Foi fator que contribuiu para o movimento de independência africana e asiática?

1. (Cesgranrio) “Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos… Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz.”

                             (Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)

A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):

a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.

b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.

c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente.

d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a década de 50.

e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.

2. (Fuvest) As resistências à descolonização da Argélia derivaram essencialmente:

a) da reação de setores políticos conservadores na França, associados aos franceses que viviam na Argélia.

b) da pressão das grandes potências que temiam a implantação do fundamentalismo islâmico na região.

c) da iniciativa dos Estados Unidos que pressionaram a França a manter a colônia a qualquer preço.

d) da ação pessoal do general De Gaulle que se opunha aos projetos hegemônicos dos Estados Unidos.

e) da atitude da França que desejava expandir suas colônias, após a Segunda Guerra Mundial.

3. William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões digitais ao tomá-las dos nativos nos contratos que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Já Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia.

Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa.

Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos?

a) De fraternidade, já que ambos visavam aos mesmos fins, ou seja, autenticar contratos.

b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais facilidade.

c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões japonesas.

d) De colonizador-colonizado, já que, na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da coroa inglesa.

e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio.

GABARITO

1. C

Comentário: A resposta correta desta questão é a letra C, na qual, em um contexto de descolonização ou independência afroasiática, temos alguns fortes conflitos internos em Ruanda, um país da África, promovidos por diferenças tribais que não respeitam os limites da fronteira. As alternativas A e B estão erradas, já que a conferência de Bandung tinha foco em estabelecer uma oposição ao Socialismo e Capitalismo, e o nacionalismo, na verdade, teria aumentado. Em relação às últimas alternativas, podemos afirmar que até hoje a África sofre um grande déficit industrial e que a maioria dos países dependem economicamente, de alguma maneira, de países europeus.

2. A

Comentário: Partidos conservadores na França lutaram fortemente para impedir a independência argelina, muitas vezes também conhecida como “descolonização argelina”. Atuaram em conjunto com associados franceses que viviam na Argélia, o que nos leva a afirmar que a alternativa correta se encontra letra A. Devido a fortes conflitos políticos internos, a maioria das decisões não teve interferência estrangeira e muito menos de caráter extremamente pessoal ou impositivo. Por conta disso, todas as outras alternativas se encontram inviáveis.

3. D

Comentário: Nesta questão podemos perceber como a ciência exata se liga à humana. Um assunto paralelo nos mostra o grau de submissão que ocorria nesta situação entre Inglaterra e Índia, já que a utilização desta descoberta seria toda em favor do neocolonialismo inglês. O paradigma colonizador-colonizado está aí, o que nos leva a resposta correta, letra D. Fraternidade, Dominação, Cultura e pura e simplesmente medicina, como sugerem as outras alternativas, não são suficientes para argumentar nossa resposta.

Que fator contribuiu para a independência dos países africanos e asiáticos?

- A ONU: criada no final da II Guerra Mundial defendia a autodeterminação dos povos, o que favoreceu o processo de independência das colônias afro-asiáticas. - A Guerra Fria: a independência afro-asiática era interessante e apoiada pelos EUA e URSS, que buscavam novas áreas de influência.

Como se deu o processo de descolonização da África e da Ásia?

Após a II Guerra, ruem os antigos impérios coloniais e surgem novas nações na Ásia e na África. O processo de independência segue caminhos diversos: das guerras de libertação, estimuladas pelo Komintern, à resistência pacífica ou às gestões diplomáticas para obter a autonomia.

Quais foram as razões para colonização da África e da Ásia?

Na segunda metade do século XIX, as potências europeias colonizaram a Ásia e a África. Apoiados no imperialismo e no pretexto da difusão da cultura europeia, considerada superior pelos europeus, Reino Unido, França, Bélgica, Itália e Alemanha passaram a explorar estes dois continentes.

Qual foi a independência da África e da Ásia?

A descolonização da África ocorreu durante no século XX quando as populações dos territórios africanos ocupados conseguiram expulsar o invasor europeu e assim, conquistar a independência. O primeiro país africano a ser independente foi a Libéria, em 1847; e o último, a Eritreia, em 1993.