Como era as condições de trabalho dos operários durante a primeira?

Na passagem do século XIX para o XX, uma classe operária foi se formando nas regiões cafeeiras que passaram por um processo de industrialização, em especial nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Eram trabalhadores brasileiros e imigrantes; negros e brancos; empregados em grandes, médias e pequenas empresas.

Padeiros, sapateiros, alfaiates e pedreiros eram algumas categorias que tiveram maior capacidade de organização no período, sobretudo por serem ofícios especializados e relativamente difíceis de serem encontrados, o que lhes concedia certo poder de negociação com seus patrões por melhores condições salariais e de trabalho.

São esses trabalhadores qualificados que exercem a liderança de sindicatos e outras organizações trabalhistas na Primeira República.

Em 1906, trabalhadores de várias partes do país organizaram no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso Operário, em que ficou decidido que associações operárias deveriam adotar a denominação sindicato, que o Primeiro de Maio seria uma data utilizada para protestos e que as formas de ação das organizações deveriam ocorrer por meio de greves, boicotes, sabotagens e outras manifestações públicas.

Também acordaram as pautas a serem defendidas pelos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, a criação de bibliotecas e unidades de ensino, fim da interferência policial e militar nas negociações entre patrões e empregados, combate ao alcoolismo, entre outras.

  • Imigrantes e a difusão do anarquismo no Brasil
  • Classe operária: a greve de 1917
  • Veja também:

Imigrantes e a difusão do anarquismo no Brasil

Embora a maioria dos imigrantes que integrava os postos de trabalho das fábricas de São Paulo tivesse origem camponesa, alguns deles possuíam experiência sindical em seus países antes de desembarcarem no Brasil.

Aos italianos atribui-se a difusão do anarquismo entre os operários da Primeira República, teoria social que defendia a organização de uma sociedade sem Estado ou qualquer tipo de instituição que promovesse a dominação entre os homens.

Muitos operários adeptos dessas ideias lançaram mão de greves, tendo em vista a obtenção de melhores condições de trabalho e salário.

Paralisações em fábricas no Rio de Janeiro e São Paulo ocorreram em 1902, 1903, 1904, 1906, 1907 e 1917. A seguir, falaremos dessa última.

Classe operária: a greve de 1917

Em 1917, uma greve foi iniciada por trabalhadores de fábricas têxteis dos bairros da Mooca e Ipiranga, na cidade de São Paulo. Estimulados por lideranças anarquistas, trabalhadores de outros setores também aderiram ao movimento, reivindicando aumento salarial, diminuição da jornada de trabalho de 12 para 8 horas, e diminuição do custo de vida.

A repressão policial imposta aos manifestantes fez o movimento ganhar adesão de mais trabalhadores, se transformando em uma greve geral. Em um dos confrontos travados entre polícia e trabalhadores, o sapateiro espanhol José Martinez foi mortalmente ferido, o que motiva a formação de um imenso cortejo até a Praça da Sé.

Após dias de paralisação, o governo cedeu a certas reivindicações dos trabalhadores, como o aumento de 20% do salário, além de prometer que fiscalizaria as condições de trabalho de homens, mulheres e crianças nas fábricas de São Paulo.

Apesar disso, o movimento grevista foi severamente combatido pelas autoridades policiais, que promoveram o fechamento de sindicatos e a prisão de lideranças. A repressão se estenderia durante a década de 1920, o que enfraqueceu a atuação das organizações trabalhistas.

Como era as condições de trabalho dos operários durante a primeira?

Veja também:

  • História para Unesp – República Brasileira
  • O que mais cai em História na Fuvest? 
  • Imigração Japonesa: contexto, impactos na comunidade durante a segunda guerra
  • Revolta da vacina: o que foi, causas e consequências
  • Belle Époque nos trópicos: cultura e sociedade
  • O Governo de Manuel Deodoro da Fonseca (1889-1891)
  • Fatos históricos sobre o Governo de Floriano Peixoto (1891-1894)
  • Fatos sobre o Governo de Prudente de Morais (1894-1898)
  • Ford e a Industrialização brasileira
  • Era Vargas: três momentos importantes para entender o período
  • Separação entre Igreja e Estado no Brasil e o Cangaço
  • Cultura Material e Imaterial: o que é?

Amante de histórias e caçadora de belezas escondidas. Jornalista de profissão e coração. Desenhista e escritora de ficção nas horas vagas. Acredito no potencial transformador de todo trabalho feito com dedicação.

Como era as condições de trabalho das operárias durante a Primeira República?

Durante a greve geral de 1917, os operários lutavam por melhores salários, jornada de trabalho de oito horas, direito a férias, fim do trabalho infantil, proibição do trabalho noturno para as mulheres, aposentadoria e assistência médica. A Legislação trabalhista somente foi implantada no Brasil no ano de 1943.

Quais as condições de trabalho dos operários durante as primeiras décadas da Revolução Industrial?

Eram precárias as condições de vida e trabalho dos artesãos no início da primeira revolução industrial: as fábricas tinham um ambiente insalubre; o tempo de trabalho chegava a 80 horas semanais; os salários eram bem abaixo do nível de subsistência.

Como era o regime de trabalho imposto aos operários?

A baixa remuneração para o trabalho repetitivo das fábricas obrigava que famílias inteiras integrassem o ambiente fabril. Por um salário ainda menor, mulheres e crianças eram submetidas às mesmas tarefas dos homens adultos. Ao mesmo tempo, as condições de trabalho oferecidas nas fábricas eram precárias.

Quais as principais características do trabalho de um operário?

As principais reivindicações dos operários giravam em torno da melhoria das condições de trabalho (menor jornada de trabalho, assistência ao trabalhador doente e acidentado) e pela melhoria das condições de vida (moradia, educação, alimentação e saúde).