Nem irmão e nem primos: são como meios-irmãos. Vem cá seguir a leitura para entender a resposta! 🗨 Quem nos explica é o geneticista Augusto Cardoso Santos, pesquisador do tema gemelaridade e que tira todas as nossas dúvidas sobre o assunto. (Você vai lembrar das aulas de ciências depois dessa explicação!) 👩🔬👨🔬 Acompanhe o raciocínio: Show Leia também Vanessa RochaVanessa Rocha é mãe da Isabela e do Gabriel de 6 anos. Na Me Two, é responsável pela geração de conteúdo. Sempre ligada no que tem de melhor quando o assunto são os gêmeos. Formada em Farmácia, com especialização na área de oncologia, saiu do hospital onde trabalhava para se dedicar à dupla. Aos poucos, retornou para a área e hoje atua eventualmente em algumas clínicas. Sempre criativa nas brincadeiras com seus filhos e segura quando o assunto é cuidar dos gêmeos, traz ideias e inspira muitas mães.
A diferen�a entre os g�meos monozig�ticos Diferencias entre gemelos monocig�ticos The diffrence between the monozygotic twins Graduado em Educa��o F�sica � Centro Universit�rio Celso Lisboa P�s Graduando em Doc�ncia do Ensino Superior � UCAM Centro de Excel�ncia em Avalia��o F�sica - CEAF Membro do Grupo de Pesquisa da U.F.R.J. Ezio Cavaliere Junior (Brasil) Resumo O presente artigo explica de forma clara e objetiva fazendo com que possamos entender uma parte da endocrinologia tanto do sistema reprodutor masculino e feminino para que possamos conhecer e entender consecutivamente a forma��o de pares de g�meos monozig�ticos e o motivo que os levam a serem seres �nicos mesmo sendo g�meos.
Este estudo tem como objetivo explicar as diferen�as fenot�picas que ocorrem entre os g�meos enfatizando os monozig�ticos que mesmo gen�ticamente iguais, ou seja, mesmo pr�-determinados gen�ticamente a obterem estatura, peso, val�ncias f�sicas iguais, entre outros, s�o estimulados pelo ambiente a serem diferentes.
O presente artigo tamb�m leva em considera��o a import�ncia dos aspectos pedag�gicos, para poder prevenir e a alertar tanto os pais quanto os professores que est�o inseridos no cotidiano da vida desses indiv�duos, a respeitarem as fases de desenvolvimento destas crian�as ou adolescentes destacando as g�meas sem pular estas etapas, o qual se n�o for respeitado estar� comprometendo seriamente o desenvolvimento das crian�as e promover� maior diferen�a entre os g�meos. Unitermos Abstract This article explains in clear and objective so that we can understand a part of the reproductive endocrinology of both male and female so we can know and understand
the formation of consecutive pairs of monozygotic twins and the reason that lead to unique beings while twins. This study aims to explain the phenotypic differences that occur between the monozygotic twins emphasizing that even genetically equal, or even genetically pre-determined to obtain height, weight, physical abilities equal, among others, are encouraged by the environment to be
different. This article also takes into account the importance of educational aspects, to prevent and warn both parents as the teachers that are inserted in the daily life of individuals, to observe the stages of development of these children or adolescents without highlighting the twins skip these steps, which is not fulfilled is seriously undermining the development of children and promote greater
difference between the twins. Keywords 1 / 1 Introdu��o Na puberdade as caracter�sticas sexuais secund�rias s�o ativadas entrando assim o estado reprodutivo, sendo assim os horm�nios luteinizantes (LH) e f�lico-estimulantes (FSH) nos homens tem a fun��o de estimular os test�culos e tamb�m a matura��o dos espermas, contribuindo assim de forma significativa para a espermatog�nese (Canali & Kruel, 2001; Guyton & Hall, 2000; Howley & Poweres, 2005; Ferreira & B�hme, 1998; Santos, 2001; Sim�o, 2007). J� nas mulheres a matura��o sexual � um pouco diferente dos homens, mas h� consigo a presen�a do estr�geno com a progesterona formando assim o ciclo menstrual onde colabora de forma positiva para que quando este ciclo se inibir, entre o processo de fertiliza��o (Duarte, 1993; Canali & Cruel, 2001; Guyton & Hall, 2001; Martin & et al, 2001; Tourinho & Filho, 1998). Tanto o �vulo da mulher quanto o zigoto do homem devem estar �ntegros, capacitados e desenvolvidos para quando o espermatoz�ide se fundir ao �vulo ter a fecunda��o (Beiguelman, 2008; Ribeiro, 2006; Fleck & Kreamer, 2007). Os g�meos monozig�ticos antagonicamente aos g�meos dizig�ticos, ao se fecundarem sofrem uma dissipa��o dele mesmo, formando mais um zigoto id�ntico a ele, que far� consecutivamente ao nascerem seres gen�ticamente id�nticos (g�meos), mas o que os ir� diferenciar ser� o fen�tipo, o gen�tipo s� trar� diferen�a caso haja reparti��o desigual do material embrion�rio. Com isto, a individualidade biol�gica � a rela��o entre o gen�tipo que s�o as cargas heredit�rias herdadas por um indiv�duo e o fen�tipo � a rela��o do meio-ambiente com o indiv�duo, que poder� causar est�mulos positivos ou negativos, fazendo com que o indiv�duo aprimore, retarde ou at� anule o aprendizado em sua vida. Ent�o os g�meos monozig�ticos possuir�o a mesma carga gen�tica um do outro e com isto podemos relatar que mesmo assim ser�o seres biol�gicamente diferentes, pois o que ir� diferenci�-los ser� o fen�tipo, o qual ir� agir sobre eles (Azevedo & et al, 2008; Beiguelman, 2007; Chediak, 2005; F�res, 2008; Fernandes et al, 2007; Jatob� & Franco, 2007; Garganta, 2008). O fen�tipo tamb�m � envolvido negativamente quando n�o respeita as fases de desenvolvimento motor da crian�a desde seu nascimento at� a fase adulta, evitando assim trabalhar todas as val�ncias f�sicas de diferentes maneiras (Brasil, 2000; Darido & Rangel, 2005; Rigolin, 2006; Tristchler, 2003). Ent�o este artigo cient�fico tem como finalidade explicar como podem ocorrer as diferen�as entre os g�meos monozig�ticos. E por final o objetivo deste artigo � fazer com que tenhamos um maior interesse sobre este tipo de estudo e que possamos promover aumento significativamente maior no n�mero de estudos sobre g�meos. O gen�tipo entre os g�meos monozig�ticos O gen�tipo como j� dito anteriormente s�o as cargas heredit�rias que o indiv�duo herdou consigo, o que lhe proporcionar� algumas potencialidades para sua vida e no caso de g�meos monozig�ticos, Beiguelman (2007) relata que as potencialidades dos g�meos monozig�ticos s�o as mesmas devido os genes serem id�nticos. As potencialidades ditas neste estudo est�o correlacionadas � capacidade m�xima de oxig�nio (VO�max), estatura, as habilidades motoras, os tipos de fibras musculares, entre outras potencialidades. Para confirmar que g�meos possuem as mesmas potencialidades, foi conclu�da uma recente pesquisa de Marques e Rudge (2002) abordando no total de 178 rec�m nascidos g�meos para verificar se houve concord�ncia entre o peso dos 89 pares de g�meos. Marques e Rudge (2002) em sua pesquisa argumentaram que dos 89 pares de g�meos, 62 pares representando um total de 69,7% tiveram concord�ncia de pesos entre os pares de g�meos. Isto nos mostra positivamente que g�meos monozig�ticos podem n�o possuir diferen�as significativas entre os pares de g�meos monozig�ticos, ou seja, ter�o as mesmas potencialidades. Ainda Fernandes e Carvalho (1999), acrescentam e reconhecem que nos dias atuais o Ser que nasce sem as caracter�sticas inatas ser� dif�cil conseguir os melhores resultados, por�m se um indiv�duo nascer com as caracter�sticas inatas, se o fen�tipo n�o agir de maneira suficiente sobre estes Seres, ter�o maiores possibilidades de obter melhores resultados, mas dificilmente chegar� a excel�ncia. O fen�tipo nos g�meos monozig�ticos Chediak (2005), diz que a individualidade biol�gica � a rela��o entre o gen�tipo que s�o as cargas heredit�rias herdadas por um indiv�duo e o fen�tipo � a rela��o do meio-ambiente com o indiv�duo, que poder� causar est�mulos positivos ou negativos, fazendo com que o indiv�duo aprimore, retarde ou at� anule o aprendizado em sua vida. Beiguelman (2007) acrescenta mencionando que os g�meos monozig�ticos possuir�o a mesma carga gen�tica do outro e com isto podemos relatar que mesmo assim ser�o seres biol�gicamente diferentes um do outro, pois o que ir� diferenci�-los ser� o fen�tipo, o qual ir� agir sobre eles.De acordo com Rigolin (2006) � necess�rio respeitar tamb�m as fases motoras da crian�a desde seu nascimento at� a fase adulta, que para chegar � fase adulta necessita passar por v�rias atividades e exerc�cios f�sicos, podendo assim trabalhar todas as val�ncias f�sicas de diferentes maneiras. Por isto deve-se respeitar o desenvolvimento da crian�a, pois n�o � um "adulto em miniatura" e por isto n�o se devem pular as etapas de desenvolvimento, mas caso aconte�a estar� comprometendo seu desenvolvimento motor seriamente, pois para Tritschler (2003) "a destreza � o n�vel at� o qual a pessoa desenvolveu suas capacidades inatas". E com isto j� que os g�meos est�o sujeitos ao fen�tipo, poder�o tamb�m ser diferenciados em seus desenvolvimentos. G�meos nas escolas Contudo que abordamos acima reiteramos e acrescentamos que podemos fazer a analogia acima para as institui��es de ensino que englobam as universidades particulares, estaduais e federais e escolas municipais, estaduais, federais e particulares. Segundo Brasil (2000), tanto as escolas quanto as universidades s�o compostas por indiv�duos com v�rios credos, pessoas com fam�lias que possuem diferentes rituais, op��es sexuais distintas, que devem ser respeitadas. As institui��es que abordamos acima todas elas sem exce��o s�o multifacetadas, ou seja, as institui��es possuem pluralidade cultural com diversos alunos que possuem orienta��es sexuais distintas e que est�o a porte de nossos educadores (Brasil, 2000). Com isto podemos visualizar que os g�meos ter�o conviv�ncias diferentes, sendo estimulados constantemente ao fen�tipo e todos sem exce��o tamb�m sofrem influ�ncias, criando assim: suas pr�prias opini�es, personalidades, rituais, entre outras caracter�sticas. Contudo o inciso cinco do artigo 53 do Projeto de Lei 8.069 faz com que os g�meos id�nticos em escolas p�blicas estudem em salas ou at� em escolas iguais diminuindo assim o fen�tipo sobre eles (Mulim,2008; Senado, 2003). Sendo assim, de acordo com a pesquisa de Fernandes e Carvalho (1999), quando os monozig�ticos se educam nas mesmas condi��es, ou seja, na mesma escola, na mesma sala, na mesma casa, ou seja, no mesmo ambiente, ter�o a semelhan�a entre os seres monozig�ticos, mas caso algum dos monozig�ticos for criado, educado, entre outras condi��es, poder�o sofrer mais influ�ncias do fen�tipo e os g�meos monozig�ticos ter�o diferen�a entre si. O fen�tipo em lares diferentes Ap�s termos dado a �nfase sobre fen�tipo acima, de acordo com Canali e Kruel (2001) acrescentam que o fen�tipo que tamb�m pode agir de forma acentuada em indiv�duos que moram em diferentes regi�es, estados e principalmente pa�ses diferentes. Fernades e Carvalho (1999) mencionam que a ess�ncia dos homozig�ticos, ou seja, monozig�ticos est� no estudo de g�meos. Isto quer dizer que se o ind�cio a ser estudado do organismo depender da hereditariedade, concomitantemente ser�o muito parecidos. Caso contr�rio se os ind�cios dependerem do fator ambiente ter�o uma enorme diferen�a (Tabela 1). Tabela 1: Tabela de influ�ncia de gen�tipo e do fen�tipo
Fonte: Nikitchuk & Gladixeva(1989). Canali e Kruel (2001) acrescentam que alguns horm�nios sofrem influ�ncias e sofrem destaques em ambientes frios ou quentes fazendo com que os indiv�duos sejam diferentes um dos outros principalmente quando o enfoque � g�meo. Ainda de acordo com Canali e Kruel (2001), o frio tem a capacidade maior de secretar o horm�nio denominado de TSH (horm�nio da tire�ide) que tem como principal fun��o aumentar o metabolismo basal, fazendo com que haja diferen�a em pessoas principalmente g�meas que moram em ambiente quente, pois neste caso o indiv�duo que vive em ambiente deste tipo ter� a diminui��o do n�vel de TSH, que poder� desencadear um aumento na gordura corporal do que aquela que mora em ambiente frio. J� o GH (horm�nio do crescimento) � antagonicamente ao horm�nio TSH (horm�nio da tire�ide), o qual tem como caracter�stica a abundante libera��o de GH em ambientes quentes. Ou seja se o g�meo estiver em ambiente quente e o outro em ambiente frio, o g�meo que se lococaliza em ambiente quente ter� consecutivamente uma sere��o maior de GH do que aquele de ambiente frio e com isto seu crescimento ser� maior pois uma das fun��es do GH � estimular o crescimento da cartilagem e do osso (Kanali & Kruel, 2001). G�meos no esporte Como j� vimos anteriormente, alguns indiv�duos nascem com pr�-disposi��o para um determinado fim, ou seja, alguns nascem com genes para serem jogadores de voleibol, futebol, outros nascem para serem nadadores, ou maratonistas, enfim de nada adianta se estas potencialidades gen�ticas n�o forem estimuladas e treinadas (Fernades & Carvalho, 1999), ent�o Tritschler (2007), complementa com alguns mandamentos que devem ser seguidos para poder desenvolver o talento, s�o elas:
Com tudo que abordamos acima sobre a palavra talento, podemos verificar que mesmo sendo g�meos monozig�ticos se um g�meo entrar em um determinado esporte e outro n�o ter�o diferen�a entre ambos (Tuch, 2005). Um outro estudo que est� sendo realizado para determinarem a diferen�a entre os g�meos monozig�ticos, entendido pelo senso comum como g�meos id�nticos � a dermatoglifia (Tuch, 2005). A dermatoglifia, provida da papiloscopia � um estudo das impress�es digitais onde atrav�s de estudos tentam identificar qual a capacidade f�sica mais evidente nos indiv�duos atrav�s das impress�es digitais. Com ela � poss�vel buscar e verificar a diferen�a entre os g�meos monozig�ticos e dizig�ticos, chamados tamb�m de g�meos n�o id�nticos. Considera��es finais Este estudo tem como fundamental import�ncia incentivar os profissionais da �rea da sa�de para promoverem mais estudos sobre este assunto, pois existem poucos estudos neste tema (Tritschler, 2007). Atrav�s deste estudo podemos entender e analisar a import�ncia do estudo de g�meos para a ci�ncia e que se torna mais interessante para futuros estudos, analisarem a diferen�a entre a altura, o peso, dobras cut�neas entre os g�meos monozig�ticos em crian�as, adolescentes e adultos para podermos somente assim visualizarmos e analisarmos a influ�ncia do fen�tipo nos g�meos monozig�ticos. Estudos como os de rec�m-nascidos em g�meos monozig�ticos s�o de fundamental import�ncia, pois com estes estudos poder� ser poss�vel verificar se h� diferen�a entre o tamanho dos g�meos monozig�ticos ao nascer para serem analisados sobre a influ�ncia do fen�tipo e correlacionar com a fase adulta. Refer�ncias bibliogr�ficas
Outros artigos em Portugu�s
Por que alguns irmãos gêmeos são idênticos e outros não?Gêmeos idênticos ocorrem quando um óvulo se divide logo depois de ser fertilizado, resultando em dois embriões com o mesmo DNA. Já os gêmeos fraternos resultam da fertilização de dois óvulos, o que pode ocorrer quando a mulher produz dois ou mais óvulos de uma vez.
Por que irmãos gêmeos idênticos que possuem o mesmo DNA podem apresentar diferenças no desenvolvimento e comportamento?De acordo com pesquisadores da farmacêutica islandesa deCODE, os gêmeos idênticos passam por diferentes mutações durante o crescimento embrionário. Ou seja: antes mesmo de nascerem já sofrem alterações aleatórias em em suas sequências de DNA que os tornam, ainda que de forma sutil, diferentes.
Por que irmãos filhos dos mesmos pais e não gêmeos podem se parecer mas não são iguais?Apenas os que se originam do mesmo óvulo fecundado (chamados de univitelinos) são iguais e nascem com o mesmo sexo. Os gêmeos bivitelinos, originados de dois óvulos fecundados ao mesmo tempo, têm a mesma semelhança física e genética encontrada entre irmãos não gêmeos e podem ou não ser do mesmo sexo. Verdade.
Por que os irmãos não são idênticos?Eles podem ser até mesmo de sexos diferentes. Isso ocorre porque eles são resultado de fecundações diferentes, ou seja, cada irmão é formado a partir da união de espermatozóides e óvulos diferentes na mesma gravidez. Eles são chamados de irmãos fraternos.
|