câncer de pele:
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer de pele. Além dos raios solares, esta radiação também é encontrada nas cabines de bronzeamento artificial. O efeito da radiação ultravioleta na pele é cumulativo, ou seja, mesmo após a interrupção da exposição ao sol, as alterações cutâneas ainda podem se manifestar anos depois. Neste texto vamos falar especificamente sobre o melanoma, o mais grave tipo de câncer de pele. Se você quiser informações sobre o carcinoma basocelular, leia: CARCINOMA BASOCELULAR. O que é o melanoma maligno?A melanina é um pigmento produzido pelos melanócitos, sendo responsável pela nossa cor da pele, dos olhos e dos cabelos. Quando somos expostos ao sol, os melanócitos são estimulados a produzem mais pigmento, fazendo com que a pele fique mais escura. O melanoma é o tumor maligno que se origina nos melanócitos, as células da pele responsáveis pela produção da melanina. Os melanócitos são encontrados principalmente na pele, porém, também estão presentes nos olhos, trato gastrointestinal, meninges e mucosas orais e genitais. Isto significa que, apesar da imensa maioria dos melanomas se tratarem de cânceres de pele, ele eventualmente pode surgir nos olhos e nos intestinos, por exemplo. O melanoma é responsável por apenas 4% de todos os tipos de câncer de pele, entretanto, ele é o mais grave e agressivo, uma vez que causa metástases com grande facilidade. Apesar de não ser o tipo mais comum, cerca de 3/4 das mortes por câncer de pele são causadas pelo melanoma. Causas e fatores de riscoQuanto menos melanina uma pessoa tiver em sua pele, ou seja, quanto mais clara for a mesma, menor é a sua proteção contra os efeitos nocivos da radiação solar. Pessoas ruivas, loiras, com olhos claros ou com sardas na pele são as mais propensas a desenvolverem o melanoma. Aquelas pessoas que sempre se queimam ao sol e quase nunca ficam bronzeadas também correm maior risco. Outro sinal de vulnerabilidade é a presença de várias pintas ou sinais escuros na pele (chamado em medicina de nevus). Pessoas com mais de 50 pintas pelo corpo são mais susceptíveis ao melanoma. A exposição solar é o principal fator de risco para qualquer câncer de pele, incluindo o melanoma. O padrão e o tempo cumulativo de exposição solar ao longo da vida estão associados ao tipo de câncer de pele que a pessoa pode desenvolver. Os cânceres de pele não-melanoma ocorrem naquelas pessoas com alta exposição solar ao longo da vida, surgindo principalmente nas áreas da pele mais expostas, como face, mãos e antebraço. Já o melanoma tende a surgir naquelas pessoas com exposição solar menos frequente, porém de alta intensidade, como, por exemplo, naquelas pessoas de pele mais clara que durante as férias acabam pegando sol em excesso, ficando com dolorosas e extensas queimaduras solares. Essas exposições esporádicas, porém intensas, são mais perigosas quando ocorrem durante a infância e adolescência. Indivíduos com mais de cinco episódios de exposição solar excessiva com importantes queimaduras apresentam até duas vezes mais riscos de desenvolverem melanoma na vida adulta. Outros fatores de risco para melanoma:
PrevençãoComo pelo menos 2/3 dos casos melanoma são causados por uma excessiva exposição solar, a principal medida preventiva contra o câncer de pele é, logicamente, reduzir a exposição solar. Recomendações sobre exposição solar e de raios ultravioleta:
SintomasO melanoma pode surgir em qualquer área do corpo, mas ele normalmente aparece em áreas onde houve intensa exposição solar, como costas, braços, pernas e face. O melanoma também pode surgir em áreas com pouca exposição solar como solas dos pés, palmas das mãos e embaixo das unhas. Como também existem melanócitos em outras áreas do corpo, o melanoma pode, menos frequentemente, surgir nos olhos, intestinos e trato genital, por exemplo. O primeiro sintoma costuma ser o aparecimento de uma mancha escura nova na pele, ou alteração das características de um sinal antigo. ABCDEA sociedade americana de dermatologia desenvolveu um guia chamado ABCDE para orientar médicos não dermatologistas e pacientes a identificarem lesões suspeitas. Esse guia diz que os melanomas apresentam as seguintes características:
É importante salientar que a maioria das pintas não sofre transformação para melanoma, assim como a maioria dos casos de melanoma não surgem destas lesões. O melanoma inicialmente costuma ser uma lesão plana. Quando a mesma começa a se transformar em uma lesão elevada na pele, é sinal de que também está crescendo em profundidade. A profundidade atingida e a espessura da lesão são os parâmetros que definem a probabilidade de haver metástases e invasão de tecidos profundos. FotosDiagnósticoO diagnóstico inicia-se no exame clínico da lesão suspeita. Médicos experientes podem fazer o diagnóstico de alguns casos apenas com o exame físico. Entretanto, o diagnóstico de certeza somente é feito com a biópsia da lesão. Uma vez que a biópsia confirme a existência do melanoma, o próximo passo é saber se a lesão está localizada ou já se espalhou pelo corpo. Para tal, pode ser necessária a biópsia de linfonodos ao redor da lesão à procura de sinais de metástases. Quanto mais profundo for o melanoma, maior é o risco de doença disseminada. TratamentoO tratamento depende do grau de evolução do câncer de pele, porém, em todos os casos a remoção cirúrgica de toda a lesão está indicada. Em melanomas muito iniciais, a remoção cirúrgica basta para a cura. Se a lesão já estiver mais avançada, quimioterapia e radioterapia podem ser necessárias. Alguns pacientes podem ser tratados com imunoterapia, que consiste na administração de drogas que fortalecem nosso sistema imune, fazendo com que o mesmo ajude no combate das células cancerígenas. Um exemplo de droga usada na imunoterapia é a Interleucina-2. Esse tratamento apresenta efeitos colaterais frequentes e nem todos os doentes conseguem tolerá-lo. Referências
Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal. Quais os tipos de sinais na pele?Você saberia identificar sinais de perigo na sua pele?. A - Assimetria. Assimétrico: maligno. ... . B - Borda. Borda irregular: maligno. ... . C - Cor. Dois tons ou mais: maligno. ... . D - Dimensão. Superior a 6 mm: provavelmente maligno. ... . E - Evolução. Cresce e muda de cor: provavelmente maligno. ... . Veja também: Vem chegando o verão.... Como saber se um sinal é perigoso?Uma pinta normal não sofre modificações. “As potencialmente malignas são as que surgem do nada e crescem em pouco tempo, possuem mais de uma cor, tonalidades muito negras e mudam de forma e contorno”, explica a médica Alessandra Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Quando devo me preocupar com um sinal na pele?“Devemos ficar atentos se tivermos muitos sinais pelo corpo (mais de 10 lesões), se eles mudaram de cor ou de tamanho, se ficaram ásperos, começaram a sangrar, coçar ou se apresentarem algum outro sintoma”, diz a especialista. A regra do ABCDE é um ótimo guia para identificarmos sinais de alerta.
Como sei que um sinal na pele e câncer de pele?Pequena ferida ou nódulo na pele, de cor branca, avermelhada ou rosa, que pode causar coceira;. Ferida ou nódulo na pele, que cresce rápido e forma uma casquinha, acompanhada de secreção e coceira;. Ferida que não sara e que sangra durante várias semanas;. Verruga que cresce.. |