Como terminou o período do Terror na França

Na Revolução Francesa, o Período do Terror, ou simplesmente O Terror, foi um período compreendido entre agosto de 1792 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (prisão de Maximilien de Robespierre, ex-líder dos Jacobinos). Durante esse período as garantias civis foram suspensas e o governo revolucionário, controlado pela facção da Montanha dentro do partido jacobino, perseguiu e assassinou seus adversários, cerca de 17.000 pessoas foram guilhotinadas. O Terror durou aproximadamente um ano, de meados de 1793 a meados de 1794. Até dezembro de 1794, foram mortos mais de 5.000 pessoas na guilhotina. O que inicialmente era uma perseguição velada aos girondinos tornou-se uma perseguição geral a todos os "inimigos" da Revolução, inclusive alguns elementos jacobinos ou que sempre haviam apoiado a mesma, como Danton. O Comitê de Salvação Pública era o órgão que conduzia a política do terror; sua figura de maior destaque foi Robespierre. Após a instituição da Convenção, o governo, precisando do apoio das massas populares (os sans-culottes) promulgou diversas leis de assistência e garantia dos direitos humanos estabelecidos pela revolução (liberdade, igualdade, fraternidade). Houve certa resistência contra essas leis, que se somava à pressão externa contra a França. O Terror terminou com o golpe de Termidor (27/28 de julho de 1794), que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comitê de Salvação Pública e no dia seguinte, Robespierre e Saint-Just e mais de uma centena de jacobinos foram executados na guilhotina. Até o final de dezembro de 1794, foram mortos 5.502 pessoas pelo governo jacobino. Após o fim do período do terror, a revolução francesa assumiu definitivamente um caráter burguês, com o poder nas mãos do diretório (alta burguesia). 

Durante a Revolução Francesa, o Período do Terror, ou O Terror, ou Reinado de Terror, ou Reino de Terror ou Período dos Jacobinos, foi um momento da história da França compreendido entre 5 de setembro de 1793 e 27 de julho de 1794. Entre junho de 1793 e julho de 1794, cerca de 16 594 pessoas foram executadas durante o Reinado de Terror na França, sendo 2 639 mortes só em Paris. Apesar disso, há um consenso de que o número é muito maior, com cerca de 10 mil mortes que ocorreram sem julgamentos ou em prisões.
Inicialmente, o Terror, que era voltado principalmente aos realistas e aos girondinos tornou-se uma perseguição geral a todos os "inimigos" da Revolução, inclusive alguns elementos jacobinos e revolucionários, como Danton. O Comitê de Salvação Pública era o órgão que conduzia a política do terror; sua figura de maior destaque foi Robespierre. Após a instituição da Convenção, o governo, precisando do apoio das massas populares promulgou diversas leis que visavam consolidar a Revolução. Houve resistência interna contra essas leis, que se somava à pressão externa das potências europeias contra a França.

Durante a Revolução Francesa, o Período do Terror, ou O Terror, ou Reinado de Terror, ou Reino de Terror ou Período dos Jacobinos, foi um momento da história da França compreendido entre 5 de setembro de 1793 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (prisão de Maximilien de Robespierre, ex-líder dos Jacobinos que foi um precursor da ideia de um Terrorismo de Estado nos séculos posteriores). Entre junho de 1793 e julho de 1794, cerca de 16 594 pessoas foram executadas durante o Reinado de Terror na França, sendo 2 639 mortes só em Paris. Apesar disso, há um consenso de que o número é muito maior, com cerca de 10 mil mortes que ocorreram sem julgamentos ou em prisões.

Como terminou o período do Terror na França

Execuções acontecendo durante o "Reinado de Terror".

Inicialmente, o Terror, que era voltado principalmente aos realistas e aos girondinos tornou-se uma perseguição geral a todos os "inimigos" da Revolução, inclusive alguns elementos jacobinos e revolucionários, como Danton. O Comitê de Salvação Pública era o órgão que conduzia a política do terror; sua figura de maior destaque foi Robespierre. Após a instituição da Convenção, o governo, precisando do apoio das massas populares (os sans-culottes) promulgou diversas leis que visavam consolidar a Revolução. Houve resistência interna contra essas leis, que se somava à pressão externa das potências europeias contra a França.

O Terror terminou com o golpe de 9 de Termidor em 27 de julho de 1794, que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comitê de Salvação Pública e no dia seguinte, Robespierre, Saint-Just e mais de uma centena de jacobinos foram executados na guilhotina.

Índice

  • 1Antecedentes
    • 1.1Primeira República
  • 2As influências do terror
    • 2.1Teoria do Governo Revolucionário
  • 3O regime revolucionário sob o Terror
    • 3.1Lei do Maximum Géneral
    • 3.2Constituição de 1793
    • 3.3Descristianização
    • 3.4Figuras Importantes
  • 4O fim do Terror
    • 4.19 de Termidor
    • 4.2Vítimas do Terror
  • 5Posterior
  • 6Ver também
  • 7Bibliografias
  • 8Referências

Representação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 em francês.

A brutal Guerra Civil da Vendeia

Entre os anos de 1789 e 1791, a Assembleia Constituinte se dedicou à formulação da nova Constituição, que decretou o fim do Antigo Regime. Porém ,este foi um processo muito delicado, por conta das diferentes facções políticas que surgiram no processo revolucionário - aristocratas, monarquistas e patriotas - e a dificuldade de incorporar os interesses de cada uma. Ainda nesse período, também foram elaboradas a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Civil do Clero, que incorporava o clero às carreiras de estado e retirava parte dos seus privilégios.

A divergência de ideias entre os revolucionários e a Corte era muito grande, situação agravada pela resistência da monarquia em colaborar com os legisladores. Em 1791 ocorreu o chamado “Fuzilamento do Campo de Marte”, onde apoiadores da deposição do rei Luís XVI foram atacados e fuzilados pela Guarda Nacional. Antes mesmo disso, já eram comuns os levantes das classes populares urbanas e dos camponeses em apoio aos revolucionários e cresceu a ameaça de intervenção externa, com o objetivo de acabar com a Revolução. A tentativa de fuga do rei em junho de 1791, seguida do assalto ao palácio de Tulherias em 10 de agosto de 1792, levaram ao julgamento de Luís XVI e à extinção da monarquia francesa.

Primeira República

Assim teve início a Primeira República e logo foi convocada a Convenção Nacional eleita por voto universal masculino. Esse governo é marcado pela instabilidade, pelos conflitos entre Girondinos e Jacobinos - que disputavam o poder - e pela intervenção constante das massas populares parisienses nas disputas parlamentares.

Por fim, o aumento dos conflitos externos e internos - como a Guerra Civil da Vendéia em 1793, motivada pelo recrutamento em massa da população – o confisco do patrimônio do clero, o uso generalizado do papel moeda e a pressão dos sans-culottes culminam numa grave crise que levou às medidas radicais tomadas pelo Terror.

Uma das marcas do terror é o aumento da violência institucional, violência esta utilizada para a repreensão e controle das forças contrarrevolucionárias. A repressão generalizada e a limitação dos direitos individuais era certamente contrária aos princípios iluministas da Revolução.

Teoria do Governo Revolucionário

Para compreender melhor a institucionalização do terror, pode-se recorrer à Teoria do Governo Revolucionário de Robespierre. Maximilien de Robespierre foi um dos mais influentes jacobinos no governo revolucionário, em 25 de Dezembro de 1793 ele expôs à Convenção os princípios que determinavam que a função fundamental do governo revolucionário era a fundação da república. Considerado o grande líder do Terror, comandava o Comitê da Salvação Pública, além de ser um dos criadores do Clube Jacobino. Robespierre acreditava que o governo revolucionário deveria consolidar um ideal de República, rejeitando a ideia de que o terror era um poder ditatorial, pois sua origem era o povo.

Após a criação e estabilização do novo regime, seria a função do governo constitucional conservá-lo. Robespierre afirmava ainda que o governo revolucionário deveria a todos os bons cidadãos a proteção e a morte aos inimigos do povo. Nessa perspectiva, a instituição do terror se fazia necessária para a proteção da república, da revolução e das conquistas iluministas que surgiriam delas.

O terror teve início com a invasão dos Sans-Culottes à Convenção Nacional em 1793 e com a expulsão dos Girondinos. A partir desse ponto, os Jacobinos tomaram o poder, com o apoio dos Sans-Culottes.

Por medo da violência anárquica, como ocorreu nos massacres de setembro de 1792, os jacobinos tentaram criar formas de burocratizar e tornar institucional o Terror, centralizando-o nas mãos do governo. O radicalismo do Terror era organizado legalmente e oficializado por meio de leis. As principais sendo a Lei dos Suspeitos (17 de setembro de 1793) - que permitia uma longa lista de enquadramento de suspeitos de oposição e facilitava as suas prisões - e a Lei de 22 de Prairial - que inaugura o “Grande Terror” (ápice da violência terrorista), e que tornou os procedimentos jurídicos mais rápidos, por conta da quantidade de presos, resultando em julgamentos sumários e execuções frequentes.

Ainda nesse sentido, foi criado o Tribunal Revolucionário, onde ocorriam os julgamentos dos presos e suspeitos de crime político. Tem-se também a criação do Comitê da Salvação Pública, que como o nome já diz, tinha o objetivo de “salvar” a República – das guerras e dos problemas internos do país - e, por isso, dispunham de poderes plenos, sendo passíveis de autoritarismo.

Lei do Maximum Géneral

Além das questões militares e da repressão política, algumas reformas econômicas foram postas em prática durante o terror, como foi o caso da Lei do Maximum Général, uma demanda dos Sans-culottes para enfrentar a inflação e a escassez de alimentos. Em outubro de 1793, o governo se declarou revolucionário até a paz. Tal decisão significava que a convenção não mediria esforços para enfrentar as ameaças internas e externas que se projetavam contra a república francesa, inclusive estabelecendo controles de preços e de salários e combatendo a especulação e o açambarcamento de grãos.

Constituição de 1793

Um dos maiores legados do governo revolucionário foi a votação da Constituição de 1793. Essa constituição dava continuidade às demandas humanistas da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e ampliava seu alcance sobre as áreas sociais. Além de garantias no campo econômico, com planos de facilitar o acesso à pequena propriedade para todos os franceses, sacramentava o sufrágio masculino universal e o direito do povo à insurreição.

Descristianização

No ano II, já sob o regime do Terror, Hébert, um dos líderes do Comitê de Salvação Pública, iniciou um movimento de descristianização do país, com a destruição de igrejas e o estímulo à perseguição dos sacerdotes que não haviam jurado a constituição (os refratários). Contudo, o próprio Robespierre era contrário ao movimento e o via como potencialmente perigoso, sendo um dos motivos para a posterior repressão aos Herbertistas. Para Robespierre a existência de uma divindade significava o triunfo da virtude, logo, como era a virtude que justificava o Terror, o ateísmo poderia desqualificar o sentido das ações do governo revolucionário.

Figuras Importantes

Algumas personalidades são essenciais para compreender a mentalidade e o contexto no qual o terror se instalou na França. Dentre tantos, pode-se destacar dois: Jacques-René Hébert e Saint-Just. Ideologicamente, Hébert se posicionava à esquerda e defendia uma maior radicalização da Revolução, seus seguidores ficaram conhecido como hebertistas, e foi uma das vozes principais na defesa do movimento de descristianização. Hébert eram o apoiador ativo do terror, porém, sua influência sobre os sans-culottes de Paris o colocou em rota de colisão contra o governo Revolucionário. Temendo sua força de mobilização popular, a convenção o condenou, juntamente com vários de seus partidários, à guilhotina. Saint-Just, por sua vez, foi um jovem político e escritor que assim como Robespierre defendia a diferenciação entre a ordem revolucionária e a ordem constitucional. Saint-Just foi um dos mais importantes teóricos da revolução francesa. Muito próximo de Robespierre, trabalhou para a queda da gironda e dos hebertistas.

Representação alegórica do mês Termidor no calendário revolucionário francês.

9 de Termidor

O fim do Terror sucede com a desmobilização do movimento popular de Paris, enfraquecido com os expurgos dos Herbertistas e com a crescente resistência na própria Convenção ao poder pessoal de Robespierre e de sua facção. Ao mesmo tempo, as vitórias militares, nos fronts interno e externo afastaram os riscos de uma vitória da contrarrevolução. Em 9 de Termidor, 27 de julho de 1794, a Convenção tramou contra Robespierre e seus apoiadores, que foram presos e guilhotinados. Houve, ainda, uma tentativa mal-sucedida de insurreição para resgatar Robespierre. Nos meses seguintes, as instituições e as leis terroristas foram encerradas, os comitês de vigilância foram desmanchados e o Clube dos Jacobinos fechado.

Vítimas do Terror

Há uma certa discordância quanto ao número exato de mortes produzidas pelo terror revolucionário, mas é possível perceber um consenso em suas aproximações. As execuções judiciais, lavradas pelo Tribunal Revolucionário, foram 10 mil. Esse número não engloba as mortes “não oficiais”, que aconteceram nas prisões, pela lotação e por doenças, ou as execuções sumárias que aconteceram nas guerras e revoltas. A maior parte dessas vítimas eram camponeses, que muitas vezes se revoltaram contra a Revolução, como é o caso da Guerra Civil de Vendéia, onde foram massacrados; estima-se que pelo menos 128 mil pessoas morreram nessa guerra. Outros grupos também sofreram com a repressão do terror, como os padres refratários que não aceitavam a nova constituição, os nobres, além dos próprios revolucionários, de diferentes facções, que foram engolidos pela luta fratricida. Milhares de pessoas emigraram do país e muitas mais sofreram com a destruição de cultivos e de propriedades produzida pela invasão estrangeira e pela guerra civil.

Após o 9 de Termidor, foi realizada toda uma reestruturação do governo. A população pobre urbana foi quem mais sofreu com isso, por conta da desvalorização dos assignats (o papel da revolução) e da fome. Porém, com a volta da moeda metálica há uma queda inflacionária e por consequência a queda dos preços.

O movimento sans-culotte foi sistematicamente reprimido, os Jacobinos não se fizeram mais presentes no governo e os levantes populares contra a reação termidoriana foram derrotados. O crescimento do movimento monarquista, principalmente da Juventude Dourada, estimulou o fenômeno do Terror Branco, entre dezembro de 1794 até o final 1795, com a perseguição aos antigos militantes Jacobinos.

  • Culto da Razão
  • Revolução Francesa
  • Iluminismo
  • Calendário revolucionário francês
  • Guilhotina
  • Comuna de Paris
  • Sans-culottes
  • Assembleia dos Estados Gerais
  • Consulado (Revolução Francesa)
  • Montanha (Revolução Francesa)
  • Girondino
  • Constituição Civil do Clero
  • Controvérsia da Revolução
  • Primeira República Francesa
  • Vovelle, Michel. A Revolução Francesa explicada à minha neta. São Paulo: UNESP, 2007.
  • Vovelle, Michel. A Revolução Francesa (1789-1799). São Paulo: UNESP, 2019.
  • HOBBSBAWN, Eric (1996). A Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2008.
  • Richard J. Evans. In Defence of History (Granta Books, 2000).
  • Greer, Donald (1935). The incidence of the terror during the French Revolution.

Referências

  1. Linton, Marisa. (PDF). Kingston University. Consultado em 28 de fevereiro de 2019. Arquivado do (PDF) em 17 de janeiro de 2012
  2. . Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 21 de agosto de 2020
  3. Richard J. Evans, In Defence of History (Granta Books, 2000) p245
  4. VOVELLE, Michel (2012). A Revolução Francesa (1789-1799). São Paulo: UNESP. p. 177
  5. . Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 3 de fevereiro de 2021
  6. LINTON, Marisa. The Terror in the French Revolution. UK: Kingston University
  7. Vovelle, Michell (2007). A Revolução Francesa explicada à minha neta. [S.l.: s.n.]
  8. SOBOUL, Herbert (1981). História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. p. 324-330
  9. SOBOUL, Albert (1981). História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. p. 356-358
  10. Vovelle, Michel (2012). A Revolução Francesa. São Paulo: Unesp. p. 47

  • Portal da política

Como terminou o período do Terror na França

terror, revolução, francesa, língua, vigiar, editar, redirecionado, reino, terror, durante, revolução, francesa, período, terror, terror, reinado, terror, reino, terror, período, jacobinos, momento, história, frança, compreendido, entre, setembro, 1793, queda,. Terror Revolucao Francesa Lingua Vigiar Editar Redirecionado de Reino do Terror Durante a Revolucao Francesa o Periodo do Terror ou O Terror ou Reinado de Terror ou Reino de Terror ou Periodo dos Jacobinos foi um momento da historia da Franca compreendido entre 5 de setembro de 1793 queda dos girondinos e 27 de julho de 1794 prisao de Maximilien de Robespierre ex lider dos Jacobinos que foi um precursor da ideia de um Terrorismo de Estado nos seculos posteriores 1 Entre junho de 1793 e julho de 1794 cerca de 16 594 pessoas foram executadas durante o Reinado de Terror na Franca sendo 2 639 mortes so em Paris 2 Apesar disso ha um consenso de que o numero e muito maior com cerca de 10 mil mortes que ocorreram sem julgamentos ou em prisoes 3 Execucoes acontecendo durante o Reinado de Terror Inicialmente o Terror que era voltado principalmente aos realistas e aos girondinos tornou se uma perseguicao geral a todos os inimigos da Revolucao inclusive alguns elementos jacobinos e revolucionarios como Danton 4 O Comite de Salvacao Publica era o orgao que conduzia a politica do terror sua figura de maior destaque foi Robespierre Apos a instituicao da Convencao o governo precisando do apoio das massas populares os sans culottes promulgou diversas leis que visavam consolidar a Revolucao Houve resistencia interna contra essas leis que se somava a pressao externa das potencias europeias contra a Franca O Terror terminou com o golpe de 9 de Termidor em 27 de julho de 1794 que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comite de Salvacao Publica e no dia seguinte Robespierre Saint Just e mais de uma centena de jacobinos foram executados na guilhotina Indice 1 Antecedentes 1 1 Primeira Republica 2 As influencias do terror 2 1 Teoria do Governo Revolucionario 3 O regime revolucionario sob o Terror 3 1 Lei do Maximum General 3 2 Constituicao de 1793 3 3 Descristianizacao 3 4 Figuras Importantes 4 O fim do Terror 4 1 9 de Termidor 4 2 Vitimas do Terror 5 Posterior 6 Ver tambem 7 Bibliografias 8 ReferenciasAntecedentes Editar Representacao da Declaracao dos Direitos do Homem e do Cidadao de 1789 em frances A brutal Guerra Civil da Vendeia Entre os anos de 1789 e 1791 a Assembleia Constituinte se dedicou a formulacao da nova Constituicao que decretou o fim do Antigo Regime Porem este foi um processo muito delicado por conta das diferentes faccoes politicas que surgiram no processo revolucionario aristocratas monarquistas e patriotas e a dificuldade de incorporar os interesses de cada uma Ainda nesse periodo tambem foram elaboradas a Declaracao de Direitos do Homem e do Cidadao e a Constituicao Civil do Clero que incorporava o clero as carreiras de estado e retirava parte dos seus privilegios A divergencia de ideias entre os revolucionarios e a Corte era muito grande situacao agravada pela resistencia da monarquia em colaborar com os legisladores Em 1791 ocorreu o chamado Fuzilamento do Campo de Marte onde apoiadores da deposicao do rei Luis XVI foram atacados e fuzilados pela Guarda Nacional Antes mesmo disso ja eram comuns os levantes das classes populares urbanas e dos camponeses em apoio aos revolucionarios e cresceu a ameaca de intervencao externa com o objetivo de acabar com a Revolucao A tentativa de fuga do rei em junho de 1791 seguida do assalto ao palacio de Tulherias em 10 de agosto de 1792 levaram ao julgamento de Luis XVI e a extincao da monarquia francesa 5 Primeira Republica Editar Assim teve inicio a Primeira Republica e logo foi convocada a Convencao Nacional eleita por voto universal masculino Esse governo e marcado pela instabilidade pelos conflitos entre Girondinos e Jacobinos que disputavam o poder e pela intervencao constante das massas populares parisienses nas disputas parlamentares Por fim o aumento dos conflitos externos e internos como a Guerra Civil da Vendeia em 1793 motivada pelo recrutamento em massa da populacao 6 o confisco do patrimonio do clero o uso generalizado do papel moeda e a pressao dos sans culottes culminam numa grave crise que levou as medidas radicais tomadas pelo Terror 5 As influencias do terror Editar Maximilien de Robespierre o lider da revolucao na epoca do Terror Uma das marcas do terror e o aumento da violencia institucional violencia esta utilizada para a repreensao e controle das forcas contrarrevolucionarias A repressao generalizada e a limitacao dos direitos individuais era certamente contraria aos principios iluministas da Revolucao Teoria do Governo Revolucionario Editar Para compreender melhor a institucionalizacao do terror pode se recorrer a Teoria do Governo Revolucionario de Robespierre Maximilien de Robespierre foi um dos mais influentes jacobinos no governo revolucionario em 25 de Dezembro de 1793 ele expos a Convencao os principios que determinavam que a funcao fundamental do governo revolucionario era a fundacao da republica Considerado o grande lider do Terror comandava o Comite da Salvacao Publica alem de ser um dos criadores do Clube Jacobino Robespierre acreditava que o governo revolucionario deveria consolidar um ideal de Republica rejeitando a ideia de que o terror era um poder ditatorial pois sua origem era o povo Apos a criacao e estabilizacao do novo regime seria a funcao do governo constitucional conserva lo Robespierre afirmava ainda que o governo revolucionario deveria a todos os bons cidadaos a protecao e a morte aos inimigos do povo Nessa perspectiva a instituicao do terror se fazia necessaria para a protecao da republica da revolucao e das conquistas iluministas que surgiriam delas O regime revolucionario sob o Terror Editar Sans Culotte O terror teve inicio com a invasao dos Sans Culottes a Convencao Nacional em 1793 e com a expulsao dos Girondinos A partir desse ponto os Jacobinos tomaram o poder com o apoio dos Sans Culottes Por medo da violencia anarquica como ocorreu nos massacres de setembro de 1792 os jacobinos tentaram criar formas de burocratizar e tornar institucional o Terror centralizando o nas maos do governo O radicalismo do Terror era organizado legalmente e oficializado por meio de leis As principais sendo a Lei dos Suspeitos 17 de setembro de 1793 que permitia uma longa lista de enquadramento de suspeitos de oposicao e facilitava as suas prisoes e a Lei de 22 de Prairial que inaugura o Grande Terror apice da violencia terrorista e que tornou os procedimentos juridicos mais rapidos por conta da quantidade de presos resultando em julgamentos sumarios e execucoes frequentes 7 Ainda nesse sentido foi criado o Tribunal Revolucionario onde ocorriam os julgamentos dos presos e suspeitos de crime politico Tem se tambem a criacao do Comite da Salvacao Publica que como o nome ja diz tinha o objetivo de salvar a Republica das guerras e dos problemas internos do pais e por isso dispunham de poderes plenos sendo passiveis de autoritarismo Lei do Maximum General Editar Alem das questoes militares e da repressao politica algumas reformas economicas foram postas em pratica durante o terror como foi o caso da Lei do Maximum General uma demanda dos Sans culottes para enfrentar a inflacao e a escassez de alimentos Em outubro de 1793 o governo se declarou revolucionario ate a paz Tal decisao significava que a convencao nao mediria esforcos para enfrentar as ameacas internas e externas que se projetavam contra a republica francesa inclusive estabelecendo controles de precos e de salarios e combatendo a especulacao e o acambarcamento de graos Constituicao de 1793 Editar Sala do Manege das Tulherias local de reuniao da Convencao Nacional ate 9 de maio de 1793 Um dos maiores legados do governo revolucionario foi a votacao da Constituicao de 1793 Essa constituicao dava continuidade as demandas humanistas da Declaracao dos Direitos do Homem e do Cidadao e ampliava seu alcance sobre as areas sociais Alem de garantias no campo economico com planos de facilitar o acesso a pequena propriedade para todos os franceses sacramentava o sufragio masculino universal e o direito do povo a insurreicao Descristianizacao Editar No ano II ja sob o regime do Terror Hebert um dos lideres do Comite de Salvacao Publica iniciou um movimento de descristianizacao do pais com a destruicao de igrejas e o estimulo a perseguicao dos sacerdotes que nao haviam jurado a constituicao os refratarios Contudo o proprio Robespierre era contrario ao movimento e o via como potencialmente perigoso sendo um dos motivos para a posterior repressao aos Herbertistas Para Robespierre a existencia de uma divindade significava o triunfo da virtude 8 logo como era a virtude que justificava o Terror o ateismo poderia desqualificar o sentido das acoes do governo revolucionario Figuras Importantes Editar Algumas personalidades sao essenciais para compreender a mentalidade e o contexto no qual o terror se instalou na Franca Dentre tantos pode se destacar dois Jacques Rene Hebert e Saint Just Ideologicamente Hebert se posicionava a esquerda e defendia uma maior radicalizacao da Revolucao seus seguidores ficaram conhecido como hebertistas e foi uma das vozes principais na defesa do movimento de descristianizacao Hebert eram o apoiador ativo do terror porem sua influencia sobre os sans culottes de Paris o colocou em rota de colisao contra o governo Revolucionario Temendo sua forca de mobilizacao popular a convencao o condenou juntamente com varios de seus partidarios a guilhotina 9 Saint Just por sua vez foi um jovem politico e escritor que assim como Robespierre defendia a diferenciacao entre a ordem revolucionaria e a ordem constitucional Saint Just foi um dos mais importantes teoricos da revolucao francesa Muito proximo de Robespierre trabalhou para a queda da gironda e dos hebertistas O fim do Terror Editar Representacao alegorica do mes Termidor no calendario revolucionario frances 9 de Termidor Editar O fim do Terror sucede com a desmobilizacao do movimento popular de Paris enfraquecido com os expurgos dos Herbertistas e com a crescente resistencia na propria Convencao ao poder pessoal de Robespierre e de sua faccao Ao mesmo tempo as vitorias militares nos fronts interno e externo afastaram os riscos de uma vitoria da contrarrevolucao 10 Em 9 de Termidor 27 de julho de 1794 a Convencao tramou contra Robespierre e seus apoiadores que foram presos e guilhotinados Houve ainda uma tentativa mal sucedida de insurreicao para resgatar Robespierre Nos meses seguintes as instituicoes e as leis terroristas foram encerradas os comites de vigilancia foram desmanchados e o Clube dos Jacobinos fechado Vitimas do Terror Editar Ha uma certa discordancia quanto ao numero exato de mortes produzidas pelo terror revolucionario mas e possivel perceber um consenso em suas aproximacoes As execucoes judiciais lavradas pelo Tribunal Revolucionario foram 10 mil 11 Esse numero nao engloba as mortes nao oficiais que aconteceram nas prisoes pela lotacao e por doencas ou as execucoes sumarias que aconteceram nas guerras e revoltas A maior parte dessas vitimas eram camponeses que muitas vezes se revoltaram contra a Revolucao como e o caso da Guerra Civil de Vendeia onde foram massacrados estima se que pelo menos 128 mil pessoas morreram nessa guerra 11 Outros grupos tambem sofreram com a repressao do terror como os padres refratarios que nao aceitavam a nova constituicao os nobres alem dos proprios revolucionarios de diferentes faccoes que foram engolidos pela luta fratricida Milhares de pessoas emigraram do pais e muitas mais sofreram com a destruicao de cultivos e de propriedades produzida pela invasao estrangeira e pela guerra civil Posterior EditarApos o 9 de Termidor foi realizada toda uma reestruturacao do governo A populacao pobre urbana foi quem mais sofreu com isso por conta da desvalorizacao dos assignats o papel da revolucao e da fome Porem com a volta da moeda metalica ha uma queda inflacionaria e por consequencia a queda dos precos 8 O movimento sans culotte foi sistematicamente reprimido os Jacobinos nao se fizeram mais presentes no governo e os levantes populares contra a reacao termidoriana foram derrotados O crescimento do movimento monarquista principalmente da Juventude Dourada estimulou o fenomeno do Terror Branco entre dezembro de 1794 ate o final 1795 com a perseguicao aos antigos militantes Jacobinos Ver tambem EditarCulto da Razao Revolucao Francesa Iluminismo Calendario revolucionario frances Guilhotina Comuna de Paris Sans culottes Assembleia dos Estados Gerais Consulado Revolucao Francesa Montanha Revolucao Francesa Girondino Constituicao Civil do Clero Controversia da Revolucao Primeira Republica FrancesaBibliografias EditarVovelle Michel A Revolucao Francesa explicada a minha neta Sao Paulo UNESP 2007 Vovelle Michel A Revolucao Francesa 1789 1799 Sao Paulo UNESP 2019 HOBBSBAWN Eric 1996 A Revolucao Francesa Rio de Janeiro Paz e terra 2008 Richard J Evans In Defence of History Granta Books 2000 Greer Donald 1935 The incidence of the terror during the French Revolution Referencias Isis jihadis aren t medieval they are shaped by modern western philosophy Linton Marisa The Terror in the French Revolution PDF Kingston University Consultado em 28 de fevereiro de 2019 Arquivado do original PDF em 17 de janeiro de 2012 Reign of Terror History Significance amp Facts Encyclopedia Britannica em ingles Consultado em 21 de agosto de 2020 Richard J Evans In Defence of History Granta Books 2000 p245 a b VOVELLE Michel 2012 A Revolucao Francesa 1789 1799 Sao Paulo UNESP p 177 Reign of Terror History Significance amp Facts Encyclopedia Britannica em ingles Consultado em 3 de fevereiro de 2021 LINTON Marisa The Terror in the French Revolution UK Kingston University a b Vovelle Michell 2007 A Revolucao Francesa explicada a minha neta S l s n SOBOUL Herbert 1981 Historia da Revolucao Francesa Rio de Janeiro Jorge Zahar p 324 330 SOBOUL Albert 1981 Historia da Revolucao Francesa Rio de Janeiro Jorge Zahar p 356 358 a b Vovelle Michel 2012 A Revolucao Francesa Sao Paulo Unesp p 47 Portal da politicaObtida de https pt wikipedia org w index php title Terror Revolucao Francesa amp oldid 62014457,

Como terminou a época do Terror na França?

O Terror terminou com o golpe de 9 de Termidor em 27 de julho de 1794, que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comitê de Salvação Pública e no dia seguinte, Robespierre, Saint-Just e mais de uma centena de jacobinos foram executados na guilhotina.

Como terminou o período do terror?

5 de setembro de 1793 – 27 de julho de 1794Terror / Períodonull

O que aconteceu na fase do Terror?

O Terror na Revolução Francesa. O período do Terror (1792-1794), durante a Revolução Francesa, foi marcado pela perseguição religiosa e política, guerras civis, e execuções na guilhotina.

Qual foi o desfecho da Revolução Francesa?

A partir da Queda da Bastilha, o processo revolucionário francês estendeu-se por dez anos e só foi finalizado com o Golpe de 18 de Brumário, organizado por Napoleão Bonaparte.