O mercado de trabalho para o jovem contemporâneo: desafios e oportunidades

Documento: pdf (3 páginas) 287.7 KB

Publicado em: 2021-08-19

O mercado de trabalho para o jovem contemporâneo: desafios e oportunidades
1
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
REDAÇÃO
SAMMUEL / THIAGO
Nº 22
O MERCADO DE TRABALHO PARA O JOVEM CONTEMPORÂNEO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
TEXTO PARA ANÁLISE
TEMA: O descarte excessivo de plástico no meio ambiente brasileiro
Durante o século XIX, a Primeira Geração Romântica, protagonizada pelo exímio poeta Gonçalves Dias, idealizava a exuberância
da natureza brasileira e a tratava com louvor. Em contrapartida, hodiernamente, a utilização excessiva de plástico atua como fator
depreciador do ideal ufanista mencionado. Assim, o óbice em voga é chancelado, precipuamente, pela letargia do Poder Público e
pela persistência de comportamentos antissociais.
A princípio, com o desenvolvimento do capitalismo e o estabelecimento de uma sociedade de consumo, o plástico tornou-se um
dos componentes primordiais de diversos produtos, o que leva a uma maior resistência por parte das empresas no tocante à sua
substituição. Nesse viés, conforme o filósofo idealista Friedrich Hegel, o Estado é o pilar inicial, isto é, constitui o meio correferido à
atenuação das anomalias sociais. Sob essa óptica, verifica-se que o Governo gradativamente rompe essa perspectiva, pois, embora
incentive a troca do plástico por materiais menos prejudiciais ao meio ambiente e instaure políticas públicas nesse âmbito, não
promove uma fiscalização efetiva, uma vez que não disponibiliza verbas suficientes. Isso se deve ao fato de que os entes estatais
estão alinhados aos interesses das classes dominantes e dos grupos empresariais, e, consequentemente, ocorre a majoritária isenção
de medidas punitivas e fiscalizatórias, corroborando a patologia em questão e levando a expoentes riscos ao meio ambiente e ao seu
gradual flagelo, além de graves sequelas para a fauna e para a flora.
Outrossim, é crucial pontuar a manutenção de nefastos comportamentos antrópicos como catalisador da vicissitude ligada ao uso
desmedido e irresponsável de plástico, fragilizando os ecossistemas. Tal contexto ratifica a Teoria das Janelas Quebradas do
estudioso Phillip Zimbardo, segundo a qual um comportamento antissocial, caso não reprimido, suscita outros comportamentos
antissociais. Em analogia, observa-se que, por estar profundamente arraigado na cultura coletiva nacional, o danoso hábito de uso
exacerbado desse recurso é pouco criticado, e os esforços para reduzi-lo são ínfimos, fomentando o desconhecimento e a dificuldade
de identificação do problema em voga nas variadas esferas sociais. Sendo assim, a mentalidade retrógrada, além da pífia criticidade
oriunda da má formação socioeducacional culminam em irrisórias mobilizações e poucas manifestações em prol desse aspecto,
reverberando na indiferença da maior parte da sociedade. Como efeito, é evidente a maximização do imbróglio e a degradação de
biomas em função do despejo irracional de resíduos plásticos, visto que a apatia social corrobora a omissão estatal.
Perante o supracitado, compete ao Poder Público propor políticas públicas e adotar medidas punitivas mais rígidas, mediante a
criação de agências reguladoras voltadas exclusivamente para a questão do plástico, as quais devem gerenciar multas, penas
alternativas e detenções, além de financiar estudos e pesquisas que possibilitem a substituição desse material por um mais
sustentável e de baixo custo de implantação, a fim de aliar o uso contido e responsável do plástico aos interesses capitalistas e de
promover sua paulatina troca. Ademais, cabe às ONG’s aliadas à sociedade civil o engajamento na resolução desse problema, a partir
do acompanhamento de projetos implementados pelo Governo e da organização de campanhas e de manifestações, tanto online
como presenciais, com o fito de dar maior visibilidade aos graves danos ambientais advindos do despejo excessivo do resíduo
supramencionado e de pressionar os órgãos estatais. Desse modo, poder-se-á aproximar a realidade ambiental daquela almejada
pela Primeira Geração Romântica.
Juliana Santiago
TOME NOTA:
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
2 O MERCADO DE TRABALHO PARA O JOVEM CONTEMPORÂNEO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O MERCADO DE TRABALHO PARA O
JOVEM CONTEMPORÂNEO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 23% dos jovens brasileiros não trabalham e nem
estudam (jovens nem-nem), na maioria mulheres e de baixa renda, um dos maiores percentuais de jovens nessa situação entre nove
países da América Latina e Caribe. Enquanto isso, 49% se dedicam exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e
15% trabalham e estudam ao mesmo tempo.
As razões para esse cenário, de acordo com o estudo, são problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de
políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos, entre outros. No mesmo grupo estão o México, com 25% de jovens que
não estudam nem trabalham, e El Salvador, com 24%. No outro extremo está o Chile, onde apenas 14% dos jovens pesquisados
estão nessa situação. A média para a região é de 21% dos jovens, o equivalente a 20 milhões de pessoas, que não estudam nem
trabalham.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-12/ipea-23-dosjovens-brasileiros-nao-trabalham-e-nem-estudam
TEXTO II
A INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO
Sabemos que o jovem almeja sua inserção no mercado de trabalho, porém, muita das vezes isso não é uma tarefa fácil. A inclusão
no âmbito profissional proporciona crescimento, aprendizado, autoconfiança e, principalmente, responsabilidade profissional e
pessoal. Essa tarefa, no entanto, raramente é fácil.
Tal período de amadurecimento, o qual representa a transição de uma área de conforto – o ambiente familiar – para o mercado de
trabalho, pode gerar insegurança. Afinal, trata-se de uma nova fase que está por vir. Contudo, essa experiência pode ter êxito, caso
haja dedicação, força de vontade e, principalmente, continuidade no que diz respeito ao aprendizado educacional, o que fará do jovem
um profissional mais qualificado, que busca deter conhecimento, e que sabe nivelar seu equilíbrio emocional para um melhor
amadurecimento.
Dentro desse contexto, é fundamental estar atento às oportunidades oferecidas. A Lei nº 10.097/2000, ampliada pelo Decreto
Federal nº 5.598/2005, determina que todas as empresas de médio e grande portes contratem um número de aprendizes equivalente
a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários cujas funções demandem formação profissional. Uma das
exigências dessa Lei é que o jovem esteja devidamente matriculado e frequentando uma instituição de ensino.
Centenas de vagas são divulgadas através de empresas sérias, que estreitam a ponte entre o meio acadêmico e o mercado de
trabalho mantendo convênios com escolas para realização do primeiro contato dos jovens com o mercado de trabalho. É o caso do
CIEE – Centro de Integração Empresa Escola e da Fundação Mudes; além de oferecerem parcerias com instituições de ensino e
universidades, ambas as instituições disponibilizam palestras e cursos para uma melhor qualificação. Esse fato fica evidente na
entrevista com Cíntia Monteiro, Assessora Técnica de RH da Fundação Mudes há 6 anos (Anexo I).
O trecho abaixo, escrito pela autora e professora Greicy Weschenfelder, descreve bem o caminho para um futuro promissor.
“É preciso deixar marcas positivas, ser um diferencial em relação à legião de candidatos potenciais que brigam por uma vaga.
Para isso, o jovem precisa fazer a diferença, meta atingível somente através do estudo”.
Com base no exposto, concluímos que disciplina, bom comportamento e acesso a informações necessárias ao crescimento interior
e profissional são fatores decisivos para se estreitar a distância entre a inexperiência e incerteza iniciais e o reconhecimento
profissional, o qual, na realidade, é uma consequência de todo o trabalho construído.
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-insercao-jovem-no-mercado-trabalho.htm
TEXTO III
Disponível em: http://observatoriodajuventude.ufmg.br/juviva-conteudo/05-03.html
3 O MERCADO DE TRABALHO PARA O JOVEM CONTEMPORÂNEO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
TEXTO IV
Jovens foram os mais atingidos por piora no mercado de trabalho, diz FGV
Entre 2014 e 2019, jovens de 15 a 29 anos perderam 14% da renda proveniente do trabalho no Brasil
AB Agência Brasil
postado em 13/02/2020 20:36
Entre os jovens mais pobres, percentual chegou a 24% e, entre analfabetos, 51%(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
PUBLICIDADE
Os jovens foram a parcela da população que mais perdeu renda no trabalho nos últimos cinco anos e é entre a juventude que
estão os maiores índices de desigualdade, de acordo com a pesquisa Juventude e Trabalho do Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getulio Vargas (FGV) Social. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da FGV Social, Marcelo Neri defende a educação
como forma de melhorar esse cenário.
A pesquisa mostra que entre 2014 e 2019, jovens de 15 a 29 anos perderam 14% da renda proveniente do trabalho. Entre os
jovens mais pobres, esse percentual chegou a 24% e, entre analfabetos, 51%. “O elemento fundamental um para lidar com essa
situação é a educação. Não se pode errar na educação”, diz.
De acordo com a publicação, enquanto outros grupos tradicionalmente excluídos como analfabetos, negros e moradores das
regiões Norte e Nordeste apresentam reduções de renda pelos menos duas vezes maior que a da média geral nesse período de crise
econômica no Brasil, esta perda foi cinco vezes maior entre jovens de 20 a 24 anos.
O desemprego, segundo Neri, afetou os jovens, mas a precarização do trabalho também. “O desemprego é um componente
importante, mas não é o único e não é o maior. O desemprego é alto, mas a perda por precarização, por informalidade e redução de
salário é tão grande quanto o desemprego”, diz.
O cenário provoca descrença entre os jovens. Neri diz que 30% dos jovens brasileiros acreditam que não têm perspectiva de
ascender socialmente pelo trabalho. Isso colocar o Brasil em 103º lugar em um ranking de 130 países. No Peru, esse percentual é
3%. "As ferramentas do jovem de inserção, que na verdade são as ferramentas de propulsão da economia, educação e trabalho, na
visão do jovem esses elementos estão aquém do que eles precisam", diz Neri.
Descrentes, o percentual dos chamados nem-nem, ou seja, aqueles que não estudam, nem trabalham passou de 23,4% em 2014
para 26,2% 2019. Entre os jovens que são chefes de família, esse percentual cresceu de 15,19% para 22,67% no período. Entre
mulheres, passou de 27,84% para 30,25%.
“O jovem tem que acreditar que é possível subir na vida senão para que vai estudar e trabalhar para sobrevivência?”, diz o diretor.
“[A situação dos Nem-Nem] é um vácuo que foi formado e precisa ser ocupado com coisas positivas e concretas. O jovem tem que
conseguir vislumbrar isso, o que não está conseguindo com a situação atual”.
De acordo com Neri, uma educação mais voltada para a realidade do jovem, ensino técnico para capacitar para o mercado e
melhorias no ambiente de trabalho são fatores que podem contribuir para melhorar o cenário. O estudo está disponível na internet.
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/02/13/internas_economia,827851
Diag. Step / Rev. Gab

mostrar mais »paraTrabalhoDesafiosJovemMercadoOportunidades

Comentários para: 22 -O MERCADO DE TRABALHO PARA O JOVEM CONTEMPORÂNEO DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Quais são os desafios dos jovens no mercado de trabalho?

Veja, a seguir, uma lista com as principais dificuldades e desafios encontrados pelos jovens no mercado de trabalho, acompanhados de dicas para superá-los!.
Falta de experiência..
Grande competição para as vagas..
Conflito de gerações no ambiente de trabalho..
Falta de voz e respeito nas organizações..

Quais os desafios do mercado de trabalho no mundo contemporâneo?

Quais são os maiores desafios do mercado de trabalho em 2022?.
Falta de experiência profissional..
Índice de desemprego elevado. Com a crise econômica enfrentada pelo país, muitas pessoas acabaram perdendo os seus empregos. ... .
Escolha da profissão ideal. ... .
Avanço tecnológico. ... .
Concorrência acirrada..
Estudo e trabalho ao mesmo tempo..

Como está atualmente o mercado de trabalho para os jovens?

Não está nada fácil conseguir emprego no Brasil. Entre os jovens, os dados são ainda mais desanimadores. De acordo com o Ministério da Economia, em 2021, por exemplo, enquanto a taxa geral de desemprego estava em 14,7% em agosto, entre jovens a fatia de pessoas à procura de trabalho era de 31% do total.

Quais os principais desafios da juventude na atualidade?

Há consenso entre especialistas de que atualmente a juventude passa por uma fase de transição extremamente complexa, afetada por uma grave e inusitada combinação de fatores como o acirramento da violência e o aprofundamento da crise de trabalho e emprego.